Vento
Sinto o vento, não o vejo,
Mas ele sopra, suave, certeiro.
Assim é o que me guia,
Um toque leve da alma,
Um sussurro no silêncio.
Cléber Novais
É Deus que Conduz o barco do coração pelo Oceano da Vida, o Senhor é que muda a direção do vento nas velas do meu espírito, levando-me ao meu Porto Seguro!
Desacelerar dói, mas liberta. E, se liberta, pode curar. Ah, de vez em quando, corra contra o vento e veja as coisas de cabeça para baixo. Isso faz bem para aquilo que muitas vezes não damos valor, até perdermos.
Bom dia amores, que até o inverno traz flores. Rosas negras, cotovias, vida cheia de sabores. Vento leve esfria a face às rapinas tão selvagens. Sopro raso de rebojo a que a água cobre as margens. Outro dia, cotovia, outro dia, alegria. Sê-de inverno, sê-de mundo, horizonte, céu ao fundo. Eu respiro, eu existo, não me rendo, eu insisto. Que onde há luz também há sombra e onde há inverno faço ronda.
Um coração magoado chora em silêncio,
Coberto de lágrimas que caem ao vento.
No outono sombrio, as folhas se vão,
Levando consigo a última ilusão.
O frio se instala, endurece a paixão,
E o amor já não encontra mais chão.
As flores murcharam, o riso calou,
A primavera, quem sabe, nunca chegou.
Mas no ciclo da vida há sempre um renascer,
Mesmo no peito que teme sofrer.
Sob as cinzas do outono, a esperança refaz,
E um novo amor brota na estação da paz.
Para nós, que somos movidos pelo soprar do vento impetuoso. Nunca mudamos a tática.. é sempre dois, dois, um
Tão longa é a noite da solidão,
Dilacera e prende em prisão.
O vento frio pernoita na mente,
Choro embargado gera sem semente.
Vago é o coração sem amor,
Tristes os dias, eleva o clamor.
O tempo em paz, tão rápido se foi,
Agora é tarde, e isso me corrói.
Quem me ajudará a ser melhor?
Quando serei solto, ó meu Senhor?
Tudo me faz crer num Deus vivo,
Estou de pé, pois em Cristo sigo.
"O homem é como o pássaro dentro de uma gaiola, que lutará batendo as asas em meio ao vento; na incapacidade de se libertar; até que alguém o liberte, não necessariamente algo, à menos que este use."
TARDE PREGUIÇOSA
Largada numa rede
Sinto o roçar do vento
No balança suave
Vago em meu pensamento.
Folhas se balançam
Assanhado os passarinhos
Filhotes agitam as asinhas
Na beirada dos seus ninhos.
Enquanto o Sol se prepara
É hora de descansar
A natureza agradece
O vento continua a cantar.
Irá Rodrigues.
O céu azul do entardecer. Salpicado de nuvens de vários tamanhos e formas.
O vento movimentando, como um teatro de marionete, as formas suspensas.
O sol entregando tonalidades.
O tapete verde das árvores compõem o cenário, proporcionando profunda reflexão.
Me sinto grande, ao poder presenciar esta grandeza e benção.
Me sinto abençoado, só por poder perceber os tons de cor e luz. Por poder perceber os movimentos das nuvens. Por poder ficar extasiado por estar aqui e agora.
Ivan Madeira
Jan2024
A brisa do vento
O cheiro do lago
O nascer do sol
A paz ao meu lado
Ela me acalma
Ela me faz feliz
Ela me traz a alegria de que um dia
A vida será doce como bis
Oh Senhor. Oh Senhor.
Faça de mim um instrumento Seu
Deus, mais um dia aqui
Mais um ensinamento
De que o Senhor é justo
E És bom em todo momento
Abençoe todos nós
E nosso acampamento
O Senhor é nosso Sol
Aprendendo seus fundamentos
Amém
Eu sou o silêncio que cala tua voz... Sou o vento que sopra teus cabelos .. eu sou a saudade bandida que aperta teu peito... Eu sou o amor que mora no teu coração .....
O uivo do vento, a sinfonia do mundo.
Seu nascimento não se é explicado, nem seus caminhos tens conhecimento.
Misterioso és, sopro universal, banhado por ti sou em momentos serenos; que benção divina, em teus abraços, foi-me confiado.
Esfria meu espírito, para que se aquiete; meus olhos, para que enxergue; meus pensamentos, o qual este padece.
Os ventos trouxeram-me, e tiraram de minha posse.
Semelhante a um sopro, assim passou-se minha vida, e de mesmo modo passei a viver.
Quanta ironia dos ventos que é passageiro, de semelhança a vida.
Traz quem, e me deixa sem quem.
Tal é a vida, um uivo do vento, a sinfonia divina.
"Moro debaixo da marquise
Do prédio que você mora!
A poeira é quem me veste!
Sendo o vento meu amigo!
‒ E a chuva?
‒ Colabora!
‒ Levando seu escarro poluente!"
Rogério Pacheco
Poema: Que vou - Em vão!
Livro: Vermelho Navalha - 2023
Teófilo Otoni/MG
Brevemente sabiá
Sabiá que desce a serra.
Vento que bate e alerta,
encobre o vale para contar
as boas novas que varrem a terra.
Será dia, ou noite cria essa conversa?
Tarde é a semana, e os dias que moldam
esse plano de metas?
Vai saber, quem sabe é o sabiá,
doido para voar nesse tempo de
certezas incertas.
A saudade se dispersa ao vento, como se cada lembrança fosse uma leve canção, acariciando meu coração com a melancolia dos momentos passados.
