Vai Ficar na Memoria

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Soneto de Nenhuma Dor

Nenhuma dor dói mais que dor nenhuma,
Nenhuma palavra pode até ser um soneto,
Nenhum sorriso não quer dizer tristeza,
Nenhuma verdade torna o silêncio obsoleto.

Nenhuma dor me traz a solidão,
Nenhuma ausência me faz sentir sozinho,
Tanta paixão me deu nenhum amor,
A solitude amplia meu caminho.

Nenhum ocaso me faz pensar que é tarde,
Nenhuma verdade me faz refém do medo,
Nenhum perdão me ameniza a mágoa.

Nenhuma lembrança é a dor que ainda arde,
Nenhuma saudade tem o gosto azedo,
Nenhuma agrura me arranha a alma.

Aos fortes braços eu corri confiante
Meigo e bondoso, não me recusaste
Bem sei que nas preces eu posso buscar-te
Jamais dessa bênção na vida eu descri
Contudo, é possível que eu dela me afaste
Por isso, Senhor, eu preciso de ti

Inserida por Dreamer7

⁠" viva o hoje e não se precipite com haver amanhã ."

Inserida por Introversa

⁠Busca ouvir a si, não atenda percepção do outro.

Inserida por Introversa

⁠Lembre - se viver é uma luta constante
Lutamos por dias e noite melhores.

Inserida por Introversa

⁠"És que loucos e doidos se encontram na fila dos corredores,
emparelhados em conflitos, entre surtos e risos,
conversas à beça, onde o choro e os vícios se misturam.
Sempre a tirar piadas,
sinalizando olhares convictos de cismas na troca de pira."

Inserida por Introversa

"Refletindo nas trevas
A iluminação que habita
Em mim."⁠

Inserida por Introversa

Nada se complica,
A vida explicará,
A ansiedade se acalma com beijos,
Se aquieta com um olhar
Não esquece: esquece os problemas,
Leia os meus poemas,
Esquece que a vida é pequena
Mas tua alma é do tamanho da tua consciência,
A dívida algema a paixão...
Eu tenho a noite e a noite me tem
O resto é poesia, é um trem na via
Entre satélites, meteoros e planetas
Procurando a emoção
Nada se complicará, a vida explica
Acontece porque tem que acontecer
A noite tece um fascínio,
Abriga os facínoras
E tudo de mal que se premedita,
Mas pela manhã brilha a aurora

Inserida por tadeumemoria

Minha alma é do tamanho da minha consciência...

Inserida por tadeumemoria

Conheço seus infernos e seus demônios
Mas com eles eu posso
Comerei suas carnes e roerei seus ossos

Mas o perfume que eu sinto e você não tem
Seu jeito doce e seu olhar terno
Só se eu fosse o que eu não sou
Eu não tenho um castelo
Somente o sabor agridoce
do beijo que eu ainda não dei,
Tanto amor... jamais imaginei

te vejo ardendo no leito
E vejo o que te consome
Esse desejo proibido e sem jeito
Mas com a Pomba-gira eu posso
Comerei suas carnes e roerei seus ossos

O que você tem de bom é ingênuo
O que você tem de grande é pequeno
Eu amo esse anjo escondido no teu guarda-roupa
mas essa porta não abre
Você se protege com facas, espadas e sabres

Inserida por tadeumemoria

É triste ser feliz, eu já fui triste um dia...

Inserida por tadeumemoria

A paixão é um corcel branco alado, todo enfeitado,
arreios dourados...
o amor é um jumentinho cinzento, velho e lento...

Inserida por tadeumemoria

felicidade é você se sentir à altura de Deus

Inserida por tadeumemoria

Insônia

Silenciosa vem a noite
E no vazio das horas
Tua presença se impõe
Porque eu ainda sonho...

É tudo o que a noite me permite,
E ao contrário do tempo,
Eu tenho os meus limites...

E a noite silenciosa apenas diminui
O que eu pensava vasto,
Deturpa o que eu julgava casto,
E o que eu pensava edificado, rui...

A noite silenciosa habita em mim,
E quando chega a manhã,
A noite continua,
Sem lua, sem estrelas, sem luzes...

A noite sou eu,
Com todas as ausências, todas as ausências...

