Vencemos mais uma

Detesto, de saída, quem é capaz de marchar em formação com prazer ao som de uma banda. Nasceu com cérebro por engano; bastava-lhe a medula espinhal.

Todo mundo é capaz de sentir os sofrimentos de um amigo. Ver com agrado os seus êxitos exige uma natureza muito delicada.

Uma vez tomada a decisão de não dar ouvidos mesmo aos melhores contra-argumentos: sinal do caráter forte. Também uma ocasional vontade de se ser estúpido.

O homem solitário é uma besta ou um deus.

Se quiser derrubar uma árvore na metade do tempo, passe o dobro do tempo amolando o machado.

Mas o que quer dizer este poema? - perguntou-me alarmada a boa senhora.
E o que quer dizer uma nuvem? - respondi triunfante.
Uma nuvem - disse ela - umas vezes quer dizer chuva, outras vezes bom tempo...

Amar é cansar-se de estar só: é uma covardia portanto, e uma traição a nós próprios (importa soberanamente que não amemos).

A vida é como uma sala de espectáculos; entra-se, vê-se e sai-se.

Descobrir consiste em olhar para o que todo mundo está vendo e pensar uma coisa diferente.

O que sabemos é uma gota; o que ignoramos é um oceano.

Quem, em prol da sua boa reputação, não se sacrificou já uma vez – a si próprio?

Façamos da interrupção um caminho novo.
Da queda um passo de dança,
do medo uma escada,
do sonho uma ponte, da procura um encontro!

Consciência é uma palavras usada pelos covardes para incutir medo aos fortes.

Só existe uma coisa melhor do que fazer novos amigos: conservar os velhos.

Uma coletânea de pensamentos é uma farmácia moral onde se encontram remédios para todos os males.

Encontra-se oportunidade para fazer o mal cem vezes por dia e para fazer o bem uma vez por ano.

Nenhum homem realmente produtivo pensa como se estivesse escrevendo uma dissertação.

A vida é uma simples sombra que passa (...); é uma história contada por um idiota, cheia de ruído e de furor e que nada significa.

Se você é capaz de tremer de indignação a cada vez que se comete uma injustiça no mundo, então somos companheiros.

Neste mundo, há apenas duas tragédias: uma a de não satisfazermos os nossos desejos, e a outra a de os satisfazermos.