Voce Nao Admite aquilo que Nao Consegue Medir
trazer pra vista o que não se traduz
há coisas que não cabem em palavras,
como o silêncio entre dois olhares,
ou o peso leve de uma saudade que não se nomeia.
há gestos que falam mais do que a língua alcança,
como o toque que diz “fica”
sem nunca ter dito “vem”.
trazer pra vista o que não se traduz
é como tentar mostrar o cheiro da infância,
o som da ausência,
a cor de um pensamento que nunca foi dito.
é desenhar com vento,
escrever com pele,
falar com olhos.
é fazer do sentir uma linguagem,
mesmo que o mundo não saiba ler.
porque há verdades que só o coração entende,
e há presenças que só se revelam
quando o verbo se cala.
Overdadeiro amor, aquele que vem de Deus, não pede a nossa ruína; ele nos restaura, nos faz florescer, nos devolve a nós mesmos.
Ninguém deveria se destruir tentando salvar o que já não se sustenta.
Amar é doar-se, sim...mas nunca ao ponto de se perder.
O erro não está em amar.
Está em continuar quando o amor deixa de existir, e em chamar de amor aquilo que só fere e desgasta.
Ser adolescente, dói.
E dói porque ainda não se aprendeu a viver num mundo que exige respostas rápidas para perguntas que o coração ainda nem formulou.
A escola… ah, a escola!
Lugar onde tudo acontece: o primeiro amor, a primeira vergonha, o primeiro medo, o primeiro sonho.
Mas também o primeiro cansaço.
A escola deveria ser um jardim, onde flores crescem em tempos diferentes.
Mas muitas vezes se parece mais com um campo de provas — onde se mede a vida com régua, sem perceber que o que realmente importa não cabe em nota nenhuma.
Os professores ensinam matemática, gramática, fórmulas e regras.
Mas quase nunca ensinam o que fazer com a tristeza.
Não porque não queiram — é porque também esqueceram.
A escola os ensinou a ensinar, mas não os ensinou a escutar.
E os alunos?
Os alunos são como passarinhos em gaiolas douradas: têm asas, mas o medo de errar é maior do que a vontade de voar.
São cobrados a todo instante — para tirar notas boas, para ter um futuro brilhante, para ser alguém na vida.
Mas ninguém pergunta se eles estão bem agora.
Há uma pressa cruel dentro das escolas.
Uma urgência de produzir resultados, como se a alma tivesse prazo de validade.
E nesse corre-corre, perde-se o essencial: o encanto, o espanto, a curiosidade — aquilo que faz o aprender ser alegria, e não sofrimento.
A escola deveria ensinar o prazer de descobrir.
Mas o que muitos adolescentes sentem é medo.
Medo de decepcionar.
Medo de não ser suficiente.
Medo de existir fora do padrão.
É por isso que tantos se calam.
Falam pouco, riem menos, choram escondidos.
A ansiedade e a depressão passeiam pelos corredores, silenciosas como sombras que ninguém quer ver.
E os adultos, tão preocupados em ensinar o conteúdo, esquecem que antes de alunos, ali existem pessoas — pequenas almas em construção.
Falta empatia.
Falta o olhar que escuta e o ouvido que acolhe.
Falta a coragem de parar a lição por um minuto e perguntar: “O que está doendo em você?”
Rubem Alves dizia que ensinar é um ato de amor, e que o amor só floresce onde há escuta.
Talvez devêssemos reaprender a ensinar — não com o giz, mas com o coração.
Porque no fundo, o que cura a dor de ser adolescente não é o sucesso, nem o diploma, mas o simples gesto de alguém que vê o invisível e diz:
“Você pode ser o que quiser. Inclusive, você mesmo.”
A arte mais linda que já li mora na inocência das crianças.
Eu, como poetisa, não vejo o mundo como todos veem. Eu leio o mundo poeticamente.
Ser poeta é um ato de desordem. É um ato de coragem. Ser poeta não é apenas escrever e esperar que o leitor se encante com suas palavras. Ser poeta é ler a vida, é escutar a alma das coisas, é perceber o que os olhos distraídos não enxergam.
