Um Cavalo Morto e um Animal sem Vida
Há momentos em que a vida se torna um fardo tão pesado que o coração transborda em silêncio, e o outro, ao nosso lado, clama por algo além das palavras: clama por escuta, por acolhimento. Quando nos deparamos com a dor alheia, é um convite não para a solução imediata, não para o julgamento rápido, mas para a presença. Muitas vezes, o maior ato de amor que podemos oferecer é simplesmente estar ali, ouvir sem pressa, abraçar sem questionar, permitir que o outro sinta plenamente, sem interromper com opiniões ou conselhos impensados. A dor do outro é única, e, por mais que pensemos entender, jamais seremos capazes de medi-la com precisão.
Nosso erro, muitas vezes, está em julgar aquilo que não vivemos, em acreditar que somos senhores da razão, e que nossas soluções são universais. Esquecemos que cada alma é um mundo, e o que para nós parece pequeno, para o outro pode ser um abismo. Respeitar o sofrimento do próximo é, antes de tudo, um ato de humildade. Não cabe a nós decidir o peso do que o outro carrega, mas sim oferecer um ombro firme, um abraço acolhedor, e a paciência necessária para que o outro se sinta ouvido. Mesmo quando as palavras se tornam amargas, mesmo quando o desespero transborda em queixas contra a própria vida, devemos lembrar que o acolhimento não está nas respostas que damos, mas na escuta que oferecemos.
Assim como Jó, que enfrentou sua própria dor, seu luto e seu questionamento diante da vida e do Criador, todos nós, em algum momento, nos tornamos aquela pessoa à beira do abismo, buscando sentido no caos. E assim como os amigos de Jó, que o acompanharam em seu silêncio, há momentos em que nossas palavras se tornam desnecessárias. O que resta é a presença. A escuta atenta e compassiva, sem julgamentos. Pois a dor, como a vida, segue seus próprios caminhos, e o que o outro mais precisa, em seus momentos de vulnerabilidade, não é a certeza da razão, mas a certeza de que não está só.
Desculpa o Auê
Ela invadiu minha vida como um furacão, sem aviso, sem pedir licença. Era do tipo que falava alto, gesticulava demais e ria com a força de quem carregava o mundo no peito, mas preferia gargalhar a chorar. Eu, acostumado ao meu canto ordenado e silencioso, fui pego de surpresa pela tempestade que ela trazia.
“Desculpa o auê”, ela dizia, toda vez que derrubava um copo, esquecia uma blusa jogada no sofá ou começava uma discussão no meio do nada. Mas não era de verdade uma desculpa. No fundo, ela sabia que o caos dela tinha se tornado meu combustível.
Era nos tropeços dela que eu encontrava graça, e nos excessos que eu descobria o sabor da vida. Ela me tirava do meu eixo, me fazia perder a paciência e, ainda assim, eu ansiava pelo próximo “auê” que ela provocaria.
“Desculpa o auê”, ela repetiu, sorrindo de canto, quando esbarrou na minha prateleira de livros e derrubou tudo no chão. E ali, enquanto recolhíamos páginas espalhadas, percebi que aquele tumulto dela tinha organizado algo em mim: meu coração, antes tão metódico, agora pulsava fora de ritmo, mas mais vivo do que nunca.
“Não precisa pedir desculpas”, eu disse. “O auê já é parte de mim.”
PORTO ALEGRE
Ampulheta a passos de lebre
Na busca de um Porto Alegre
Nesse intervalo que a vida segue
Ser útil e cuidar o que negue
É preciso estar sempre pronto
E feliz com aquilo que monto
Nessa alegria é que encontro
Um vibrar nas conquistas dos outros.
SUPORTE
E o que se chama de sorte?
Um trabalho de uma vida?
Num revoo de sul a norte
Foram muitas idas e vindas
Pra conquistar algum aporte
De muito esforço na investida
Fazendo frente a um suporte
De bela história construída.
EXTRAVASÃO
Roubaram o sol do Guaíba
Um balanço a inundar o outro
As águas encobrem a vida
Deixando tudo meio torto
Serão gigantes as feridas
Correnteza embalando corpos
Incansável gente aguerrida
Que alcança a esperança do encontro
Afogando as mágoas com a lida
De quem não se entrega “nem morto”!
EXPECTADOR ou ESPECTADOR
Que ator sou no sagrado cenário da vida? Um mero espectador ou um fiel expectador?
Não há caminho diverso, é através do trabalho que nos tornamos melhor, no voluntarismo espontâneo (proposital redundância), vigilância e constante prontidão que nos forjamos dignos e aptos, por merecimento, em ascender na infinita escalada do aprimoramento.
