Uma Surpresa a cada Manha

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Se há uma coisa que eu aprendi na minha vida foi a não ter medo da responsabilidade que vem com a cuidar das outras pessoas. O que fazemos por amor: essas coisas ficam. Mesmo se as pessoas por quem as fazemos não ficarem.

O vento não quebra uma árvore que se dobra.

Tanto uma pessoa que ama, quanto um psicopata, sempre são identificados tarde demais.

Oração é uma ocupação adequada para um pecador, e um pecador é a melhor pessoa para exercer a oração.

Não deixe as pessoas serem seu alicerce, elas são uma aposta ruim, a pior aposta que você pode fazer.

Quando você chega a esse mundo algo também nasce. Você começa sua vida, ela inicia uma jornada em direção a você. Ela move-se lentamente mas nunca para. Onde quer que vá, qualquer que seja seu caminho, ela o seguirá, nunca mais rápido ou devagar, sempre chegando. Você fugirá. Ela andará. Você descansará. Ela não. Um dia, você ficará em um lugar por tempo demais. Você sentará imóvel demais, ou dormirá profundo demais, e então você levantará, tarde demais para partir, você notará uma segunda sombra próximo da sua. Então sua vida acabará.

A sensualidade é um reflexo da personalidade de uma mulher.

Dentro da nuvem mais negra, existe uma agua límpida e fresca

Se não está em suas mãos mudar uma situação que te causa dor, sempre poderá escolher a atitude com que encara esse sofrimento.

⁠O amor é a coisa mais bela do mundo. Infelizmente, também é uma das coisas mais difíceis de manter, assim como uma das mais fáceis de se desperdiçar

Do Livro: Pausa

Discutir com ignorante é mesma coisa que jogar xadrez com uma pomba, ela derruba todas as peças caga no tabuleiro e ainda acha que ganhou.

Eu não acho que você tenha qualquer noção da sua capacidade para o bem até que você tenha uma noção bem desenvolvida da sua capacidade para o mal.

Uma gaiola está sempre à procura de um pássaro.

Tudo o que for negativo – a pressão, os desafios – é uma oportunidade para eu crescer.

O amor não é um sentimento, é uma decisão.

Por mais difícil que pareça, é preciso aceitar as coisas como elas são.
Esquecer é uma necessidade. A vida é uma lousa, em que o destino, para escrever um novo caso, precisa de apagar o caso escrito.
Amor não se implora, não se pede, não se espera...
As pessoas mudam. E nem sempre é a mudança que esperamos delas...
Acreditar ou não, é uma escolha sua...
Falar dos erros dos outros é fácil, difícil é olhar pra dentro e perceber que voce tbm erra. Não se deve esperar muito das pessoas. Elas não são perfeitas.
Todos querem ser donos da verdade, e com isso, acabam esquecendo o que é certo ou errado.
Fazer com que outras pessoas se sintam culpadas é fácil. Difícil é admitir que quando algo não dá certo, a culpa é de todos os envolvidos.
Desaforos e orgulho só provam que vc é imaturo. E intolerante.
As pessoas não aprendem todas as liçoes da vida em duas semanas, é inútil exigir isso delas. Algumas, aprendem após os 40 anos, embora eu não espere ser uma dessas pessoas.
Perdoar e esquecer nos torna mais jovens. Jogar na cara fatos passados em qualquer discussão, só abre lugar a outra discussão.
Cobrar demais, fazer de menos, não é um ato bem pensado. Pessoas tem direitos iguais.
É ofensivo tentar forçar alguma coisa ou alguém que ainda não está preparado.
Acreditar, não faz de ninguém um tolo. Tolo é quem mente. E uma mentira pode estragar toda uma vida.
Se uma pessoa não confia em voce, não significa que ela nunca tenha confiado. Analise suas ações passadas antes de julgá-la completamente errada.
Não existe nem sorte, nem azar, tudo são consequencias.
Não precisamos do sofrimento, quando temos a compreensão e o entendimento.
Se voce duvida que algo pode dar certo, certamente voce já fez com que ele desse errado.
Vivendo e aprendendo...

Parece difícil de enxergar que insistir nisso é perda de tempo, é perda de vida em uma causa perdida.

E foi mesmo na frente da igreja que a vida de Antônio deu uma volta medonha, pois, no que viu Karina, seu coração disse pra sua cabeça, vá, e sua cabeça disse pra sua coragem, vou, e sua coragem respondeu, vou nada, mas sua boca não ouviu e beijou Karina bem ali, no meio da praça, e a boca de Karina não disse não, e nem poderia, pois estava por demais ocupada.

