Trabalho Doméstico

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⁠VOCÊ NÃO É UMA MOSCA

Vivemos em uma era, onde tudo é relativizado ou facilitado, com um discurso palatável e macio. Essa é a parte que eu dou o nome de "geração mosca", pois a mosca é comunista, quer encontrar tudo pronto, ela não produz nada, a mosca ama fezes.
É uma babona, não tem dentes nem garra, só sabe lamber. E o pior, onde vai, ela contamina, é perigosíssima pela quantidade de bactérias que carrega. Outro detalhe, ela come e vomita imediatamente, para depois comer líquido e por seus ovos.
Já a abelha precisa trabalhar, e trabalhar muito.
Não é como a come-bosta da mosca.
A vida da abelha é muito mais difícil que a da mosca.
A abelha vai colher o pólen das flores, levam para a casa e, lá, produzem o mel.
A mosca vive no máximo 50 dias, mas a média é de 25 dias.
Já a abelha vive 80 dias e, se for abelha-rainha, pode viver até 2 anos, 1450% a mais que a lambe-bosta.
Então, não perca seu tempo tentando explicar a "moscas" o quanto mel é melhor que cocô.
Produza, trabalhe, faça seu mel e se junte a outras abelhas. Pare de andar com lambe-bosta. Essa turma não quer nada.
Você é uma abelha 🐝, não uma mosca.

Inserida por SergioJunior79

⁠Leis Universais

Em tempos de guerras interiores, acabamos não percebemos o que deveríamos. Vivemos alheios aos acontecimentos. Alheios a vida. Alheios ao agora. Por estarmos sempre vivendo no futuro, não vivemos o presente. E por não entender as leis universais deixamos passar as pequenas coisas que o presente nos oferece. Tememos o básico por medo e a felicidade que tanto almejamos se encontra alojada ali. Por buscá-la em outros lugares, ficamos a mercê num caminho sem perspectiva.

Manter o equilíbrio para encontrar a tal felicidade é difícil. Não fomos educados e nem preparados para isto. Por não estarmos preparados, não queremos passar trabalho, buscamos o que a nossa personalidade acha mais fácil e o mais fácil, não nos leva aonde gostaríamos. Percebemos então, que estamos patinando no mesmo lugar, faz tempo. Sem entender, vivemos buscando, e esta busca se torna cansativa e sem êxito. Somente entendendo as Leis Universais e os seus sinais é que poderemos sair vencedores nessa jornada.

Inserida por Rita1602

⁠Escrever é uma Profissão

Minha mãe sempre me pergunta:
- Quando vais terminar de escrever?
- Nunca. Respondo

A escrita fez de mim morada. Se eu não conseguir colocar para fora, morrerei. Escrevo porque preciso. Escrevo porque é o meu alimento. Escrevo porque tenho necessidades urgentes. Escrevo porque ser escritor também é uma profissão.

Outras pessoas me perguntam também:
- Não estás aposentada?
- Sim. Respondo. Mas, tenho o outro trabalho que é o de escrever.

Mesmo que muitas pessoas não levem a sério a escrita, eu considero um trabalho. O meu trabalho. A minha profissão. O meu refúgio. A minha casa. A minha fuga. O meu remédio. A minha cura. É nas entrelinhas que coloco pra fora todas as minhas angústias, meus medos, minhas loucuras e meus devaneios e as minhas necessidades.

Mesmo que eu não tenha que cumprir horários como uma empresa. Mesmo que eu esteja em casa. Não tenho hora para escrever. É como se eu estivesse de plantão 24 horas por dia. Quando a inspiração vem tenho que estar preparada para recebê-la. Então, ser escritor é uma profissão sim e não adianta dizer o contrário.

Agradeço a Deus todos os dias pelo presente que ele me deu. Se a escrita não existisse na minha vida eu estaria morta. Então, vivo porque para eu poder existir preciso urgentemente escrever.

Inserida por Rita1602

O que são os sonhos?

