Textos Tristes
Um homem que pensa demais é prisioneiro de sua mente,
percebe no silêncio os detalhes que a vida esconde,
realidades duras, cortantes, como lâminas invisíveis.
A dor se faz constante, uma sombra que nunca parte.
Sinto-me incapaz de iluminar o caminho de outro,
como se minha luz fosse fraca, apagada pelo vento.
A solidão é minha companheira fiel,
na escuridão da noite, ela sussurra verdades amargas.
O peso da vida repousa em meus ombros,
e a tristeza, minha eterna conselheira,
me lembra que o tempo passa, mas o tormento permanece.
Anos se esvaíram, levados por pensamentos desgovernados,
e me pergunto, no fundo desse abismo interno:
será que faço diferença? Será que alguém realmente vê?
Mas, mesmo no caos, há um eco,
uma possibilidade de que o amanhã traga outro tom.
Ingratidão: A Era do Vazio
Vivemos em tempos marcados pela ingratidão, onde as pessoas parecem cronicamente insatisfeitas consigo mesmas.
É uma era estranha, na qual se luta incansavelmente para conquistar algo, apenas para, ao alcançar, sentir um vazio imediato, como se o esforço não tivesse valor.
É o ciclo do “consegui… e agora?”, onde o objetivo ou pessoa se torna rapidamente irrelevante.
Estamos cercados por pessoas que não sabem o que realmente querem, e, quando finalmente conseguem, falham em reconhecer o peso e o valor de suas próprias conquistas.
Falta reflexão, falta apreciação, falta conexão com o que foi alcançado.
Que triste constatação: viver como se nada fosse suficiente, como se cada vitória fosse um fardo, e não uma celebração.
Que vazio é não valorizar os frutos do próprio esforço. Que derrota é conquistar e não reconhecer a grandeza do feito.
É um convite à vergonha, mas, acima de tudo, à mudança.
Que possamos aprender a valorizar o que temos e a ser gratos por quem nos tornamos ao longo do caminho.
Gratidão não é só virtude; é a base de uma vida mais plena.
No mais baixo abismo estarei olhando para o buraco,
Sim, para o buraco da alma que me faltam pedaços,
E me sobra um vazio do qual observo estupefato,
Tristeza costumeira que se apossa do meu corpo,
Inquilina sem pagar aluguel e ainda assim causando dano ao meu coração,
Dedico tais letras a quem sofre do mesmo mal que acomete a muitos,
Do qual poucos entendem,
Tira-lhe as forças, o ânimo, a vontade de vida,
Como se não bastasse, ainda a perspectiva lhe é ausente,
Não importa o indivíduo, seja ateu ou crente,
Rico ou miséravel, não escolhe cor ou classe social,
Hora ou lugar, vem aos poucos e de alguns suprime a vida,
Estagna a vida e o verbo é jogado fora do dia.
Vamos lá, quem é o primeiro a jogar nessa roleta do azar?
Do apíce ela lhe joga ao fosso,
E ao poço você se mantém,
Dia após dia tenta lutar com todas suas forças, e adivinhe?
Descobrirá que tem falhado,
Meu amigo, nessa jornada temos que buscar a luz,
Unir forças e pedir ao Criador que nos conduz,
Para que possamos sair dessa labuta
E enfim sair dessa luta,
Pois irmão, sei que das batalhas tu é guerreiro,
Tu é vitorioso, lutar já é muito,
Vejo as lágrimas que tem caído de tua face,
Os dias que não levanta da cama,
Que de fato nada de bom tem,
E vejo que mesmo assim há brilho no teu olhar,
Força de viver, força de lutar,
Há de um dia dessa luta sobressair.
A fonte do meu temor
Me esqueceu tão bem,
quase não te achei.
Eu quase fui embora dessa vez,
mas é sempre assim.
Eu retorno a cada devaneio seu
... a cada triste pensamento,
estou aqui para afundar suas forças,
para sofrer com todas suas partes.
