Versos Sobre as Árvores
Os pássaros içaram vôo
O vento vinha suave - quase não o percebo
Até que tocou as árvores, as grandes e magníficas árvores
Algumas folhas caíram - algumas dezenas delas
Mas, tantas outras milhares ficaram
Então vi - tive a mais linda revelação
A vida também é breve
Fruto do prazer
Árvores de alma e carne
Galhos de braços sensíveis
Flores de olhos me acalme
Bons frutos se fazem impossíveis
Núcleo dos meus desejos
Centro de minha atenções
Entranhas que me perco de beijos
Doces e desejosas tentações
Frutos vestidos em prazer
Colhidos em vários sentidos
Doce fruto que existe em você
Pecados entre pernas, escondidos
Tarde ou cedo, eu irei cometer.
Um livro só em nada representa, a outro passo que inútil é plantar uma árvore e deixá-la à sorte do tempo e do vento.
Precisamos cultivá-la, cuidar com carinho e atenção, e logo em seguida rezarmos para que ela dê bons frutos.
Dizem que um homem se completa a partir do momento em que escreve um livro, plantar uma árvore e tem um filho.
Por último, e não menos importante, colocar simplesmente um descendente no mundo em nada completa a missão de um homem. A grande razão é educá-lo, amá-lo e criá-lo de forma justa e serena.
No verão não te verei mais.
Restarão as fotografias que sei de cor e a brisa nas árvores...
E se chover dentro de mim, me tempestuarei nas páginas de um bom livro com uma história de vidas retalhadas.
Você sempre foi meu verso favorito, apesar de inverso e feito á mão.
Eu deixarei te esquecer, enquanto as luzes cintilantes invadem meu quarto.
Todos nós aprendemos, cedo ou tarde.
Pois hoje faz frio, mas amanhã terá sol.
Momentos são como sementes podem
parecer pequenas diante da arvore,
mas foi destas pequenas coisas que
veio todas as florestas.
São de pequenos momentos felizes,
que embebidos no tempo, nos trará
no futuro a lembrança de uma vida
que valeu a pena, totalmente feliz.
Eu sou um alquimista descobrindo
as maravilhas do mundo e da vida,
eu amontoo palavras e tempo que se
transmutam em poemas,
eu junto notas, diferentes
sons e tempo, formo acordes que se
transmutam em canções.
Eu junto o solo a água, a
semente e o tempo, que se
transmuta em uma arvore
e que se transmuta em sombra,
beleza e fruto. Eu sei que tudo esta
em movimento constante, por isso
fico atento as sementes que estou
lançando ao vento e ao tempo,
pois sei que tudo floresce neste lugar,
se ainda não percebe isso é por que
você esqueceu de embeber no tempo.
Casa velha;
Cheira poeira, mofo.
As árvores te dão as sombras;
As sombras te descansa no calor.
O sol ilumina sua imagem.
Casa velha tu és!
Nas noites és sombria;
Ninguém se aproxima;
O medo domina.
Casa velha;
Quem te quer, quem te deixou?
Continua no mesmo lugar;
Casa velha;
Que te renovas?
Paredes rachadas,
Telhado quebrado;
Quarto escuro;
Sala sem luz...
Mas ainda seduz.
Houve alguém,
A quem te planejou,
Nunca esquece...
Teu coração padece.
Mas ainda há forças,
Continua em pé.
Sobrevive o frio do inverno sozinha,
Mas casa velha...
Não de seu tempo...
Mas, de um passado.
Seus olhos molhados.
Sabe...
Há alguém do outro lado...
Que ainda te quer.
Passaram-se os dias...
A luz retornou.
A alegria bate a porta...
A porta se cai,
És tu que anseia,
Que adentre alguém...
E viva contente...
Em seu interior.
Paulo Sérgio Krajewski.
31 de Março de 1998.
Tem o céu, noite de brisa livre; tem o chão as árvores. E na trilha, uma dor.
Ele chora a dor de uma mordida em seu coração.
Sangra. Um rio bento correndo.
Salga a visão. O corpo não corrige.
Partem vãs as verdes esperanças.
Melodias saindo curvas, oscilantes entre passos que levam avante indo em outra direção.
"Tudo que começa lindo, deve terminar perfeitamente lindo.
