Voltando ao Normal
É normal essa angústia toda? Esse sentimento de insuficiência que parece não caber mais aqui, as lembranças vindo à tona, todas de uma vez só, os sentimentos se embaralhando em meio a tentativas de explicar a si mesmo o que está havendo, o que seria esse turbilhão de sentimentos rodando como a hélice de um ventilador em dia de calor. É tudo tão confuso, é tudo tão sinistro e diferente, é tudo tão angustiante que dá vontade de se jogar num abismo e sumir, desaparecer, ir pra um mundo seu, e que lá possa acontecer um terço das coisas que eu penso antes de dormir, pelo menos uma, uma única coisa, nem que seja por 1 minuto sabe? Nem que seja pra depois acordar e saber que tudo não passava de um sonho, mas um sonho bom, porque nós vivemos a realidade, mas se ela está ruim, vamos sonhar. Dói tanto sabia, dói de uma forma que parece não sessar nunca. É incrível como as coisas são, mas tudo bem, isso é fase, isso passa. Mas enquanto ainda tá aqui, presente em mim, eu vou suportando, eu vou tentando achar meios de ficar bem, mesmo sabendo que não vou encontrar nenhum, porque quando coisas assim acontecem, o único meio é ser forte, e cá entre nós, ser forte não é bem o meu forte.
A vida tem que ter uma pitadinha de loucura e doidera, senão não vale a pena! Ser normal é chato demais e seguir padrões é um porre... Eu não quero ser mais um neste mundo e VIVER CONFORME OS OUTROS QUEREM QUE EU VIVA, eu vivo CONFORME EU QUERO E ACHO CORRETA ESSA MINHA ATITUDE! Eu não tenho medo de arriscar e não tenho medo de cair um tombão... sei que por mais machucada que eu fique, eu vou conseguir levantar e aprender a lição!
Não existe vida normal livre de dor. A própria luta com os nossos problemas pode ser o ímpeto para o nosso crescimento.
É normal que em um mundo onde os desencontros são frequentes, que você pense ser a metade da laranja de alguém que você talvez nunca conheça. É possível que exatamente agora, de madrugada, sua outra metade esteja olhando pela janela e acreditando exatamente nas mesmas coisas que você. Porque o acaso pode parecer torturador, mal intencionado, ludibriante... Mas se somos obras de uma natureza divina, uma laranja tende a ressecar, perder o seu suco, sua beleza, quando separada da outra metade. Por isso que naturalmente são um inteiro.
E se você hoje é só metade, é porque em algum lugar existe outra metade que assim como você, espera o acaso para enfim tornar-se um inteiro. De certa forma, existe um conceito natural ao seu favor.
FORA DO NORMAL?
Por que me olham os pés
Se podem olhar para os meus olhos?
Por que sempre há alguém parado
Tentando ficar mais leve?
Por que o terno se suja rápido
Quando tentamos adivinhar os seus pensamentos?
Por que tu não ajudas aqueles à que te beijão os pés
Só por dizerem que não é esse o reino que te pertence?
Por que viver?
Por que do por quê?
Por que de amar?
E por que do sofrer?
Será que para ser correto
Devemos nos habituar aos princípios da terra?
Acho que um louco
Tem muito mais do que a sua loucura
Acho que um jovem
Tem muito mais do que a vontade do agora
Como um bebê
Que sempre olha para o além
E ri com leveza e doçura
Tento me espelhar
A natação é normal para mim. Eu me sinto relaxado, confortável e sei o que me rodeia. É a minha casa.
Sonhar é normal, esquesito é sonhar contigo duas noites seguidas, e sonhar contigo duas noites seguidas, trouxe em min saudades tuas.
CRÔNICA DE UM AMOR NÃO VIVIDO
Era um tarde normal como outra qualquer, na correria do dia a dia cheia de papéis na mão ela não percebeu a presença dele no café. Uma amiga a chamou, para falar algo que ela nem lembra mais, nem do assunto e nem da amiga.
Quando virou seus olhares se cruzaram. Ele levava a xícara até a boca. Ela congelou, paralisou, sentiu seu coração bater descompassado. Quem era ele? Por alguns minutos imaginou milhares de coisas juntos. Poderiam ter se conhecido no café, na fila do banco, num barzinho ou restaurante, trocariam uma conversa sobre o quanto detestam fila, ou que ela detesta comida japonesa. Ou quem sabe até em uma dessas festas estranhas com "gente esquisita", ouvindo música sertaneja que ele odeia. Talvez trocariam telefones. Talvez.
Mas a verdade verdadeira é que nada tinha importância, nem ela nem ele se importavam com o dia que aconteceu, isso era pequeno demais perto do que sentiam.
Nunca tiraram uma self, nem fizeram declarações públicas e amor nas redes sociais, não passaram um final de semana viajando, aquela viagem romântica.
A família dele nunca soube o quanto ela o amava e nem a dela o quanto ela era engraçado, porque nisso combinavam eram engraçadinhos, sempre com uma piadinha na manga. A gatinha dele nunca deitou no colo dela, não assistiram nenhum capítulo da novela das oito juntos, e nem discutiram sobre o galão de água que ela esqueceu de comprar.
Ele nunca fez aquele franguinho especial para ela e nem ela o seu famoso risoto de parmesão. Nunca passaram uma noite e conchinha, e ela sempre quis saber como aquele rostinho lindo ficava quando dormia. Nunca se deixaram sentir além da linha amarela. E não o fizeram porque não deixaram que isso acontecesse. Sabiam ser seus pares perfeitos. Mas no fundo não acreditavam nisso.
Acostumaram a viver um amor clandestino. E perderam a chance de sentir aquela paz que o amor traz. Optaram, ou não, pelas noites mal dormidas do que uma vida bem vivida.
Um dia cansados dessa clandestinidade, se despediram prematuramente. Escolheram a vida longe um do outro ao invés do para sempre até o final. Não deixaram o amor acontecer na vida real.
Ela hoje se sente só. Chora pela viagem que não fez com ele e pelos passeios de mãos dadas que tanto sonhou. Ele? Bom ele continua vivendo sua vida procurando quem sabe encontrar um amor que ele acha que ainda não encontrou... Parafraseando Frejat. Que aliás escreveu muitas das músicas deles...
O que eles não entenderam é que precisavam ter tido mais coragem para olhar além de si mesmos...
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