Viniscius de Moraes Mulher Geminiana
Literatura é só uma tentativa de tapar o buraco - o abismo - cavado no peito das pessoas. O escritor é o pedreiro que faz a reforma da casa.
Foi rápido, porém intenso, poderia ser mais duradouro, mas acabou, talvez tenha sido por minha causa, mas talvez não.
Não importa de quem foi a culpa, o que importa é que chegou ao fim...
Vai deixar marcas, entretanto não posso fazer nada. Se for o caso de precisar de ajuda, estarei sempre aqui e lembre-se: Podes contar comigo...
CHEGA!!!
Tenho a maldita mania de apegar-me rápido de mais as pessoas, nas quais espero todos os tratamentos da mesma forma. Dói; seria tão mais fácil se chegasse e "batesse a real", tenho uma alma na qual carrego todos os meus sentimentos, sabe, não sou do tipo que desiste fácil mas confesso que já cansei de muita coisa, sou jovem, ainda tenho muito o que viver, porém tudo vai continuar guardado dentro de mim, se for o caso de não querer mais falar comigo, esclareça! Pois como já falaram : "MELHOR A DOR DA VERDADE QUE O RISO DA FALSIDADE".
E se meus pensamentos não forem só meus?
E se alguém pensar igualmente a mim?
É, será que estou criando ou copiando os pensamentos de alguém?
Tenho minhas dúvidas; vivemos em uma era em que nada é seguro. Então, por que justamente os meus pensamentos seriam?
Como dizem por aí:"nada se cria, tudo se imita", seguindo à esse lógica,(apesar de ser uma estúpida ideia) como eu, sendo um ser limitado e incapaz, conseguiria pensar diferente dos outrens?
Uma pergunta que não quer calar, uma dúvida que não sai da minha mente.
Penso diferente ou será que sou mais um alienado pela sociedade?
Estou me sentindo em uma plateia, mas não sei pra quem torcer, pois a dúvida insiste em continuar; será que crio ou imito?
Soneto ao meu sono
Eita, cansaço pra gostar de mim
Me puxou em um grande abraço
Sussurrou-me como um carrasco:
"- Se acostume, vim morar aqui!"
Eu não havia dado muita atenção
Até quando eu vi o sono chegando
E como uma faca ele veio cortando
Cada pedaço de minha disposição
Enquanto eu sangrava preguiça
Fui lembrando que na minha vida
O café foi feito pra atrasar o fim
Na xícara, tentei ligar pra a insônia
Só que ela já tava era na sua cama
Assim como eu, querendo dormir
MINHAS SINAS
Queria ser a luz que brecha
O ventilador que te assopra
No frio, ser tua água morna
Pra depois virar tua coberta
E ir aquecendo tuas pernas
Naquelas noites de preguiça
Depois abrir nossas cortinas
E ser o florido do teu vestido
Guardando nos teus sorrisos
A lembrança de minhas sinas
Rio Doce / Princesa Isabel (Sem estética)
Diante tanta formosura
Quase fui atropelado,
Abestalhei-me com o Palácio
Enquanto atravessava a rua;
Tive que voltar pra casa
Quando a noite se anunciou,
Dei com a mão, driblei camelô,
Subi, paguei, fui numa lata
No caminho da regressão
Passei pelo o cais Santa Rita,
Ali, faltava era gente bonita
E um tanto de organização;
Quase esquecia! Um pouco antes
Passou o Forte das Cinco Pontas
E uma curva que deixava tonta
A cabeça de qualquer pensante;
Em um retorno meio horizontal,
Eu vi o Capibaribe e o antigo
Confesso que um pouco aflito
Por me despedir do cartão-postal;
Passei pela Cabugá
Em um dia de sorte
O acelerador ia tão forte,
Nem semáforo podia parar;
Após deixar o Espaço Ciência
Varie o varadouro numa curva,
Entrei em Olinda debaixo de chuva,
Tinha a mesma alegria e essência
Achei que tinha vindo me encantar
A chuva escorrendo seu corpo gelado
Descendo no embaraço da janela ao lado,
Mas por causa dela, não vi a orla passar
Entristecido, resolvi me entregar a chuvarada
Quando puxei a corda que me fazia zarpar
Percebi o que o destino queria me mostrar
De uma forma simples e bem clara
Que tarde ou cedo, a tempestade se vai
Que é só o vidro que fica molhado
Cabe acreditar que do outro lado
Está a paz, onde só o descaso cai
Pensei, segui invertendo
Voltei pela a praia a pé,
Devagarinho subi a sé,
E lá, descansei sereno.
SA(R)DADE
Se revestido de veneno
Fosse o ferrão da saudade
Sobraria-me pouco tempo
Diante minha curta idade;
Não quero parecer herege,
Mas nunca deixei de me perguntar:
"- Se os anjos que nos protegem,
Também sofrem por lembrar?"
Clamo o que tenho hoje,
Mas se ao menos eu fosse
Um valente querubim
Batia asas do meu quintal,
Voaria contra o final
E pousava em Itapetim.
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