Vida Vagao de Trem

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O poeta entra no elevador
O poeta sobe
O poeta fecha-se no quarto
O poeta está melancólico.

Ó madrugada, tardas tanto... Vem...
Vem, inutilmente,
Trazer-me outro dia igual a este, a ser seguido por outra noite igual a esta...

Vem trazer-me a alegria dessa esperança triste,
Porque sempre és alegre, e sempre trazes esperanças,
Segundo a velha literatura das sensações.

Vem, traz a esperança, vem, traz a esperança.

Álvaro de Campos

Nota: Trecho do poema "Insónia".

É mais seguro escrever do que falar; falando improvisamos, para escrever refletimos.

"Sabia dizer de tal modo a uma senhora idosa que a achava cada vez mais jovem, que a senhora subitamente remoçava, e a mentira se resolvia em verdade."

Quando afirmamos que o passado foi melhor, condenamos o futuro, sem conhecê-lo.

– Se eu soubera, dizia Soares, que no fim de tão pouco tempo a senhora me faria beber fel e vinagre, não teria prosseguido em uma paixão que foi o meu castigo. Fernanda, muda e distraída, mirava-se de quando em quando em um psyché, corrigindo o penteado ou simplesmente admirando a esquivança desarrazoada de Fernando. Soares insistia no mesmo tom meio sentimental. Afinal, Fernanda respondia desabridamente, exprobrando-lhe o insulto que fazia à sinceridade dos seus protestos.
– Mas esses protestos, disse Soares, é que eu não ouço; é exatamente o que eu peço; jure que eu estou em erro e fico contente. Há uma hora que lho digo.
– Pois sim...
– O quê?
– Está em erro.
– Fernanda, juras-me isso?
– Juro, sim...

Machado de Assis

Nota: Trecho do conto Fernando e Fernanda (1866).

Da morte apenas, nascemos imensamente.

Soneto de Montevidéu

Não te rias de mim, que as minhas lágrimas
São água para as flores que plantaste
No meu ser infeliz, e isso lhe baste
Para querer-te sempre mais e mais.

Não te esqueças de mim, que desvendaste
A calma ao meu olhar ermo de paz
Nem te ausentes de mim quando se gaste
Em ti esse carinho em que te esvais.

Não me ocultes jamais teu rosto; dize-me
Sempre esse manso adeus de quem aguarda
Um novo manso adeus que nunca tarda

Ao amante dulcíssimo que fiz-me
À tua pura imagem, ó anjo da guarda
Que não dás tempo a que a distância cisme.

Não te rias de mim, que as minhas lágrimas
São água para as flores que plantaste
No meu ser infeliz, e isso lhe baste
Para querer-te sempre mais e mais.

Não te esqueças de mim, que desvendaste
A calma ao meu olhar ermo de paz
Nem te ausentes de mim quando se gaste
Em ti esse carinho em que te esvais.

Não me ocultes jamais teu rosto; dize-me
Sempre esse manso adeus de quem aguarda
Um novo manso adeus que nunca tarda

Ao amante dulcíssimo que fiz-me
À tua pura imagem, ó anjo da guarda
Que não dás tempo a que a distância cisme.

Meu amor! Meu anjo! Bom dia, meu trem lindo, movido a vapor de pétalas florais,
Tu és a única linha que eu sigo,
Embarquei e nem importei com o que deixei pra trás.
Não sei nem mesmo para onde vais,
só quero continuar avistando paisagens belas e depois ser o homem capaz,
Da cabine principal, tornar-me teu maquinista, para que não pares jamais.
E até que chegue o meu fim,
Que tu se mantenhas forte e bastecida,
Exale, acima de mim, todo aquele frescor de vapor, flores de jasmim.

Feito um trem encantado, o novo ano vai chegar, e dele somos os vagões ou locomotivas, levando nossos desejos para as estações dos dias, que dependem da nossa luta para fazer dos sonhos realidades!

Perdi o trem, perdi a hora, cansei do amor...
Fiz as malas, fui embora.

Nem o homem sábio nem o corajoso
se deita nos trilhos da história
para esperar que o trem do futuro o atropele.

Sempre haverá amor,
sempre haverá o bem,
numa via de mão dupla
com a força de um trem.
Alguém ajuda você
e você ajuda alguém.

Bráulio Bessa
Um carinho na alma. Rio de Janeiro: Sextante, 2019.

Nota: Trecho do poema Sempre haverá um alguém.

...Mais

Se você tomar o trem errado, de nada adiantará andar pelo corredor no sentido contrário.

Eu me sinto um estrangeiro
Passageiro de algum trem
Que não passa por aqui
Que não passa de ilusão.

Para quem não sai, em tempo, de cima da linha, até apito de trem é mau agouro.

Guimarães Rosa
A hora e vez de Augusto Matraga. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2017.

⁠Eu entrei no trem errado. E esse mesmo trem me trouxe até aqui. Ele me trouxe para o lugar que eu ansiava por vir toda manhã e toda noite. Ele me trouxe ao meu destino.

Você quer sair do trem antes que te empurrem.

No balanço do trem
Gente que vai
Gente que vem
... Sonhos da janela do trem
Crianças, mães, olhares anônimos
Viagem com destino certo
Sonhos sem destino
Entre passado e futuro
Amor bandido
Desabafo em lágrimas
Fogo da paixão
É hora!
No balanço do trem
Sonhos sem destino
Vidas separadas
Até o próximo
Balanço do trem!

As Mudanças

"Vou mudar pra melhor!" Dexamos no ar... Tudo que é novo pode trazer tremores.
A novidade é o máximo. Seja capaz e acredite, não é questão de sorte ou simplesmente um acaso da vida. É algo mais íntimo e pode estar estritamente relacionado ao trilhar um caminho, seguro ou não? Mas, de forma planejada. Que seja um objetivo que tenhas chances de alcançá-lo. Uma das metas principais deve ser a busca da paz interior e da felicidade, externada através de ações que conquistem o próximo.
Mude e não esqueça de deixar no ar um clima de esperanças; não temas, pois tudo pode acontecer. Prepare-se, lute e conquiste com sabedoria. Reflita e seja você mesmo. Assuma os riscos e aprenda com os erros.
Viva, aceite as mudanças e renove-se a cada instante.

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