Uma Cidade Chamada Felicidade
Você está procurando demais. Há certas coisas no mundo que não foram feitas para serem encontradas.
Mal a outra a pegava no colo, Aziza metia o dedo na boca e aninhava a cabeça no ombro de Mariam, que a embalava um tanto sem jeito, com um sorriso meio surpreendido, meio encantando nos lábios. Na verdade, nunca tinha sido tão querida. Nunca alguém lhe tinha declarado o seu amor de uma forma tão espontânea, tão sem reservas.
Aziza lhe dava vontade de chorar.
- Por que você entregou esse coraçãozinho a uma velha feia como eu? – murmurava ela junto à cabeça da menininha. – Hein? Será que não percebe que não sou ninguém? Sou uma dehati. O que acha que tenho pra lhe dar?
Mas Aziza balbuciava toda satisfeita, se aconchegando ainda mais naquele colo. E, quando isso acontecia, Mariam se desmanchava. Seus olhos se enchiam de lágrimas. Seu coração pulava de alegria. E ela ficava deslumbrada ao ver que, depois de tantos anos do mais absoluto desamparo, tinha encontrado, naquela criaturinha, a primeira ligação verdadeira numa vida em que todas as relações tinham sido falsas ou não tinham dado certo.
(Khaled Hosseini)
As pessoas são cruéis, elas têm medo de tudo que é diferente porque a gente revela como elas são absurdamente iguais e entediantes.
Ser chamada de boazinha, mesmo com a melhor das intenções, é o pior dos desaforos.
Mulheres bacanas, complicadas, batalhadoras, persistentes, ciumentas, apressadas, é isso que somos hoje. Merecemos adjetivos velozes, produtivos, enigmáticos. As “inhas” não moram mais aqui. Foram para o espaço, sozinhas.
Nota: Trecho da crônica "As boazinhas que me perdoem": Link
...MaisElegia
Ganhei (perdi) meu dia.
E baixa a coisa fria
também chamada noite, e o frio ao frio
em bruma se entrelaçam, num suspiro.
E me pergunto e me respiro
na fuga deste dia que era mil
para mim que esperava,
os grandes sóis violentos, me sentia
tão rico deste dia
e lá se foi secreto, ao serro frio.
Perdi minha alma à flor do dia ou já perdera
bem antes sua vaga pedraria ?
Mas quando me perdi, se estou perdido
antes de haver nascido
e me nasci votado à perda
de frutos que não tenho nem colhia ?
Gastei meu dia. Nele me perdi.
De tantas perdas uma clara via
por certo se abriria
de mim a mim, estrela fria.
As arvores lá fora se meditam.
O inverno é quente em mim, que o estou berçando
e em mim vai derretendo
este torrão de sal que está chorando.
Ah, chega de lamento e versos ditos
ao ouvido de alguém sem rosto e sem justiça,
ao ouvido do muro,
ao liso ouvido gotejante
de uma piscina que não sabe o tempo, e fia
seu tapete de água, distraída.
E vou me recolher
ao cofre de fantasmas, que a notícia
de perdidos lá não chegue nem açule
os olhos policiais do amor-vigia.
Não me procurem que me perdi eu mesmo
como os homens se matam, e as enguias
à loca se recolhem, na água fria.
Dia,
espelho de projeto não vivido,
e contudo viver era tão flamas
na promessa dos deuses; e é tão ríspido
em meio aos oratórios já vazios
em que a alma barroca tenta confortar-se
mas só vislumbra o frio noutro frio.
Meu Deus, essência estranha
ao vaso que me sinto, ou forma vã,
pois que, eu essência, não habito
vossa arquitetura imerecida;
meu Deus e meu conflito,
nem vos dou conta de mim nem desafio
as garras inefáveis: eis que assisto
a meu desmonte palmo a palmo e não me aflijo
de me tornar planície em que já pisam
servos e bois e militares em serviço
da sombra, e uma criança
que o tempo novo me anuncia e nega.
Terra a que me inclino sob o frio
de minha testa que se alonga,
e sinto mais presente quando aspiro
em ti o fumo antigo dos parentes,
minha terra, me tens; e teu cativo
passeias brandamente
como ao que vai morrer se estende a vista
de espaços luminosos, intocáveis:
em mim o que resiste são teus poros.
E sou meu próprio frio que me fecho
Corto o frio da folha. Sou teu frio.
E sou meu próprio frio que me fecho
longe do amor desabitado e líquido,
amor em que me amaram, me feriram
sete vezes por dia em sete dias
de sete vidas de ouro,
amor, fonte de eterno frio,
minha pena deserta, ao fim de março,
amor, quem contaria ?
E já não sei se é jogo, ou se poesia.
PESSOAS INTELIGENTES
Conta-se que numa cidade do interior um grupo de pessoas se divertia com o idiota da aldeia. Um pobre coitado, de pouca inteligência, vivia de pequenos biscates e esmolas.
Diariamente eles chamavam o idiota ao bar onde se reuniam e ofereciam a ele a escolha entre duas moedas: uma grande de 400 REIS e outra menor, de 2.000 REIS.
