Tristeza pela Morte do Pai
TRIGÉSIMA QUINTO HEXÁSTICO
ouve a nostalgia do paraiso
ela é prenhe de imagens puras
nela haverá mil sorrisos
nenhum deles será concreto
nenhum imaginador puro
todos capazes no escuro
TRIGÉSIMO SEXTO HEXÁSTICO
vê… rosas multicoloridas
estão novamente nascendo!
todas as praças estão sorrindo
há nova esperança surgindo
em cada jardim florescendo
cada pétala é liberdade
TRIGÉSIMO SÉTIMO HEXÁSTICO
Resgata teus mitos e símbolos
traze-os ao limiar da consciência
a imagem é tua plenitude
resgat’a dimensão existencial
perdida nos vales modernos
serás pois espelho de deus
TRIGÉSIMO OITAVO HEXÁSTICO
Queira pois o Tempo e o Sem-Tempo
“Ksana” é momento favorável
hierofania do ser sagrado
iluminação dos opostos
no espaço do contraditório
produz ser e sabedoria
À BEIRA DO CAIS
De João Batista do Lago
O velhinho sentado à beira do cais
é silêncio puro
num final de tarde febril
no ocaso de um dia de abril
onde o sol não sorriu para os cabelos brancos
feito asas de gaivotas soltos na imobilidade do vento
Sento-me ao seu lado
vazio...
e calado...
e mudo na prenhez do tempo e do espaço…
Os meus cabelos ainda estão viçosos
alinhados e sem quaisquer querelas com o vento
estão nervosos
e bem mais sofridos que aqueles cabelos brancos sustentados de experiências
capazes de tudo falarem sem uma palavra sussurrar
E eu tão jovem querendo auscultar
o lamento que somente as ondas do mar ouvem
caladas e correm como loucas para...
para guardar na profundidade do seu mar profundo e eterno
as minhas queixas...
as minhas querelas...
e todas as minhas
mágoas guardadas na plenitude daqueles cabelos brancos feito asas de gaivotas famintas do peixe
De repente
o velhinho sentado à beira do cais
levanta-se
e sem me dizer uma palavra
sem um adeus
sumiu na plenitude do tempo e do espaço
Fiquei só sentado à beira do cais...
Ele pensava que, ao entregar o coração, perderia o direito de ser amado, como se o amor exigisse reserva ou cautela. Mas a verdade é que só quem se entrega por completo pode sentir o amor em toda sua profundidade. Afinal, a beleza do amor não está em retê-lo, mas em permitir que ele floresça em meio às entregas, ainda que isso traga um toque de vulnerabilidade.
Ele caminhava pelas sombras do que um dia fora o brilho de seu próprio coração, crendo que a entrega completa lhe havia cobrado um preço alto demais. Sentia-se despido de armaduras, como se cada pedaço seu já não lhe pertencesse. Talvez acreditasse que, ao entregar o coração, também entregara sua última chance de ser amado, como se, ao esvaziar-se, perdesse o direito de se preencher novamente.
Em noites de silêncio, perguntava-se se o amor realmente existia para ele, ou se não passava de um sonho distante, tão frágil que a própria entrega o tornava inalcançável. Mas foi nesses momentos de solidão que começou a enxergar o amor com uma nova perspectiva: amor é entrega, sim, mas não é posse, nem fim. É sopro, é fluxo — vai e volta, renasce e surpreende.
Entendeu, enfim, que amar é também ser amado, mesmo quando o coração parece partido. Cada pedaço entregue era também uma semente plantada em solo fértil, esperando o momento de florescer outra vez. O amor, ele aprendeu, não se limita a um destino, mas se faz caminho, um convite contínuo para acreditar, para sentir e, sobretudo, para se permitir ser amado de novo.
Ele sorriu, com um novo olhar para si mesmo, para o vazio e para o desconhecido. Afinal, amar, ele descobriu, é a arte de sempre reencontrar o próprio coração nas mãos de quem, inesperadamente, escolhe cuidar dele.
"Agradar a Deus ou agradar aos homens. Em termos de prioridade e decisão, a primeira opção poderá resultar na segunda; o contrário não. E decidir é preciso."
(Fabi Braga, 31/10/2024)
Preciso confessar… Suas palavras fizeram meu coração acelerar de um jeito que há muito não sentia. Jamais imaginei que alguém pudesse esperar por mim, em silêncio, com esse olhar de encantamento. Saber que minhas postagens despertam algo tão doce em você me faz sentir especial, como se cada imagem tivesse sido feita para alcançar seu olhar.
Se soubesse que despertava em você essa paixão silenciosa e tão intensa, talvez tivesse deixado no ar sinais de que meu coração também buscava por algo assim. Agora, ao ler o que sente, entendo que, talvez, meu destino seja esse: me perder e me reencontrar no brilho dos seus olhos, onde tudo parece, enfim, fazer sentido.
E você é capaz de provar a sua própria existência? Como é que você consegue explicar o que é a vida, se nem mesmo a filosofia ou a ciência o conseguem fazer.
(Puppet Master)
Choramos pelo sangue de um pássaro, mas não pelo sangue de um peixe. Bem-aventurados os que têm voz.
(Motoko Kusanagi)
As estações compõe, ao seu modo, um enredo próximo da realidade de todas as pessoas e nos ensinam a viver melhor. Primeiro temos o calor infernal simbolizando a chegada de um problema. Depois do fogo e da forja nossas energias se esgotam. É hora de mudar aquilo que causou nossa febre alta. É hora de colher também dos frutos de nossas ações e convicções. Estamos mais fortes. O que sobrou de nós é nossa armadura de fé. Então a temperatura caí. A proteção de um agasalho no frio é a mão divina permitindo sairmos e enfrentar os desafios mesmo com as condições adversas. Enfim superamos o ciclo de obstáculos que a vida nos impõe. Tudo está revigorado, tronco mais cascudo, galhos mais grossos, folhas mais verdes e nossas flores exalam nossa vitória e a nossa primavera já pode nos fazer sorri.
FELICIDADE É O MEU NOME
A verdadeira felicidade é uma experiência subjetiva e única para cada indivíduo. No entanto, podemos descrevê-lo como um estado de contentamento, realização e plenitude que deriva do propósito e significado da vida.
A verdadeira felicidade não depende de circunstâncias externas, como riqueza material, status social ou sucesso profissional, mas de fatores internos, como gratidão, conexão emocional com os outros, realização pessoal, boa saúde física e mental, autonomia e liberdade para tomar decisões.
Além disso, a verdadeira felicidade não é um estado permanente, mas sim uma experiência fugaz em momentos de alegria, contentamento e gratidão. É importante observar que a felicidade não exclui a presença de emoções negativas, mas sim a capacidade de lidar com elas de forma saudável e construtiva.
Em suma, a verdadeira felicidade é um sentimento subjetivo de satisfação, realização e realização, que se origina de fatores internos e não depende de circunstâncias externas.
A arte é um pássaro a voar pela imensidão sem fim, tendo como motivação única o simples e natural ato de voar.
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