Um Poema para as Maes Drummond
E então o que falar?
Não consigo explica.
Então como vou dizer?
pois não consigo descrever.
Essa forçar que queima e refrigera
que prende e liberta, tranquiliza e amedronta.
Aiiii... Dois anos completos, nosso namoro se consolidou, a cada dia mais apaixonado por ti estou.
Te amo pequena!
"No momento mais duvidoso de minha vida. A minha vocação eu então discernia
De repente você veio mudando tudo aqui por dentro. Aquele mesmo sorriso, mesmo olhar mesmo abraço, que a tanto anos ao meu lado estava mas que diferente não enxergava.
E então tudo mudou No meu Jardim uma flor brotou, hoje vejo claramente que os sorrisos, olhares e abraços são adubos que fizeram então nascer pela graça do Criador algo que se chama Amor."
Claro como o sol da manhã e que aquece a planta e o solo, teu beijo clareia minha mente e aquece o meu coração. Às vezes parece um vulcão prestes a entrar em erupção no entanto também acalma e aconchega minhalma.
Escuro como a noite sem lua, quando minha boca não encontra a sua. Mas triste que palhaço sem graça é se logo não construirmos uma casa.
Pois tu és a luz que me guiar. Ao teu lado sempre quero a rotina, pois quem ama sempre reinventa e ao teu lado quero passar dos noventa.
Sim. Você transforma tudo em mim
Restaura e refaz minha felicidade.
Se me faz raiva tudo esquenta.
Se me faz sorrir tudo fervi
Meu sangue frio se dissipou
Hoje um lobo de sangue quente teu eu sou.
Há como quero, quero e espero.
Quero esperar, quero te ter,
Como quero ser um só corpo com você.
Eis meu quere instituindo em te querer.
Mas louvando a Deus. Pois um dia hei de te ter.
É o dia já chegou, aniversário de Meu Amor.
Até difícil de expressar, confesso meio perdido estou.
Emoções vem a bagunçar. As palavras não estou sabendo organizar.
Minhas mãos trémula estão, sinto quase explodir coração, que acelerado esta.
É… tem momentos que só sei te amar. Palavras não sei exclamar.
Nossa que alegria que sintos,só você sabe como sou bobo. Meus olhos já estão pra se molhar.
É não sei mais o que falar.
É você fez esse lobo Amar!
[LUA CHEIA]
Cortei a minha saudade
Em plena lua cheia
Só pra poder vê-la crescer
Mais rápida, mais bonita
No deslumbre vazio
De lhe trazer
Em meus mitos
Com um pouco mais
De certeza
ECLIPSE SAGITÁRIO
Onírico: eis minha força motriz
em cada palmo de crina
só em beleza me embalo
Cavalgo céu a dentro
e sendo arqueiro - de impulso adestrado -
atiço eclipse
sol y lua
em
Sagitário
CAPRICA
Capricórnio
De córnea hígida y
Pupilas dilatadas
Nos córneos
A bússola
Aponta sem perder
Foco
Hora
Os inteligentes aprendem com tudo e todos,
os medíocres com suas experiências,
e os estúpidos já têm todas as respostas.
SOMBRA DOS VENTOS
Cansado de ser marinheiro nauseado
De remar à unha rumo a dezembros nublados
Pus-me ao solo encravado
Aqui ando e corro descalço
Meu superego, campo farto de hectares
Da primeira à última porteira
Posse tenho das poças em que tanto afogo
Eu quem afaga a cada seca desse cerrado
Eu quem afaga
Espelho de faca
Plantarei um pássaro
Para asas fazerem sombra em meu quintal
Sujo, eivado, de esgalho (ou da migalha)
O assoalho de meu quintal...
Solo, sujo, sol e chão
Farto de folhas de feridas que secaram
No outono que se foi.
Não como a sorte que nasce nos trevos
Nas vielas dos meus dedos...
