Tolo
Existe uma carnificina diante do tolo, ainda não consegue ver que chegou a hora, a carne já se desprendeu dos ossos, mas ele não percebe, não consegue sentir o seu próprio odor discriminatório.
Existem momentos que é melhor ficar em silêncio para o outro pensar que és um tolo do que abrires a boca e confessar a certeza.
A ignorância pode não ser uma opção, mas o tolo por conveniência se converge as experiências mais devastadoras da própria vida.
Um sábio entre tolos é visto como louco. Então seja sábio e afaste-se dos tolos. E não seja tolo, louco é quem finge ser sábio.
O grande valor da vida e sua compreensão não está nas mãos de um tolo ou de um falante.
Mas no coração e alma de um ser brilhante.
Se você deseja progredir, você deve se contentar em parecer um tolo ou simplório no
que concerne aos assuntos externos; não deseje que os homens venham a pensar que
você sabe algo e se vier a pensar que é alguém
desconfie de si próprio. Porque saiba
que não é fácil manter a sua mente em harmonia com a natureza e ao mesmo tempo
manter o controle das coisas externas; se você dá atenção a uma, você necessariamente
tem de negligenciar a outra.
Controvérsias
Te escrevo esta lírica crítica poética
Como um tolo devaneio desta minha mente
Antes tão inerte, agora inquieta
Redijo substantivos e vocábulos
Tão mornos e oblíquos
Afim de encontrar acalento
À esta minha vida, morna e incerta.
De amantes a inimigos
Malditos escravos
De devaneios antigos
De estranhas aversões
Nossos nocivos estragos
Eu queria a calmaria
Do encontro das marés
Queria a melodia
Orvalhada dos ouropéis
Queria não ser tão estático
E poder não sentir
Essa minha dor
Mas não sei se queria
O privilégio de chamar-te de amor
No ápice de minha saudade
Houve um lapso temporal de desespero
Em que sem pudor ou medo,
Infligi a mim, uma dor de total desmantelo
Queimei-me a pele
Por não suportar o queimor que me aquecia por dentro
Meus epitélios pareciam desgrudar da derme
E seu nome não me saía da cabeça
A tu, eu perdi a sanidade.
Nem mesmo todo o tempo que passamos na estrada
Bastaria a compensar as horas que perdi delirando por ti
Queria não ter essa intensidade exacerbada
Mas das rosas que você me deu,
Sou a estragada.
Desvencilhei-me das lembranças tuas
Mas tua foto ainda está em minha cabeceira
Ainda sinto teu cheiro em pessoas alheias
Em minhas andadas rotineiras
Queria ter lembranças como as suas
Boas e puras
Mas nas minhas,
Só fomos dois inconsequentes
Cambaleando sob a linha tênue à margem da razão e da loucura
Beijei bocas das quais não lembro o gosto
Pousei em corpos estranhos, conhecidos e em tantos outros
Mas sempre foi você,
O fogo que me torna imune aos sopros
Estou numa bolha de inércia prestes a ser estourada
Meu mundo rosa tem coloração acinzentada
És parte fundamental desse caos instaurado em mim
E sem você, eu me resguardado
Nada mais vai ser cem por cento
Nada tem a beleza extraordinamente quântica
Linda, leve
Como teu sorriso e teus cabelos ao vento
Minha energia lasciva destruiu teu carro
E a minha sanidade,
Me trouxe os debates existenciais sobre a beleza da ida
Mas se eu não fosse azarada,
Não conheceria quem me ensinou a fórmula de resolução
Ou da destruição de minha vida
Toda a incompreendida chama que juravas ter
Era brasa molhada, fogo de palha
E agora, cobrança de saudade
Que só sobrou pra mim
Junto à esse romantismo ultrapassado
À imensidão de lirismo incompreendido
Você me trouxe de volta à monótona realidade.
Com a dor de ser o que sou,
Acabou.
Acabaram os vocábulos
Todos os numerados fósforos foram queimados
E apagaram
Só restou a fumaça
E a dor reconfortante de quem os segurou até o final.
Serei sua
Enquanto meus versos inconformados e desajustados
Insistirem em ser seus.
Thaylla Ferreira Cavalcante
Ninguém é tão ignorante que possa , ser tolo o bastante pra negar que este gigantesco e complexo cosmos .
Não seja obra de um ser superior ETERNO.
A cada decepção, o tolo se distância do amor. Já o sábio, usa da decepção para aperfeiçoar sua forma de amar.
Quase sempre,um simples tapinha nas costas em tempo eleitoral, ilude um tolo e empobresse uma nação.
O saber é prazeroso, mas o aprender é doloroso! O cérebro do tolo dói e cansado procura atalhos. E o atalho economiza na lição!
Não seja tolo, litigioso, tudo se resolve, mas as coisas se resolvem mais rápido quando os litigantes são sábios e deixam que o diálogo impere.
E. E. RAMALHO JUNIOR
A minha casa e o rio
O otimista é um tolo. O pessimista, um chato. Bom mesmo, é ser um realista esperançoso. Ariano Suassuna.
A MINHA CASA E O RIO
A minha casa
A casa que eu nasci
Era linda
De uma beleza
Sem fim
Eu sonho com ela
O Rio passava
Eu via o rio
Da porta
E da janela
Sentia o vento frio
Eu descia
O caminho do porto
Na carreira
Para tomar banho no rio
Todo o dia
A cena se repetia
Do cedro
Pulava na água
Fria do rio
De brincadeira
Da porta de casa
Eu corria
E saltava
Da ribanceira
Eu passava
Ele me convidava
E lá estava eu
Como uma magia
Ele me arrastava
Era um desafio
Minha mãe me ralhava
Mais eu gostava
Eu sentia tanto amor
Pelo rio.
O rio, uma imensidão
Escondido
Pegava o casco
E o remo
E ia passear no meião
Anoitecia
E dormia
Eu acordava
Com o rio
Eu vivia e sonhava
A minha casa
Ficava de frente
Para o rio. Ela ouvia
Quando o rio se agitava
E roncava
No rio eu pescava
Todos os dias
Carregava água
Enchia os potes
E o tanque de casa
Belo e caudaloso
O rio está lá
A minha casa não existe mais
Ficou no tempo
Passado saudoso
Doces recordações
Que não me sai
Da memória
Dos momentos vividos
De eterna glória
Jamais esquecidos.
Esse poema, um dos mais lindos que fiz, abraça minha alma de saudade e faz-me lágrimar de emoção.
José Gomes Paes
Poeta amazonense de Urucará
Direitos reservados ao autor.
Se você não vê verdade mim
pense um pouco.
eu falo pouco.
me mostro pouco .
não sou um tolo,talvez meio louco.
