Venha ver o por-do-Sol e outros Contos
Punhal
O mesmo punhal que te crava
Te trava
Te entreva
Te enerva
Te prende no precipício
Deixando de lembrança alguns resquícios, vícios
De quebra, te quebra
Dilacera
Não te espera, te desespera
Mata sem dó nem piedade
Lento, torturante
Com requintes de crueldade
Vai rasgando, vai profundo
Pega na alma, vai mais fundo
Perde-se o fogo, perde-se a luz
O fio da meada já não me conduz
Detona, explode, queima, fatal
A parte em mil pedaços num arroubo brutal
Corpus Politicus
Meu corpo
Meu templo sagrado de espiritualidade e ação
O corpo que grita
O corpo que sente
O corpo de razão e emoção
Corpo cravejado de facas
De balas
Apedrejado, às claras
É só um corpo
Não, é mais que isso
Um protesto são
Um brado retumbante que não é em vão
O florescer da mudança em pintura e criação
Todos os meus poros lutam comigo
Minha intuição me orienta, eu só sigo
Eu bato, apanho
Me levanto, me jogo, não me acanho
Minha pele reflete, espelha, expõe pra você saber
Estes malditos, doentes e sedentos por poder
Meu corpo é só meu
Meu corpo carrega marcas
Meu corpo carrega histórias
Derrotas e vitórias
O prometido e não cumprido
O falado e esquecido...
Corpo grita...
Corpo brada...
Ferido...
Esquecido...
Esculpido...
Não direi que estou devolta,
sempre estive por perto,
sentindo seu cheiro,
observando seu passos,
aumentando meu desejo.
A cada sorriso, a cada trago,
minha vontade eu disfarço,
blefo dizendo não gostar.
Sedutora profissional,
sei que não é por mal,
mas você mata com o olhar.
Balança os cabelos, e denovo,
aumenta meu desejo,
de te puxar e sussurrar,
palavras podres e pervetidas
em seu ouvido,
aumentar sua libido
e te deixar com vontade dar.
Foge Comigo
Foge comigo
Esquece do mundo
Que eu te darei
O amor mais profundo
Por você eu largo tudo
E embarco em sua aventura
A gente viaja pelo mundo
E eu vou junto nessa loucura
Eu viajo nesses teus olhos
E nesse teu sorriso
Bom mesmo é ouvir tua voz
E o som do teu riso
Eternamente aventureiros
Inefável paixão
Tudo fica mais bonito
Quando pego na sua mão
Pretexto
Inventei uma historinha
Pra poder te encontrar
Uma historinha pra poder te dizer
Que é ao seu lado que eu quero estar
Procurei por toda a parte
Os seus lindos cabelos ruivos
E driblei, sem hesitar
Todos os olhares turvos
Arranjei um pretexto
Pra você me decifrar
Pois eu sou um quebra-cabeça
Bem difícil de montar
Peguei o violão e tentei escrever
Uma canção que pudesse te mostrar
Tudo que eu sempre quis te dizer
E nunca soube expressar
Sua Mente
Posso não ser cartomante
Nem adepto de quiromancia
Mas eu leio a sua mente
Com toques de magia
Te desvendo por inteiro
E descubro os teus segredos
Vejo todos os teus mistérios
Até os maiores medos
Não preciso de bola de cristal
Pra ver o que se passa com você
Eu só olho nos teus olhos
Nem precisa me dizer
Quanto mais você se esconde
Mais eu procuro te achar
Esse amor cruel me invade
E me faz por teu nome clamar
Gritei aos quatro ventos
Sem vergonha de assumir
Eu não sei definir o nome
Do que você me faz sentir
Turbilhão
Hoje eu chorei para as paredes
O meu mundo que desabou
Mas logo enxuguei as lágrimas
Pra não perceberem como estou
Minha vida anda tão dura
E eu tão cansado
Estou até perdendo o sono
E estou meio desligado
Desabafei com as poltronas
Minhas angústias e aflições
Dentro de mim há batalhas
Centenas de insurreições
Um turbilhão de sentimentos
Muito peso só pra mim
Tanto tempo sem sossego
Parece estar longe do fim
Orlando
Sou homem
Sou mulher
Sou o que eu quiser
Seu ódio não me cala
Seu ódio não me barra
Seu ódio não me atinge
Seu ódio não me amarra
Morro junto com eles
Todos os dias
Morri junto com aqueles cinquenta
Se for pra tacar pedra
Não começa, nem tenta
Se não gosta, cai fora
Nada mais é como foi outrora
Teu discurso tá fora de hora
Siga seu rumo e vá embora
Marcada, calada, benévola, agrilhoada
Pode ser que eu seja tola
Desajeitada
Eu diria que nunca tentei ser mais
Não que eu não quisesse...Sei lá.
