Um Poema para as Maes Drummond

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⁠A falta de beligerância não diz nada
É apenas uma aparência de paz
A mente se movimenta numa encruzilhada
Tentando manter a respiração no interno caos.

O destino brinca de ter direções diversas
Mas há pontos nos quais se cruzam,
Num desses que traz recordações adversas
Verdades e decisões colidem e pressionam.

O fluxo já não parece ser como antes
Pois seus assuntos se tornaram incontornáveis,
Para que a máquina consiga seguir em frente
É preciso desbloquear a barreira erguida pelos execráveis

A falta de beligerância não diz nada
É apenas uma aparência de paz,
A mente se movimenta numa encruzilhada
Tentando manter a respiração no interno caos.

Quando os bloqueios são rompidos
Os pensamentos rumam fluidos.

Quando a verdade é posta no volante
Nenhuma encruzilhada mais é torturante.

⁠A TUA DOR

Ninguém sente a tua dor,
Ninguém jamais sentiu,
Ninguém sabe como doeu,
Em quais sentidos a dor mexeu.

Ninguém tem a mesma cicatriz,
A exata noção do que viveste,
A cicatrização do teu ferimento,
Ninguém tem a medida, ninguém é você.

Então, eles - quem quer que sejam -
Não entendem, não merecem,
Ser levados em conta,
Nas suas opiniões superficiais.

Desconectadas do contexto único,
Das tuas experiências,
Ninguém é você,
Ninguém jamais será.

William Contraponto

⁠O ÚLTIMO ATO DO GUERREIRO

Se tombares o guerreiro errado
Cuja força vem do ideal
Saiba que mesmo derrubado
Ele será resistência até o final.

Pra aquele que não tem
O que mais possa perder,
Já não teme nada e ninguém
E revela a verdade doa a quem doer.

Jogou o jogo atrapalhado
Crendo que o calaria,
Ferindo o melhor soldado
Você não pensou no que viria.

A palavra lançada certeira
É arma justa que não falha,
No último ato muda a história inteira
Deixando nú seu algoz canalha.

Pra aquele que não tem
O que mais possa perder,
Já não teme nada e ninguém
E revela a verdade doa a quem doer.

⁠A CULPA

Ninguém assume a culpa
É o total oposto disso,
Todos querem se livrar da culpa
E fazem de tudo para isso.

Eles se esgueiram como podem
Entre um pouco de sorte e simulação,
Esses sujeitos são covardes e ardem
No medo que sentem da revelação.

Ninguém assume a culpa
É o total oposto disso,
Todos querem se livrar da culpa
E fazem de tudo para isso.

As narrativas tentam cercear a realidade
Que fica menos clara, evidente,
Só uma leitura das entrelinhas com sensibilidade
Pode ultrapassar a barreira do aparente.

Ninguém assume a culpa
É o total oposto disso,
Todos querem se livrar da culpa
E fazem de tudo para isso.

A verdade permanece sendo a verdade
Mesmo que a mentira adquira aliados,
Essa certamente é uma obviedade
Que precisa ser lembrada aos culpados.

Ninguém assume a culpa
É o total oposto disso,
Todos querem se livrar da culpa
E fazem de tudo para isso.

Autor William Contraponto

Há Outras Flores

⁠Sempre haverá outra flor no caminho
Talvez até sem tanto espinho
Uma que não nos faça sangrar
E seja bálsamo para as dores suavizar.

Nem tudo foi como sonhamos
Ou mesmo segue do jeito que experimentamos
O que foi pode não mais retornar,
É provável que não volte a se manifestar.

Mas, vejamos: como ainda tem estrada
E quantas são as nossas possibilidades
De que a cada nova parada
Surjam flores das mais belas variedades.

Mesmo com as marcas do que foi passado
Seguirmos é o sentido para ter o coração curado
Sendo pelas pétalas que foram conquistadas
Ou pelas próprias, na jornada, acrisoladas.

William Contraponto

⁠Querido Soneto…
Num sonho, na rua, qualquer lugar
Eu já não sei parar ou esquecer
Outono, lavandas, eu, acordar
A chuva, o fogo, me aquecer
De dia, de noite, se beijarão
Desejos e sonhos dentro de mim
Saudade, no peito, há explosão
As minhas vontades já não tem fim
Perfume, palavras, a encantar
Poetas escrevem o meu querer
Tudo que eu sinto, eu vim cantar
E pra começar, pra te envolver
vim declarar, só penso em você
É tão fascinante te conhecer

⁠Soneto Dissimulado

É. Eu passei a esquecer tudo
De uns dias pra cá não sei porquê
Das horas, relógio, do mundo
Qual a razão? Alguém venha dizer

Mas confesso que posso imaginar
Vai ver é por causa de um sonho
Vai ver é por causa de um olhar
Talvez seja a Lua, suponho

Tão tão além do que imagina
Brilha tornando o céu todo seu
É, quando sai detrás da cortina

Esqueço também até quem sou eu
É que o eu vira nós com ela
Tão incrível é pra mim…tão bela

⁠Vi muitas celas na vida
Cárceres bons
Lugares que poderiam
ser minhas prisões eternas
e perfeitas!
Mas jamais permiti
que me prendessem...
Nunca!
Sempre me liberto
Antes dos grilhões se fecharem!
Sempre desejei a Liberdade!
Sempre clamei por respirar!
E hoje
eu faço poesia que liberta!!!
Jamais me vendi por bagatelas
Jamais me venci por bagatelas
Em tudo me perdi
Em nada me entreguei...
Porque rimas baratas
não sustentam o meu Verso
E ó Deus
por favor eu te peço
Me deixe cantar...!

