Trindade

Cerca de 2473 frases e pensamentos: Trindade

Há situações em que
prefiro não citar minhas ações
e assim me situar "normal"

Inserida por douglastrindade

Há desconforto em
quem não confronta
seus medos e vive
no conforto do nada.

Inserida por douglastrindade

⁠PARTIR
Navegar-te foi ausência
Entender-te foi silêncio
Parto agora sem ressalvas
Parto também o meu peito
Logo à frente um sorriso
Ao sul de algum lugar
A vida é partir
A morte é ficar

Inserida por douglastrindade

⁠DOIS
Uma ideia
Calma e doce
Alma e corpo
Lua ao fundo
Finda o outro
Sem relevo
Contorna o eterno
Amor profundo
Na varanda
Dois corações
Dos corações
Que pulsam o mundo

Inserida por douglastrindade

⁠Perco-me em pensamentos, e quando o vento retoca a beleza das folhas do ipê ao lado de minha janela, a vida num sopro mostra-se branda. O peito antes apertado, agora expande-se como se fosse abarcar tudo que a vista alcança. Minha angústia dissolve com tamanha rapidez que parece nunca ter existido. E eu, retomo o prumo de minha existência; e como aquele vento, sigo a retocar a beleza de tantas outras folhas por aí…

Inserida por douglastrindade

⁠DA POESIA INDIGESTA
Corro, recorro
Penso, repenso
Sem pressa a prece em socorro
Em absurdo meu Eu absorto
Num rastro de uma dúbia linha
Agora tênue linha transpasso
E creio
Na pele
na carne
E no espaço
Quando nem homem resta
Do que sobrou
Do risco
Da fresta
Sem rima
Na via sem volta
Da poesia
Por fim
Em mim, indigesta

Inserida por douglastrindade

⁠PÁLIDAS PAREDES BRANCAS
Quando olhei, pálidas paredes brancas
Tão gélidas que congelavam-me o pudor
Cercavam um pequeno espaço irregular
De um lado o peso do tempo
Intacto e sólido
Do outro, o peso do corpo
Disperso e flácido
E no centro de tudo
O olhar do retirante
Ríspido e desconexo
Acuado pelas pálidas paredes
E pelo esboço de uma era
Que sucumbiu ao veneno das meias verdades
E do riso frouxo e estéril

Inserida por douglastrindade

⁠SONÂMBULO
Vitória para ti sonâmbulo
Que perambula na tessitura da noite
E no relevo das notas, ruidosas noturnas
Deita teu corpo cansado e disperso
Enquanto o sono esconde o sonho mais belo
Dado ao guerreiro como troféu de ouro e sonífero
Pela odisseia noturna da todos os dias
No limbo e na relva do acordado desgosto
Onde o ruído do ventilador é ode ao calor
E também uma das sete pragas do Egito de tuas entranhas
E do fervor infernal de teus pensamentos
Tão agarrados a tua carne
Que parecem fios de linho do lençol que nunca o cobre
O corpo que nunca para
Por hora vago e flutuante
Sozinho e tenso
Imagina o sol já se pondo
E sem armas nas mãos, o olhar desfalece
A coluna estala, mais uma ruga aparece
O alarde das horas marcam tua pele frígida
Náufrago, que durmas de olhos abertos
Absorto na sede da indigesta vitória
Pois nas tuas olheiras mais um dia floresce
A guerra acaba
O sono cede
Amansa teu prumo
E vai trabalhar

Inserida por douglastrindade

⁠SILÊNCIO
Que longo silêncio nos consome
Que até o pingo suave da chuva
Retumba seco
E ecoa na alma
Que até a freada de um carro distante
Se torna presente
e freia minha fala
tímida
tremula
E rasa
Que longo silêncio
Que derruba calado
Nosso olhar desviado
Para o canto da sala
E no canto que cruzam
Paira o longo silêncio
Paira o pingo da chuva
E outro carro que freia
E a mão que não toca
E o calor que não vem
Pois a fala apertada
Sem querer quase fala
Que no canto da sala
O olhar que não cruza
Já cruzou outro alguém

Inserida por douglastrindade

⁠A MESA
Mesa que apoio meus braços
Por laços a tenho há anos
Mogno maciço curado
A pena, lamentos e prantos

