Vela Fogueiras
Consigo Vê-la
Consigo vê-la em meus sonhos.
Descendo através das nuvens.
Sinto-me arrebatado pela sua beleza divina.
Atire em meu coração.
Não tenho nada a perder.
Não tenho mais nada para dar.
Além de toda a minha vida com você.
Não vamos brincar um com o outro.
Você é minha, eu sou seu.
Vê-la atravessando todos os meus sonhos.
Porque você é a única neles.
Então vamos lá, venha ser minha.
Aqui estão todos os meus desejos.
Que me amarram a você.
Que pretendo realizar com você.
Fazem-me acreditar.
Que pessoas ligadas pelo destino sempre vão se ligar.
À DISTÂNCIA
De longe tem alguém que por ti vela
Te deseja sempre um sol a brilhar
Te oferta amor e carinho
Te deseja muitas felicidades e o seu bem-estar.
Alguém com pensamentos positivos
Com a sua foto em mãos, se poe a pensar
o quanto a distância os separa
E começa logo a chorar.
Tantas decisões pra tomar.
Se um amor existe e é belo
Até a distância poderá superar
Mesmo distante, por ti alguém se poe a orar.
Uma vela
A vida ela é como as chamas de uma vela - se o lugar estiver cheio de trevas apenas uma simples vela pode iluminar o lugar.
A vida ela acontece e também desaparece numa fração de segundos e se a minha vida não tocar outras
vidas - não faz sentido estar neste mundo!
COBRA CEGA (soneto)
Era a saudade, saudade crua que vela
A solidão. Com a impostura do pranto
Que sente falta, partida em um canto
Do coração, que se veste da dor dela
Era a lembrança! Curvada na janela
A esperar que se quebre o encanto
E no horizonte desanuvie do manto
Da noite vazia, e se torne leve e bela
Era a angústia com a sua tristura cada
Era o seu silêncio e o seu tempo lasso
O desespero na negrura da madrugada
Que brincam, com o desanimo crasso
De olhos vendados, e a ventura atada
De cobra cega com o prazer escasso...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
05/04/2020, 15’11” – Cerrado goiano
Sala de reflexão
Uma vela reinando como uma luz,
Mesa, caneta,
papel tinta e pena,
Uns escritos que rouba a cena,
Retira-te! se curiosidade te conduz ! ;
Entraremos no teu coração!
Clama-te pelo ingresso,
Seus defeitos serão descoberto
Se fores capaz de dissimulação,
Conte os teus segredos l
Se tua alma sentiu medo,
Desista e vá embora!
Senão, serás purificado
Sem abismo com luz e acrisolado,
Renascerás a partir de agora.
O simples fato de poder vê-la, me faz compreender o sentimento nobre que faz pulsar meu coração. Sua beleza nata, invejada por tantos, aliada a esse lindo e malicioso sorriso, faz parar o tempo... e quando me vejo, por mais que eu tente, não consigo parar de te olhar!
A CHAMA DE UMA VELA
No último domingo
vivi um dos momentos mais estranhos.
Abri uma pequena caixa, e nela,
escritos com a minha chancela.
Não os li porém,
ainda que todos te retratassem.
Pus-me a rasgá-los um a um, lentamente,
tomado de misterioso silêncio.
E assim continuei até que terminasse!
Foi exatamente desse jeito que te apaguei ...
sem emoção e friamente
como se estivesse apagado a chama de uma vela.
E como sempre, coloquei energia demais no que era escasso e frágil, foi como uma grande vela em um barco de papel.
A beleza não está nas coisas. Ela está dentro de nós e na forma como nos permitimos vê-la. Há quem vê como feia uma linda rosa, pois dentro de si tudo é monocromático; outros, porém, veem beleza até num tronco de madeira apodrecido, pois para essa pessoa tudo dentro de si é policromo.
Chega logo, o grande dia.
Pra acabar com essa agonia.
Quero vê-la em meus braços pra beija-la todo dia.
... queime como uma vela
e consuma a sua existência
espalhando cinzas sobre a terra plena
... e sem deixar vestígio para a alma alheia
se o próprio reflexo lhe pertencer
jamais se arrependa!
Gosto de imaginar o amor da minha vida.
Gosto de me concentrar nas suas qualidades.
Gosto de vela feliz infelizmente não é minha essa felicidade.
"existem pessoas que necessitam tanto de holofotes, que basta uma vela acender ao seu lado , corre para tentar apaga-la"
Estranha pretensão
Quem me dera saber cultivar um verso,
Plantar a palavra e vê-la nascer...
Quem me dera ganhar dela seu significado
Entendendo-a num contexto totalmente particular...
Quem me dera ter o dom da espera!
Rabisco o que é próprio do efêmero
Traço o que a alma sente e eterniza em um segundo
É como se pudesse prender, por um instante, o momento que passa.
Assim presa, posso observar, com outros olhos, uma realidade antes já vista;
Eram outros os olhos, ainda que meus.
Não é estranha essa pretensão de prender o tempo, o espaço, o contexto?
Enquanto cá estou a mudar os meus pontos para ter melhor vista,
Já está ele lá ao longe, sem se preocupar com a minha crença em tê-lo aqui grafado.
Nem de mim se apercebeu!
Aqui já esteve, cumpriu o seu fim e se foi.
Cá fiquei, eu sim, preso em minhas reflexões!
Quem sabe se um dos seus objetivos não era mesmo em pensamentos me aprisionar!
Intrigante esse estar preso em meio a meditações
São elas que me libertam
É mesmo embalado em ensaios e devaneios
Que vou me tornando livre
Que vou me desvencilhando de prisões até então desconhecidas.
Ah... Quem me dera saber cultivar um verso!
Quem me dera ter o dom da espera!
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