A minha sorte - eu tenho outras -
Ainda é cedo
Pra mostrar
Quero (mais do que posso); vê lá se posso
Oh, esperança tão teimosa
Quero comprar uma rede
Pra me balançar
E voar em vento
Pra mo'da vida não parar
A minha sorte - eu tenho outras -
Ainda é cedo
Pra mostrar
CEGA
tenho da harmonia
um trilho
aresta
percurso as cegas
cílios que caem (outono)
sotaque da gente que me cerca
peixe elétrico: desfibriladores
crase dando ar à pedra
las dores de un ninho
que sabe fazer casa na distância
y braço de sofá
em todo um colo
que
rejeita
AZUL-MUJER
homem que escreve bonito
um céu azul-mujer está limpo
pra tu passar
levar cores na água dum riso
mandar cartão postal
um logradouro dos
teus segredos
Com o vento passageiro, seus fios se levantam
Crescem a cada dia
Adulto se torna, se torna Adulto
Não terás mais medo do escuro
Pois o escuro é teu
Se acostuma
Se reforma
Se adota e perde essência
A falta que o medo faz
O medo de não viver
Perde um, perde outro
Perdendo-se igualmente, o medo de morrer
Eu não vou desistir e deixá-lo ir para fora
A estrela-guia sobre a sua cabeça
Mas quando o sol nasce
De repente, o mundo em silêncio,
Quando não há mais palavras para dizer -
Amanhecer vem
PÃO DE ILUSÃO
"Dona Maria vai à mesma padaria há 43 anos e alguns dias. Essa data traz a agonia inventada pela espontaneidade da vetustez. Alguns móveis da padaria, ao longo da modernidade, foram trocados por mármore gelado e mogno lustroso. Os donos do estabelecimento ainda não foram trocados. O padeiro continua com um semblante frio - tanto quanto o mármore - e a balconista, com a sua pele lustrada pela temperatura dos pães, estende dedos grossos para devolver o troco. Em todos esses anos, os formais comprimentos nunca foram trocados por nenhuma amizade com túnica mais interna. Dona Maria é apenas mais uma velha assídua que sempre compra o mesmo bolo de trigo. Os que estão na padaria, também são apenas os mesmos, apenas são, sem muitas túnicas internas, são superficialmente apenas duas almas sem recheio que Dona Maria vê ao longo de seus 43 anos. Por casualidade, há muitos calendários, Dona Maria vê os mesmos rostos, os mesmos objetos, come as mesmas comidas, veste os mesmos vestidos que cheiram a naftalina. Diga-nos, Dona Maria, diga como era o sol naquela década. Diga-nos, diga com dignidade como as pessoas se trajavam, nos diga sobre os programas televisivos, diga-nos se os corpos eram em preto e branco, diga se havia medo de ter esperança. Conte-nos, conte sobre hoje, conte sobre excesso de cores. Conte-nos como contas as moedas do cofre que guardas em cima da geladeira, qual valor tem a mudança. Para Dona Maria, a dinâmica do tempo não lhe foi muito generosa. Dona Maria aguarda, no cume de sua demência, que nada possa mudar, pois envelhecer é um fenômeno agudo, que esculpe pés de galinha e rugas sem muita cortesia estética. E ela inventa todos os dias mais um dia de monotonia, para que não alcance o desespero de um dia ter de que se reinventar. Dona Maria sabe que a eternidade não se vende em nenhuma padaria, mas que a alegria da ilusão lhe traz a sensação de poder ter desenhar a vida que se quer levar."
CARECA DE SAUDADE
Há pouco esmero nesse texto. Há pouco ele cresceu. Crespos, lisos, ondulados: tantos são os caminhos para a saudade. Trançados em raiz, espetados, penteados em et ceteras. E, mesmo em caminhos calvos, é algo que cresce, aumenta, cai. Tal vez, saudade. Cabelo, talvez. Arrepia e embaraça. Saudade é capaz conceber sentimentos de arrepiar e embaraçar qualquer sensatez. Há quem peleje ao pentear os fios desse tempo com o credo latente de que a saudade irá passar. Esforços em vão. Cabelo se corta, saudade também. Saudade logo cresce. O cabelo? Também!
Um de nós
Vai sentir a falta de um de nós
Cada um, numa noite alta vai sofrer
Vou te ver, abraçar o vento com alguém
Que te faça bem
Vou sorrir, mas nesse momento eu vou chorar
Por sentir na carne a dor que dá
Quando alguém ocupa o seu lugar
Que não é somente um lugar
Foi um sonho que acabou...
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