Textos sobre Medo
Uma Alma Nobre Confia sem Medo
A confiança é uma das virtudes mais preciosas nas relações humanas. Quando confiamos em alguém, estamos abrindo nossa alma, revelando nossas vulnerabilidades e acreditando que aquela pessoa honrará essa confiança. Contudo, há momentos em que essa confiança é traída, e isso pode nos fazer sentir ingênuos, tolos ou até mesmo envergonhados.
No entanto, é importante lembrar que a traição de confiança diz mais sobre quem a cometeu do que sobre quem foi enganado. Confiar em alguém é um sinal de coragem e abertura emocional. Se alguém se aproveitou dessa confiança, isso não diminui o valor da sua honestidade ou integridade. Pelo contrário, é um reflexo da nobreza de confiar e acreditar no melhor das pessoas.
A traição é um aprendizado doloroso, mas também uma oportunidade de crescimento. Ela nos ensina a sermos mais cuidadosos, a discernir melhor em quem depositamos nossa confiança. Porém, é crucial não permitir que uma decepção nos torne amargos ou desconfiados de todos ao nosso redor. A chave está em encontrar o equilíbrio entre confiar e proteger-se.
No fim, a verdadeira força está em reconhecer que confiar em alguém é um ato de coragem, e ser enganado não faz de você tolo, mas alguém que escolheu acreditar na bondade do outro. Cultivar a capacidade de confiar, mesmo após uma traição, é um testemunho da resiliência do espírito humano.
A vida é como um jogo
Não permita que o medo te impeça de jogar. Escolha suas cartas e dedique-se aos estudos para que, além de aprender, você também se divirta.
Existe uma carta coringa chamada INTEGRIDADE que facilita a lição. Ela remove a maldade presente em nosso ser ainda primitivo. Esse é o OBJETIVO.
Uma dica: tome a iniciativa de começar o jogo, caso contrário, a vida fará a escolha por você!
A direção é mais importante que a velocidade. Não há necessidade de apressar-se, pois para a luz, não existe pressa.
Não estamos aqui para competir, mas sim para evoluir... Já estive onde você está, e ainda há muitos à minha frente que desejam prosseguir...
A lei da vida é clara: eu ajudo você nos caminhos que já trilhei, e quem está à frente desimpede a passagem para o meu avançar.
Com compreensão e delicadeza, a espiritualidade nos conduzirá ao lugar onde precisamos e merecemos estar.
É maravilhoso poder se expressar sem o medo de cometer erros, poder declarar que foi em você que encontrei inspiração, abrir o coração e deixar a emoção fluir! Se o amor valeu a pena, compartilhe com os seus...
Viver autenticamente é libertador, sem a necessidade de manter aparências. É incrível somar experiências quando reencontramos alguém por acaso, sem precisar mentir ou esconder que esse amigo já foi um marido, ou que a esposa já adicionou muito à nossa vida...
Rir novamente juntos de momentos passados que não deram certo, revivendo as alegrias sem reabrir antigas feridas.
O mundo pode ter a cor que desejarmos; basta imaginar para que o sonho se torne realidade..
A Jornada da Vida e o Enfrentamento do Medo
Cada pessoa é parte integrante da vasta rede da natureza, e a vida é um contínuo de descobertas. Nas minhas vivências, confrontei uma criatura denominada Medo, que residia numa gruta sombria e gélida, repleta de detritos culturais, religiosos, políticos e familiares. Quanto mais adentrava, mais as trevas me cercavam. Contudo, a valentia me impulsionou a alcançar o outro lado, onde se encontrava o manancial do saber autêntico.
Neste ponto, o fundamento reside no amor e na sabedoria, distintos do mero conhecimento. Permiti-me conhecer Deus em todas as suas manifestações e agora sou dona de mim mesma.
Minhas reflexões abrangem as estações do ano, os elementos naturais, os pontos cardeais, o sol e a lua. Cultuo somente a energia de cada ciclo natural da existência. Para mim, a separação entre o mundo físico e o espiritual não existe mais; um complementa o outro, e busco incessantemente o equilíbrio entre ambos.
Meu universo gira em torno do amor, da arte poética, da música, da dança e da fertilidade. Em suma, tudo que diz respeito ao encantamento da alma humana, onde a morte não tem lugar, pois compreendi que a vida é cíclica e reencarnatória.
Respeito todas as etnias, crenças e limitações, e rejeito quaisquer invasões. Tracei em minha existência uma linha de respeito, sempre guiada pelo bom senso. Em qualquer circunstância, recorro à intuição. Ainda habito este mundo imperfeito, mas agora vivo à minha maneira, transitando pelo portal das viagens astrais ao meu verdadeiro lar, no plano espiritual.
