Tristeza Pablo Neruda
O amor ao próximo é a principal lei deste mundo. Qualquer coisa que não gravite em torno deste universo, é puro engano e manipulação.
Silenciar um sábio para ouvir um tolo é um ato medíocre e ignorantemente inigualável. É como destruir o ninho de um pássaro, deixando seus filhotes esparramados ao chão, prontos para serem devorados pelos seus inimigos.
À noite vejo uma púrpura flor no jardim, que os anjos esqueceram de visitar...ao longe, suas pétalas se desfalecem ao mesmo tempo em que as estrelas pranteiam no firmamento, como se Deus estivesse gritando a todos os cantos que a essência do amor havia escapado de suas mãos e como se o cosmo infinito não mais fizesse parte dessa existência...
As mulheres são seres confusos: se dizemos a verdade, somos implacáveis, se mentimos, somos forjadores, se agimos com imponência, somos insolentes e se formos introspectivos, simplesmente somos omissos. Deus deveria as ter dado o poder de customizar alguém a sua imagem, semelhança e pensamentos.
Nunca deixar que nossas galáxias sejam finalizadas, eis a máxima excelência que os grandes eruditos me ensinaram.
Confiança não vem daquilo que você conquistou e sim daquilo que mudou dentro de seu âmago e o tornou convicto de seus dons e atributos ocultos.
Um homem não vem ao mundo para agradar o seu semelhante.
Fomos feitos para sermos diferentes e para criarmos nosso próprio universo. Quem não entende isso, viverá rodando em círculos e não encontrará o final da estrada, ainda que viva por 1000 anos.
Apus púrpura
Sua ternura e imponente magnificência
Reluzem os traços da perfeição na moldura
Pintado de meiguice, pureza e inocência
Inspirado em Bragi e sua insigne escultura
Se no Jardim inefável da arte habitares
Certamente serás dona absoluta da sublime formosura
Que unirá harmonicamente os seres sempares
Que entoaram cânticos e sopros de ternura
Seus olhos são comparáveis aos mares celestiais
Que reluzem a luz solar e sua indizível explosão
Expelindo o brilho dourado e suas sagradas constelações
Mudando a estação, comtemplo a face de meus ancestrais
Que navegam a margem do rio Estige, pairando na ilusão
Ressurgindo no paraíso dourado e em suas infinitas dimensões
Existem apenas dois tipos de pessoas no mundo, a saber: as que sabem e as que não sabem. As segundas destroem o mundo e as primeiras passam a vida inteira tentando reconstruí-lo.
Admiro essas mulheres que escolhem um caminho solitário e não são levadas por um punhado de bravatas que são lançadas em suas respectivas mesas por algumas raposas que abanam a calda e tentam ceifá-las para suas tocas. O que não consigo entender é como algumas delas conseguem seguir regrinhas (gibis) que foram impostas por nossa sociedade e que dizem que o casamento é algo obrigatório e primordial para uma moça se completar, de preferência na velocidade da luz, ora, esse é o paradigma dos paradigmas, haja vista, que tudo aquilo que é forçadamente imposto é de origem ditatorial e, portanto, digna de total desprezo. Evidentemente, o matrimônio é uma das maiores maravilhas terrenas e um sonho presente no coração da maioria das moças que aqui se encontram, todavia, ele não é um passaporte para a realização plena de uma vida feliz, absolutamente.
Existem várias maneiras de saber se estamos no caminho certo. Uma delas é notando a aparição de um enxame de inimigos que inexistiam antes de nossa referida glória.
Calcanhares
Lentamente os calcanhares tomavam o corpo de assalto, voltando os passos dados, como uma tentativa de retroceder no tempo. Em vão, assim como o olhar lançado ao espaço vazio, cortando os sentimentos confundidos, em alguns momentos parecia ser amor e em outros parecia apenas mais uma noite de solidão.
Não havia a possibilidade de um dialogo por menor que fosse a vontade, pois as palavras não faziam qualquer questão de confortar. Era apenas alguém, um objeto, como tantos outros, que ali se deitaram na esperança de esquentar um corpo, preencher um coração, fingir uma emoção.
Crônicas absurdas lidas ao avesso, mais parecidas com notas musicais tortas, para combinar com a imperfeição dos corpos e todos os defeitos que se tentavam esconder, mesmo com o apagar das luzes, o escuro consegue enganar os olhos, mas não consegue confundir a mente.
Não há roupa ou maquiagem suficiente, para tapar tantos prazeres que a carne, mesmo a boca dizendo não, insiste em se entregar. Pode ser um alguém, pode ter um nome ou ser dono de um sorriso, logo abandonado, logo esquecido e quando acaba a sede, por momentos se mostra triste.
Olha as paredes, observa o teto, faz criticas pela falta de organização, pela falta de bom gosto na decoração. Fala e revela para si mesmo que aquela é a única vez, a ultima tentativa de ser mais individuo vazio.
Pensa em alguma desculpa, sem a necessidade de ser convincente, apenas como rota de fuga ou ponto final. Imagina uma boa cerveja gelada esperando por você. Não se importa em saber que não haverá próxima vez.
Essa é a vida, são assim que as escolhas ditas banais são feitas, parecendo filmes com roteiros programados. Ouve um sussurro ao fundo, mesmo tentando ignorar, responde com a voz calma, para não entregar... Vai fechar a porta, não vai ligar e se o acaso ajudar, será apenas um pecado a mais para perdoar.