Daí pra frente se sucederam muitas noites de festa e muitas outras de desgraça tanto no coração dele como no dela, pois a graça do amor é justamente esse emperrado. Quer, não quer, pode, não pode, quer mas não pode, pode mas não quer, um passa a querer o que o outro desquer e esse só vai querer novamente com a desquerência do outro. O fato é que, foi, não foi, Karina e Antônio foram destrocando juras para lá e para cá, cada vez mais muitas, e Nordestina acabou se acostumando com aquelas palavras de amor passeando pelas ruas até não sei que horas da madrugada.

O nome de Antônio e Karina passara a só andar juntos na boca do povo. Lá vêm Karina e Antônio, lá vão eles. A palavra sempre lhes servia de acompanhante. Os dois não se afastavam nem nas frases, nem nos cantos, nem mesmo no pensamento. Seus olhos também não se afastavam nunca, os dele dos dela, os dela dos dele, nem as bocas e nem as mãos. Os pedaços de um foram descobrindo os pedaços do outro, por partes, até chegar a hora em que cada pedaço de um conhecia o outro inteiro. Karina nunca tinha visto isso nem em filme. Não daquele jeito. Antônio também desconhecia esse negócio que dá dentro da pessoa nessa hora. Um negócio que só tem vantagem, uma atrás da outra, e bastam apenas dois para senti-lo, mais nada, podia existir coisa melhor na vida? Na noite em que Antônio e Karina viraram um só de vez, quando todos os pedaços dos dois, sem faltar nenhum, se ajeitaram num mesmo espaço, e as duas bocas, enquanto separadas, murmuraram bobagens importantíssimas, e os dois pensamentos conheceram juntos lugares que não existem, coincidiu que a lua também estava cheia. E se a lua estava cheia, a noite também devia estar se sentindo o máximo.

Adriana Falcão

Nota: Trecho do livro A Máquina (1999).

Era uma vez um menino que amava demais. Amava tanto, mas tanto, que o amor nem cabia dentro dele. Saía pelos olhos, brilhando, pela boca, cantando, pelas pernas, tremendo, pelas mãos, suando. (Só pelo umbigo é que não saía: o nó ali é tão bem dado que nunca houve um só que tenha soltado).
O menino sabia que o único jeito de resolver a questão era dando o amor à menina que amava. Mas como saber o que ela achava dele? Na classe, tinha mais quinze meninos. Na escola, trezentos. No mundo, vai saber, uns dois bilhões? Como é que ia acontecer de a menina se apaixonar justo por ele, que tinha se apaixonado por ela?
O menino tentou trancar o amor numa mala, mas não tinha como: nem sentando em cima o zíper fechava. Resolveu então congelar, mas era tão quente, o amor, que fundiu o freezer, queimou a tomada, derrubou a energia do prédio, do quarteirão e logo o menino saiu andando pela cidade escura -- só ele brilhando nas ruas, deixando pegadas de Star Fix por onde pisava.
O que é que eu faço? -- perguntou ao prefeito, ao amigo, ao doutor e a um pessoalzinho que passava a vida sentado em frente ao posto de gasolina. Fala pra ela! -- diziam todos, sem pensar duas vezes, mas ele não tinha coragem. E se ela não o amasse? E se não aceitasse todo o amor que ele tinha pra dar? Ele ia murchar que nem uva passa, explodir como bexiga e chorar até 31 de dezembro de 2978.
Tomou então a decisão: iria atirar seu amor ao mar. Um polvo que se agarrasse a ele -- se tem oito braços para os abraços, por que não quatro corações, para as suas paixões? Ele é que não dava conta, era só um menino, com apenas duas mãos e o maior sentimento do mundo.
Foi até a beira da praia e, sem pensar duas vezes, jogou. O que o menino não sabia era que seu amor era maior do que o mar. E o amor do menino fez o oceano evaporar. Ele chorou, chorou e chorou, pela morte do mar e de seu grande amor.
Até que sentiu uma gota na ponta do nariz. Depois outra, na orelha e mais outra, no dedão do pé. Era o mar, misturado ao amor do menino, que chovia do Saara à Belém, de Meca à Jerusalém. Choveu tanto que acabou molhando a menina que o menino amava. E assim que a água tocou sua língua, ela saiu correndo para a praia, pois já fazia meses que sentia o mesmo gosto, o gosto de um amor tão grande, mas tão grande, que já nem cabia dentro dela.

Desapego do mundo... Desapego do ócio... Desapego! Troque sua hipócrita vida social por uma de verdade.