Vivo nos Planos de Deus
“” O silêncio parece refúgio,
Quando a alma teima em gritar
E mesmo calado
O grito é apenas um eco do desejar
É só uma esperança que tudo dê certo...””
Acaso
No acaso da rua o acaso da rapariga loira.
Mas não, não é aquela.
A outra era noutra rua, noutra cidade, e eu era outro.
Perco-me subitamente da visão imediata,
Estou outra vez na outra cidade, na outra rua,
E a outra rapariga passa.
Que grande vantagem o recordar intransigentemente!
Agora tenho pena de nunca mais ter visto a outra rapariga,
E tenho pena de afinal nem sequer ter olhado para esta.
Que grande vantagem trazer a alma virada do avesso!
Ao menos escrevem-se versos.
Escrevem-se versos, passa-se por doido, e depois por gênio, se calhar,
Se calhar, ou até sem calhar,
Maravilha das celebridades!
Ia eu dizendo que ao menos escrevem-se versos...
Mas isto era a respeito de uma rapariga,
De uma rapariga loira,
Mas qual delas?
Havia uma que vi há muito tempo numa outra cidade,
Numa outra espécie de rua;
E houve esta que vi há muito tempo numa outra cidade
Numa outra espécie de rua;
Por que todas as recordações são a mesma recordação,
Tudo que foi é a mesma morte,
Ontem, hoje, quem sabe se até amanhã?
Um transeunte olha para mim com uma estranheza ocasional.
Estaria eu a fazer versos em gestos e caretas?
Pode ser... A rapariga loira?
É a mesma afinal...
Tudo é o mesmo afinal ...
Só eu, de qualquer modo, não sou o mesmo, e isto é o mesmo também afinal.
Se quiser fazer algo por mim
Faça um verso sereno
E que ele me leve
Não somente até o céu, mas perto das estrelas.
O mundo tem o direito de exigir de mim a dignidade da mulher; e esta ninguém melhor que o senhor sabe como a respeito. Quanto a meu amor não devo contas senão a Deus que me deu uma alma, e ao senhor a quem a entreguei.
O tempo, esse químico invisível, que dissolve, compõe, extrai e transforma todas as substancias morais.
Paris, outono de 73
Estou no nosso bar mais uma vez
E escrevo pra dizer
Que é a mesma taça e a mesma luz
Brilhando no champanhe em vários tons azuis
No espelho em frente eu sou mais um freguês
Um homem que já foi feliz, talvez
E vejo que em seu rosto correm lágrimas de dor
Saudades, certamente, de algum grande amor
Mas ao vê-lo assim tão triste e só
Sou eu que estou chorando
Lágrimas iguais
E, a vida é assim, o tempo passa
E fica relembrando
Canções do amor demais
Sim, será mais um, mais um qualquer
Que vem de vez em quando
E olha para trás
É, existe sempre uma mulher
Pra se ficar pensando
Nem sei... nem lembro mais
Imagina tu, leitor, uma redução dos séculos, e um desfilar de todos eles, as raças todas, todas as paixões, o tumulto dos Impérios, a guerra dos apetites e dos ódios, a destruição recíproca dos seres e das coisas. Tal era o espetáculo, acerbo e curioso espetáculo. A história do homem e da Terra tinha assim uma intensidade que lhe não podiam dar nem a imaginação nem a ciência, porque a ciência é mais lenta e a imaginação mais vaga, enquanto que o que eu ali via era a condensação viva de todos os tempos. Para descrevê-la seria preciso fixar o relâmpago. Os séculos desfilavam num turbilhão, e, não obstante, porque os olhos do delírio são outros, eu via tudo o que passava diante de mim, – flagelos e delícias, – desde essa coisa que se chama glória até essa outra que se chama miséria, e via o amor multiplicando a miséria, e via a miséria agravando a debilidade. Aí vinham a cobiça que devora, a cólera que inflama, a inveja que baba, e a enxada e a pena, úmidas de suor, e a ambição, a fome, a vaidade, a melancolia, a riqueza, o amor, e todos agitavam o homem, como um chocalho, até destruí-lo, como um farrapo.
A vida me ensinou a reconhecer o meu valor, aprendi a ser humilde e isso não significa ter que me humilhar, nem aceitar migalhas de ninguém, entendi desde cedo que a essência do amor é amar, a nunca aceitar menos que isso, o tempo me mostrou que nem tudo é recíproco e nem todo mundo merece meu jeito doce de amar, minha dedicação e a totalidade do que habitualmente sou, algumas situações cobram posturas distintas, o que permite o insatisfatório esforço para ser menos do que sou, minhas atitudes sempre serão apenas uma questão de merecimento.
Napoleão estava deprimido e decidiu suicidar-se, mas como achava que era muito mais resistente que um homem normal, tomou uma dose de veneno que dava para matar seis homens. O estômago rejeitou a quantidadde, que era demasiada. Napoleão foi salvo pelo seu ego!
Quantas vezes eu quis
Tão longe buscar o que nunca percebi
Por tantos lugares passei
Mas afinal você sempre esteve aqui
Soldados são como peões numa partida de xadrez,muitas vezes são inúteis mas sem eles você não ganha a partida.
A mão do amor roçava meu corpo - mansa como a melancolia - afrouxando-me inteiro. Eu me entregava, sem reservas, com paixão e desmedo. Sumir dentro de meu amor, perder-me em sua respiração, encarnar-me em sua carne, ser o sonho de meu amor, era tudo que eu mais pensava.
Evolução
Fui rocha em tempo, e fui no mundo antigo
tronco ou ramo na incógnita floresta...
Onda, espumei, quebrando-me na aresta
Do granito, antiquíssimo inimigo...
Rugi, fera talvez, buscando abrigo
Na caverna que ensombra urze e giesta;
O, monstro primitivo, ergui a testa
No limoso paúl, glauco pascigo...
Hoje sou homem, e na sombra enorme
Vejo, a meus pés, a escada multiforme,
Que desce, em espirais, da imensidade...
Interrogo o infinito e às vezes choro...
Mas estendendo as mãos no vácuo, adoro
E aspiro unicamente à liberdade.
Perder alguém especial é como se naquele momento essa pessoa representasse o mundo para nós. A razão da nossa existência. De repente deixamos de sentir o tempo passar, deixamos de reparar no anoitecer ou no amanhecer, e dormir já não faz sentido, é como se viver fosse só num dia. Nem a meteorologia nos representa algo. A chuva, o vento, sol, calor, frio, trovoada, etc. Nada significa. Apenas é um fundo vazio que em nada preenche a nossa alma magoada. Parece que os nossos olhos, abertos ou fechados, apenas vêm momentos dessa pessoa e nada mais à sua frente. Queremos tentar não chorar, mas parece que há um impulso dentro de nós que tenta sair por encher o nosso vazio de sofrimento. Após o choro sentimos um certo vazio, frio na barriga e, ao mesmo tempo, um incômodo na garganta e na cabeça, como uma dor. Apercebemo-nos de que daqui por diante nada seremos sem aquela pessoa e longos tempos infinitos se aproximam para acompanhar este nosso sofrimento solitário.
- Relacionados
- Frases de Deus: versículos da Bíblia que inspiram fé
- Não Vivo Sem Você
- Frases de casal abençoado que celebram um amor protegido por Deus 🙏❤️
- Tudo é possível com fé em Deus: frases para não perder a motivação
- Deus, me dê forças para suportar: frases que fortalecem a alma
- Bom dia, que o Espírito Santo te ilumine: mensagens para fortalecer a fé
- Deus
