Viva bem Faca o bem Ensine Alguem
Dias em observação
Ela veio cheirosa e molhada, desfilou por um erro em mesas próximas e caiu bem na minha frente. Foi em um castelo medieval que voltei a comer carne, eu estava com meu modelito princesa mas tinha fome de besta. No princípio, enchi a boca com uma culpa tão vulgar que me fez gostar ainda mais de dançar com seus restos pelo sangue do prato.
Ele parece alto num primeiro momento, mas se você olhar direito, tem o charme cafajeste de quem vê o mundo mais de baixo. Não tem jeito aquela boca cortada, seus olhos são de uma profundidade quase cansada. Vai saber o que ele tem, nem ele sabe. Mas tem. Nem posso dizer que tentei evitar, pois já descobri que se você evitar a vida, ela acontece do mesmo jeito. Foi assim que inaugurei já de partida o maior quarto do mundo. Depois que a gente brincou de milionários na suíte de mil euros por dia, roncamos como pobres alcoolizados. Ele de vinho da casa, eu de esquecimento da casa. Emprestamos o romance de nossas mentes criativas para brindar o momento, só mesmo amigos poderiam se dar a esse luxo. No dia seguinte, para que nem a gente desconfiasse de nada, voltamos a nos tratar como irmãos adolescentes que se odeiam.
Foi quando descobri a cama de casal com vista para os canhões de Napoleão que me dei conta que estava completamente sozinha. Por um instante quis sentir falta de alguém, mas não consegui me lembrar de ninguém. Por outro instante quis inventar uma pessoa, mas eu era tão de verdade naquele momento que me faltou capacidade para ser enganada. Na cidade mais romântica do mundo amei meu medo, meu quarto, minha cama, meu banheiro, minha coragem, minhas próximas horas pelo resto da vida, minha quase morte que agora me enchia de novidades, meu silêncio, a extensão do meu pânico curioso que iluminava toda a cidade, minha tranquilidade madura, toda a bagunça da minha cabeça. Sim, a garotinha magrinha, branquelinha, assustada, sensível, cheia de ódios, cheias de erros e cheia de si, agora apenas recomeçava no corpo de uma mulher invisível. Amei que o mundo estava em festa e meu convite dava direito apenas a uma pessoa.
Só me restava mais uma hora e decidi correr futilmente por todas as salas até que o encontrasse. As pontes borradas, instantâneas e floridas me emocionaram mas não me fizeram desistir da busca, as bailarinas tomaram alguns segundos do meu tempo, Lautrec mereceu minutos. Nos quarenta e cinco do único tempo, ele apareceu, por um desses mistérios da vida a sala estava vazia e eu pude ficar bem de frente e chorar como uma criança. O quarto de Van Gogh, que antes era uma cópia barata em cima da cama do meu primeiro grande amor, agora era autêntico e só meu. Os grandes amores são assim mesmo, eles nos dão o caminho da emoção, mas os sentimentos de verdade são apenas nossos, ninguém copia, ninguém leva, ninguém divide.
Quem diria meu vestido de bolinhas e rendas no meio de tantas calças Diesel e garotas que se chamam e pensam no diminutivo. O homem mais lindo do mundo não sabe terminar uma frase sem espremer o cérebro e cuspir carne com o carro em movimento. A garota mais linda do mundo só sabe sorrir se for ganhar alguma coisa em troca.
Elas torcem para namorar os jogadores do “Barça” e são, em suas cabeças brilhantes de tinta, as primeiras damas da cidade. Eles deixam o cabelo crescer, abrem a camisa até metade do peito e torcem para que alguém os ache bacana, assim, eles realmente podem ser bacanas. Não, ninguém trabalha, estuda ou sabe o que quer da vida. Ainda assim, seus passos são infinitamente mais duros e rápidos que os meus. São passos que de tanto ensaiar para não cair do salto, sempre disfarçam a longa queda. Elas empinam o queixo maquiado, o peito siliconado, a bunda etiquetada e a alma oprimida. Elas sabem de cor os hits do verão europeu, assim como qualquer animal enjaulado dentro de um circo que sintoniza a Jovem Pan.
Elas têm a cor do verão, a roupa da moda, o namorado que a amiga queria, os amigos que interessam, a alegria de um remédio, a paz de uma ressaca.