Talvez eu seja pequena
Um ser humano chato, até tacanho
Sem valor, sem importância
Reduzi-me a nada
Calada
Marcada
Nunca fui amada
Minha vida sempre foi um deserto
Seco. Só isso, de certo.
Mas a estrela, enfim, brilhou
Hoje o mundo me notou
Fui arrancada de supetão
Daquela triste solidão
Daquele mundo cruel, então.
Caipirinha
SONHUS
(cumpadi Caipirinha)
Sonhei tantu cum vancê
Seim ao menus ti vê
Neim tão pôcu ti conhecê
Mais só queria qui fosse vancê
Meu marditu coração ti imaginô
E dentru deli si formô
E ansim si transformô
Em um novu i grandi amô
Cadê vancê qui num chegô
Sozinhu aqui iêu tô
Precisânu di vancê
Meu coração só qué ti vê
Mais num sei queim é vancê
Veim aqui
Num me dexa tão sortu
Veim lugu pra iêu
Meu amô é tantu
Mais u desancantu
Podi tudu distruí
Veim logu meu sonhu
Veim me fazê acordá
Cum você quero vivê
Noiti i dia seim pará
PRECURANU UM AMÔ!
Fui au incontro da noiti
Vaguemu pelas madrugada
Preguntei a todas as instrelas
Ondi anda minha amada?
A lua num me disse nada
As pedra da rua neim me arrespondero
As fulô, tudu drumindu naquea hora
Ansim me arresorvi vim simbora
Intão ao raiá da orora
Cum o sór imprranu a noiti
Preguntei: aqueceu meu amô?
E eli neim uma palavra falô!
Intão seguind minha istrada
Infeitada de árvuris e fulô
Cuns passarinhu em revuada
Preguntei se viru meu amô
A rosa, toda facêra
Oiô pra margarida e falô
Esse tá tãum perdidu
Que neim sabi du seu amô
U pé di piqui todu prosa
Se balançanu pro de jambu rosa
Sorrisu matrêru comentô
Esse Caipirinha num percebeu
Seu amô num si perdeu!
A coruja inteligenti
Se arresorveu cunversá
Caipirinha venhá cá
Que vô lhe preguntá!
Já procurô u seu amô
Aondi ele devi di tá?
Tenhu certeza que não!
Ocê lá num procurô
Seu amô há di istá
Onde ocê o dexô!
Tá certu dona coruja!
Intão pra lá vô vortá
Vô prega nu sonu
E continuá a sonhá!
"saudade"
*Saudade de falar contigo.
*Saudade das nossas brincadeiras.
*Saudade do seu abraço.
*Saudade das nossas reciprocidades.
*Saudade do seu sorriso.
*Saudade do seu amor.
*Saudade das nossas vidas.
*Saudades de nós e das nossas noites vividas.
*Tudo isso é saudades atrás de saudades.
Isso é para ti minha amada 🌹.
'O catecismo me ensinou, na infância, a fazer o bem por interesse e não fazer o mal por medo. Deus me oferecia castigos e recompensas, me ameaçava com o inferno e me prometia o céu; e eu temia e acreditava.
Passaram-se os anos. Eu já não temo nem creio. E, em todo caso – penso – se mereço ser assado, cozido no caldeirão do inferno, condenado ao fogo lento e eterno, que assim seja. Assim me salvarei do purgatório, que está cheio de horríveis turistas da classe média; e no final das contas, se fará justiça.
Sinceramente: merecer, mereço. Nunca matei ninguém, é verdade, mais por falta de coragem ou de tempo, e não por falta de querer. Não vou à missa aos domingos, nem nos dias de guarda. Cobicei quase todas as mulheres de meus próximos, exceto as feias, e assim violei, pelo menos em intenção, a propriedade privada que Deus pessoalmente sacramentou nas tábuas de Moisés: Não cobiçarás a mulher do teu próximo (se o próximo estiver próximo), nem seu touro, nem seu asno...
Se alguém algum dia te fez chorar, com toda a certeza haverá uma pessoa que te fará sorrir.
