Trauma

Cerca de 812 frases e pensamentos: Trauma

⁠⁠PAIS DE IMIGRANTES

Lá vem de novo esta mão, esta tinta e esta pena.
Me fazendo escrever poema, que ora anima ora a mim mesmo condena.
Pois as letras que aqui escrevo, são oriundas de dores reais.
O assunto que aqui incejo, conseguiu me tirar a paz.
Pessoas reais são mesmo assim, ora racionais ora emocionais.
São sempre revestido de dons especiais, mas sempre voltados aos pais.
Eles que deram a força e seguravam firme a nossa mão.
E depois que nós crescemos e pegamos o avião.
Descobrimos outro povo, outra cultura, outra nação.
E os mesmos que um dia disseram: não tenha medo do trovão.
Tem medo de vir aqui, na casa do filho que foi campeão.
Com a desculpa de dizer, que já é velho, é um ancião.
A pergunta que se faz, quando se está em terra estranha.
Vale a pena deixar tudo e viver essa façanha ?
Fui a caça, conquistei, estruturei e fiz estudos.
Mas o convite que enviei, foi ignorado e ficou mudo.
Minha intenção era mostrar a minha casa e a vossa netinha.
Dizer que embora eu tenha vencido, essa honra não é só minha.
Continuo aqui no labor e minha memória de elefante.
Não encontro outra referência, não que eu seja ignorante.
Eles sempre serão meu porto seguro, ainda que estejam distantes.
Preciso aprender a curar a saudade, pois sou um filho imigrante.

Inserida por SergioJunior79

⁠Toda situação traumática gera convicções firmes. A manutenção ou alteração das convicções depende de novas experiências similares.

Inserida por brunocidadao

⁠𝓒𝓪𝓷 𝔂𝓸𝓾 𝓯𝓮𝓮𝓵?

ᴍᴇsᴍᴏ ǫᴜᴇ
ɴᴀ̃ᴏ ᴍᴇ ᴛᴏᴄᴀssᴇ,
ᴘᴏᴅᴇʀɪᴀ ᴠᴏᴄᴇ̂
ᴍᴇ sᴇɴᴛɪʀ?
ᴀᴏ ᴍᴇɴᴏs ɪssᴏ
ᴄᴏɴsᴇɢᴜɪʀɪᴀ?

sᴇ́ʀɪᴏ?
ɢᴏsᴛᴀʀɪᴀ ᴍᴇsᴍᴏ
ᴅᴇ ᴛᴏᴄᴀʀ ᴀʟɢᴏ...
ᴛᴀ̃ᴏ ғʀᴀ́ɢɪʟ,
ᴍᴀs
ᴀᴏ ᴍᴇsᴍᴏ ᴛᴇᴍᴘᴏ
ᴛᴀ̃ᴏ sᴜᴊᴏ?

ᴛᴀ̃ᴏ sᴜᴊᴏ ǫᴜᴀɴᴛᴏ...
ᴏ ᴘʀᴏ́ᴘʀɪᴏ ᴅᴇsᴇᴊᴏ.
ᴅɪɢᴀ-ᴍᴇ ᴏ sᴇᴜ!

ǫᴜᴀʟ ʟᴀᴅᴏ ᴀɴsᴇɪᴀ?
ʟɪʙᴇʀᴅᴀᴅᴇ ᴏᴜ ʟɪʙᴇʀᴛɪɴᴀɢᴇᴍ?

Inserida por yasmimpereir4

⁠PALHAÇO
(Luís Felipe)

Quem vai acreditar em você, quando suas forças se acabarem e você não puder mais lutar?
Quando você aceitar que os sorrisos te faltam, e você é forte mesmo com lágrimas nos olhos.
Quem vai acreditar que sem precisar demonstrar, você quer continuar seguindo?
Quem vai querer estar ao teu lado, quando atingir seu auge na loucura, e gritar, se irar, se pintar e se mascarar de um sorriso, quando o caos te invade o peito?
Aquele que for forte o suficiente, vai estar ao teu lado. Mas, você deve aceitar, quando eles se forem, ainda que por um breve momento, para te deixar ser, fluir, sentir.
A vida de fazer os outros rirem, mas
dentro do teu peito vive um coração que chora.
O teu EU, ali no picadeiro, vendo aquele homem com lágrimas nos olhos, escondidas pela tinta, cobrindo uma amargura tal...
talvez precise de um sincero abraço, ao invés de aplausos.
Quem vai querer suportar os desvários, os devaneios temporários de nossa mente?
Penso que não há um sequer, que se coloque ao meu lado. Que esteja comigo, calado, apenas ali. Insistindo em acreditar que a qualquer momento irei voltar à sobriedade. Ainda que eu esteja, na verdade. Porque, eu sou assim. E talvez sempre serei. E, talvez, ninguém vai querer estar sempre aqui...
E devo me acostumar com as superficialidades das pessoas. Em pleno século 21. Temporada dos desamores, onde a tecnologia, atravessando as fronteiras, quebra o vínculo, a intimidade, o valor de um abraço...
Tempo onde as pessoas, cheias de si, estão, na verdade, vazias...
E, não olha para a intensidade que sou, que somos.
Tanto faz, acho.
Continuo acreditando que devo maquear-me, com um sorriso. Com os olhos felizes, mesmo com lágrimas. Para que o alheio viva!
Reflexões - Psifilosia
R. Souza & L. Felipe