Eles não sabem fugir para o lugar sagrado do peito, eles não sabem dormir num lençol branco e puro e sonhar com tudo o que é bom na vida, eles não sabem abraçar um amigo de verdade e encontrar um grande amor. Mas nada disso importa, as drogas estão aí justamente porque tudo isso cabe na palma da mão, assim como o dinheiro que os pais continuam mandando. São todos tão lindos mas estão todos tão mortos. Uma linda morte em série porque até para morrer eles precisam andar juntos. Isso me lembra a frase “todo animal fraco anda em bando”.
A lata de lixo piscou pra mim, me convidando a descarregar a porra do papelzinho amassado ali mesmo e, finalmente, respirar um pouco. Nele eu tinha escrito todas as dicas de ruas, cantos, esquinas, museus, restaurantes, parques, cidades, obras e pessoas que eu queria ver pelos próximos infinitos e curtos dias. Chega, lancei longe a obrigação já conhecida e castradora de ser feliz e descansei meu vazio preenchedor num centro qualquer de um bairro sem nome.
Duas crianças me olharam, o Sol fez um triângulo entre meus pés cansados e os pés em nuvens daquelas crianças. Um velho começou a tocar violino, eu lembrei que naquela brincadeira de pensar que instrumento musical a gente seria, eu sempre quis ser um violino. Tinha a alma aguda, triste, fina, rasgada no limite da beleza.
Uma motoca passou gritando que a Argentina tinha perdido, um negro de cueca preta posou imperial e gritou por gritar de alegria, melancolia, vazio, calor e eterna bebedeira. Minha máquina comprada no museu do Picasso, em homenagem a fase azul do artista, tirou lindas fotos azuis daquelas crianças entre o nosso triângulo perfeito e o resto todo que nos circulava.
De dentro do restaurante a mulher que eu nunca seria alimentava metros e metros de pernas com muito presunto e olhares de porcos. Ela era mais forte que o calor, que a sensibilidades das tripas, que a vida que acaba, que o amor que não existe. Ela nem pensa em nada disso, apenas cruza as pernas, come presunto e alimenta quem por causa dela sobrevive mais um minuto sem ser o centro do mundo. Tudo bem, eu preciso dela para ser estranha, ela precisa de mim para virar poesia.
Uma caixa de Lindt para não morrer com a falta que me faz o feijão, uma espirrada de mel e própolis para não sufocar com tanto mundo além do meu mundinho, um simples botão atrás da cama e o Mediterrâneo me engole para que eu nunca mais chore de saudades da pequena prainha que ficava ao lado da casa, um gol sem marcação e meu país chora bem longe de mim, choro também, mas só por estar longe. Um choro de emoção.
Um euro e eu ganho um manto verde para cobrir meu vestido decotado e comprado nas “rebaijas”, agora posso entrar na igreja e rezar um pai nosso, sem nem saber direito o que pedir, parece que tenho tudo. Só agradeço.
Um casal de mãos dadas quase teve pena de mim, depois sorriu de reconhecimento, afinal, eu era parte deles e eles eram parte de mim. Caralho, eu pensei com saudades de falar um bom palavrão na minha língua: eu agora era do mundo e o mundo era meu!
Vazio.
Quando o que ti faltava era um colo, eu ti esperava bem aqui onde me deixastes. Quando as tuas lágrimas já não cabiam a eles, aqui estavam as minhas mãos, ti oferecendo um lenço para enxugá-las. Quando você já não via esperança, eu me encontrava aqui, contribuindo com o meu silêncio, ti acalmando e fazendo você retomar a confiança. Quando as boas possibilidades se afastavam da tua visão, eu estava lá, esperando que me pedisse ajuda, pronta para transformar a dor - que insistia em aparecer toda a vez que eu chegasse perto de ti, ou apenas ti olhasse - em um pouco de compreensão, compaixão. E o que você fez? Estragou tudo; cortou a minha pele com a faca mais afiada, fazendo sangrar o resto do ano.
Eu fui o calor nos teus dias de frio. Eu fui a luz nas tuas noites escuras. Eu fui o sonho mais lindo, quando o que ti sobravam eram apenas pesadelos. E o que recebo em troca? A tua indiferença, o teu descaso, a tua hipocrisia. As tuas palavras dizendo: 'Não, eu nunca ti amei. Aprenda desde já: tudo tem um fim, e poucas coisas tem um começo', isso foi tudo, e bastou.
