Um dia a Gente Aprende Mario Quintana

Se dois homens no mesmo emprego concordam sempre entre si, então um é inútil. Se discordam sempre, então ambos são inúteis.

Um passo a mais para nos perdermos e reencontramo-nos.

A civilização é um progresso de homogeneidade indefinida e incoerente rumo a uma heterogeneidade definida e coerente.

Um versificador não considera ninguém digno de ser juiz dos seus versos; se alguém não faz versos, não sabe nada do assunto; se faz, é seu rival.

Afinal de contas, o prazer é um critério mais seguro do que o dever e do que o direito.

É um gládio perigoso o espírito, mesmo para o seu possuidor, se não sabe armar-se com ele de uma maneira ordenada e discreta.

Um escritor chega à velhice quando suspeita que o artigo que está a escrever já tinha sido escrito por ele no passado.

Para agradar aos homens é preciso professar o que cada um desses homens repudia e odeia na sua vida secreta.

Entre haicais e chuva
Súbita inspiração:
Um trovão.

A literatura é um assunto sério para um país, pois é afinal de contas o seu rosto.

A gula é um vício que nunca acaba, e é aquele vício que cresce sempre, quanto mais o homem envelhece.

O meu é um país perfeito, porque ninguém o pode melhorar.

Reconhecer autoridade sobre si é um sinal de superior humanidade.

O trabalho de um homem é mais o suplemento necessário dele próprio do que o resultado disso.

Há, sim, um direito do mais sábio, mas não um direito do mais forte.

Nunca desanime. Às vezes é só um pouco mais além.

A esperança é um bem comum a todos os homens.

Cada qual tem um gosto que o arrasta.

Um favor pago envilece aquele que o recebe e desonra aquele que o concede.

Desejaria que houvesse o cuidado de lhe escolher [à criança] um condutor [preceptor] que antes tivesse a cabeça bem feita do que muito cheia.