Trechos de Livros Românticos
A Ponte Inesperada
Ao fecharmos um livro, pensamos que a história acabou.
Que cada enredo novo já nos cansou.
Mas o destino, em seu jeito sutil,
Coloca à frente um perfil gentil.
Um olhar que convida, um sorriso que instiga.
Uma porta entreaberta, uma nova intriga.
O medo sussurra: "Não vale a pena tentar",
Mas a curiosidade te chama a arriscar.
E se nesse encontro a alma se acalma?
E se for a peça que ao quebra-cabeça se encaixa?
Deixe a guarda cair, por um instante que seja, pois a vida surpreende, e alma deseja.
Construa essa ponte, sem saber aonde vai dar, mas com a fé de que algo bom pode começar.
Permita que o novo te invada, e te mostre um lugar, onde a alegria floresça, e o amor possa morar. Pois em cada pessoa há um universo a explorar.
E em você, existe a coragem de se deixar amar.
Homem misterioso algum devia ser permitido de ler livros em publico, não basta ter um olhar que te devora, ainda usam de um livro na mão. Golpe baixo pra imaginação de qualquer mulher.
A ROSA QUE NASCE NO INTERIOR DO AFETO.
Do Livro: Primavera De Solidão. Ano: 1990.
Autor: Marcelo Caetano Monteiro.
Há um instante em que o coração compreende o que a razão sempre hesitou em admitir: ninguém se inclina a decifrar outro ser se não houver, dentro de si, uma chama que o mova. Conhecer alguém não é um gesto automático; é um desvelo que exige paciência, vigília, escuta, quase uma peregrinação íntima. E quando alguém percorre esse caminho para dentro de você, não o faz por curiosidade, mas por ternura silenciosa.
É por isso que a rosa única tem força maior do que todas as demais. Há muitas espalhadas pelo mundo, mas apenas aquela que recebeu nossas mãos, nossas dúvidas, nossos cuidados e nossas noites insones adquire sentido verdadeiro. Ela não é rara por natureza, mas torna-se insubstituível pela intensidade com que a amamos.
Assim também acontece com as pessoas: o mundo está cheio delas, porém só uma toca a alma naquela profundidade em que o tempo perde peso e a memória se converte em abrigo. São essas almas que nos aprendem, que nos escutam por dentro, que se detêm em nossos medos e tentam compreendê-los como se fossem seus.
No fim, amar é escolher uma só rosa num jardim infinito, e conhecê-la até que o perfume que dela brota passe a perfumar também o que somos. É essa escolha que transforma o ordinário em destino e o encontro em promessa de permanência.
A GRAVIDADE INTERIOR DO EU QUE SE CONTEMPLA.
Do Livro: Primavera De Solidão. ano 1990.
Autor: Marcelo Caetano Monteiro.
Conhecer a si mesmo não é um ato de curiosidade mas de coragem grave. É um chamamento silencioso que desce às regiões onde a alma se reconhece sem ornamentos. Nesse gesto há algo de ritual antigo como se o espírito precisasse atravessar sucessivas noites para alcançar uma única palavra verdadeira sobre si. Tal travessia não consola. Ela pesa. Ela exige recolhimento disciplina e uma fidelidade austera àquilo que se revela mesmo quando o que se revela é insuportável.
À maneira das grandes elegias interiores o sujeito que se observa descobre que não é senhor do próprio território. Há em si forças obscuras desejos sem nome medos que respiram lentamente à espera de serem reconhecidos. O eu que contempla torna-se estrangeiro em sua própria casa. E é nesse estranhamento que nasce a dor mais refinada pois não há acusador externo nem absolvição possível. O julgamento ocorre no silêncio e a sentença é a lucidez.
O sofrimento aqui não é ruído mas densidade. Ele se instala como uma presença fiel. Há quem o cultive com devoção secreta. Não por prazer mas por hábito. Sofrer torna-se uma forma de permanecer inteiro quando tudo ameaça dissolver-se. Assim o masoquismo psíquico não é escândalo mas estrutura. O indivíduo aprende a morar na própria ferida como quem habita um claustro. Conhecer-se plenamente seria abandonar esse espaço sagrado de dor organizada.
Quando alguém ama e tenta conhecer o outro por dentro rompe-se o cerco. O amor não pergunta se pode entrar. Ele vê. Ele nomeia. Ele permanece. E justamente por isso é rejeitado. Não porque fere mas porque revela. Ser amado é ser visto onde se preferia permanecer oculto. O outro torna-se espelho e nenhum espelho é inocente. Ele devolve aquilo que foi esquecido de propósito.
Há então uma violência silenciosa contra quem ama. Um afastamento que se disfarça de defesa. O amado é punido por tentar compreender. O gesto mais alto de amor torna-se ameaça. Como nos poemas mais sombrios da tradição lírica a alma prefere a solidão conhecida ao risco da comunhão. Pois compartilhar o precipício exige uma coragem que poucos possuem.
Essa recusa não é fraqueza simples. É lucidez sem esperança. É saber que o autoconhecimento não traz salvação imediata apenas responsabilidade. Ver-se é assumir-se. E assumir-se é perder todas as desculpas. Por isso tantos recuam no limiar. Permanecem à porta da própria verdade como sentinelas cansadas que temem entrar.