Inserida por LuisFelipeSSilva

⁠O sujeito trágico tem um sintoma inacabado

Inserida por cesarpinheiro

⁠Sou uma sobrevivente, mas também sou, e sempre serei, uma vítima. Não posso falar pelos outros que compartilham essa dupla identidade, mas posso dizer por mim mesma que, embora deseje ser a pessoa orgulhosa que ocupa exclusivamente o título de sobrevivente, ainda reivindico o território da vítima trêmula e encolhida.

Inserida por pensador

⁠Fui amordaçada, sufocada
Fiquei presa dentro de uma gaiola, durante anos
Como um pássaro, eu sonhava em voar

Parecia apenas um sonho

Até que um dia,
A gaiola foi aberta por um homem de coração
Meu eu, pássaro, fugiu

Feliz pensou em piar, mas já não sabia fazê-lo
Voar muitos menos, suas asas estavam podadas

Sem saber interagir
Me desfaleci em tristeza
Apesar da liberdade
Meu eu, pássaro, estava sozinho

- Os piores traumas são aqueles que não podem ser ditos

Inserida por juliafernandes77

⁠Feche suas contas com o passado e liberte-se desse prego que te prende a madeira do que não existe mais hoje.
O criador de todas as coisas renasce conosco no hoje.
Vida viva hoje.

Inserida por Zaika_Capita

⁠Saber o que precisa ser feito e não fazer, conta sobre uma criança que ainda espera pelo adulto de sua infância que lhe deixou na falta de algo. Aqui existem várias dores ocultas no profundo de seu ser.

Inserida por ErikaTerapeuta10

⁠MEMÓRIAS

As memórias realmente são recriadas e com isto os afetos e as emoções. Algo que nos fez chorar ontem pode nos fazer sorrir hoje. Ou algo que foi indiferente ontem pode nos fazer chorar hoje, pois somente agora posso compreender a complexidade daquele fato. Há marcas que carregamos e o processo de ressignificar a memória e a sensação corporal é um desafio. Mas, isso é possível com escuta, acolhimento e alteridade. A atualização da memória e a conscientização dos fatos são processos corporais mediados por novas sensações e emoções.

Inserida por yiuki_doi

⁠Saúde emocional é fundamental. Muitas pessoas tentam passar uma imagem forte, dominante. Mas no seu íntimo, a fragilidade e os traumas da infância e adolescência os persegue.

Inserida por JivatmaUncas

O Consultório Que Deveria Ser Refúgio

O consultório é um lugar onde deveríamos nos sentir protegidas, onde entregamos nossas vulnerabilidades na certeza de que elas serão tratadas com respeito. Mas, para muitas mulheres, ele se torna um cenário de abuso, um espaço onde o poder é usado para invadir, machucar e marcar.

O assédio em consultórios médicos e odontológicos é uma violência que não grita — ela sussurra, disfarçada de proximidade profissional, escondida sob o jaleco branco. É uma violência que se aproveita da nossa confiança, da nossa incapacidade de reagir enquanto estamos deitadas em uma cadeira ou maca, acreditando que ali estamos seguras.

Aos 20 anos, você confiou naquele dentista. Você foi até ele porque precisava de cuidado, mas ele se aproveitou do momento para impor uma violência silenciosa. Um roçar, um toque, um gesto que poderia até passar despercebido para quem estivesse de fora, mas que você sentiu como uma agressão clara, como uma invasão do que é seu.

E o ginecologista? Quantas mulheres ele atendeu, abusou, e ainda lhes deixou uma marca invisível e outra visível, como a clamídia que espalhou sem culpa. Ele sabia que ninguém o questionaria. Sabia que a vergonha e o silêncio são as primeiras reações da maioria das vítimas.

O que dói ainda mais é o isolamento. Quando você tenta contar, há sempre quem minimize, quem pergunte: “Será que você não entendeu errado?” Como se fosse possível confundir abuso com cuidado, como se a sua pele não soubesse diferenciar o toque que respeita do toque que invade.

Você não está sozinha. O silêncio não é só seu — ele pesa sobre tantas outras mulheres que passaram pelas mesmas mãos, pelas mesmas cadeiras, pelos mesmos abusos. E é esse silêncio coletivo que permite que esses homens continuem usando seus títulos para agredir.