Todos nós temos o privilégio de sonharmos acordados, prolongando com legitimidade esses sonhos permanentes durante a nossa eviterna existência, de tal modo que é quase consensual a excelência que damos ao verso de António Gedeão que nos diz “que o sonho comanda a vida…”, mesmo tendo em conta os muitos momentos menos bons passados no aperto da nossa caixa torácica, e sem divulgarmos para quem quer que seja essas nossas constrições afectivas ou sociais, restando-nos o alimento luminoso dos nossos sonhos, esses sonhos que nos sustentam, sonhos deitados ao acaso pelo acaso que têm, sonhos cevados por uma incerteza tão fascinante quanto bela.
Mas além desses sonhos em estado cônscio, similarmente temos sonhos durante as horas em que estamos a dormir, outros sonhos, sonhos mais puros, mais misteriosos, geridos por uma força e por uma energia que nos ultrapassa completamente, comandados por tudo menos pela nossa livre vontade, superentendidos por uma batuta quase do tamanho do mistério de Deus, - que sonhos são esses? Nesses sonhos sonhados em suposto repouso, sonhamos passagens que não gostaríamos de passar, coabitamos em sonhos com pessoas que desconhecemos, vamos a lugares que nunca tinham chegado sequer à nossa imaginação, viajamos para épocas remotas e vindouras, sonhamos estes sonhos desde crianças, sonhamos sem entendermos o que estamos ali a fazer e por que motivo fomos até ali, sonhos que gostaríamos de sonhar outra vez sem direito a repetição, sonhos que dispensávamos da nossa boa vontade e nos calham na ementa dos sonhos, sonhos que nos acompanham ao longo da vida, ano após ano, desde sempre.
E acima de todos os sonhos, situam-se os sonhos que nos servem de prenúncio para acontecimentos futuros, tal como sonharmos uma ocorrência antecipadamente e que se transforma num acontecimento que nos ocorre depois, com um rigor irrepreensível e perturbador. Não vou entrar em detalhes nem em pormenores sobre os sonhos que já tive dessa dimensão intrigante, assim como suponho que muitas outras pessoas terão esses mesmos sonhos, uma prova fidedigna de que não somos apenas a vida e o corpo que conhecemos de nós, como muitos nos tentam fazer crer, - estes sonhos vão muito além da nossa compreensão e do nosso entendimento sobre esta nossa vida. O que são os sonhos, afinal?

Inserida por AntonioPrates

⁠Vindima à do Pinto, meu Deus, que alegria,
naqueles castelos de belos lugares,
do branco e do tinto, Foupana e Judia,
mais a fortaleza que há nos Vilares.

O trabalho é duro, compensa-me a alma,
feita destes bichos de todas as cores,
e então, o futuro apressa-me a calma,
trabalho em caprichos de calos e dores.

Depois azeitona, na encosta das Boiças,
em grande algazarra, sem deixar um bago,
e na mesma zona, nas mesmas retoiças,
peguei na guitarra, fui pra São Tiago.

Voltei ao lugar onde fiz a vindima,
com mais oliveiras vestidas de preto,
não tive vagar de fazer uma rima
às malas bonitas e ao rancho completo.

Atiro-me à poda, contente nas provas,
deixo as esperas, perto da De Moura,
tiro a roupa toda, deixo varas novas,
e afio as quimeras da minha tesoura.

Se fui aos arames, guardei as ressacas
de tantas preguetas e pregos aos berros,
com velhos ditames desse bate-estacas,
bati, sem caretas, o aperto dos ferros.

Sem sombras à vista, um sol desalmado,
pelo campo agreste, caminho à vontade,
não há quem resista a este telhado,
que em nada se veste, nesta liberdade.

Faço o que ninguém aqui quer fazer,
levanto a enxada a dois metros de altura,
e vou mais além, onde o patrão quer,
desde madrugada, nesta vida dura.

Tanta poda verde, meu Deus, o que é isto?
Perto de Arraiolos, Arcos e Estremoz,
só ganha quem perde, e eu não desisto
destes protocolos com mais de dez nós.

