Versos de Flor
A ESTRELA QUE NÃO VI
Entre a flor e a estrela
Mora o meu amor
Na centelha divina
Mesmo que num canto de dor.
Quisera esquecer-te
Se não posso ter-te
Entre o espaço e o firmamento
Entre a tempestade e o vento
Que passa e perpassa -me os poros.
Choro! Pela flor que não colhi
Pela estrela que não vi
Na noite melancólica e triste
E que mesmo triste, se acabou
Num raio iluminado de sol
Entre a flor que não te dei
E a estrela que não vi.
'SOBE A LUZ DO LUAR'
Você é minha poesia.
és a flor mais bela na minha primavera.
És meu encanto,
Em todos os cantos da terra por onde eu andar ...
És amor carinho, desejo e presença;
Ao meu lado
Adornado de coerência
Para eu te amar !
Venha !
Vamos trilhar novos caminhos,
Por onde iremos passar,
Plantar um belo jardim,
Dormir abraçados ao relento, no cheiro das flores, sobe a luz do luar !
Maria Francisca Leite
Direitos autorais reservados sob a lei - 9.610/98
...
Iniciei desencarnado.
E encarnado.
Escolhi uma flor.
És Margarida.
O primeiro elo se fechou.
E o destino começou.
Na conexão de um cordão.
No poder do livre arbítrio.
Prossegui incorporado.
E decidido.
Escolhi mais uma flor.
És Girassol.
O segundo elo se fechou.
E o jardim angariou.
O branco, o amarelo.
E as bênçãos do Astro Rei.
Avancei encorajado.
E despreparado.
Busquei o meu caminho.
Esbarrei com alguns espinhos.
E concebi uma linda Prímula.
És minha primeira rosa.
Mas meu terceiro elo se quebrou.
E o jardim virou saudade
Melancolia e pétalas de lembrança.
Resisti entorpecido.
E aliviado.
Conheci mais uma flor.
És orquídea.
O meu sonho restaurou.
Atravessei o mar com ela.
E o quarto elo se fechou.
És mulher.
Seja ela qual flor.
#LABIRINTO
Talvez houvesse uma flor...
Ai de mim, que nem pressinto...
O labirinto que habito...
O peso das estrelas me é leve...
Onde hoje me sentei a perguntar...
Que vale a pena esperar?
E aguardo os sonhos...
Enquanto secretamente moro em meu jardim...
Pedras e trepadeiras se enroscam...
Pássaros, borboletas e beija-flores...
Perfume de jasmim...
Como ontem já não sou mais...
Tempo fugaz...
Vida tão passageira...
As nuvens, uma a uma...
Passando a correr...
Renovo o fogo que perdi...
Mas o que sou nem eu sei…
Deserto de águas sem fim...
O céu azul, chamarei de meu…
Enquanto tudo mais passa...
Sob o vento triste...
Que espalha as folhas abandonadas...
Sandro Paschoal Nogueira
facebook.com/conservatoria.poemas
Flor azul
Encontrei uma bela flor
Em um jardim sem cor
Era você sorrindo
Guardando seu amor
Meu mundo cinza coloriu
Quando em você viu
A cor do céu tão perto
Ao sair de um deserto
Flor azul tão bela
Não existe como ela
Te levarei comigo
E te regar em meu abrigo
O sol nascer veremos
Juntos a admirar
E ao se por estaremos
O mesmo a contemplar
Vou cuidar de ti
Para tê-la sempre aqui
Bem perto de mim
Pra sempre juntos até o fim
Roney
Caminhando sobre a grama,
Me delongo da distância e do pensamento
E logo a flor viajante se mostra à frente..
O cantar do Calhandra, abrandar meus ouvidos...
As folhas das árvores no balanço suave...
Sinto o vento passando pelo meu corpo,
O perfume das flores é tão puro!
Logo o sol brilha escaldante, atravessando meu ser
O céu está completamente sem nuvens.
A forte energia daqui me encanta!
A visão que, debaixo do arvoredo,
Me encontro disperso no chão
Eu poderia viver mil vidas aqui,
E em todas elas, eu estaria tomando uma sombra, sentindo a brisa.
Flores de respeito
Eu tenho o meu valor
Não me vendo por presente
Não precisa me dar flor
Se em casa você mente
As flores eu mesmo compro
Só quero respeito e pronto
Não sou nenhuma carente.
A flor da minha vida
Era uma flor quando eu a conheci,
Suas folhas eram escuras e lisas,
Seus espinhos perfuravam o coração em mim,
Seu aroma se espalhava por entre as brisas,
Eu adorava observá-la.
Mas eu vi um homem carrega-la
A tristeza em mim bateu
E a lagrima que não havia em mim escorreu
Como uma faca penetrante eu vi
A dor que no meu peito senti.
Foi então que eu percebi
A flor que eu admirava sumir
Ela tinha murchado
E uma nova flor eu tinha achado.
A flor que apareceu na minha vida
Era uma flor quando eu a conheci,
Suas folhas eram escuras e lisas,
Seus espinhos eram grandes que perfuravam no coração,
Mas seu aroma me deixava louco,
Eu adorava observá-la.
Mas até que um dia eu vi um homem com a flor nos braços,
Eu fiquei triste
E a lagrima que não tinha em mim jorrava como cachoeira.
A dor era como se fosse um corte de uma faca no meu peito.
Foi então que eu percebi que a flor que eu admirava tinha murchado
E uma nova flor eu encontrei.
Sem você
Minha flor de formosura,
Minha doçura e meu amor,
Tu és um poço de ternura,
Antídoto para minha dor.
Sem você,não sou nada,
Seria como um castelo vazio,
Uma casa abandonada,
Um duro e inquietante frio.
Ficaria sem rumo como o vento,
Parado como uma fotografia,
Mergulhado no poço do sofrimento,
Sem a mínima harmonia.
Por você moveria montanhas,
Seria colossal como um titã,
Faria mil e uma façanhas,
Como um louco e alucinado fã.
Sem você sou simplesmente vazio,
Um campo solitário e sem flor,
Um barco sem o mar,
O sentimento de uma dor.
Sem você,
Seria um bosque sem beleza,
Uma floresta triste e silenciosa,
Um castelo sem princesa,
Uma estrada tortuosa.
Sem você, sou os pássaros sem árvores,
Uma tristeza absoluta,
A superfície gélida de um mármore,
Uma derrota após a luta.
Lourival Alves
Ela é força
Ela é fé
Ela é flor
Ela é mulher
Ela é acordar
Mesmo sem dormir
Ela é chorar
E assim sorrir
Ela é cansaço
Ela é abraço
Ela é refúgio
Ela é amparo
E por mais que não pareça
As vezes perdida pela cabeça
Ela gosta do jeito Ela de ser
Mulher
O vazio revela a luz de um lindo sentimento pedindo pra nascer
Como uma linda roseira querendo florir fora de época...
As vezes me sinto um rio represado
Outras um mar revolto e imponente...
Mas o que sou ?
DOCES DOMINAÇÕES
uma flor
pertenceu o beija-flor
que povoou meu coração
trespassado de violeta emoção
que bebeu amor
na taça da flor
Rosas caídas
Rosa rosinha
que tão bonitinha,
a flor de menina,
menina sozinha,
tão caidinha
parada em esquina,
sem mais esquiva,
sem perspectiva
cadeira vazia,
no teto a armadilha
de rosas caídas
sem cor e harmonia,
no céu um jardim
de flores sem vida,
espinhos sem fim
presos a ferida
