Viver com Intensidade e com Amigos

“O que está em pauta é a busca, a causa incessante ao que nos é essencial: ter paixões e ter amigos. O grande patrimônio de qualquer ser humano, quer ele perceba isso ou não.”

Não se isole. Faça das pessoas que o rodeiam grandes amigos. Saia do seu casulo. Surpreenda-se. Faça essa brincadeira-repita pausadamente estas palavras em voz audível. Se estiver em grupo, repita-as coletivamente: Eu prometo que, de hoje em diante, não mais dançarei a valsa da vida com as duas pernas engessadas, surpreenderei a mim e aos outros...

Tenho fé. Fé e amigos... quer dupla mais infalível?

E este é o perigo que nos confronta, meus amigos, que em uma nação como a nossa, onde damos ênfase na produção em massa, e isto é de importância considerável, onde temos tantas conveniências e luxo e tudo o mais, há o perigo de que nós inconscientemente, nos esqueçamos de Deus.

Tem sido bom. Amigos cintilam em volta, estendem a mão na hora certa.

Os livros são amigos frios e seguros.

Eu gosto de excessos, daqueles que transbordam. Eu gosto de viver excessivamente aquilo que me faz bem.

Sofrer ainda é viver.

Com a mente seca e a cabeça ébria / Acabado, mas sem saber acabar, / Morreu esperando viver / e viveu esperando morrer.

Temos de amar e não deixar de viver.

Todos os casamentos são felizes. Tentar viver juntos é que é a causa de todos os problemas.

Saber viver com os homens é uma arte de tanta dificuldade que muita gente morre sem a ter compreendido.

Para quem vive segundo os verdadeiros princípios,
a grande riqueza seria viver com pouco,
serenamente: o que é pouco nunca é escasso.

A juventude é presunçosa, a velhice tímida, porque a primeira quer viver e a segunda já viveu.

Basta... sentir que se poderia viver sem escrever para não mais se ter o direito de fazê-lo.

Ensinam-nos a viver quando a vida já passou.

Será que o objetivo da vida é viver?

Viver é o meu trabalho e a minha arte.

Contigo não posso viver, nem sem ti.

CANÇÃO

Viver não dói. O que dói
é a vida que se não vive.
Tanto mais bela sonhada,
quanto mais triste perdida.

Viver não dói. O que dói
é o tempo, essa força onírica
em que se criam os mitos
que o próprio tempo devora.

Viver não dói. O que dói
é essa estranha lucidez,
misto de fome e de sede
com que tudo devoramos.

Viver não dói. O que dói,
ferindo fundo, ferindo,
é a distância infinita
entre a vida que se pensa
e o pensamento vivido.

Que tudo o mais é perdido.