Coitados dos alhos, perto de Fronteira,
quando me viram, ficaram espantados,
meti-me em atalhos, junto à ribeira,
e ficaram três foitos ali atascados.

A vida é dos fortes, que aqui se alimentam,
sem medo ou receio destes dias maus,
benditas as sortes, as sinas que aventam
um homem no meio de quarenta graus.

Na fruta madura, alimento as queixas,
subo o escadote, meto mãos à obra,
em grande aventura, apanho as ameixas,
fazendo um pinote com força de sobra.

Nesta comunhão, sem logro, sem preço,
passei mais um ano, vivido a retalho,
e pra ter o pão que também mereço,
só peço saúde, respeito e trabalho.

Inserida por AntonioPrates

⁠Guarda cada palavra como quem coleciona recibos de um teatro mal ensaiado — um dia, a bilheteria vai fechar.

Inserida por mauriciojr

⁠Guarda cada farpa que lhe lançaram, para que enquanto durar o percurso, tenha material suficiente para tricotar um belo suéter de verdades.

Inserida por mauriciojr

⁠Carrega na pasta um dossiê tão robusto que até as paredes do ambiente começariam a corar de vergonha se soubessem ler.

Inserida por mauriciojr

⁠Quantas vezes me calei pra manter a paz dos outros, enquanto a minha própria alma gritava por socorro… E ninguém ouvia. Nem eu.

Inserida por RonnieLeite

⁠A maior libertação que vivi foi quando entendi que não preciso provar nada pra ninguém. Só eu sei o preço que pago todos os dias pra continuar de pé

Inserida por RonnieLeite

As pessoas têm se tornado débeis em função do excesso de valoração das questões de trabalho, das pressões que o mundo capitalista moderno têm incutido como responsabilidade em suas costas, pressões essas que se tornaram como que uma cruz impossível de carregar, mas que mesmo assim teimam em arrastá-la, imaginando que se assim não fizerem, o mundo poderá cair sobre suas cabeças. O mundo moderno sobrepuja todos os valores reais que existem e tem transformado o homem num ser alienado e incapaz de lidar com a realidade com sensatez. A tendência do homem é se transformar, não num ser com o coração de pedra, mas num ser inteiramente de pedra. Virgindades postas a leilão, a mídia preocupada com o desenho de vaginas de vadias, juízes recebendo 60 mil por ano para se alimentarem bem para desenvolver suas funções com dignidade, o povo votando em palhaços, cantores, jogadores de futebol e ladrões para o representarem. Pare e pense: qual é o valor que a vida tem para você? Pense logo antes que venha a esquecer você mesmo no fundo de um poço cheio de escória do qual não haverá mais possibilidade de se safar quando for coberto até seu último fio de cabelo...

Inserida por celsofonseca

Eu amo a chuva

Adoro sair de casa para o trabalho embaixo de uma chuvarada. Ela tem a capacidade de inserir em mim a essência do beija-flor. E nos dias de chuva, saio de casa cheia daquela energia que impulsiona o coração a bater mais rápido, para realizar o milagre do bater acelerado de asas, dos rodopios incessantes e estáticos no ar, no ofício da coleta do néctar para minha subsistência.

Junto com a sombrinha companheira, subo a ladeira do Fabrício sem sentir. Aproveito o prazer dos respingos d’água que fazem a minha pele arrepiar, enquanto respiro fundo o ar úmido da manhã. Deixo que ele entre e umidifique as partes de mim ressecadas pelo tempo, principalmente a vagina e o coração.

O barulho da enxurrada me remete aos dias felizes da infância, quando junto com a esquistossomose e a ingenuidade, explorava todas as poças de água da minha rua. As lembranças provocam um princípio de tempestade em mim, e algumas lágrimas teimam em desaguar junto com a chuva desta manhã, mas, são lágrimas de felicidades.

Enquanto se fortalece em mim a certeza que amo a chuva, eu digo em pensamento: Vem vida, que hoje o amor com você será selvagem e mais que satisfatório.

Inserida por liraaneta33

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