Inserida por tadeumemoria

Poema do olhar vazio
Autor: Tadeu G. Memória

Ainda terei longas noites
Para lembrar-te o olhar
E nos momentos de saudades
Escreverei poemas...
Provavelmente mencionando
Ansiedade de horas intermináveis e vazias
Por desalentos e descontentamento...

Escreverei poemas...
Impróprios, secretos e insanos
Relatando com minúcias
Essa intimidade lasciva e indecente

Escreverei poemas...
Insípidos, amargos, amargurados
Pela solidão e o abandono

Escreverei poemas...
Como um álibi a essa cumplicidade
Insensata e viciosa
Que me aprisiona como refém
De prazeres mórbidos...

Escreverei poemas...
Como uma compulsão
Como se isso detivesse a hemorragia
De desanimo e desencanto
De longas noites de insônia
Que me trazem o teu olhar vazio...

Inserida por tadeumemoria

UNIVITELINAS


Uma vinha de “tomara que caia”
Sandálias de dedo,
Flor nos cabelos soltos
E batom de groselha...

A outra vinha numa draga,
Trazia uma adaga, um pé-de-cabra
Vestia calça de cowboy e esporas de prata...

Uma declamava versos,
Sonhava com beijos,
Pensava num sapo que viraria príncipe...

A outra trazia um gargalo,
Cheirava rapé, lambia uma faca,
Bebia cachaça.
Jurava de morte o homem que a importunasse...

Uma corria no campo,
Saltitando num balé romântico,
Sonhava com filhos, imaginava um idílio,
Um homem viril que lhe amasse...

A outra escalava montanhas,
Caçava javalis, cortava lenha, laçava touros,
Amansava cavalos...

Univitelinas, uma era o reflexo da outra,
Idênticas e tão diferentes...

Inserida por tadeumemoria

Faço parte da sociedade de consumo sem sumo...

"As pessoas pra mim são como lagos, eu avalio-as pelas suas profundidades..."

"Há um deus crucificado para cada judas que morre enforcado."

Inserida por tadeumemoria

Olhe para o céu, preste atenção às estrelas, elas são flores incandescentes
Que demonstram a paixão de um ser divino...

No espelho o reflexo às vezes me assusta
O que riscou tanto o meu rosto?

Inserida por tadeumemoria

Ciclo

Nossos poemas se amaram tanto
Nossos poemas se encontravam nas rimas,
nas esquinas
Nossos poemas eram ternos
Nossos poemas juraram amor eterno
Faziam promessas, sentiam saudades,
Ansiavam pelos nossos encontros
nos fins de semanas
Nossos poemas se entregaram tanto
Que diante do campanário da igrejinha
de são Jorge em nova Iguaçu
Sabrina Gorgoroff parecia contemplar
a catedral de são Basílio
Na capital moscovita
Ali nos beijamos pela primeira vez
No corredor que conduzia a sacristia
Nos amamos como possessos sem profanar
o templo
Quando ela me confessou ser espiã da KGB
Nunca estive em moscou,
mas o que não faz a fantasia
As luzes do crepúsculo certamente
refletiriam no teto dourado
E na praça vermelha Sabrina teria o perfil
de uma diva
Nossos poemas se encontrariam ali
Durante a terceira guerra mundial
E nos beijaríamos sem nos importar
com mísseis nucleares
Como nos beijamos sob o devastador
cogumelo sobre Hiroshima
Completando o ciclo da criação e destruição
Que nos inspira a escrever
E reinventar a história do amor..

Inserida por tadeumemoria

PASSARINHOS


Os poetas não vão para o céu
Eles perambulam pelas esquinas
Fascinados pelos crepúsculos
Seduzidos pelas meninas

Os poetas cantam enquanto
Espalham sementes que frutificam no inverno
Mas se alimentam de olhares , sorrisos e lagrimas
Realizam-se nas incertezas
Estabilizam-se nas inseguranças
E amam nas ausências
Poeta é todo mundo e ninguém
É um ponto de vista
Sem ponto e sem vista
Poetas se transformam em e árvores
Ou encarnam animais de estimação
Para sentir o contato
Para ficar com aquele perfume
Que lhe encanta
Poeta não ama apenas, ele ama amar
Poetas não vão para o céu
Para o purgatório ou para o inferno
Eles transitam por esses lugares
Durante as paixões... até que Deus os chamem
E eles se transformam em passarinhos...

Inserida por tadeumemoria