Durante meses o que eu fazia, apenas fazia, era estar ali; Parada, muda, irracional, em um estado gravíssimo de perda, perda total. E no chão, encontrava-se meu coração espatifado em mil pedaços. Nenhuma palavra, nenhum sentimento, e pela primeira vez, nenhuma dor. Apenas o vazio. Um vazio gritante, horrível e matador.
Amor?
Como eu posso falar de algo que me faz mal e depois recua me fazendo bem?! Eu passo um tempo indescritível, tentando descrever o que poderia ser amor, mesmo sem nunca ter vivido um. E faz um bom tempo que procuro respostas.
Já me disseram que o amor é alguém que nunca vai ti magoar. Que, amor é tudo aquilo que ti faz rir rios, rir para sempre. MENTIRA. Não é isso. Eu não acho. Talvez possa ser parte disso. O amor pode ti fazer rir muito, pode ti manter feliz em muitos momentos da tua vida. Mas, eu não concordo que o amor nunca vai ti magoar.
Por mais lindo e mágico que ele seja, vai ti magoar, NA CERTA. Isso porque ninguém vive anos e anos sem corrigir uma palavra que o outro disse, sem deixar de estar do lado pelo menos uma vez. Todo mundo erra, todo mundo desliza, mas, todo mundo perdoa. Eu, neste momento, descrevo o amor como um ato de perdão. Com erros, com desabamentos de sonhos, mas com perdão.
O amor não é alguém em si. Não é uma pessoa, não é o corpo dela. O amor, pra mim, é algo que ti faz rir, ti faz chorar, ti faz feliz, ti deixa triste às vezes, mas, sempre, SEMPRE vai voltar ti dar a mão e falar assim: ‘Vamos, levanta. Agente tem uma grande jornada pela frente. Independente de estarmos juntos ou sozinhos.’
Amar é apoiar, mas apontar os erros. É cuidar para que não se machuque, mas não servir como guarda-costas todo o tempo. É estar junto, mas deixar que por um momento viva sozinho. É deixar que por um instante o vento toque o corpo dando calafrios. É manter a distância necessária, mas ficar perto quando os braços dele procuram os teus.
Não se ama pela metade, se ama por inteiro, um todo. Não se doa metade da alma, se doa a alma inteira. Não se aposta tudo, mas acredita-se em todo potencial que podem alcançar juntos. Amar é isso. Hoje pode ser tudo e amanhã pode ser nada. Mas ele nunca vai ser perfeito. Ele estará revestido por imperfeições. E cabe a você, a mim, aceitar isso, e procurar viver da melhor maneira possível. Procurar viver como se amanhã fosse o ultimo dia juntos. O ultimo beijo, o ultimo abraço. O ultimo segundo da união perfeita entre dois desconhecidos.
"O caracter só pode ser medido pela forma em que se adquiri o sucesso ou um bem, se pisando e/ou as custas do próximo ou não."
Rejeição não?
Pois é! Rejeição é uma palavra tão não bem-vinda que até nós a rejeitamos. Lembro da minha 4º série. Sabe aquela época em que seu corpo está sofrendo modificações? Sim, quando nós ficamos sem cintura, onde nada combina com você e tudo que sai da sua boca soa como a coisa mais mongol do mundo? Incrível! Nessa época,no qual estava sofrendo essa temida metamorfose, resolvi escrever uma enquete para o garoto mais bonito da sala. O Nome dele era Bruno. Mesmo um tanto esquisita, resolvi tomar coragem. Peguei um papel. No papel que media 5cm por 10cm escrevi a seguinte pergunta “ quer namorar comigo?”, e logo abaixo dois quadradinhos: SIM e NÃO . Hora do recreio, deixei meu lanche de lado e fiquei esperando ele ler e marcar. Ao marcar, ele usou o lápis com tanta força que chegou até a rasgar o papel. NÃO. Eis a rejeição. Tão nova e já passara por essa experiência. Cheguei em casa,contei para minha mãe e ouvi a seguinte resposta – Não liga não! O mundo da muitas voltas! . Não entendi muito bem, pois sobre o mundo só sabia da translação e rotação. Hoje , como tantas voltas descobri o que significava.
" ... Então, sorrio, porque dizem que sorrir é sempre bom, afasta as tristezas e faz bem até para a própria saúde.
