Vingança
Derrubaram a sabedoria no chão e a pisotearam. Ela de vingança segurou o pé de alguns e os tornou sábios... Eles sofrem até hoje.
A justiça não é um instrumento de vingança privada, mas de solução de conflitos. Quem busca o Poder Judiciário, deve estar disposto a seguir as regras que o processo impõe às partes.
O ódio nasce da nossa fraqueza e indignação, alimenta-se de pensamentos de vingança; arquiteta armadilhas de destruição e se desvanece com o tempo por resignação ou realização.
O ódio pouco ou nada tem a ver com o amor.
VERDADE E VINGANÇA.
Não se busca na verdade, a máscara para os motivos da vingança.
Com vingança, não se faz justiça, porque a justiça não se alimenta do ódio.
A vingança é como um pincel carregado de tintas. Deixa sempre respingos da dor do ódio, na alma do seu vingador.
O melhor a fazer é darmos o desprezo e deixar que o tempo, como Senhor da Verdade, se encarregue de cumprir o seu papel: Fazer justiça.
Porque aquele que nos prejudicou, injustamente, estará sempre em conflito com a própria consciência.
Ausência de desejos traz serenidade, principalmente desejo de vingança ou de possuir o que não tem. Seu maior prazer é a paz.
A vingança é algo tão involuido que passamos adiante. O ódio, o ego, o poder e o enriquecimento fazem parte do capítulo da existência que perece - deixemos pois virarem pó. Apercerber-se do que parelha o milagre de estar consciente e aqui; ver cada tipo de cor, flor, atitude de amor e as outras também... quem sabe se esbarrar com Deus. Bem, isso é viver.
VINGANÇA ARTICULADA
Que pretensão a minha
Acreditar no amor
Fruto de uma mentira
Semente de uma verdade
Que ingenuidade a minha
Não perceber que a vingança
Se camuflou de sentimento
E mais do que a mentira, enganou
Que fragilidade a minha
Ao me deixar envolver
No visgo pernicioso
Que sufoca e faz doer
Que tristeza a minha
Não conseguir me desvencilhar
Não deixar de amar
Quem de mim só quis zombar
Que loucura a minha
Desse jeito me entregar
E ver passar a vida
Sem conseguir nada mudar
Que vingança a sua
Pensada, pausada e articulada
Com toda a maestria
De um mestre vingador
Que triunfo o seu
Que no mais vil dos sentimentos
Conseguiu matar em mim
A vontade de viver
(Nane-25/05/2015)
Diz o ditado que vingança é um prato que come frio. Deve ser porque se estiver quente vai queimar a si mesmo. E frio, quem sabe uma indigestão. De qualquer forma, não é um prato bom de se comer.
