Versos de Silêncio
Eu prefiro o silêncio daqui...
Estou cansado da Terra, dessas pessoas... estou cansado de me envolver nos conflitos de suas vidas.
Na pele da folha, em silêncio repousa,
uma lágrima pura, tão leve, tão fria,
nasceu da saudade que a noite entoa
e chora calada ao nascer do dia.
Não é dor que fere, nem pranto humano,
mas eco de estrelas que já se apagaram,
memórias do vento, de um sonho insano,
que os galhos guardaram, mas nunca contaram.
Lágrimas de orvalho não gritam, não caem,
apenas se entregam à luz que desponta.
E o sol, sem saber, quando as toca, trai —
desfaz em silêncio o que a alma conta.
Talvez seja assim também dentro da gente:
um brilho discreto no fio da manhã,
que esconde um universo em cada semente,
e morre sem dor... mas não sem razão.
Silêncio não por ignorância,
mas por sabedoria...
cada pausa minha é um pensamento de quem enxerga tudo
e escolheu não se revelar.
"Ser maduro emocionalmente é saber quando o silêncio vale mais do que a reação."
— Maycon Oliveira
Essa frase foi escrita por Maycon Oliveira – O Escritor Invisível, autor do perfil ‘O_Escritor_Invisivel’ no site Pensador.
@o_escritor_invisivel
“O silêncio de quem já gritou por dentro…
não é calmaria.
É cansaço.
Não é paz.
É desistência disfarçada.
Porque chega uma hora…
em que falar já não faz mais sentido.
A dor vira eco,
o coração se fecha,
e o silêncio vira proteção.
Quem silencia…
nem sempre está em paz.
Às vezes…
só cansou de não ser ouvido.
Porque o que machuca…
não é o silêncio.
É tudo o que foi dito antes dele… e ignorado.
O silêncio também é resposta… só que dessa vez, é o fim.
A voz do coração
No silêncio da noite, quando a lua velava,
o poeta viu a donzela, e sua alma clamava.
Ela andava entre sombras, um sonho a vagar,
e seu coração ardia, impossível calar.
Cada passo dela, um verso em chamas,
o céu sussurrava seu nome entre as ramas.
E o poeta, perdido em desejos e dor,
ergueu sua voz, transbordando de amor.
"Quem és tu, musa, que rouba o meu ar?
Que faz do meu peito um vulcão a pulsar?
És feita de sonho, ou de carne e essência?
És amor ou loucura, és dor ou presença?"
Ela sorriu, como quem sabe a resposta,
e o tempo parou, como a vida em aposta.
E assim, no olhar que ambos trocaram,
o destino selou: seus corações se encontraram.
Medo de Ser Esquecido
por Marcos, escritor da literatura brasileira
No silêncio do peito bate um tambor,
eco de um medo antigo, disfarçado em amor.
O homem calado, o copo na mão,
esconde a insegurança em falsa razão.
Acha que vai ser trocado,
por alguém mais novo, mais ousado.
Mas não vê que o amor não se mede na idade,
e sim na alma, na cumplicidade.
Falta coragem de se mostrar frágil,
de dizer: "Eu tenho medo de não ser mais ágil."
Chora por dentro, mas ninguém vê,
vira tempestade pra não se perder.
A bebida embriaga, mas não apaga,
a dor da mente que sempre divaga.
Fica agressivo, grita, se fecha,
mas tudo isso é só a alma que se queixa.
Homem que ama, também sente frio,
mas prefere o orgulho ao desafio.
E no fundo, só quer ser amado,
sem o risco de ser trocado.
ECOS DO SILÊNCIO
amanhecerá
entre a penumbra de um dia e outro
o ruído do silêncio fazendo eco na madeira dos móveis
o criado-mudo tão mudo quanto antes
estático na sua velha roupagem de verniz vencido
— o tempo deixa marcas me disse, mudamente
— e eu que achava que não... sorri sardônicamente
silêncio lá fora. barulho lá dentro
o vento soprando as horas como se o tempo fosse vela
entre um silêncio e outro [o ruído do tempo]
esse barulho que não passa... virá de fora ou virá de dentro?
No silêncio noturno
ilhéu da Ilha do Quiriri
Um olhar profundo
como um banho de estelar
Dos pés a cabeça
a amorosa emergência
A fortuna poética
que não dá para disfarçar
Navegando neste estuário
tenho consagrado
a rota do atemporal rimário
Daquilo que ninguém conta
sobre a Baía do Babitonga
reafirmo o pacto com o tempo.
Poema de Um Deus Cansado
Se Deus mora em mim,
às vezes o ouço bater na porta pedindo silêncio.
Cansado das preces vazias,
das promessas que não fizemos,
do amor que juramos sem sentir.
Ser divino é carregar o peso de um céu inventado
pelos que têm medo da liberdade de ser terra.
Metade que Respira em Silêncio"
Eu sinto um nome que nunca ouvi,
um toque que nunca me alcançou,
mas que arrepia a alma...
como vento que dança antes da chuva.