Se algum dia alguém te fez ficar triste, haverá alguém que te fará sentir a alegria.
Se alguém te magoou, haverá alguem pra sarar as tuas feridas.
Pois nem todos são iguais, ainda existem pessoas únicas e especiais, pessoas únicas e insubstituiveis.
Correm os sonhos? Os persiga!
Roubaram-lhe sua força interior? Recupere!
Perdeu sua esperança? Encontre dentro de si!
Não vês mais a tua força de vontade de seguir em frente? Enxergue! Dentro de si!
Pois estas coisas serão necessárias para batalhar, para conquistar, para criar, para superar, para brilhar, para vencer as batalhas que o tempo e a vida já nos preparou. Para derrubar os gigantes anões da nossa mente, para ter luz quando tudo parecer escuro. Para ter força no campo da fraqueza. Pois sem estes meros valiosos itens, já podemos declarar naufrágio nas tempestades dos altos mares.
E mesmo com tudo isso, mesmo dentre tudo isso meu coração não pensa em parar.
Pode vir dores, furacões, tempestades, mais aqui dentro minha paixão continua sendo ajudar.
E por mais que não se sinta retribuído com a ajuda e com todo animo que dou,
Não me importo, pois enquanto eu tiver um bom coração para ajudar, direi mesmo não estando bem:
- Aqui estou.
Troque seu poder crítico por um poder de ajuda.
Que nossas palavras não machuquem um coração saudável, mas traga vida para um coração desfalecido.
Que cada palavra traga forças a cada traço de nossa alma, que seja maior a vontade de repor a esperança que uma alma perde, que seja menor a vontade de desferir palavras que deixa um certo cansaço, um certo desanimo a quem houve.
Nossas palavras tem grande poder, então que usemos esse poder para despertar uma semente de amor ao coração de cada ser humano.
Pra mim todos não são só mais algumas pessoas, pra mim uma pessoa ao qual não conheço não é só mais uma pessoa.
É como se meu coração mostrasse que dentro de cada ser humano existe um valor, um valor que por mais que exista erros dentro de si, todos ainda merecem ter chances para acertar. que ainda que tenha erros e defeitos, existe um precioso tesouro dentro do coração de cada um deles. que cada um tem um valor, que cada ser humano é nada mais nada menos que uma pedra rara e preciosa pronta para ser lapidada, talvez um diamante que tal preço dinheiro nenhum há de alcançar, um valor único e insubstituível.
Quanto vale uma palavra ?
Quanto vale uma uma palavra ?
Vamos por peso, tamanho e comprimento nelas.
Quanto vale uma palavra para mulher que e refém do medo, aquela que gritou por anos sem liberdade ou para mãe que ouviu as primeiras palavras do filho ainda menino, ou do surdo que ouviu as primeiras palavras aos 30 anos?
Quanto vale uma palavra para os irmãos e irmãs de raça, gênero ou religião que sonham em ser livres?
Quanto vale uma palavra?
Quanto vale uma palavra?
Uma vez que a história se repete, de novo, de novo ), de novo, de novo.... e nada é novo!
Quanto valeram as palavras de malcolm x, George, Mandela,Gandhi,Nietzsche ?
Quanto valeram as palavras de Hitler, Napoleão, Calígula, Raposa (Ljubomir Kerekes)?
Quanto valem minhas palavras agora ?
Ei é uma pergunta?
Quanto valem minhas palavras?
Agora com o silêncio quero a resposta!
Sim com o silêncio, Pois tem horas que quem vale mais
é o silêncio ou as palavras mal ditas?
Deixar
Sim também acordo no meio
Da noite gritando teu nome,
Procurando seu corpo entre
Os lençóis, nas madrugada
Fria ainda sinto as tuas costelas
Grudado na minha tão enlaçadas
Que parecia que irias devolver a
Que na tua criação te dei.
Sim também vejo tua imagem
No portão na hora em que era
Tua chegada o coração dispara
Depois me acalmou sei que era
Só uma miragem.
Sim também me pego comparando
Outros beijos com o teu e suspirando
Quando ficou achando um crime,
Pois todos meus beijos eram pra
Ser teus.
Ainda choro em não ter aproveitado
Mais, cobrado mesmo, Amado mais,
Chorado mesmos, agito mais...
Ainda chorou pôr saber que mesmo
Com tua distância te pertenço como
Nunca antes.
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