Verdade
Independência é aceitar a si mesmo antes da aprovação alheia. É defender a própria verdade e ter humildade para mudar de opinião caso seja surpreendido por melhores argumentos. Ser independente é preferir ao cinema com alguém, mas não perder o filme por falta de companhia. É vibrar quando lhe abrem um champanhe, mas não deixar de comemorar sozinho se a sua alegria basta para o brinde. Ser independente é fazer tudo o que se gosta junto de quem mais se gosta, incluindo a si mesmo.”
Mas não é verdade que nunca tivesses suspeitado desta tarde e desta fome: não é verdade que por um momento sequer tivesses tentado fugir à tua trágica determinação: não é verdade que alguma vez tivesses sequer pensado numa possibilidade de salvação: sabias desde o começo da consistência ácida do que tecias, e no entanto persistias nela, como quem penetra num beco sem saída, caminhando pela estreita dimensão que sabias desde sempre, intransponível: sim, tu sabias deste momento a construir-se desde o começo, e não fizeste nenhuma tentativa de evitá-lo: agora é necessário que enfrentes: embora talvez não soubesses do depois deste momento que se faz agora e portanto não possas estar preparado para o próximo momento: mas deste sabes: tudo se encaminhou para ele, e já não podes fazer mais nada, á não ser enfrentá-lo: tens ainda o que convencionaste chamar força: tens ainda todas as partículas de tua determinação: tens ainda a tua integridade, embora saibas que ela pode te destruir: pois então toma dessa fibra que a si mesma se construiu em solidão sob teu olhar espantando e impassível: toma dessa fibra feita de algo tão denso quanto o ódio: toma do teu ódio: agora enfrenta.
Somente quem tem plena convicção de sua verdade silencia quando deveria falar. Mas atentai que o homem não é uma ilha, por isto se comunica, e a perda e o isolamento são geralmente o preço do melhor dos silêncios.
Tudo o que não sei é que constitui a minha verdade.
EU NÃO ENTENDO! Por medo da loucura, renunciei à verdade. Minhas ideias são inventadas. Eu não me responsabilizo por elas. O mais engraçado é que nunca aprendi a viver. Eu não sei nada. Só sei ir vivendo. Como o meu cachorro. Eu tenho medo do ótimo e do superlativo. Quando começa a ficar muito bom eu ou desconfio ou dou um passo para trás.
Encontrei Deus nesta manhã,
enquanto eu ia pro trabalho.
Na verdade, topo com Ele de vez em quando
- ô Carinha para estar em todo canto!
Mas desta vez eu resolvi dar mais que um aceno
e fui lá ter um dedinho de prosa.
Perguntei se estava tudo bem com Ele,
e Ele disse que ia levando... muita dor de cabeça,
muita correria...
Eu imagino, lhe falei.
Não deve ser fácil ser Deus.
Daí Ele, cordialmente, perguntou de mim,
como eu estava.
Falei que eu estava bem,
que tinha conseguido
algumas coisas muito boas neste início de ano,
e que eu estava bastante empolgado
com meus novos desafios.
Ele sorriu.
Mas aí olhei no relógio,
vi que já estava atrasado
e me despedi às pressas.
Nem ouvi direito quando Ele disse
'abençoado seja, filho.'
E nem muito menos lhe abracei para lhe dizer
'muito obrigado, Pai'...
O mundo está mudando muito depressa. Na verdade isto não me surpreende nem um pouco. Mas eu deveria ficar surpresa por não estar surpresa...
Cada um chama de bárbaro o que não é de seu uso, como, em verdade, não parece que tenhamos outro padrão de verdade e de razão que o exemplo e a idéia das opiniões e usanças do país de onde somos. Lá esta sempre a religião perfeita, o emprego perfeito e acabado de todas as coisas.
Como eu não sabia o que era, então “não ser” era a minha maior aproximação da verdade: pelo menos eu tinha o lado avesso: eu pelo menos tinha o “não”, tinha o meu oposto. O meu bem eu não sabia qual era, então vivia com algum pré-fervor o que era o meu mal.
Eu brigo, bato, implico, grito, esnobo, mas a verdade é que eu vivo pensando em você e todos os meus atos são desculpas para estar ao seu lado.
Mas descobri que foi o príncipe azul, que na verdade era meu pai, que me ensinou a não ter medo de atravessar o rio enorme, profundo, gelado e escuro, da história que inventamos. Dentro da barraca que não é barraca, é lençol preso no teto com fita crepe. Ele me deu a capacidade de sonhar, o resto do mundo agora é comigo.
Talvez já esteja mais do que acidentada para ainda ter que enfrentar essa dor na carne, de verdade, sem ser apenas uma metáfora.
No fundo, no fundo, você sabe que é verdade...
então que taltrazer as verdades lá do "fundo" à tona! Mas, para encará-la de frente, arrastando-a pelo colarinho, precisa de uma boa dose de equilíbrio e coragem.
Tendo equilíbrio, é um bom exercício... um bom começo!
VERDADES ABSOLUTAS (OU OBSOLETAS)
Um antigo colega meu já dizia: “a verdade é relativa, depende de quem diz”. No entanto, o objetivo deste escrito não é relativizar a verdade, mas dar um norte de entendimento a quem busca por ela de forma sincera.
É certo que o ser humano através da semiótica dá vários significados diferentes a uma única coisa, algo exclusivo da nossa natureza intelectiva. Um deus pode ter várias faces, uma cultura ou costume podem ser bons ou ruins dependendo de onde se olha, Um réu pode ser culpado ou inocente perante o júri popular.
Protágoras, um sofista grego, dizia que a verdade é apenas uma construção humana, toda a verdade é relativa a algum ponto de vista e nenhuma verdade pode ser tomada como absoluta. Assim sendo, a verdade teria caráter subjetivo.
Mas será que, diante de todas as perspectivas, não há uma verdade maior e objetiva? Usamos a linguística para criar uma ordem comum estabelecida, nomeamos as coisas. Há uma ordem comum e aceita que diz que uma árvore é uma árvore e não um chimpanzé, mesmo que digam o contrário. No entanto, além dessa ordem, há ainda por trás de todas as coisas uma essência objetiva, um símbolo essencial.
Para o cristão, o cristianismo é a verdade Divina, enquanto para o ateu é a mais pura ilusão. Mas mesmo diante do olhar contraposto de cada um há um fato inegável de que o cristianismo puro é positivo no âmbito social, psicológico e, para quem crê, espiritual. Há uma verdade maior que torna insignificante o debate acerca da existência ou não de um deus.
O ser humano tem o péssimo hábito de criar argumentos em cima de casos isolados sem pegar o contexto por trás daquilo. Acreditar na verdade que me convém é sempre melhor que assumir a verdade do outro. Mostrar que estou certo é mais importante que assumir uma verdade concomitantemente síncrona. Só que assumir, muitas vezes, não é perder.
É aí que mora a quebra do paradigma do juízo de valor: Todas as verdades têm uma essência maior por detrás de seu véu, seja essa verdade boa ou ruim. elas deixam de ser “meias verdades” quando servem a um propósito maior que o de satisfazer o ego de cada lado segundo o seu próprio viés. buscar por essa verdade é o trabalho de todo pensador sincero.
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