Versos Curtos de Amor Ciumes

Cerca de 261103 frases e pensamentos: Versos Curtos de Amor Ciumes

Sim, sou eu, eu mesmo, tal qual resultei de tudo,
Espécie de acessório ou sobressalente próprio,
Arredores irregulares da minha emoção sincera,
Sou eu aqui em mim, sou eu.

Quanto fui, quanto não fui, tudo isso sou.
Quanto quis, quanto não quis, tudo isso me forma.
Quanto amei ou deixei de amar é a mesma saudade em mim.

Álvaro de Campos

Nota: Trecho de poema presente no livro "Poesias de Álvaro de Campos", de Fernando Pessoa (heterônimo Álvaro de Campos).

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CÂNCER
(de 21 de junho a 21 de julho)

Você nunca avance
Em uma mulher de câncer.
Seu planeta é a lua
E a lua, é sabido,
Só vive na sua.
É muito apegada
E quando pegada
Pega da pesada.
É a mulher que ama
Com muito saber
No tocante à cama
Não sei lhe dizer...

Vinicius de Moraes
MORAES, V. de. A Mulher e o Signo. Rio de Janeiro: Rocco. 1980

O professor disserta sobre ponto difícil do programa.
Um aluno dorme, cansado das canseiras desta vida.
O professor vai sacudi-lo?
Vai repreendê-lo?
Não.
O professor baixa a voz,
Com medo de acordá-lo.

Carlos Drummond de Andrade
ANDRADE, C. D. “Mosaico de Manuel Bandeira” apud Bandeira a vida inteira. Edições Alumbramento. Instituto Nacional do Livro. 1986
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*SAGITÁRIO*
(de 22 de novembro a 21 de dezembro)

As mulheres sagitarianas
São abnegadas e bacanas
Mas não lhe venham com grossuras
Nem injustiças ou censuras
Porque ela custa mas se esquenta
E pode ser muito violenta.
Aí, o homem que se cuide...
- Também, quem gosta de censura!

Vinicius de Moraes
MORAES, V. de. A Mulher e o Signo. Rio de Janeiro: Rocco. 1980

Invejo as flores que murchando morrem,
E as aves que desmaiam-se cantando
E expiram sem sofrer...

Os médicos estão fazendo a autópsia
Dos desiludidos que se mataram
Que grande coração eles possuiam
Viscéras imensas, tripas sentimentais
E um estômago cheio de poesia.

Carlos Drummond de Andrade
ANDRADE, C. D. Brejo das Almas, 1934

Nota: trecho do poema "Necrológio dos Desiludidos do Amor" livro "Brejo das Almas"

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Partir!
Nunca voltarei,
Nunca voltarei porque nunca se volta.
O lugar a que se volta é sempre outro,
A gare a que se volta é outra.
Já não está a mesma gente, nem a mesma luz, nem a mesma filosofia.

Álvaro de Campos
PESSOA, F. Poesias de Álvaro de Campos. Lisboa: Ática. 1944 (imp. 1993). p. 307

Nota: Trecho do poema "Là-bas, Je Ne Sais Où..." de Álvaro de Campos, heterônimo de Fernando Pessoa

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A língua lambe

A língua lambe as pétalas vermelhas
da rosa pluriaberta; a língua lavra
certo oculto botão, e vai tecendo
lépidas variações de leves ritmos.

E lambe, lambilonga, lambilenta,
a licorina gruta cabeluda,
e, quanto mais lambente, mais ativa,
atinge o céu do céu, entre gemidos,

entre gritos, balidos e rugidos
de leões na floresta, enfurecidos.

Carlos Drummond de Andrade
BARBOSA, Rita de Cássia. Poemas eróticos de Carlos Drummond de Andrade. São Paulo: Ática,1987.

Meu fado é de não entender quase tudo.
Sobre o nada eu tenho profundidades.

Manoel de Barros
BARROS, M. Poesia Completa. São Paulo: Leya, 2011.

É melhor ser alegre
que ser triste
Alegria é a melhor
coisa que existe.

Vinicius de Moraes
Álbum "20 Grandes Sucessos de Vinicius de Moraes"

Nota: Trecho da música "Samba da Benção"

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É claro que a vida é boa (…)
E tenho tudo para ser feliz
Mas acontece que eu sou triste…

Vinicius de Moraes

Nota: Trecho de poema "Dialética", de Vinicius de Moraes.

Sou hoje um caçador de achadouros da infância.
Vou meio dementado e enxada às costas cavar no meu quintal vestígios dos meninos que fomos.

Manoel de Barros
BARROS, M. Memórias inventadas: a infância. São Paulo: Planeta, 2003.

Não exijas mais nada.
não desejo
também mais nada,
só te olhar,enquanto
A realidade é simples e isto apenas.

Mário de Andrade
ANDRADE, M., A Costela do Grão Cão, 1941

Quando o português chegou
Debaixo duma bruta chuva
Vestiu o índio
Que pena!
Fosse uma manhã de sol
O índio tinha despido
O português.

Oswald de Andrade
ANDRADE, O. Obras completas, Volumes 6-7. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1972.

Sou o sonho de tua esperança,
Tua febre que nunca descansa,
O delírio que te há-de matar!

Não te quero ter porque em meu ser está tudo terminado.
Quero só que surjas em mim como a fé nos desesperados.

Vinicius de Moraes
Antologia poética

Nota: Trecho do texto "Ausência" de Vinicius de Moraes

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Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.

Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades.

Luís de Camões

Nota: Trecho de soneto de Luís de Camões.

Felicidade é coisa que não tem nome. É silêncio que perpassa os dias tornando-os mais belos e falantes. Felicidade é carinho de mãe em situação de desespero. É olhar de amigo em horas de abandono. É fala calmante em instantes de desconsolo.
Felicidade é palavra pouca que diz muito. É frase dita na hora certa e que vale por livros inteiros.

De manhã escureço
De dia tardo
De tarde anoiteço
De noite ardo.

Vinicius de Moraes
Antologia poética

Nota: Trecho de "Poética"

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É momento de cicatrização...
A reconciliação daquilo que você deseja,
com aquilo que você não pode.
Cicatrizar é uma necessidade constante...

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