Não é ausência, é espera...
Não é saudade, é presságio...
Há um coração batendo ao avesso do meu,
na mesma frequência de um sonho que insiste.
Sei que existes, embora a pele ainda negue.
Teus passos erram rotas que o destino disfarça...
mas tua procura é uma prece que escuto
nas entrelinhas do silêncio do mundo.
És verso que me falta no poema...
sombra que se encaixa na luz do meu riso...
eco do que sou quando fecho os olhos
e confio que o amor tem memória.
Um dia, teu olhar vai tropeçar no meu,
não como acaso, mas como retorno.
E saberemos, sem perguntar,
que enfim, encontramos o caminho de casa.
Vejo no amor um véu de silêncio e incerteza... figura que se insinua entre o sensível e o inteligível, como a sombra nas paredes da caverna: ora abrigo que consola, ora ilusão que se desfaz ao se voltar para a luz.
E, paradoxalmente, reconhecer esse véu é, por si, uma forma de clareza... como se a própria dúvida fosse um indício de profundidade, e o enigma, uma morada possível para aquilo que não se deixa capturar por inteiro.
Noite vazia/cheia
O silêncio da noite
Um show estrelado por estrelas
Interpretam um silêncio
Um silêncio tranquilo
E tão inquieto, perturbador,
Assustador… como entender?
Depois de um dia cansativo
Chega por fim a noite vazia
Em que tudo e nada acontece
Onde pessoas e animais descansam
Ou uma invasão e roubo de algum humano
Onde animais acordam e vão viver a vida
Ou melhor pessoas com uma tal insônia
Algo que faz não conseguirem dormir
Por muitos motivos isso pode acontecer
"O silêncio é o maior argumento da vida"
Estar em silêncio e não falar é mais eficaz do que qualquer discurso ou justificativa. O silêncio pode demonstrar sabedoria, evitar conflitos, permitir a reflexão e até mesmo comunicar sentimentos complexos que as palavras não conseguem expressar.
Em uma casinha de taipa, uma garota corre feliz,
E, rajado de som, o silêncio é interrompido em uma pausa feroz.
O céu celeste, em rosa, se transforma, e o som vem, cheio de sentido e coração.
A menina, que corre, é uma senhora em um campo no outono,
Sem uma casa, mas com uma lagoa entre pássaros.
O céu rosa é celeste, e o som, mais feroz, vem à tona.
Embora o correr da menina senhora sinta falta,
O bem te vi voa, voa, em um quintal entre risos
"Mãe"
Ela não foi só corpo:
foi alma,
foi prece,
foi silêncio que entendia,
abraço que curava.
Ela partiu,
mas ficou no café quente,
no gesto distraído,
no calor que vem do nada
e me faz lembrar:
mãe não morre,
vira eternidade.
Mãe é verbo
Mãe é verbo.
Na língua da eternidade,
o feminino de Deus é silêncio grávido,
é oração de nove luas,
é evangelho que se derrama em leite.
E o Verbo se fez carne.
Não apenas carne —
mas ventre,
e, na tessitura de sangue e espera,
aprendeu a amar antes de saber o nome do amor.
A Mãe —
quarta pessoa da Trindade,
ausente nos púlpitos,
presente em todos os partos.
É ela quem cria o Deus que vai chorar no mundo.
A teologia não sabe,
mas o coração conhece:
Deus ensaiou o milagre da vida
no corpo que aceitou perder-se
para que outro existisse.
Todos são filhos.
E, por isso, antes da cruz,
houve um útero.
Antes do sacrifício,
houve uma mulher dizendo “sim”
com o ventre e com a alma.
No silêncio do fim do dia
Silenciosamente o sol desaparece numa fenda no horizonte
Tento...não consigo... não consigo meu amor confessar
parece que só o silêncio torna possível,
possível exprimir....
só o silêncio consegue esse amor traduzir.
É tão difícil...
Vencer o silêncio?
Não... não é um silêncio pra ser vencido...
O silêncio entre nós é audível,
é todo o nosso dizível....
é visível e todo colorido.
É tão silencioso....
Entre nós tudo,
tudo é tão intensamente silencioso.
Sabe o que é tão difícil?
... a tristeza que o fim do silêncio pode causar,
estou achando mais fácil
suportar um silêncio que não para de falar...
um silêncio que não cala
porque tem medo de ouvir e não suportar.
só pra me alegrar....
Quem sabe?! No silêncio do fim do dia ouço você me dizer que pra sempre irá me amar?
... e todo meu medo dessa escuridão apagar?
Na raça
Em silêncio e sozinho encontrei caminhos que jamais havia percebido antes,
A dias que só agente sabe o que passamos para sobrevivê-los,
Os falsos amores e as palavras vazias vão e vêm, mas em nós elas ficam por mais tempo e nos causam tormentas dolorosas,
Me ensinaram a viver sem máscaras, porém tive que descobrir na raça que o mais sábio a fazer é dançar com máscaras também,
Ser diferente, se apresentar verdadeiramente como somos nesse mundo não é o ideal racional.
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