Dessa vez está diferente,
você não quer lutar contra mim,
você já me esperava,
você me acolhe.
Sentir, sentir, sentir.
Estou aqui para que você sinta
... sinta dor e angústia.
Por favor! Sinta!
A dor tece versos na pele,
Solidão entrelaçada em poesia.
Nem tudo versa sobre o amor,
É uma sutil agonia.
O passado deixa suas marcas,
O presente, um indiferente,
O futuro, um mistério arcano,
Tempo incerto e profano.
A ferida desenha dias cinzentos,
O medo faz chover sobre o deleite da melancolia.
Cada estrofe, uma história única,
Um raio de sol que transcende,
Um consolo delicado,
Um renascer em cada dia.
Perceber quando somos impelidos a seguir adiante, pois não mais ecoamos neste espaço, é dançar entre a resignação involuntária e o brado autêntico da rebeldia.
Saiba que até mesmo no teatro de fingir que já não me importava, reside um ato de bravura. Enquanto sua suprema covardia se revelou em culpar-me pela minha reação.
Você permitiu, não me defendeu
Quando ele me partiu
Você permitiu, me fez sentir grande
Me fez sentir importante
Me fez esquecer
Que ele me partiu
Você permitiu, você permitiu
Que ele me quebrasse
Que ele me despedace
Você deixou tudo isso acontecer
Você permitiu, me deu gaiola de ouro
Me fez sentir superior
Quando eu era pior
Quando eu era inferior
Você permitiu, me deu diamantes
Me fez esquecer
A minha vida não é importante
Eu vivo a felicidade, nas minhas ilusões
Eu vivo a realidade, acorrentada
Na minha eterna infelicidade
Sobreviver? Aguentar?
Me dê um bom motivo
Quando eu continuo a viver
Eu continuo a perder
Eu continuo a morrer
Dia diferente?
Tudo mesmo dia
Mesma derrota
Mesma vida
Mesma tristeza
Mesma esperança
Mesma morte
Um homem humilde, oriundo do interior, nascido em uma família desprovida de recursos, casou-se uma única vez e tratou sua esposa como uma rainha ao longo de toda a vida.
Dessa união, nasceram filhos aos quais dedicou cuidados, proporcionando-lhes uma base sólida para sua origem humilde.
Esses filhos, por sua vez, presentearam-no com lindos netos, motivo pelo qual ele se mostrava profundamente grato.
Durante sua vida, permaneceu empregado, subordinado a um único patrão. Nunca faltou um dia de serviço.
Ano após ano, adquiriu bens à vista e manteve suas contas em dia, nunca contraindo dívidas e tampouco permitindo que outros lhe devessem.
Embora o dinheiro fosse escasso, ele o administrava com sabedoria, respeitando sempre os princípios de dignidade e ética. Nunca se intrometeu nos assuntos alheios.
Demonstrando uma postura pacífica, jamais se envolveu em conflitos, sendo querido por amigos e cercado pelo afeto de sua família. Sua vida transcorreu de maneira simples e humilde.
Contudo, um revés ocorreu quando uma doença maligna o consumiu impiedosamente, levando-o à morte.
* Na visão do autor, a moral da história reside na compreensão de que a doença não representa uma punição divina, desvinculando-se das ações boas ou más praticadas ao longo da vida.
Filtro de Ilusão.