Nesse sagrado ofício, que a labuta seja silenciosa (o que a mão direita dá a esquerda não deve saber) e que eventual barulho seja da utilização de ferramentas que façam à obra o fruto da união do discernimento e da ação realizadora, tudo de modo a contribuir a seu próprio progresso e daqueles que nos cercam. Todavia, que o esforço seja conjunto e em prol dos mesmos objetivos, fazendo novas realidades daquilo que hoje o vulgo desdenha como ilusões.
Nesse cenário, para a real evolução, há menos espaço para o espectador (aquele que assiste) e um necessário percurso ao expectador (aquele que se torna ator e agente transformador com mira às virtudes). Há que se ter muita cautela, pois a ninguém é dado o direito de ser um parasita do esforço dos outros, mas sim, permitir-se comungar da beleza dessa sagrada (re)construção ativa e constante de um belo horizonte nesse mundo que oferecemos e desejamos aos nossos semelhantes.
Na carona do saudoso cantor e poeta Gonzaguinha, vale harmonizar:
“Não se desespere não, nem pare de sonhar... Nunca se entregue, nasça sempre com as manhãs... Deixe a luz do sol brilhar no céu do seu olhar! Fé na vida fé no homem, fé no que virá! Nós podemos tudo... Nós podemos mais ... Vamos lá fazer o que será”!!!
Sonhar é preciso, agir para a transformação também!
(Alfredo Bochi Brum)
Nutrir-se é a chave para uma vida plena e vibrante, pois alcança um corpo satisfeito e uma mente serena, ou seja, é um ato de amor próprio.
Um milagre
O que é um milagre?
Se não a vida por si só.
Ao sentir a divindade,
A garganta dá um nó.
Feche os olhos
Imagine onde ele(a) está…
Você vê? Sim, você vê!
Porque ele(a) está dentro de você.
Se uma lágrima rolar no teu rosto,
E a emoção vier a lhe faltar o ar,
Eis o momento em que és abençoado,
Estais envolto ao toque do sagrado.
E então uma velha página é virada,
Como uma música repetidamente cantada,
Trazendo respostas e o entendimento, ao longo do tempo,
De que os sinais da vida vêm do firmamento.
E ao universo lancei o meu desejo,
E a cada estrela nomeei um protetor,
No cintilar do reflexo do que almejo,
Desejei nessa vida reencontrar o meu amor.
Eu cantei em silêncio a minha solidão,
As músicas resgatadas da nossa paixão,
Era o chamado, um código dimensional,
Que um dia combinamos para reabrir o portal.
O vulto do teu bailar anunciava a tua chegada,
E tua risada completava a minha rima inacabada.
Sentia no ar o aroma da sua doçura,
Ao emanar do coração, a nossa fonte mais pura.
E despertastes na ritmada saudade do coração,
Acelerado como se pudesse diminuir o tempo de maturação.
Do ventre da Mãe natureza, aos braços do Pai criador,
A nossa eterna procura entre vidas se chama Amor.
Deus sai de Deus em forma de Deus,
Saiu de mim para iluminar o meu adeus
a escuridão, e para mostrar ao corpo o que
somente a alma vê, que a Luz do amor…
É celestial,
É vibracional,
É imortal.
Na vida, se estiveres sempre procurando por um exemplo, considere não o ser para o(a) procurado(a).
A vida não tem sido fácil, nesse momento eu gostaria somente de um forte abraço.
Minha alma pede socorro, mas não posso me deixar vencer pelo cansaço.
Deus, vem ao meu encontro! Me pegue pela mão e me leve numa direção onde eu possa ser feliz.
A vida é feita de escolhas, como um corredor repleto de portas. Cada decisão que tomamos nos conduz a uma realidade diferente, moldada por nossos pensamentos, valores e ações. No entanto, não existe uma única porta certa — o que importa é a consciência com que escolhemos e a responsabilidade que assumimos pelas consequências. A verdadeira liberdade está em compreender que, embora o caminho seja incerto, somos nós que damos sentido a ele ao caminhar com clareza, integridade e propósito.
Passei uma vida vestindo armaduras, aprendendo a me proteger em um mundo que me testava a cada instante. Fui forjada pela necessidade de ser forte, de erguer muralhas ao redor de um coração que não podia sentir, tinha que suportar. Mas dentro dessa força, sempre existiu uma essência, pura e verdadeira, esperando pelo momento de respirar livremente.
Amar Quem Não Sabe Ser Amado
Amar é um sonho que a vida nos conta,
Uma busca que o coração nunca desaponta.
Dos pais, dos amigos, dos laços primeiros,
Até o amor que nos toma por inteiro.
Ah, o amor, tão doce e tão voraz,
Ele nos eleva, nos traz a paz.
Depois, nos derruba, nos faz chorar,
E pensamos que sem ele, não dá para ficar.
Mas a vida ensina, a dor vira lição,
Descobrimos a força dentro do coração.
Sobrevivemos ao que parecia final,
E o amor renasce, mas de forma especial.
