Viver Existir
Tornou-se um pedaço inteiro de mim. Não saberia viver sem a poesia. Talvez até poderia existir, mas não viver.
Existir porque se o destino de quem vive é morrer?
Eu não posso viver como se tudo em mim tivesse motivos para existir, se o brilho dos meus olhos não será notado para sempre, se minhas mãos com tom macio e delicadas não durarão eternamente. Não farei juras de sofrimento e jamais deixarei que minha alegria transborde a dor de outro olhar, porque os meus olhos estão calejados de tanto chorar.
Poderia eu viver como se fosse apenas mais um rosto entre a multidão se não é o que transpassa minha alma? Não viveria como uma criança que se contenta facilmente com um doce, um brinquedo velho e quebrado.
Se desde que comecei a enxergar as pessoas noto o quanto a hipocrisia gira em torno delas como suas roupas mal passadas.
Sinto nojo, vergonha, desprezo e medo, sim por tamanha desonra ao Ser que criou a espécie. Muitos chamam de Deus, outros apenas citam aquele.
Mas não é me diferenciar dos demais que me permito reprimir meu lamentar ao existir, não! É exalar do meu ser o amor que ainda sinto pelas palavras frias e dolorosas que saem da boca de um ser humano, indivíduo imperfeito e maquiavélico.
Negros são os dias, geladas são as noites que perduro meu ignorante raciocínio rumo a um abismo repleto de mim.
Onde são enterrados todos os pensadores, os poetas, os cientistas, os letrados, os matemáticos, os viciados, os inocentes, os fortes e os fracos.
Na morte é que encontramos a verdadeira explicação para tantos fios sem pontas.
É o caminho e o destino, da senhora, da criança, do mendigo.
Dos que choram dos que riem, dos que nascem, dos que morrem.
Minha insatisfação nada me comove nem tampouco me retrata junto aos que pouco reprimo entre si o desejo viver como se a vida fosse um mar de rosas.
Bastam-se com os direitos e deveres incontáveis encobrindo a vergonha e a decepção de serem mortos de fome, gananciosos de desmedidos.
Sem raça, religião ou cor, todos vêm de um só sangue, um só pecado, uma só finalidade.
A fragilidade é para todos os medo é para todas as fraquezas, as derrotas e as perdas, não há remédio que cure, não há palavra que conforte, não há mão que acalente, é do homem, é do ser, é da gente.
Não depende do querer, não depende do chorar e do morrer, depende de quem sou de quem é você!
As vezes parro... penso, repenso e vejo que não faz sentido viver sem existir um verdadeiro amor entre nós!
“Dasein
Amo a saliência de viver e a nudez do existir
os pudores amedrontados por um desejo avassalador de liberdade pura
a transcender o amor
a abertura ao movimento da vida em novas possibilidades
sem expectativas próprias ou alheias
apenas viver a esperança inabalável de ser o que se é
um ser-aí lançado no mundo. “
Viviane Andrade
Viver dói
Viver dói.
Existir, nem tanto.
Já a morte é só um susto.
Bancar o herói?
Fingir não ter espanto?
Que suporte então o custo.
Querer corrói.
Cede ao toque do encanto
Mesmo quando se é justo.
Desejar me mói.
Me destrói o tanto quanto
Até que encontro o que busco.
Quem é alviazul de verdade terá uma razão para viver enquanto o Esportivo existir, o que dispensa maiores explicações e a racionalidade que cabe a assuntos de menor importância.
VIVER
Por Que Existir ?
Por Que Viver ?
Se tem Coisas na Vida
Que Só nos Leva a Sofrer !
Existir para Viver
Viver para Sofrer
Sofrer para Aprender a
Não Sofrer.
Procure Fazer o que
Lhe faz Feliz,
Viver é Arte, Errar
Faz Parte !
Viver por viver significa não ter razão para existir. Viver para viver significa ter a emoção de ser feliz. Dê sentido a sua vida para fazer tudo valer a pena.
