Um Amor Amigo Companheiro

O amor é um egoísmo a dois.

Como a nossa fragilidade o concebe e o pratica, o amor é um sentimento essencialmente incômodo. Mal dois olhares se trocam e duas mãos se enlaçam, vem logo a tragédia das suspeitas, dos ciúmes, das zangas, das recriminações, estragar momentos que deviam ser os mais belos, os mais alegres, os mais despreocupados da vida.

Até mesmo o Olimpo é um deserto se não existir amor.

O amor é um poema essencialmente pessoal.

O amor é um som que reclama um eco.

O amor é um estado essencialmente transitório. É como uma enfermidade. Tem a sua fase de incubação, o seu período agudo, a sua declinação e a sua convalescença. É um fato reconhecido e ratificado por todos os fisiologistas das paixões.

O que é o amor? - um conto simples, dito de muitas maneiras.

O amor e o ódio são irmãos. Mas o ódio é um irmão bastardo.

Nunca um amante, por eloquente que seja, crê ter dito o bastante no interesse do seu amor.

O amor não passa de um prazer. A honra é um dever.

O amor não é um sentimento, é uma arte.

O amor não é o lamento moribundo de um violino longínquo - é o rangido triunfante das molas da cama.

Um verdadeiro amor é segunda inocência.

O amor deve considerar-se como um grande poema, cujo primeiro canto é o casamento.

O prazer do amor dura apenas um instante, os desgostos do amor duram toda a vida.

O amor começa pelo amor; não se pode passar de uma forte amizade senão para um amor fraco.

O cristianismo fez muito pelo amor ao torná-lo um pecado.

O ódio pode ser perspicaz, mas nunca num sentido maior. Só o amor possui um horizonte.

Não há amor da parte de um ser sem liberdade. Ao que ele chama o seu amor é à paixão dessa liberdade.

Um amoroso é um homem que se empenha em ter mais amor do que lhe é possível ter, e essa é a razão por que todos os homens amorosos parecem ridículos.