Será? Será que se eu sorrir o máximo que puder até os meus maxilares doerem, eu deixarei que a tristeza voe para bem longe de mim?... E as lágrimas nos olhos, será que elas também cessaram? "
" Estou bem, como há muito tempo não me sentia. Sem dores no coração, sem vazio, sem aquele buraco fundo e oco dentro de mim. Sem nada que possa me pôr para baixo. Estou bem. E sorrio ao lembrar como uma sensação assim é prazerosa de sentir. Estar bem consigo mesmo. Sentindo o coração bater leve, sem pontadas. Batidas suaves que me fazem rir e lágrimas doces que passeiam sobre a minha face e molham o meu pijama, me deixando com uma sensação de felicidade, mesmo que seja passageira. "
Fixo o olhar na tela do meu celular e leio mais uma vez aquela mensagem tão bem escrita, com sua promessas de me fazer feliz outra vez... Entre responder ou excluir a mensagem, decido excluí-la. E não só apenas essa, mas todas, uma a uma. É melhor ignorar também as suas ligações...
Não quero ser protagonista de um filme que já assistira tantas vezes, por tantos anos. Com suas falas e cenas repetidas.
Texto decorado, filme decadente. Personagens que já não se combinam mais.
Portanto, prefiro ficar na minha, só minha, solidão. "
Eu bem me lembro como se fosse agora a primeira vez que a gente se beijou. Já era noite e os astros do céu testemunhavam nosso amor. PParecia um conto de encanto e magia, um mistério, uma força do além. Enquanto uma estrela caía, um pedido agente fez...Que fosse pra sempre o mesmo amor que você sente eu sinto dentro de mim, eu sei que é pra sempre esse amor que agente sente jamais vai ter fim... vai ser pra sempre!
Eu me declaro, grito bem alto, faço de tudo, subo no palco, grito ao mundo que você é a razão do meu viver!!
Bem se Deus existe simplesmente apenas somos uma grande peça de teatro para matar seu tédio no paraíso
Ontem pensei bem no que o passado interfere em meu presente e descobri que as falhas que aconteceram foram causadas por expectativas que tive das pessoas. Esperei que minha irmã me amasse mais, que me aceitasse; esperei ser uma pessoa melhor e me decepcionei muitas vezes com minha própria atitude. A polaridade existe e o bem e o mal fazem parte da nossa vida. Lutamos contra o lado negro de nós mesmos e a expectativa é a pior coisa que fazemos conosco e com as outras pessoas que no final são "culpadas" por nossas tristezas e decepções.
No céu tem uma lua
Redonda e bem cheia
Mas, não ha estrelas
A lua triste, chora
O choro, Esplande
O Esplando, Brilha
O Brilho, Acompanha a lua
Por que Choras lua?
Se já ha brilho no céu?
Porque ha apenas marcas da tristeza
E não ha estrelas.
Meu bem...
Como uma fogueira que queima a lenha, e quanto mais lenha se coloca mais queima, mais alta fica a chama, mais esquenta... É assim o que sinto por você...
Quanto mais te vejo mais quero te ver, quanto mais te toco mais quero te tocar, quanto mais te beijo, sinto teu cheiro, teu gosto, teu calor, mais eu quero...
É como uma sede que não cessa, uma fome que não passa, um desejo que termina e recomeça todas as vezes que teu corpo aquece o meu...
Quero estar cada vez mais, e mais e mais contigo, me embebedando em teus carinhos e ardendo em brasa no teu amor...
Teu bem.
Pode até pensar o motivo para que tudo chegasse ao fim que levou. Você está bem, você está muito bem, e ele também está tão bem quando você se piorar, ele está mais feliz que você. Voltei a suspirar, voltei a encarar o nada e sorrir espontâneamente e me declarar apaixonada para minha amiga que quase me dá um soco de tanto que eu ando falando em sua cabeça. Mas aprendi também, que o destino é algo que não se pode adivinhar, nem com horóscopos, sonhos, búzios, qualquer coisa que faça essa previsão.
O tempo está sertão! Um espelho de nós, talvez. Mas repare bem, cuidadosamente... há milhares de folhas no chão. Um outono fora de época.
Nunca é tarde para anunciar as boas-vindas:
Seja bem-vindo à luz
Seja bem-vindo à luz do sol
Seja bem-vindo à luz do sol desta manhã
Seja bem-vindo à luz do sol desta manhã de sexta-feira.
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