A vida é repleta de lições e só alcançaremos uma existência plena após compreendermos o processo vital.
Uma Mãe de Fé e Coragem
Quando eu era criança, o medo era um visitante constante em minha vida. Medo de meu pai beber e machucar minha mãe, a mulher corajosa que sempre me defendia quando ele queria me bater. Em meio a essas tempestades, minha mãe era meu porto seguro, a rocha firme que me protegia.
Ela me ensinou a acreditar que existia um Deus que cuidava de nós, mesmo quando tudo parecia desmoronar. Desde cedo, ela me guiou nas pequenas e grandes orações, mostrando-me a importância de manter a fé, mesmo nos momentos mais sombrios.
Minha mãe foi um exemplo brilhante de fé e confiança em Deus. Com sua força silenciosa e devoção inabalável, ela me mostrou o caminho espiritual que hoje sigo com gratidão. Foi através dela que encontrei a luz na escuridão, a esperança no desespero.
Seus ensinamentos e orações se tornaram um alicerce em minha vida. Ela me ensinou a enfrentar meus medos com coragem, a acreditar na bondade divina e a buscar sempre o caminho do bem. A cada passo que dou em minha jornada espiritual, levo comigo o exemplo de fé e amor que ela tão generosamente me ofereceu.
Enfrentando o Medo e Encontrando o Verdadeiro Saber
Em minhas experiências, precisei enfrentar um monstro chamado medo, que habitava uma caverna escura e fria, repleta de lixo cultural, religioso, político e familiar. Quanto mais fundo eu entrava, mais as sombras me envolviam. Mas a coragem me deu força para chegar ao outro lado, onde estava a fonte do verdadeiro saber.
Aqui, o princípio é fundamentado no amor e na sabedoria, que não é o mesmo que conhecimento. Eu me permiti conhecer Deus em todas as suas formas, e agora pertenço a mim mesma. Minhas considerações são as estações do ano, os elementos da natureza, os pontos cardeais, o sol e a lua. Eu cultuo apenas a energia de cada ciclo natural da vida.
Para mim, não existe mais distinção entre o mundo físico e o espiritual; ambos se complementam, e busco constantemente o equilíbrio entre eles. Meu universo gira em torno do amor, da arte poética, da música, da dança e da fertilidade. Em suma, tudo que diz respeito ao mistério da alma humana, onde a morte não tem lugar, pois compreendi que a vida é cíclica e reencarnatória.
Honro todas as raças, crenças e limitações, e não aceito invasões. Estabeleci em minha vida uma linha de respeito, agindo sempre com bom senso. Em qualquer circunstância, sigo minha intuição. Continuo a viver neste mundo imperfeito, mas agora à minha maneira, transitando pelo portal da viagem astral até o meu verdadeiro lar, no mundo espiritual. A vida possui inúmeras lições a oferecer, e somente estaremos preparados para uma existência feliz após compreendermos o processo da vida.
O medo mais antigo da humanidade
O ser humano, sempre, teve medo do escuro; da noite; da caverna; da natureza morrendo... acender um fogo era a melhor opção para sobreviver ao escuro inferno e esperar a ajuda dos céus com o sol que foi visto como um bom deus.
Os humanos vendo isso fizeram o sistema; e acender um fogo tinha que ser informado e pago ao sistema ou ficaria no escuro da noite até o deus sol chegar outra vez. E depois de tanto tempo estamos ainda com o medo da noite; e escravos do sistema pagando por tudo -impostos - ao acender uma misera fogueira.
O MEDO DA VERDADE
[...] A palavra é uma organização poética de sons, fonética, nela está a verdade, nela temos a racionalidade do que de fato é a verdade. O mudo desconhece a verdade racional, pois desconhece a palavra. Um político tem medo da verdade de outro político. Um padre tem medo da verdade de outro padre. O medo da verdade nos impede de entender o que a verdade faz; impede a existência na unidade somente por verdade, o medo da verdade é Deus criador da mentira, que é seu oposto manipulável por aqueles que possuem "o medo da verdade". [...]
Manuscrito indivídual do filósofo desfragmentador; trecho de um dos interesses do próprio.
O que aconteceria de pior ou de extraordinário, se eu abraçasse plenamente quem eu sou?
O medo de ser julgada, o peso da expectativa alheia, a solidão de ser verdadeira em um mundo de máscaras?
Explorar quem sou, poderia revelar caminhos desconhecidos ou afastar aqueles que não estão prontos para ver além das aparências.