Amar alguém com medo de amar,
É caminhar num fio, é se desequilibrar.
É lutar contra sombras que vêm do passado,
E oferecer luz a quem vive no cerrado.
Mas há quem rejeite, quem não saiba acolher,
Quem veja no amor um fardo a temer.
E você, que ama com tanta verdade,
Se vê preso entre a dor e a saudade.
O amor é seu, é chama que aquece,
Mas amar sem retorno te enfraquece.
E então, com o tempo, você vai entender,
Que amar a si mesmo também é viver.
Guardar o amor em uma caixinha pequena,
Onde ele repousa, onde a alma serena.
Pois insistir em quem se recusa a enxergar,
É esquecer que também é preciso se amar.
Com empatia, escolha a si,
E permita que o outro encontre o que há de si.
O amor, eterno, no peito guardado,
Será sempre luz, nunca apagado.
A Arte de Se Reconstruir
Por Diane Leite
A vida é como um grande jogo, com regras que muitas vezes parecem injustas e caminhos repletos de armadilhas. Contudo, independentemente de onde começamos, sempre temos a chance de mudar o roteiro, reescrever nossa história e nos reconstruir. Essa foi a lição mais poderosa que aprendi em minha jornada.
Nasci em um ambiente onde os sonhos pareciam um luxo inalcançável, onde a realidade era dura e limitadora. Mas, desde criança, percebia que havia algo além, algo maior. Sempre acreditei que, se outros conseguiam, eu também poderia. Assim, comecei minha busca. Não por atalhos, mas por passos consistentes e conscientes.
O primeiro passo: a observação
Sempre observei as pessoas que chegaram onde eu queria estar. Perguntava-me: "O que elas têm em comum? Como alcançaram isso?" Cada entrevista, cada história inspiradora era um manual para mim. Anotava padrões e traçava meu plano. Porque, no fim das contas, o sucesso não é apenas talento nato; é constância, resiliência e a capacidade de aprender com as quedas.
O segundo passo: a paciência
O progresso não acontece em um dia, nem em meses. É a soma de pequenos gestos diários, repetidos com fé e determinação. Quando adolescente, lembro-me de caminhar por horas com um cabo de vassoura nas costas para treinar minha postura. Parecia insignificante, mas refletia algo maior: meu compromisso comigo mesma. O que é pequeno hoje, com o tempo, se torna grandioso.
A dor como convite à transformação
A vida, no entanto, não é linear. Perder meu irmão foi como perder o chão. Engordei 35 quilos, afastei-me de mim mesma e do meu propósito. Durante meses, chorei cada lágrima possível. Mas a dor, por mais cruel que seja, também é uma oportunidade de renascimento. Peguei uma foto antiga, de biquíni, e a transformei em minha motivação. Não era sobre voltar ao que fui, mas me tornar algo melhor. Dois anos depois, não apenas perdi o peso. Ganhei força, resiliência e um amor-próprio que nunca imaginei.
A mente como aliada
A psicologia nos ensina que a mente é capaz de feitos extraordinários quando acreditamos em nosso potencial. Reconstruir-se não é negar o passado, mas aprender com ele. Não é sobre idade, tempo perdido ou erros cometidos. É sobre olhar para si mesmo e dizer: "Eu ainda posso mais." Sempre podemos mais. A questão é: o que estamos dispostos a fazer para chegar onde queremos?
A evolução é eterna
A reconstrução não tem prazo de validade. Seja aos 12, 30 ou 60 anos, o processo é sempre possível. Requer coragem para enfrentar nossas sombras, humildade para aprender e paciência para florescer. Mas, ao final, cada esforço vale a pena.
Hoje, ao olhar no espelho, vejo mais do que um corpo transformado. Vejo uma mulher que, a cada queda, decidiu se levantar mais forte. Uma mulher que aprendeu que, mesmo em meio à crueldade do mundo, há uma força interior capaz de iluminar os dias mais sombrios.
Se há algo que quero deixar para você é esta mensagem: nunca é tarde para começar de novo. Não importa onde você está, mas sim a direção que escolhe seguir. A vida pode ser um jogo, mas as regras podem ser escritas por você. Escolha jogar com coragem, e o universo será seu aliado.
DA VIDA
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Um velho conhecido - pessoa muito religiosa e atenta em questões alheias - me avisou para ter cuidado com uma nova amizade. Matar o mal pela raiz, pois aquela mulher espontânea, bem humorada, espirituosa e sagaz era da vida. Uma mulher da vida.
O aviso cheio de boas intenções daquele homem que tentou me afastar da suposta má companhia, na verdade me aproximou ainda mais de minha boa e recente amiga, por identificação definitiva... eu também sou da vida... um homem da vida.
Por ser da vida, quero cada vez mais distância de mulheres e homens da morte... pessoas sempre dispostas a julgar, condenar e matar pela raiz.
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