As crianças vivem isso sem esforço. Elas não escondem sentimentos. Elas choram, riem, pintam, cantam. Elas são intensas. Elas são presentes que a vida nos dá todos os dias. Os adultos, nós, nem sempre conseguimos ver a arte que elas fazem com as mãos, com os olhos, com o silêncio do corpo.
Elas não fingem. Elas se entregam. Elas vivem a arte como se a vida dependesse disso — e, de certa forma, depende.
Eu vejo isso. Eu sinto isso.
E posso dizer, com toda a simplicidade que a verdade permite: a arte mais bonita que já li veio de uma criança.
E, se prestarmos atenção, poderemos aprender com elas. Aprender a sentir a vida de verdade, sem máscaras, sem pressa, sem medo de ser intenso. Aprender que a beleza não está em objetos caros, nem em grandes feitos. A beleza está no que damos de nós, no que sentimos, no que ousamos deixar nascer.
As crianças nos lembram disso. Sempre lembram. E talvez, se aprendermos a escutá-las, possamos nos tornar um pouco mais humanos, um pouco mais poéticos, um pouco mais vivos.
Que vontade é essa de ser o que ainda não sou?
Que desejo é esse de estar onde ainda não estou?
Que ansiedade é essa de um lugar para qual eu vou?
Que desejo é esse de conhecer o destino que aqui me levou?
Que vontade é essa de alcançar o infinito?
Que desejo é esse de encontrar-se com o Bendito?
Que vontade é essa de reter as águas que correm pelas mãos?
Que desejo é esse de não aceitar da vida os Nãos?
Que vontade é essa de correr para além do horizonte?
Que desejo é esse de rever os que estão já tão longe?
Que vontade é essa de voltar o tempo?
Que desejo é esse de alcançar o vento?
Que vontade é essa de explicar a tudo?
Que desejo é esse de fugir do luto?
Que vontade é essa de não ser o que hoje sou?
Que saudade é essa por tudo que o tempo levou?
Que vontade é essa de Te fazer tantas indagações?
Que desejo é esse de cruzar as constelações?
Que vontade é essa de tocar Tuas vestes?
Que desejo tenho pelos campos celestes?
Que vontade é essa de conhecer universos distantes?
Que desejo é esse de eternizar momentos marcantes?
Que vontade é essa de pisar no teu sagrado monte?
Que desejo é esse de beber mais da Tua infinita fonte?
Em meio às muitas perguntas nesta efêmera vida
Quando tudo parece esvair-se tal qual fumaça
Meu coração se enche de uma gratidão devida
Desejoso sempre da Tua infindável Graça.
E como um incansável caminhante e eterno peregrino
Desejo que Tu seles, bondosamente, o meu derradeiro destino
Nossa terra, os vínculos que mantemos, com ela e sua gente... e as boas recordações que não saem da gente, contam na solidificação das nossas raízes.
Quando lentamente a vida for se esvaindo do seu corpo, não se atreva a lamentar, se não viveu;
Apenas aceite as consequências do fato de haver escolhido ser triste ou retome os passos sobre seus próprios pés e vá em busca daquela alegria infantil que te permitia rir por nada.
Deite-se na relva, role na grama e redescubra a criança que você deixou no meio do caminho, traga ela para fora e se permita voltar a sonhar, os sonhos incríveis que sua meninice dividiu com você.
Aquele que não vende e não investe, que também não tenha tempo livre com baixa idade, porque as vendas e os investimentos prosperam o lar, sustentam uma família inteira e ainda retardam os dias da velhice.
Não queira o milagre de Deus, porque o milagre são os sinais para os descrentes, o sistema já está pronto, só usar o método racional com a atitude para fazer a sua parte, o resto já está pronto.
COERÊNCIA
As coisas que não disse...
O que escondi dentro de mim...
O segredo da verdade...
Ou a mentira já no fim...
O tempo já dormia...
Quando se lembraram de mim...
O sol já brilhava...
Como convite de marfim...
Mas as coisas que não disse...
Continuam dentro de mim...
A vaidade nos atrai...
Mas escolhi ser assim...
António José Ferreira
“Quem se apaixona precisa entender: amar alguém é lidar com as marcas que o tempo deixou — não com o passado que você idealizou.”
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