Um Poema para as Maes Drummond
Talvez um dia você descubra que eu faço falta. E talvez eu descubra que ficar com você não vale a pena.
A perplexidade do moço diante de certas considerações tão ingênuas, a mesma perplexidade que um dia senti. Depois, com o passar do tempo, a metamorfose na maquinazinha social azeitada pelo hábito de rir sem vontade, de falar sem vontade, de chorar sem vontade, de falar sem vontade, de fazer amor sem vontade... O homem adaptável, ideal. Quanto mais for se apoltronando, mais há de convir aos outros, tão cômodo, tão portátil. Comunicação total, mimetismo: entra numa sala azul, fica azul, numa vermelha vermelho. Um dia se olha no espelho, de que cor eu sou? Tarde demais para sair pela porta afora.
Nunca se esqueça: um lápis quebra mais rápido do que uma borracha. A madeira parece mais forte. No entanto, a diferença entre eles está na flexibilidade. Quanto mais rígido for o material, maior é a chance de ser quebrado.
Só que chega um ponto que a gente cansa, que não quer mais saber de aventuras ou de procuras, entende?
Um homem que fala e não faz é como um jardim cheio de ervas daninhas. E quando as ervas começam a crescer é como um jardim cheio de neve. E quando a neve começa a cair é como um pássaro na parede. E quando o pássaro finalmente voa é como uma aguia no céu. E quando o céu começa a trovejar é como um leão a porta. E quando a porta começa a ceder é como uma punhalada nas suas costas. E quando suas costas começam a doer é como uma faca em seu coração. E quando seu coração começa a sangrar você esta morto. E morto. E morto de verdade.
Você é um sonho de mulher, daqueles sonhos que ficamos viajando acordado e se estamos dormindo é o sonho do qual não se quer acordar.
“Saio pra caminhar um pouco. Dou duas voltas no quarteirão, encontro duzentas pessoas e não vejo nenhuma criatura humana.”
Momentos de fraqueza na vida qualquer um os poderá ter, e, se hoje passámos sem eles, tenhamo-los por certos amanhã.
A música obriga a esquecermo-nos da nossa verdadeira personalidade, transporta-nos a um estado que não é o nosso. Sob a influência da música temos a impressão de que sentimos o que não sentimos; que compreendemos o que na realidade não compreendemos; que podemos o que não podemos. É como o bocejo ou o riso. Não temos sono mas bocejamos quando vimos alguém bocejar. Não temos vontade de rir, mas rimo-nos, ouvindo rir. A música transporta-nos, de surpresa e imediatamente, ao estado de alma em que se encontrava o artista no momento da criação, confundimos a nossa alma com a dele e passamos de um estado a outro sem saber por que o fazemos.
(Sonata a Kreutzer)
Oxalá, Alá, Jeová, Buda, Deus, Vários nomes e um só Deus. Respeite a minha religião e eu respeitarei a sua, desrespeite a minha religião e eu respeitarei a sua, o seu preconceito é falta de conhecimento, o meu respeito é puro conhecimento.
Eu passei mais da metade da noite olhando fixamente para um saco de pão pullman e me perguntando o que ele fazia na fruteira se ele não era fruta.
O Governo do Estado moderno não é se não um comitê para gerir os negócios comuns de toda a classe burguesa.
Considerando-se a impermanência de tudo, em um mundo em constantes alterações, o apego representa a ilusão para deter a marcha dos acontecimentos e reter tudo mais, impossibilitando o surgimento da realidade.
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