Ele sempre escolhia a maior e menos valiosa, o que era motivo de risos para todos.
Certo dia, um dos membros do grupo chamou-o e lhe perguntou se ainda não havia percebido que a moeda maior valia menos.
'Eu sei' - respondeu o tolo assim: 'Ela vale cinco vezes menos, mas no dia que eu escolher a outra, a brincadeira acaba e não vou mais ganhar minha moeda.'
Pode-se tirar várias conclusões dessa pequena narrativa.
A primeira: Quem parece idiota, nem sempre é.
A segunda: Quais eram os verdadeiros idiotas da história?
A terceira: Se você for ganancioso, acaba estragando sua fonte de renda.
Mas a conclusão mais interessante é:
A percepção de que podemos estar bem, mesmo quando os outros não têm uma boa opinião a nosso respeito. Portanto, o que importa não é o que pensam de nós, mas sim, quem realmente somos.
O maior prazer de uma pessoa inteligente é bancar o idiota, diante de um idiota que banca o inteligente.
Das 5 irmãs, Cass era a mais moça e a mais bela. E a mais linda mulher da cidade. Mestiça de índia, de corpo flexível, estranho, sinuoso que nem cobra e fogoso como os olhos: fogaréu vivo ambulante. Os cabelos pretos, longos e sedosos, ondulavam ao andar. Sempre muito animada ou então deprimida, com Cass não havia esse negócio de meio termo. Segundo alguns, era louca. Opinião de apáticos. Para os homens, parecia apenas uma máquina de fazer sexo e não se importavam se ela era maluca ou não. Passava a vida a dançar, a namorar e beijar. Mas, salvo raras exceções, na hora agá sempre encontrava forma de sumir e deixar todo mundo na mão.
Alguns acham que o dificil é sair da sua cidade ou casa mais o dificil é saber o que fazer em outro lugar
(Um Amor para Recordar)
Ainda dói, né?
Mesmo que você não queira, quando encosta na ferida, dói.
Isso porquê a ferida ainda está recente.
Mas calma, que daqui um tempo isso tudo será apenas uma cicatriz.
Não leve tudo tão a sério e nem tudo na brincadeira. Saiba a hora certa, e se não souber o que dizer cale-se.
Era uma vibe boa ficar comendo pizza e brigadeiro, ouvindo músicas ou assistindo um programa qualquer, no sofá ou na cama, sem gastar calorias. Mas, por mais que pareça um programa perfeito para passar com alguém, era monótono e cansativo, dava sono. Não havia amor.
A gente precisa correr atrás dos nossos sonhos. Mas e quando os nossos sonhos não nos permitem chegar perto deles?
“Sim, é aquele rapaz que quando
ama de verdade ele chora, te
enlouquece de brigas na
madrugada mas depois o teu
amor, o teu perdão ele implora. É
aquele que faz questão de lhe
apresentar para a família inteira,
faz questão de te levar para as
reuniões familiares, festas dos
amigos. Se ele gostar de você, ele
vai implicar com teu decote até
você trocar de roupa, mas quando
estiverem a sós, ele vai preferir
que fique sem pano no corpo. É
aquele que vai cuidar de você
quando estiver doente e
precisando apenas de uma coisa:
dengo. É aquele que vai te
apelidar das coisas que você mais
achava ridículo de chamar a
namorada, mas ele vai te chamar
olhando em teus olhos e
acariciando seu rosto, acredite,
você vai amar e fazer o mesmo.
No fim do dia, ele dará um beijo
em tua testa e vai dizer que irá
cuidar de você. Vai sentir ciúmes
até do aperto de mão que você
dará ao amigo dele. É aquele que
vai precisar de seu carinho
quando tudo começar a dar
errado, ele terá vergonha no
início, mas depois, quando já
estiver entrelaçado em teus
braços, ele vai chorar e vai pedir
para que tudo fique bem. E você,
terá que fazer isso. Ah se não
fizer… É aquele que vale a pena
largar o mundo, a vida lá fora e
viver intensamente para ele. Vale,
vale a pena sim. Mas eu sei que
amor só acontece apenas uma vez,
então não sei por qual motivo
estou escrevendo isso pra você, a
nova namorada dele. Porque sei
que nem a metade ele faz, mas
ele vai tentar e vai demonstrar
total carinho por você, e até pelo
carinho dele, vale a pena.”
Não custa nada tentar
Tentar não vai doer
Por que será que é tão difícil
Tentar ao outro compreender
Odeio esta vida
Odeio o fato de nascido ter
Odeio porque o inferno existe
Odeio,odeio viver
Odeio o fato de não poder
À vida por um fim
Odeio o fato de ter que aguentar
Um mundo feio assim
O mundo é as pessoas
Pessoas idiotas,malvadas
São poucas as que prestam
Essas são abençoadas
Não que eu vá fazer isso
Mas entendo quem desiste de viver
É muito difícil viver neste mundo
Neste mundo de sofrer
Alguns sorrisos doem tanto. Parece até, que quando você sorri, os cacos de dentro de você, te cortam.
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