Voce diz eu te Amo eu Digo Idem
Quando eu não estou feliz, eu faço as pessoas felizes, é como se uma coisa compensasse a outra, deixar os outros felizes me distrai.
Eu sinto medo de todos esses resquícios de relacionamento. Apavoram-me todas essas possíveis provas do crime. As fotos, os lugares, os cheiros, as roupas, os paladares. É melhor deletar os vestígios assim que o amor terminar.
No frio, a mesma preguiça que o Sol tem de sair pra trabalhar é a mesma que eu tenho para levantar da cama !
Esse tal medo
É quem cala o que eu tenho para dizer
Por que deixa a vida vazia
De Sonhos ,
Acaba com a alegria
Torna os dias tristonhos
Me impede de escrever
Cala minha poesia....
RENASCIDO
Se eu não puder nascer de novo,
Que eu seja então renascido,
No meio deste mesmo povo,
Que eu não tenha esquecido,
Das visões altas do céu,
Das verdes campinas, remido.
E que nas minhas lembranças,
Não contem as visões da ida,
Só as palavras ouvidas, chama
A contar à minha vida,
Que nunca mais me desengana
Nem de mim entristecido.
Que o doce inflamar dos dias,
Sejam por mim festejados,
E as flores onde vá a mão,
Eu possa todas beijar,
Um beija-flor, que por seu bico,
Eu tenha sido muito beijado.
Quero ruminar o gosto,
Sentir todas as frutas,
Comer as que dão do rosto,
Trazer guardadas as maduras,
Ser uma estampa, bem posto,
No meio do mundo, moldura.
Sentir o que não senti,
Não a dormência das mãos,
Não a permanência sem ti,
Não a tristeza vã,
Não a ausência de mim, sentir
Beijar tua boca romã.
Eu sinto sua falta. Sinto falta de cada detalhe, de cada momento. Mas agora o que restam são só as lembranças. Lembranças de bons momentos que passamos juntos, lembranças que ficarão guardadas para sempre.
Doeu demais, sofri demais, aturei tudo o que poderia aturar, e agora, fujo de tudo isso. Tudo que eu quero é não comentar esse assunto. Falo com quem se importa, caso ao contrário, jamais vão saber quem realmente foi você e qual foi o seu papel na minha história.
Talvez, eu possa te encontrar daqui uns anos. Talvez, iremos embora para sempre desse lugar. Talvez tudo acabe hoje, mas talvez, nada disso acabe. Queria não mais enfrentar o mundo. Queria anular os fatos e ficar quietinha, escondidinha do meu mundo. Se eu pudesse, essa história jamais acabaria, mas eu não posso. Talvez, seja só o começo, talvez seja só o final.
E só o que eu me pergunto agora é: Até quando vai ter que ser assim? Até quando vou ter que me contentar em te ter só por fotos? E se você encontrar um outro alguém, disposto a te fazer feliz?
Eu danço, bebo, comemoro por vencer mais um dia. Danço, bebo, comemoro e entrego meu corpo a qualquer estranho. Como se ele me pudesse me devolver inteirinha, sem tirar e nem por. Mas é em vão, e mesmo assim, ainda continuo nessa insistência de vencer os dias, nessa insistência de fingir que eu to ignorando.
Pouco penso nele, é verdade, pouco penso e pouco falo. Ninguém mais se interessa, nem eu. O mundo nem foi tão cruel comigo, eu fui muito mais cruel comigo mesma. Eu me iludi sozinha e boicotei todos os meus sonhos, porque era mais seguro amar alguém que nem lembrava meu nome. Sempre foi mais seguro me infiltrar nessa história do que viver alguma nova. Me iludi, criei sonhos em cima dele, e desisti de outros que eram tão bonitinhos.
Ele não me dá mais a mínima, não quer mais saber de mim, e deve nem mais me ler. Mas eu não sinto raiva, nem ódio. Não quero dar a volta por cima só para mostrar ao mundo que estou bem.
Eu sou forte, tenho sonhos, tenho uma vida inteira pela frente entre desilusões, vodcas e responsabilidades. Mas chega um dia que precisei deixar o rótulo de santinha só para dançar conforme a música da tal vida. Tive que deixar algumas ideologias para aprender corretamente como que se faz.
Chega um dia que ser taxada como louca não faz mais sentido. Chega um dia que eu vou querer ser levada a sério. E eu não tenho orgulho algum, e continuarei correndo atrás daquilo que acredito. Penso que muita coisa poderia ter sido evitada. Muito choro poderia ter sido adiado, muito sonho poderia se realizar, muitas pessoas poderiam ir embora de vez.
Já que ninguém mais me dá valor, eu também comecei acreditar que não merecia qualquer forma de valor. E garanto que é bem melhor assim. Não sou triste, não sou nada.
Mas aí, a festa acaba. A bebida me faz ter amnésia. A bebida me faz ser o que sempre fui. E eu não me importo, porque todos estão bêbados e não vão se lembrar de mim. Não me importo, não mesmo. A festa acabou, fiquei de boa, brisando ou até mesmo querendo que tudo passe, porque eu sei, nada disso é sanidade, tudo isso é loucura. O tempo passou. E a menina cresceu
Depois de muito tempo fui me analisando, olhei fixamente para o espelho e eu já não sei quem mais sou. Tenho dez quilos a menos quando comecei a escrever, olheiras profundas, lágrimas querendo descer, e maquiagem borrada. Continuei me olhando no espelho fixamente e tentei adivinhar os fatores que aconteceram para que ele pudesse me ver longe. Não sou horrorosa, sou até bonitinha – quando estou em perfeito estado, sem olheiras ou maquiagem borrada –
Lembrei de quando meus sonhos eram fáceis, e quando eu era apenas uma menina, que ainda assim, milhares de vezes queria desistir de tudo. Meus sonhos não são levados a sério, eu não me levo a sério e assim, ninguém também me leva. E eu nunca fui o exemplo de nada.
E eu nunca fui o exemplo de nada. Na verdade, nunca quis ser o exemplo de nada e ninguém. Sempre achei um porre ser exemplo de alguma coisa. Me idealizaram como a menina boazinha e descobriram que isso não tinha nada a vê comigo. Sempre soube que não nasci para ser boazinha mas preferi que os outros pudessem descobrir isso.
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