Um Poema para as Maes Drummond
Fim de tarde no sertão
O sol se põe em brasa lenta,
tingindo a terra de alaranjado,
o céu se veste de paz cinzenta,
e o sertão descansa, calado.
A seca faz poeira no vento,
levanta murmúrios de histórias passadas;
na aridez, o verde é um lamento,
mas a vida insiste, entre rachadas.
O gado marcha, já tão cansado,
as sombras crescem sobre o chão,
no horizonte, um vulto alado,
um pássaro, em lenta procissão.
A natureza respira profundo,
cada som, um som de oração,
na quietude, se encontra o mundo,
e a beleza bruta do sertão.
É um quadro de fogo e saudade,
um instante que o tempo retém,
o fim de tarde traz a verdade
de uma paz que o sertão contém.
Com a longa e bela cauda
a Cocrico hipnotiza o olhar
divertindo neste tempo,
em nós não há distanciamento.
Sinestésicos lemos iguais
sinais na Natureza porque
conhecemos o paraíso selvagem
que só para nós é acessível.
Não haverá nunca parecido
porque por dentro já está
escrito o destino tão querido.
Agora só é preciso o tempo
aberto para dar o passo
concreto rumo ao caminho certo.
Fico tentando ler
os teus olhos sem saber
como é o seu rosto
Do mesmo jeito
fico tentando beijar
os teus lábios sem saber
como é o seu gosto
Fico tentando ler
os seus pensamentos
sem saber como
você pensa de verdade
Da mesma maneira
fico tentando criar
um paraíso para fazer
parte dos seus sonhos
Se é que estás a reparar
ao ponto de realmente
de com delícia me desejar
Há muito tempo tens
me causado curiosidade
e desejo de perdição
com um misto
infalível de batalha
entre a loucura e o juízo.
Atrevo-me ser
Ter tudo teu
Reinando em mim,
É enorme a fantasia,
Vem, para perto,
Envolve-me com magia,
Teu é o meu querer
Em nossa companhia.
A minh'alma é colorida
com toda a poesia
da nossa Aurora Austral,
Agora só me falta
ser o seu amor fundamental.
Não existe distancia
para quem sente
profundamente
o quê leva dentro,
O impossível não
é o céu e nem o mar
para quem sabe
a pessoa escolhida
para amar e a vida
inteira com os olhos
fechados confiar.
Hanahaki
Sinto que estou vomitando flores
Rosas com espinhos
Infelizmente, isto não vai com minha dores
Apenas com meu espírito
Esplende a Aurora Boreal
desabrocha a Dwarf Fireweed,
Ouço a música celestial
misteriosa do Hemisfério Norte
Tenho confissões de amor
que penso que nunca vou te falar,
Melhor deixar assim mesmo
continuo embalando o segredo
Ao menos tenho o quê com
as estrelas conversar
enquanto o amor em ti não falar
Podemos até juntos não ficar,
mas os meus sonetos nunca
você e nem ninguém irão olvidar.
Empada para chamar
alguém de chato,
A Empada não merece
tal injustiça,
Ela merece mesmo
é espaço no meu prato,
Porque ela é uma delícia.
Dormir e acordar
ouvindo como
criança de longe
a Ali-Mangariba
dos Malês,
Uma viagem
ao passado ancestral
num sonho espiritual,
Precisava ter partilhado
não sou igual
a ontem e nem você
que com o coração me lê.
Mais uma alma
miserável unida
a outras almas
ainda mais miseráveis
que só encontram
a glória na destruição
levando a Humanidade
toda a extinção,
Não preciso falar
nada porque todos
sabem quem são,
e apenas são mais
da mesma aberração.
Apesar do desejo
de alguns de pintarem
este mundo de gris,
A cor que vejo
é a do amor dos teus
olhos que ainda não
sei como são,
Neste entardecer
tenho mais de uma
razão para renascer
mesmo que ainda
não tenha chegado
o nosso lindo amanhecer.
A flor é a superfície, os espinhos são o interior e o talo da flor é o que ligar os dois.
Uma analogia sobre como nós somos
O Sapin baumier está
coberto de pinhas,
E meus olhos
desperto por poesias.
Não saio do caminho
e não abandono sonhos,
Me distraio para seguir
sorrindo o meu destino.
Que a gente se combina
nunca tive dúvida,
e você também não.
Agora só falta mesmo
a gente se permitir
ouvir a voz do coração.
Furrundum bem adoçado
com rapadura ou açúcar mascavo,
Vou fazer para você provar
só para te deixar apaixonado,
Há por injustiça da nossa
língua quem chame
o Furrundum de briga...,
O Furrundum é
doce de cidra ralado,
Oh, coitado! Oh, coitado!
Farinha amiga
do amigo Feijão,
do companheiro Pirão
e de qualquer receita
com molho não
pode faltar jamais
no meu prato,
Comer sem Farinha
é viver entendiado.
Nunca estive longe,
sempre estive dentro,
muito além do tempo
por onde anda o coração
e o seu sentimento.
Em todas as cenas românticas
vivo te incluindo mesmo
sem saber se está escrito
pela pluma poética do destino.
Trago os sinais da Pátria Grande
nas mãos pelas ribeiras do Uruguai
e enquanto aprecio um 'ceibal',
porque amar a terra é fundamental.
No meu peito e no pensamento
rotas intermináveis tenho feito
para ser parte do seu sentimento.
Sem ao certo saber a direção
que me faça te encontrar,
vou adiante devagar e sem parar.
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