Embeleza com toda cor
Ajusta o que for da moda
Engole qualquer rancor
E cobre o que incomoda
Se vida é mais que espelho
Que reflete a fachada de fora
Os momentos são apenas centelho
Para quem nunca a coragem aflora
A cor jaz cinza sem sentimento
Amolda-se moda e ao rancor
O sorriso se faz sofrendo
E só espelho reflete a dor
Clareia o espelho negro
E arde o sorriso num flash
Ansiedade suspira o medo
Enquanto anseia por um match
Quando um relacionamento acaba
Quando um relacionamento se vai
Se vai primeiro o toque, o carinho, a aproximação
Se vai em seguida o olhar, a vontade de compartilhar
Partilhar da vida, das coisas bobas e das mais vividas
Daquelas vivas e mais doídas
Quando se vai
Não vai só
Vai porque já foi
Os caminhos não são mais os mesmos
Quando um relacionamento se vai
Se vai primeiro a vontade de ficar
Se vai a vontade de se jogar
Se vão os planos
Quando o relacionamento se vai
Não é porque dois corpos irão se afastar
É porque não existem mais motivos para esses dois corpos se juntarem
As vezes, o relacionamento se vai
Quando um relacionamento se vai
Não é por culpa de quem tá de fora
Que muitas vezes olhando até chora
Quando se vai, é porque já era pra ter ido, só foi adiado...
Só foi adiado a vontade, a coragem, ou o medo de encerrar ciclos, ou ate mesmo o medo do fim
Logo nós, que iniciamos a vida na contagem regressiva para o fim,
Por isso, eu digo, o medo do fim nos causa conflitos, é a nossa natureza querendo encontrar sentido
Quando um relacionamento se vai, é porque já se foi o que deveria ter ficado... O amor
Não adianta encontrar culpados
Foi por causa de mim?
Foi por causa de ti?
Por causa do que fiz ou até mesmo deixei de fazer?
Ou será que foi alguém?
Quando o relacionamento se vai só existe um culpado
Ou até mesmo a falta de culpado
A falta do amor
Ah mas o que Deus uniu o homem não pode separar
Quem foi?
Quem foi que implantou essa ideia de que Deus está onde não há mais amor?
Se ele é o próprio amor
E quem foi, quem foi que inventou ser a voz de Deus ou falar por Deus, quando ele mesmo nos ensinou a falar?
Deus ficou mudo?
Não existem regras, padrões ou paradigmas, onde não há amor, é que a essência de Deus já se foi
Ah mas você tem que lutar pra voltar a amar, voltar a amar ou se conformar e se acomodar em viver sem amar?
Entenda, a hora de cortar os laços, faça do seu jeito
Lembre-se de todas as coisas, o amor é a irmã da esperança eles sempre são os últimos a morrer e os últimos a irem
Quando o amor se vai, já foram embora a vontade de ficar, a paz, a tranquilidade, a convergência, a amizade e a felicidade...
Quando o relacionamento se vai
É porque já era hora de ir, e agora é hora de recomeçar.
Autor: Taniel Macedo
se o amor existe
ele coexistir
Não peça para que eu explique
algo que so vive se tiver duas morada
ele nada mora so em uma casa
mas esse é o amor social
mas se o ante - social matar seu amor
e dessa planta se não pode desfrutar
e se da árvore se não pode ter
devi se abster dela cultivar um amor saudável
Pergunta de Milena
Complicado.
Ser uma mulher,
é viver intensamente mil vezes,
é lutar por causas sérias e sair feliz,
é estar depois de ontem e antes do amanhã.
Uma mulher,
é identificar um choro feliz e um sorriso triste,
é ser frágil e fingir ser forte,
Ou o ao contrário,
é construir castelinhos de copinhos descartáveis,
e vê-los voando com o vento.
Mulher,
é dar o perdão,
á quem merecia a culpa,
é ser mãe de quem não é seu filho,
mas amá-lo como um,
é saber o fim do começo e o começo do fim,
é chorar sem sentir dor,
é esperar por um novo amor.
Ser uma mulher,
é entender,
que as diferenças das fases da Lua,
são diferentes,
é dar moradia ao sentimento de perdão,
é curar as feridas dos outros,
e esquecer das tuas,
e deixá-las sangrando.