Mas, talvez, a maior tragédia seria negar a mim mesmo, sufocando a chama única que arde dentro de mim, minha essência.
Acordo todos os dias,
Com o mesmo pensamento,
Medo do amanhã,
Que ninguém imaginou.
Quero acordar bem,
Bem ao ponto de falar,
"Deus, eu consegui!"
Mas o medo me persegue.
Minha mãe me diz,
"Pense positivo!"
Mas nunca ninguém falou,
A séria fácil.
É como nadar contra a correnteza,
Mas a correnteza é muito forte,
É como tentar voar,
Mas as asas estão quebradas.
Mas eu não vou desistir,
Vou continuar a lutar,
Vou continuar a sonhar,
Vou continuar a acreditar.
Que um dia eu vou acordar,
Bem ao ponto de falar,
"Deus, eu consegui!"
E o medo vai embora.
E eu vou poder dormir,
Sem medo do amanhã,
E eu vou poder acordar,
Com um sorriso no rosto.
Porque eu sei que posso,
Superar qualquer obstáculo,
E eu sei que posso,
Viver sem medo.
" TOLO "
Então, me diga aqui sem fingimento,
sem medo, sem censura, sem pudor,
se é fato ou se é mentira que o amor
não passa do mais tolo sentimento!...
Eu sei que ele te queima em seu calor
e que não te dá chance a livramento,
mas já te acostumaste a tal tormento
de forma a dar-se, assim, a seu favor.
Como é que podes, tú, amar enfim
se o sofrimento imposto não tem fim
e te acorrenta até a eternidade?...
Sem fingimentos, pois, peço: me diga…
É sábio o sentimento que ele abriga
ou tolo, mera cruz e insanidade?!…
Faz estremecer tudo em mim
Faz derreter meu coração
Me tira o medo, me conta segredos
Aumenta minha fé, revela quem és
Tu és Emanuel, por mim se entregou
Nunca ninguém assim me amou
A tua glória faz com que eu voe mais
Me leva bem junto a ti, me faz flutuar
Ao som da tua voz pulsa o meu coração
Teu derramar de amor me faz dançar...
Robôs
Inteligência artificial
A um medo do futuro tecnológico
Pessoas veem a robótica como o fim da humanidade
Mas isso só existe graças aos filmes de Hollywood
Na verdade o ser humano desenvolvel a robótica e esta em processo de aperfeiçoamento é um campo vasto em evolução
Mas veja bem a inteligência artificial está limitada ao homem seu desenvolvedor
É uma consciência limitada a outra consciência a humanas
Fomos influenciados por teorias do fim
Que envolvem a tecnologia
E está só causa o mal ou até o fim com a intervenção do próprio ser humano que a usa de forma a desenvolver bombas armas entre outras maldades e isso é nossa especialidade
Logo é conclusivo se tem algo que pode comprometer a vida humana na terra é o próprio ser humano
A inteligência artificial A robótica nos auxilia naquilo que as projetamos
Mitos
VOCÊ TEM MEDO DO NÃO, MAS ELE JÁ É SEU
Por Diane Leite
A maioria das pessoas vive dizendo:
“A culpa é do outro.”
“A culpa é do trauma.”
“A culpa é da situação.”
A culpa é sempre de fora. Nunca é delas.
Mas eu te digo:
A responsabilidade é sua. Sempre foi. Sempre será.
Porque tudo o que você quer — de verdade — já é seu por direito divino.
Tudo o que você sonha, também sonha com você.
Só que você trava.
Congela.
Fica parado.
E aí se engana dizendo que é por causa do medo.
Medo de quê?
Do não?
O “não” você já tem. Você já acorda com ele.
O “não” é garantido.
Mas o “sim”?
O “sim” só vem pra quem arrisca, pra quem age, pra quem tenta, mesmo tremendo.
E tem mais:
Todo dia você recebe um milagre disfarçado.
Uma página em branco.
Com uma caneta invisível na mão.
Você pode escrever o melhor capítulo da sua vida — ou repetir o mesmo rascunho de sempre.
O presente é tudo o que você tem.
Não existe passado que volte.
Não existe futuro garantido.
Existe o agora.
As pessoas querem felicidade, sucesso, amor, dinheiro.
Mas não querem fazer as pazes com a própria história.
Ficam presas a quem não as amou.
Presas ao que não deu certo.
Presas a feridas que já sangraram tudo o que podiam.
Solta. Perdoa. Liberta. Segue.
Se alguém não te amou como você merecia…
Se alguém te diminuiu, te traiu, te ignorou…
Ok. Foi dolorido.
Mas já foi.
A cena acabou. Você pode sair do palco.
Pare de dar palco pra quem não te aplaudiu.
