Um Poema para as Maes Drummond
Ninguém pode, por muito tempo, ter um rosto para si mesmo e outro para a multidão sem no final confundir qual deles é o verdadeiro.
Existem certas ocasiões em que um homem tem de revelar metade do seu segredo para manter oculto o resto.
A verdadeira caridade surge espontaneamente de um coração simpático, antes mesmo que qualquer pedido seja feito. Ela é a pessoa que dá, não ocasionalmente, mas constantemente.
Muitos homens têm um orgulho que os leva a ocultar os seus combates e apenas a mostrarem-se vitoriosos.
Quando temos sede parece-nos que poderíamos beber todo um oceano: é a fé; e quando bebemos, bebemos um copo ou dois: é a ciência.
Volto para me aporrinhar. Para responder a esse tipo de pergunta. Para ser um dos 5% de brasileiros que pagam imposto de renda. Para perder o apetite ou morrer de indigestão. Volto porque nunca saí daqui.
O infortúnio é um degrau para o gênio, uma piscina para o cristão, um tesouro para o homem hábil e um abismo para o fraco.
Meu desejo maior é ter em casa uma mulher razoável, um gato a passear entre meus livros e, a todo tempo, amigos. Sem tais prazeres eu não viveria.
Penso que o ódio é um sentimento que só pode existir na ausência da inteligência. Os bons médicos não odeiam os seus doentes.
Aquilo a que chamamos acaso não é, não pode deixar de ser, senão a causa ignorada de um efeito conhecido.
Os desejos humanos são infindáveis. São como a sede de um homem que bebe água salgada, não se satisfaz e a sua sede apenas aumenta.
É egoísmo pensar somente em nós próprios como centro do mundo e construir um mundo fechado que nos isola das oportunidades que a vida pode oferecer.
Existe uma crença hindú em que cada pessoa vive em uma casa de quatro cômodos: um físico, um mental, um emocional e um espiritual. A maioria de nós tende a viver em um dos cômodos a maior parte do tempo, mas a menos que entremos em todos os cômodos todos os dias, mesmo que somente para mantê-los arejados, nós não estaremos completos.
Se eu perguntasse a meus compradores o que eles queriam, teriam dito que era um cavalo mais rápido.
Um pensamento, quando é escrito, é menos opressor, embora às vezes se comporte como um tumor maligno: mesmo se extirpado ou arrancado, volta a desenvolver-se, tornando-se pior do que antes.
O amor mata a inteligência. O cérebro faz de ampulheta com o coração. Um só se enche para esvaziar o outro.
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