Pois até a mais bela das árvores, a Cerejeira;
Deixa de enfeitar sua copa,
Para que dessa vez ela floresça em seus pés..."
A DANÇA
Sopra o vento e as árvores balançam
Até parece comigo querer dançar
Com seus galhos envoltos em meu corpo
E suas raízes no chão à fincar
Gotas de chuva caem tornando o céu cinzento
Encobrem as estrelas: jogo de luz natural
Trazendo então uma sintonia
A cada toque na terra já arada
E começo a dançar em círculos
sentindo a folhagem tocar meu rosto
Molhando meu corpo já suado
Com a chuva forte que cai
Trovões e raios riscam o céu cinzento
E em círculos continuo dançando aquele som estonteante
Cada vez mais rápido giro e sinto as folhagens
Daquela bela árvore... que me convidou à dançar.
Poesias, poesias, poesias, poderiamos então viver assim? Com poesias caindo das árvores como doces frutos, outrora azedos, mas sempre a nos dar a nítida sensação de pertencimento.
Sentir-se vivos, de braços abertos para o céu, livres como pássaros, suaves como folhas ao vento, coloridos como arco-íris e tão breves e refrescantes como chuva fina de verão.
Fernanda.
O Final do que nem começou
Sou uma rua
Esquecida pelos governos
Sem árvores , sem asfalto , sem luz , sem nada
Sou um barco, abandonado ao léu
Sem amarras, sem âncora nem proa
Nem velas a serem içadas
Sou um espelho embolorado
Úmido e velho, quebrado
Ninguém, nem nada reflete em mim
Sou uma casa vazia
Sem tapete peludo e vermelho
Sem vaso de flôr na porta entrada
Sem familia dentro dando risada
Sou um livro velho , antigo... Empoeirado , sem capa, largado
Desordenado, páginas rasgadas
Sem marcador a despencar na estante...
Abra-me e você vai ler uma história que não começou
E brutalmente se acabou...
Imbatíveis
Mesmo as folhas mais altas da mais alta árvore não resistiria ao vento que transborda de nosso amor!
Para aquele que amo demais, meu bem!
Árvores acesas
Na memória está ainda o presente.
Suga-se o som para dentro do miolo porque nesse momento é de onde se tira a felicidade.
Movimento tudo que eu quiser. Pra onde eu quiser.
Na música da vez viola e viola e viola. Viola Sendo violada pelo dedilhado.
A compreensão é maior do que a assimilação.
O entendimento prevê o futuro enquanto se torna passado.
Cor de madeira molhada ao ver as mãos executando tarefas de escrever.
Cheiro de sua própria casa esquecido ou pouco percebido.
Combinam com cravos.
Pensamentos alcochoados em nuvens simuladas pelos olhos cerrados.
E fico feliz por algumas vezes experimentar de mim mesmo como um observador.
Alguém que consegue entender porque as palavras tenor e italiano são sinônimas.
como se flagrasse a inteligência trocando de roupa e a criatividade a sonhar.
E eu sigo,
Sendo assim.
O vento espalha um ar empoeirado que não deixa vestígios de folhas nas árvores, a imensidão se estende sob meus pés, conseguiria fugir deles se quisesse? ao longe um horizonte marcado de esperança, aqui o viço da juventude que se dissipa pelos cantos; mas; é preciso que as idéias
saiam de minha cabeça, ora, elas se alojam onde puderam; Juno é indefeso, é ´preciso protege-lo; meu marido não protege nem a si próprio, de que outro modo poderíamos viver senão aqui?
Cigarras
Em meio as árvores
E as folhas que caem de seu topo
Eu canto
Em meio ao som dos pássaros
Dos grilos , dos carros
Eu canto
Aquele rapaz que esta só
Pensando , refletindo
E adimirando o verde do parque
Para ele eu canto
Canto e encanto
Canto e não canto
Junto ao som do pingo do vinho
Forma-se a melodia
E enbebedo-me com a mais simples
Alegria,por isso canto.
Duas árvores plantadas uma ao lado da outra, nunca são iguais.
Podem passar pelas mesmas tempestades, mas o importante é que quando a primavera chegar suas raízes estarão mais fortes e suas flores serão mais bonitas, para que possam alegrar as pessoas que por ali passam, e não enxergam as diferenças.