Ser
Não sou
Queria ser
Queria ser mas não sou
Não sou, eu sei
Mas não sei se sou
Você quem sabe
Talvez eu seja
Não sou
Tento ser, mas não posso
Quero ser, continuo não sendo
Mas não sou
Seria bom se fosse
Seria bom ser
Seria bom se fosse
Mas não sou
Quero ser, continuo não sendo
Tento ser, mas não posso
Não sou
Talvez eu seja
Você quem sabe
Mas não sei se sou
Não sou, eu sei
Queria ser mas não sou
Queria ser
Não sou
Segunda Feira
A chuva risca a janela com uma calma cruel. Lá fora tudo molha, mas aqui dentro sou eu que escorro. Ando pela casa como quem esqueceu o porquê dos móveis, dos cantos, dos passos. Segunda-feira tem gosto de café morno, meio amargo, esquecido na borda da xícara — como certas lembranças. Tem cheiro de abraço que virou eco, de vozes que sumiram sem fazer barulho.
O mundo lá fora se arrasta em passos que não reconheço. Gente com pressa de viver o que eu nem sei mais nomear. Aqui, o tempo não passa — ele assenta, pesa, gruda. Nem acendo a luz. Pra quê? A manhã não traz nada além desse espelho embaçado que insiste em me devolver um rosto que já não me responde.
A felicidade e a imaturidade batem na porta ao mesmo tempo. Mas, como a felicidade nos dá uma liberdade antes inpensada, desconfiamos dela e a deixamos do lado de fora.
Quando a maturidade enfim, chega, ambas já foram embora.
E finalmente, dois indivíduos que não convidamos, disputam lugar na mesa de jantar: a experiência e o remorso.
"Fui ficando em pedaços…"
por Maycon Oliveira – O Escritor Invisível
Fui ficando em pedaços,
mas ninguém notou.
Sorri pra não assustar,
mas por dentro… já era só dor.
Falei que estava tudo bem
mil vezes,
e em todas,
esperei que alguém ouvisse o silêncio
por trás da mentira.
Ofereci o melhor de mim
a quem mal sabia lidar
com o pior de si.
Fui abrigo pra gente
que nunca me deu teto.
Colhi espinhos
de flores que reguei com fé.
Chorei noites inteiras
por amores
que dormiram em paz sem mim.
E mesmo assim,
eu continuei…
remendando meu coração com esperança,
na esperança tola
de que amar valesse a pena.
Esse poema foi escrito por Maycon Oliveira – O Escritor Invisível, autor do perfil ‘O_Escritor_Invisivel’ no site Pensador.
Pulseira Escarlate
Eu tenho uma pulseira escarlate
A amo de paixão
Me ajuda com a sensação
Com ela, sou uma modelo de alfaiate
Sou um manequim
O artista me veste de vermelho
Procuro um conselho
Escarlate fica bem em mim?
Te cai muito bem
Coloco meu bracelete vermelho
Olho-me no espelho
Não consigo viver sem
Mas essa cor dói, digo
A encaro como um necessário perigo
Ando aos holofotes
Ganho, de ouro, alguns lingotes
Saio do palco, cansada
Olho minha pulseira, desesperada
O acessório brilha vermelho escuro
Consequência de meu sangue impuro
Que, em meus antibraços, escorre
Em todo meu corpo, uma sensação me percorre
É a calma
Esse é o trabalho da pulseira
Ela, sempre muito ligeira
Sangra, relaxando minha alma
A pulseira é a automutilação
O alfaiate, a pressão
O manequim
Se trata de mim
Tem dor que rasga a alma,
Faz a lágrima descer quente.
Tem dor que desnortea,
Te faz se sentir indigente.
Tem como tirar alegria da dor?
Pergunta pra o palhaço sonhador, Que no palco faz um espetáculo promissor Mesmo que seu coração esteja esmagado em dor.
Ele cumpre seu propósito ainda que com dor.
Fragmentos para um amor morto
Teu nome
ainda arranha
meu sono.
No prato vazio,
mastigo tua ausência
como pão duro.
Minha boca chama —
mas só responde
o silêncio.
Um lençol,
um cheiro,
uma falta.
Teu corpo foi,
mas tua sombra
não desaprende.
Grito teu nome
e ele volta
sem carne.
A noite me veste
com tua ausência:
lã fria,
sangue lento.
