Versos de Silêncio
Um sonho distante, em silêncio a brilhar, nos corações e na mente fazia morada sem parar. Laura, o desejo que o tempo guardou, até que em amor, a vida te chamou.
Era sonho, da dinda , do papai , da mamãe e dos irmãos, promessa, doce ilusão, hoje és realidade, puro coração.
Cada sorriso teu é um milagre a cada amanhecer, és a razão de todo o nosso viver.
De sonho a verdade, vieste pra ficar,Laura, estrela que o céu, a Terra quis presentear.
És o presente que a vida nos deu, minha afilhada, o sonho mais lindo que se realizou e cresceu.
Saudade
A saudade ecoa no silêncio
Do não dito
Do desejo em estar ao seu lado,querido!
A saudade implora
De forma dolorosa
Nos momentos que vivemos juntos
A saudade surge numa tarde fria
Numa fúria louca pela sua boca
No seu cheiro lisonjeiro
Que impetra minhas entranhas
Enquanto não a posso matá- la
Ela me devasta
Como uma forma nefasta
E de tanto amar você não me mata
Sentado em silêncio, o velho a pensar,
Com a mente cansada de tanto esperar,
No rosto marcado, um traço de dor,
Carrega no peito um profundo clamor.
As contas nas mãos, deslizam sem fim,
Cada nó, um segredo guardado em si,
O tempo que passa não traz mais razão,
A vida esculpida na pura solidão.
O olhar vazio, perdido em si mesmo,
Parece buscar algum outro enredo,
Mas o peso do mundo o faz inclinar,
A alma se curva, sem forças pra andar.
Talvez seja a espera por algo que vem,
Ou memórias antigas de alguém que se tem,
Na quietude da pose, o cansaço revela,
Uma história profunda que a vida desvela.
Cores vibrantes, contraste feroz,
Mostram o grito que não tem voz,
E o velho sentado, em meio ao torpor,
É o retrato da vida, em busca de amor.
Janeiro
O silêncio é uma arte de luz que ilumina a nossa mente mesmo quando torcidos pelo sono, somos seres conscientes despertos pelo eco da nossa mente.
O Silêncio que Fica
No silêncio das noites sem voz,
Onde o eco do riso se apaga,
Fico só, com a saudade feroz,
E o vazio que em meu peito naufraga.
Os amigos partiram no vento,
Como folhas caídas no chão,
E eu, prisioneiro do tempo,
Sigo preso à minha solidão.
O amor, que um dia brilhou,
Hoje é estrela distante, sem cor,
E aqui, onde tudo parou,
Resta apenas o peso da dor.
Mas entre sombras e ausências,
Talvez haja um novo amanhecer,
E nas margens da minha paciência,
Quem sabe, eu volte a renascer.
Pois a solitude é escolha cruel,
Mas no fundo há algo a ensinar:
Que mesmo no vácuo de um céu,
Ainda podemos voar.
Um coração magoado chora em silêncio,
Coberto de lágrimas que caem ao vento.
No outono sombrio, as folhas se vão,
Levando consigo a última ilusão.
O frio se instala, endurece a paixão,
E o amor já não encontra mais chão.
As flores murcharam, o riso calou,
A primavera, quem sabe, nunca chegou.
Mas no ciclo da vida há sempre um renascer,
Mesmo no peito que teme sofrer.
Sob as cinzas do outono, a esperança refaz,
E um novo amor brota na estação da paz.
Silêncio na Porta Fechada.
Pai, por que não batestes na porta?
Nós esperávamos ansiosos por ti.
No vazio da noite restou o silêncio.
O som mais cruel que ouvi.
Saudade! Do sorriso no teu rosto cansado.
Do toque das tuas mãos calejadas em mim.
Caístes do quinto andar pai,
Não voltastes do trabalho sem fim.
Por que não gritastes o perigo da obra?
Um trabalho sem dignidade, sem proteção.
Nem sequer te treinaram pai.
Restaram as marcas do teu sangue no chão.
Pai, que teu nome seja lembrado,
Não como um número em uma estatística fria,
Mas como o grito do filho que não pode mais esperar,
Que a porta se abra ao final do dia.
O berro de um silêncio agônico, restringido por emoções embaralhadas.
Escolhas egotistas, para o bem-estar unilateral.
Verdade conviniente para sair do conforto instaurado.
Medo do tempo constante e infinito, ao deixá-lo dizer o que foi a nós.
Inevitável o apagar de risadas em seus mais puros momentos.
Ódio e decepção de um olhar, regado de energias durante o que acreditamos ser nosso.
Após a chuva no concreto quente, suas gotas são evaporadas para um novo clico de tempestades e serenos.
Escorra e diga. Pingue e Viva. Acumule e Chore.
Derreta e Amadureça.
De vida para aqueles que não tem.
Você deveflorescer em seu tão amado clima equatorial úmido.
Trago folhas por dentro do silêncio que me acende
À noite, as palavras fugiam
Cercadas de mistérios e dúvidas.
Um círculo azul me envolveu no agora translúcido de ecos.
(Suzete Brainer).
A Inscrição do Silêncio
As palavras são folhas do meu caderno por dentro do corpo.
As anotações registradas na minha alma
Tocam música,
Plasmada do silêncio que eu sou.
(Suzete Brainer).
O silêncio
Que esplêndida lagoa é o silêncio
Ali na margem um sino espera
Mas ninguém ousa afundar o remo
No espelho das águas quietas
Eu só desejo o silêncio.
Mas estaria a mentir se dissesse que não ansio os teus gemidos suaves no meu ouvido.
"81.107 x 0"
Toda manhã, a solidão do silêncio me consome, minha consciência pesa,
A vontade de viver some, a tristeza me atravessa.
"Ego cheio, mente vazia", é assim na correria do dia a dia,
Com medo de ser nada, e de nada ser,
O que devo fazer?!?!?.
Estou cansada, não quero mais,
Me rasgo pelos outros, e para eles o corte é sempre pequeno demais.
Quero fugir para longe, ou simplesmente desaparecer,
Não posso me prender ao que me faz mal, mesmo que às vezes pareça me preencher.
