Um dia Percebemos Mário Quintana
Cá dentro inquietação, inquietação
É só inquietação, inquietação
Porquê, não sei
Porquê, não sei
Porquê, não sei ainda
Há sempre qualquer coisa que está pra acontecer
Qualquer coisa que eu devia perceber
Porquê, não sei
Porquê, não sei
Porquê, não sei ainda
Ensinas-me fazer tantas perguntas
Na volta das respostas que eu trazia
Quantas promessas eu faria
Se as cumprisse todas juntas
Não largues esta mão no torvelinho
Pois falta sempre pouco para chegar
Eu não meti o barco ao mar
Pra ficar pelo caminho
Temos fantasmas tão educados
Que adormecemos no seu ombro
Somos vazios despovoados
De personagens de assombro
Dão-nos a capa do evangelho
E um pacote de tabaco
Dão-nos um pente e um espelho
Pra pentearmos um macaco
Dão-nos um cravo preso à cabeça
E uma cabeça presa à cintura
Para que o corpo não pareça
A forma da alma que o procura
Não cantes alegrias a fingir
Se alguma dor existir
A roer dentro da toca
Deixa a tristeza sair
Pois só se aprende a sorrir
Com a verdade na boca
Eu quero desnascer, ir-me embora, sem sequer ter que me ir embora. Mãe, por favor, tudo menos a casa em vez de mim, outro maldito que não sou senão este tempo que decorre entre fugir de me encontrar e de me encontrar fugindo, de quê mãe? Diz, são coisas que se me perguntem? Não pode haver razão para tanto sofrimento.
CORONAVIRUS: Assistir uma carreata de empresários bem sucedidos, em seus carrões com ar condicionado, pedindo a reabertura do comércio é aceitável. Agora ver um monte de gente que a anos vem utilizando os serviços públicos sucateados, como transporte lotado e serviços de saúde deficitários, receberem um aúxilio emergencial de 600 reais, defender o capitalismo e o sistema de governo atual que vem ampliando cada vez mais a desigualdade social, é, no mínimo masoquismo, transtorno de personalidade.
Assim como a luz é símbolo da vida, da alegria e da felicidade, todos nós somos chamados a ser luz no próprio ambiente de vida cotidiana, perseverando na tarefa de regenerar a realidade humana no espírito do Evangelho e na perspectiva do Reino de Deus.
Em todos os lugares, precisamos ser luz, precisamos brilhar em meio às trevas. Precisamos ser luz na vida das pessoas e não trevas, raios, relâmpagos, tempestades, como muitas vezes acontece.
A luz da nossa fé, doando-se, não se apaga, mas se reforça. Ao contrário, pode se apagar se não alimentarmos com amor e com as obras de caridade.
Para seguirmos os passos de Jesus, para sermos iluminados por Ele, precisamos olhar para dentro de nós e remover todos os obstáculos que nos impedem de caminhar em direção a luz.
Um dos problemas é que queremos a vitória, o sucesso, mas não queremos lutar. Queremos tudo nas mãos. Somos adultos, mas às vezes temos atitudes de criança.
São os famintos de prestígio e que não sabem sofrer a sua fraqueza, os complexados de poder, complexados de inferioridade, que buscam obter um cargo que os torne grandes, porque não são grandes.
A ganância está obstinada a flertar com a alma nobre, mas está eternamente condenada a se contentar, apenas, com a alma sórdida.
Nascemos introduzidos em uma sociedade na qual rege um sistema antropofágico de ideias, no qual as pessoas retroalimentam-se através da distorção da moral, dando origem a um conceito que não tem como objetivo evidenciar quem está certo, mas sim quem está menos errado.