"Alcançar-te-ei, oh, alma.
Ver-te-ei com minh'alma.
Todos os meus sentidos,
contemplar-te-ão.
Sentir-te-ei em minh'alma.
Revestir-te-ei de todo encanto.
Então, poetizar-te-á meus versos.
Assim contentar-me-ei."

Vou fazer de conta que já me esqueci
dos dias mais quentes, das noites mais frias;
mas no fim de contas, o que faço aqui,
neste catavento cheio de avarias...?

Sopram na aragem ventos duma sorte
que tanto dominam laços corrompidos;
e vindos do nada, passam com desnorte
pelo catavento, junto aos meus ouvidos..

Faço que não oiço, porque fiz de conta
que já não sou eu, nem me reconheço;
oiço esses zunidos, com a cabeça tonta,
dou-me ao manifesto, dão-me qualquer preço...

Porém, contrafeito, tão-pouco me valho,
nesta condição, com um ar cinzento;
sou mais um andrajo, pareço um bandalho,
junto ao velho eixo deste catavento.

⁠Lei da natureza humana

Nasce, é alimentado, cresce, é alimentado,
se desenvolve, é alimentado, se reproduz e é alimentado, passa o tempo, adoece e morre.

Por ventura seria isso que o leitor lê,
o processo da vida humana?
Ou o ciclo de uma paixão?

Os seus olhos são como estrelas
Com seu brilho me conquista
Sua voz é obra de arte
Do nosso maior artista
Meu amor por ti é tão grande
Que até se perdeu de vista

MATURIDADE

Maturidade é você reconhecer o que não está dando certo…
Maturidade é você não procurar quem errou depois de uma decepção…
Maturidade é você não cobrar e nem pagar na mesma moeda…
Maturidade é você saber a hora certa de se afastar…
Maturidade é você se permitir a recomeçar…
Maturidade é você entender e compreender com quem você está perdendo o seu tempo…
Maturidade é você ser feliz com o que te faz feliz.

Moisés
Rio, doce manancial de água purificadas.
Berço de suave esperança.
Entoando cantos de niná, tráz a criança.
Num lindo e açucarado cestinho.
À tua margem se teceu um ninho.
Onde, ansiosamente aguarda,
dois braços abertos que mais parecem asas.
Berço guardião terra...desembocadouro Mar!

☆ Haredita Angel

Não que você

não mereça

eu te querer,

Você em pouco

tempo povoou

a minha fantasia

Elevando a minha

vaidade feminina.



Não posso ficar

onde sei que não

tenho como

emocionalmente

sustentar;

Não preciso

prever o futuro

porque sei que

entre nós tem

tudo para dar errado.



O amor pede de nós

profundos cuidados,

Da forma que você

está acostumado,

Não sou eu é que

farei impossível

para te modificar.



Não, não há nada

de errado comigo,

E nem contigo;

Apenas temos

expectativas

diferentes,

Só não quero

colocar o meu

coração mais

sob o teu perigo.

Cruzou uma

borboleta

amarela,

e entre meus

seios repousou;

o rumo tomou

e algo inspirou

que o amor

estará surgindo.



Não perco

o meu olhar

sobre você,

e por ti não

irei deixar

de esperar.



Fui plantar

as rosas

do destino

para quando

a vida

nos colocar

no mesmo

caminho.



Longe irei,

se precisar

com a condição

de não deixar

o amor se perder,

e eu não voltar.

No silêncio desta

noite nos prevejo

no giro do carrousel

dos teus abraços

e adorando os seus

beijos no melado

doce dos teus lábios.



Na galáxia dos teus

olhos profundos

navego ao ponto

de perder horas a fio

nos teus castanhos

e sublimes mistérios

de nossos desidérios.



É a lembrança do

que não vivemos,

porém sentimos

como já nós nos

conhecêssemos,

e silenciosamente

nos pertencemos.



De maneira mística

a sua presença

e a ausência capto

como estivesse diante

das minhas vistas,

Não fazes nem idéia

de cada sonho que

venho embalando

e reinaugurando

o Ano Novo a todo

o romântico instante.



A verdade nós dois

sabemos o quê já

está escrito sobre

tudo aquilo que

nos faz a cada

dia mais unidos

e mais absolutos.

A praia pode
estar deserta,
Você nunca
estará sozinho,
No coração
sou presença
que não
se ausenta
nem quando
o olhar
se distancia.

Eia a indecência
que te aquece
como o sol,
aos teus lábios
é sal e oceano
que te intensa!...

O silêncio é
a proposital
forma de
trazer a tona
o que arrepia,
e para você:
sou o sublime,
o apelo,
o que levita
e a tua fantasia.

Não nos

conhecemos,

E como

conhecidos

fôssemos,

Tu me trazes

para ti abrindo

espaços,

Com esse

jeito atrevido

Forte como

um raio,

Intenso como

um oceano

E com uma

pele igual

ao sol

acendendo

o amanhecer

caribenho.



Sem dar

chance de

pensar nas

consequências,

E de surpresa

me levou

para um

rumo impensável

ao paraíso

e impenetrável.



O teu carisma

apaixonante

me fez absoluta

e rendida,

Ao permitir

escrever em ti

um ousado

poema sobre

o teu corpo

que é um em si,

Reconheço-me

mágica e divina,

e celebrante

do incontável,

Assim me vejo

nas mãos

do imensurável

sob o jugo sedutor

deste teu calor.

Apreende na tua

sede os teus

lábios aos meus.



Porque não

sei nem por

onde começar...



Apreende na tua

fome o meu

corpo ao teu.



Porque longe

de mim

querer me

salvar de ti.



Apreende o meu

peito bem

unido ao teu.



Em ti não

serei mais eu,

seremos

o infinito.