Vontade de Acertar
Renunciar a algo que amamos muito e que desejamos com toda a força do coração é uma das decisões mais cruéis de se tomar que conheço. Porque a perda equivale a uma morte dupla: morrer para alguém e matar a pessoa na gente. É como se sobrasse por dentro apenas um casarão vazio com um jardim morto. E, de repente, tudo tão subitamente anoitecido sem previsões de dia novo. É um caminhar lento e arrastado numa espera sombria de que as horas passem e o tempo leve essa febre alta sem medicação possível. É preciso que haja tanta paciência e firmeza por dentro pra não entrar em desespero, que a sensação que se tem é de estar meio fora do ar, com tanto esforço. E até chorar fica difícil, teme-se que nunca mais o choro cesse.
Há muitas perdas quando se termina algo que não se queria ter terminado: muda-se a auto-imagem, alegrias ficam suspensas, sonhos desaparecem por um tempo e nenhuma cor na paisagem. O cotidiano fica obscurecido por aquela lacuna aberta no meio do que era a parte mais interessante dos dias.
Com o tempo, você analisa que abrir mão de algo muito importante, só se faz quando se tem um motivo maior que esse algo: seja um propósito, uma crença, um valor íntimo, uma obstinação qualquer que te oriente para essa escolha que já se sabia tão dolorosa. É um sacrifico voluntário por algo mais pleno, mais grandioso em Beleza. E, nestas análises, você descobre outras perdas que são positivas: perde-se também a ansiedade, a insegurança e a ilusão. E você aprende a recomeçar agradecendo por vitórias tão pequenininhas...
Como quando é noite e antes de dormir você se enche de gratidão:
“Deus, obrigada, porque é noite e eu tenho o sono... Que venha um sonho novo, então.”
Amar você é descobrir que alguns mergulhos são desnecessários, que algumas coisas existem para se conhecer só na superfície, dispensando dicionários, porque elas são simplesmente aquela estrada rasa feita pra se caminhar por cima e a esmo.É eu saber teu colo e você a minha mão quente. É esse nosso afago relembrar a euforia das paixões adolescentes. É poder ouvir exatamente o que foi dito sem procurar uma mensagem oculta, uma palavra mágica dissolvida no contexto ou outros indícios. É respeitar tuas vontades, tua inconstância, tuas dificuldades. É saber que uma meia-verdade pode ser a verdade mais sincera de cada um..
É lamentável perceber que algumas relações humanas mantêm suas bases solidificadas apenas em um jogo de interesses.
Amor, não se esqueça de mim, já mais
eternize nossa história no seu coração no seu pensamento.
Faça do seu pensamento sua vingança,quando alguém te magoar, Pensa em nois" faça do seu pensamento sua alegria e quando estiver triste, pensa em nois" Eu vou fazer o mesmo.E eternamente pensar em nois...
Humildade:
verdade sobre si mesmo.
Não se trata apenas de
conhecer e reconhecer
nossas falhas ou fraquezas,
porém mais:
saber de nossa natureza,
natureza integral,
a de sermos
espirituais, psíquicos e corporais.
A natureza tem suas leis imperiosas; e o homem, ser complexo, vive não só do que ama, mas também (força é dizê-lo) do que come.
A imaginação multiplicava os zeros; com um grão de areia construiria um mundo.
Os cabelos, cor de prata fosca, emolduravam lhe o rosto sereno, algum tanto arrugado, não por desgostos, que os não tivera, mas pelos anos. Os olhos luziam de muita vida, e eram a parte mais juvenil do rosto.
As vezes doi, outras vezes doi menos.
Vc afirma que vai passar.
Mas não passa. Nunca passa. O passado é inquisidor.
Estou naquela de se fazer entender antes mesmo de começar, refugiando-se no mais seguro mundo da fantasia, onde toda (aparente) incongruência é bem-vinda. Minha palavra de ordem é transcender. Ando vendo muita coisa sem concerto, vou fechar os olhos e passar batido. Não que eu seja omissa, mas estou com a natureza poetica dentro de mim. Estou sublimando minha vontade.