Inserida por douglastrindade

⁠TROVÕES
Trovões, trovões, trovões
Mil vezes teus brandos trincados
Que rompam a tampa do mundo
Mas não os encontros marcados

Inserida por douglastrindade

⁠REI CALISTO
Calisto é rei do mundo
O mundo tem um rei
E há de ser o velho Calisto
O resto não é digno
O resto é frouxo
O resto não é Calisto
O verdadeiro rei
Mas uma avaria aconteceu
E até Calisto é carne
E toda carne é resto
Aquele resto que não é rei
Mas apodrece com dignidade
Ora, ora rei Calisto
Agora és podre aos pés do mundo
Jogado ao resto no solo
E carne ao sol cheira mal
Aqui jaz O rei Calisto
Visto a luz de um verme
Um resto indgno, frouxo e mortal

Inserida por douglastrindade

⁠POEMINHA DO DESASSOSSEGO
Foge agora o sentimento
cerne bruto a lapidar
pelo gorjeio do tormento
sobre o afago do luar;
turvo ensaio a rima
sinto pulsar o coração
anseio pela obra-prima
ao moer minha paixão;
e os gritos antes imersos
no silêncio sem coragem
agora rasgam estes versos
e desatinam minha imagem;
e tudo vaza e tudo grita
num acalanto sem perdão
e pela artéria da escrita
navega a esmo a razão;
então voo feito nada
leve ao sopro de Caeiro
sem o olhar da musa amada
resta a pena e o tinteiro;
ouço sutil minha essência
como harpa nota a nota
sou faísca da existência
na vã redoma da revolta;
caio desperto em teimosia
fôlego de tolas incertezas
e quando vejo é poesia
divina dama das tristezas;
surge rubra em vasto alarde
arrebata o mundo que percebo
tem ela o poente da saudade
dor da verdade que recebo;
foge agora o sentimento
foge o ar, o verso e a aflição
foge o assombro em pensamento
foge o desassossego em questão;
- Posto em um arranjo
sem o espanto de outrora
vejo a face de agora
juro, sonha, parece anjo!

Inserida por douglastrindade

⁠SUMA NOTURNA
Repousa no vidro frontal
a noite enigmática
agora negra e vazia
apática e horizontal;
Inicia o sereno final
quando encontra um nó do mundo
que desata precoce e profundo
no carro, em sono, na vertical;
Antes sozinho no arcado metal
nó do homem, nó do destino
fundido e imerso
na teia do inverso irreal;
Claro ponto polido e dual
no abraço do banco que o segura
dorme a figura já combalida
e em vida flutua na noite fatal.

Inserida por douglastrindade

⁠O SAPATO
Marquei o traço do passo apurado,
do sapato seco.
Partia torpe no calor, eu o via árido
no beco.
Quem o calçava passava aperto
naquela fuga.
Era a gravata cara voada ao vento.
Era ruga.
Olhos famintos, não minto, suando,
sem rumo, sufoco!
Atenta doutro lado, a vida, passando
o pisado oco.
Não esqueço o dia daquela trajetória ruim.
Tempo que passar.
Marquei-o tanto na memória, que a mim
doía caminhar.

Inserida por douglastrindade

⁠MONÓTONO
Viajava a lembrança
naquela dança leve
o espaço abraçava a dama
e a dama saía alla breve;
O resto é irrelevante
Nada no todo que sinto
A luz da dança da dama
no opaco labirinto do instinto;
Aqui há tudo que lembro
No fundo é menos que digo
Habita no tolo um poema
das cinzas de um sonho antigo.

Inserida por douglastrindade

⁠PORTA
Batem na porta
de madeira macia
com uma raiva que dura
consome o que importa;
Pouco explico a madeira
mas a vida eu queria
macia e desnuda
como a mão lá na porta;
Batem na porta
cortada do campo
surrada do tempo
serrada sem dó;
Batem em mim
de matéria e madeira
de sangue e poeira
e por fim, todo pó.

Inserida por douglastrindade

O inimigo pode até tentar nos parar, mas quem nos protege é Deus, que nunca vai nos abandonar

O livre arbítrio para se acreditar na verdade é de todos, ainda que a verdade seja uma mentira.

O valor de uma alma para Deus representa cada gota de sangue de Jesus na cruz.
O valor de uma alma para cada ser humano deveria ser o tempo que ainda resta para buscar a Deus e o encontrá-lo.

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