Ainda assim há uma nobreza trágica nesse esforço interrompido. Pois mesmo falhando o ser humano demonstra que pressente algo maior em si. Algo que exige recolhimento silêncio e um tempo longo de maturação. Como frutos que amadurecem na sombra a alma só se oferece inteira quando aceita a noite como condição.
Conhecer-se é um trabalho lento sem aplausos. Um exercício de escuta profunda em que cada resposta gera novas perguntas. Não há triunfo. Há apenas a dignidade de permanecer fiel à própria busca mesmo quando ela dói. E talvez seja nesse permanecer que o espírito encontra sua forma mais alta não na fuga da dor mas na capacidade de atravessá la com consciência e gravidade.
Não vou morrer por te amar. Pelo menos, não, no real sentido da palavra. Mas, vou-me arrastando e sentido a dor, que o nosso não reconhecimento me causa. Repito, não vou morrer por amor. Mas, vou sentido o desgosto, e esse tipo de morte é mais ingrata.
É necessário, entender que amar, é muito mais, do que ficar a sofrer, por alguém. Ninguém merece amar assim. Ninguém devia amar e sofrer. Amar é um verbo que nos desperta as mais bonitas sensações, mas pode ser também, aquele que causa as maiores dores. As maiores desilusões. Quando isso acontece, fechamo-nos numa concha, presa em nós mesmos e incapazes de ver que isso não é amor.
É impossível recriar a primeira vez que prometemos amar alguém, ou a primeira vez que nos sentimos amada. Não dá para reproduzir a mistura de medo, admiração, timidez, paixão e desejo, porque nunca mais acontece de novo.
Se você, um dia, entender alguma das minhas entrelinhas, quem sabe, um dia, eu possa fazer parte de algum capítulo na sua página.
Estive por anos, me relacionando com pessoas adoecidas de espírito. Estive por anos, suportando barras por pessoas que não ligavam a mínima. Estive por anos, acorrentada e como eu queria voltar para o começo, lá não havia dor, porque quanto mais pessoas entram na sua vida mais vulnerável você fica. Conhecer alguém é lindo, você aprende o quão linda é, aprende o quanto aquela pessoa precisa de você, e o quanto precisa dela, você ensina e aprende costumes e manias, se interessa por filmes e músicas que ora nunca havia escutado, dedica os seus prediletos livros, marca em algo divertido, coleciona carinhos como selos de álbum, folheia o coração como se fosse pedra de cristal e realmente é pois quando quebra, rabisca como folha de rascunho. Eu te escolhi! E cuidado. Essa escolha pode te trazer uma dor irreparável, faça por onde ou apenas cale-se. O tóxico que vem de ti não precisa desconstruir a fortaleza da outra pessoa, no jogo do “amor” vemos que não há aliados apenas competidores a não sair ferido depois de se digladiar.
Quarta-feira,13 de Abril de 2022
Querida Anne Frank
Você não me conhece, não faz idéia de como eu sou, porém, eu tive um pequeno prazer de conhecer um pedacinho seu... Sabe eu estava aqui pensando em como gostaria de conhecer pessoas como você, de um tempo diferente, de uma época onde tudo poderia parecer mais simples ou mais valorizado ou mais preenchido dentro de mim.
Eu sinto falta de pessoas Anne, e você não faz idéia do quanto... Pessoas que se foram, pessoas que ficaram, porém, não estão aqui de alguma forma também. Ah, Anne queria tanto que você existisse aqui comigo eu não conheço ninguém igual a mim ou parecido com você, as pessoas meio que não ligam tanto pra sentimentos na época que eu vivo, lamentável eu sei, queria ser aquela pessoa que quando alguém falasse preciso de um elogio ou um abraço ou um vai ficar tudo bem ou algo do tipo nesse quesito, eu falasse claro e suavemente " Estou aqui " Anne na sua época o amor era como é aqui hoje? Eu pelo menos sei que seu interior se parece muito comigo em vários detalhes, Anne? É estranho eu sentir falta de alguém que nunca conheci na vida? Como você...?
Seu amigo de outra época.
Verdade absoluta
Eu nem sei o que dizer
Estou sendo estreada de novo com você
Já te falei né? Então... Também to descobrindo coisas em mim junto contigo. Você é tão mais do que você imagina pra mim, que não tem idéia. Ahm
Eu acredito e vivo isso como se fosse uma verdade absoluta. De verdade.
Pode até ser que você desista ali na frente por milhões de motivos, mas uma coisa é certa, eu vou viver isso, viver você, viver nós até a última gota. Mergulhei.
Tu me convenceste a mergulhar.
Você é tão foda, tão importante.
Putz... Fora o amor.
Ainda tem o amor.
Você sabe disso.
Não morra agora, pode demorar mais uns 60 anos pelo ao menos... Será pouco, mas será um bom começo.
MARIA, O AMOR SEMPRE VENCE
(Livro: Amar Até Dizer Chega)
Procuro um homem intenso.
Procuro um homem que vá me amar como amam os personagens dos livros, mas não é um amor qualquer de romance de banca.
Quero um amor que vá compreender as ondas do meu íntimo e que não fuja quando eu chorar.
Não quero um amor eterno, mas quero um amor que, na minha alma, fique a vida inteira.
Amar é uma escolha , é a agulha que te liberta, dessa atual bolha, e do livro da vida faz novas folhas.