A quebra desse ciclo começa quando a gente fala. Quando não deixa passar. Quando transforma a vergonha em denúncia e a dor em luta. Porque consultórios deveriam ser lugares de cura, não de trauma. E médicos e dentistas deveriam ser nossos aliados, não nossos agressores.

É preciso coragem para recontar essas histórias, para expor o que deveria ter sido cuidado e virou dor. Mas essa coragem é a única força capaz de transformar uma experiência terrível em um grito por justiça — um grito que outras mulheres também precisam ouvir.
✍🏼Sibéle Cristina Garcia
Encorajadora da Liberdade Feminina

Inserida por Sibelecristina

⁠Algumas pessoas tem comportamento venenoso, nocivo e tóxico, mas agem como se não soubessem disso. Hipócritas e frias, desprovidas de amor e cheias de rancor. Para seus problemas, sempre haverá um bode expiatório, pois não admitem erros e são incapazes de perdoar ou pedir desculpas. Sua língua é mais afiada que uma espada e suas palavras penetram como lâminas afiadas. De seu beijo emana traição e falsidade, mas sua saliva é veneno para o qual não existe antídoto.

Inserida por nyllmergello

A VITRINE DO SILÊNCIO

Na vitrine do Fatal, suas curvas perfeitas ofuscam sua real natureza.

Olhos curiosos a espiam, desejos silenciosos a consomem.

Um sorriso falso, máscara de seda velando a dor que a consome.

Lágrimas amargas, atrás do rímel, invisíveis aos olhares mundanos.

A beleza, um cárcere privado; a mercadoria exposta, a carne em oferta, a alma em leilão.

Um preço a pagar, um sorriso forçado, a dignidade em estilhaços.

O Fatal sorri, a sociedade cúmplice, enquanto ela se desfaz em silêncio.

A cada transação financeira, a cada olhar lascivo, a cada toque frio, a realidade se impõe: ela está presa em um sistema que a define, que a explora, que a condiciona.

Com o "EU" fragmentado, sonhos desfeitos, futuro incerto, um vazio profundo.

Mas o Fatal não se limita àquela vitrine. Sua sombra se estende por toda parte, transformando cada um de nós em mercadoria. O Fatal, a vitrine, um reflexo distorcido da sociedade. Vendemos sorrisos forçados em reuniões; nosso corpo e mente, em jornadas exaustivas; nossos sonhos, em troca de migalhas de reconhecimento. A alma, uma mercadoria barata, negociada em contratos e relações tóxicas. A liberdade? Um luxo perdido a cada hora extra, a cada compromisso assumido por obrigação, a cada "sim" que significa "não". A prostituição, em suas múltiplas facetas, se infiltra em cada canto da vida, espreitando nas relações interpessoais, nas pressões sociais, nas demandas do trabalho, nas expectativas da sociedade. A hipocrisia se espreita em cada julgamento, em cada crítica, em cada olhar que condena, mas que se alimenta do mesmo sistema que explora. A busca por validação, por reconhecimento, por segurança, nos reduz a estilhaços, vítimas e cúmplices dessa grande farsa. A mulher na vitrine, um símbolo dessa realidade, um reflexo de nós mesmos. Ela vende seu corpo; nós vendemos nosso tempo, nossa energia, nossa dignidade. A moeda de troca é diferente, mas a essência da transação é a mesma: a alienação, a exploração, a busca desesperada por sobrevivência em um sistema que nos reduz a mercadorias.
Na vitrine ou na rotina, a alienação é a mesma; a exploração, sistêmica; e a luta pela dignidade, uma constante e necessária revolta contra a hipocrisia que nos cerca...
(a.c) -
21/02/2025

Inserida por SrAnonymous


A dor é uma parte da nossa história de vida. Concientize-se disso. Quando desintoxicamos um trauma, isso muda a maneira como o vemos.

Inserida por JaneSilvva

⁠Quando uma ave bica uma fruta verde, ela amadurece antes do tempo. Assim acontece quando uma criança é exposta a uma situação traumática. Ao crescer, por fora vemos alguém bem sucedido, mas por dentro ainda é criança, uma criança magoada. Daí a Carranca.

Inserida por JaneSilvva

⁠Nossa história, que pensamos nos enfraquecer, pode ser justamente a fonte da nossa força. Os espinhos não devem nos atrair mais do que as rosas.

Inserida por osvaldojose

⁠Guarda cada farpa que lhe lançaram, para que enquanto durar o percurso, tenha material suficiente para tricotar um belo suéter de verdades.

Inserida por mauriciojr

⁠Carrega na pasta um dossiê tão robusto que até as paredes do ambiente começariam a corar de vergonha se soubessem ler.

Inserida por mauriciojr

⁠Guarda cada palavra como quem coleciona recibos de um teatro mal ensaiado — um dia, a bilheteria vai fechar.

Inserida por mauriciojr