Pare de dar poder pra quem só te feriu.
Você quer algo valioso?
Então entenda:
o que é raro não é constante.
É por isso que vale tanto.
A dor te prepara. A queda te fortalece. A ausência te ensina.
Só quem já perdeu tudo sabe o valor de conquistar algo.
Hoje, você tem um novo dia.
Uma nova chance.
Uma nova escolha.
Levanta.
Escreve.
Tenta.
Arrisca.
Vence.
Porque o “não” você já tem.
Mas e se, dessa vez, for “sim”?
Medo!
Medo de tudo, medo de ficar sozinha, medo de não conseguir, medo de dar errado, medo não só são esses medos, são medos bobos, mas continua sendo medo.
Medo de você ir e não voltar mais, medo de não dar tempo de conquistar, medo de sofrer por qualquer coisa no momento, sim, tenho medo, me desculpe, mas meus medos nunca foram feitos por mim.
A gente tem que parar com essa mania de achar que todas as pessoas são iguais, parar de ter medo de que toda história se repita e acabe da mesma forma como acabaram algumas outras histórias frustrantes que a gente viveu. Não vamos deixar o medo, e um passado de merda atrapalhar a nossa felicidade, não podemos desistir um do outro assim tão fácil!
Nilson morreu! " "Teu marido?", "Não, o mestre dele". Disse Jandira. O velho professor de karatê que a anos sofria de uma dores ao lado da barriga e tratava tudo no chazinho caseiro: Deve ser o figado... Deve ser isso... Deve ser aquilo... Deve ser... Deve ser... E nada de doutor de jaleco. E nisso ja a anos e sempre com aquela dorzinha de estimação. Só sei que um dia a dor apertou mais forte do que de costume, mas, tão forte, tao forte, que ele desmaiou. Socorrido, veio a óbito no hospital. Abrilham-lhe a barriga pra investigar e tinha um caroço enorme, do tamanho de um coco! Tiraram um pedaço pra fazer a necessária necrópise, e qual foi a surpresa, não era coisa ruim, era simplesmenre um cisto que haverá crescido, dimensionado tanto, a tal ponto com a passagem dos anos, tomando assombrosa dimensão. Erupção cutanea facilmente tratável, estirparvel, tambem conhecido, popularmente por furunculo, cabeca de prego, carnegao, e tirado totalmente todo trageto, não volta mais. Chatinho, mas, totalmente benigno. O velho e corajoso mestre de karatê morrerá devido a perca de sangue que se acumulam nessas patologias cutâneas e, devido a idade avassada, e a perca tanta do fluido vital viria a ser fatal. Morrerá literalmente vencido pelo medo.
Existem momentos em nossas vidas
que nos vemos em uma encruzilhada.
Com medo, confusos,sem um mapa.
As escolhas que fazemos nesses momentos
podem definir o resto da nossa vida.
Claro que quando se está de frente com o desconhecido,
a maioria de nós prefere dar meia-volta e retornar.
Mas as vezes as pessoas pressionam por algo melhor.
Algo além da dor de continuar sozinho.
E além da bravura e coragem que leva para se aproximar de alguém.
Ou de dar uma segunda chance para alguém.
Algo além da quieta persistência de um sonho.
Por que você só descobre quem realmente é, quando é testado.
E você descobre quem pode ser, quando é testado.
A pessoa que você quer ser, existe.
No lado oposto de fé, crença e trabalho pesado.
E ter uma dor no coração, que o medo está pela frente."
ONE TREE HILL - Ep.4x02
Saca Rolha
Estou cheia do azedo que percorre meu fígado e me enche de medo de vazar, de repente, num fim de tarde, numa certeza qualquer de uma roupa branca e equilibrada, numa alegria despretensiosa, numa felicidade sem cérebro, num silêncio mais cansado do que desejado.
Até a borda de mim. Entupida de tudo o que, passiva em ser, apenas sou. Olhos inchados, boca cheia, coração apertando o peito, língua encharcada, a vida latejando e o corpo pesado demais para voar.
Estou cheia de mim e de tudo que se relaciona ao assunto. Cheia da incapacidade em estacionar em um plano, em enquadrar um sonho feito uma borboleta morta, em continuar acreditando no que acreditei até a morte, em ter paz longe das arestas acolchoadas que criei durante toda uma vida de expectativas assustadas.
Sou filha, mãe e escrava do caos, dele me tiro, sem ele não existo. Estou cheia do caos, mas tenho horror ao equilíbrio. Confiro minhas listas compulsivamente, buscando um pouco de linha reta para que eu possa deitar e esquecer das contorções que me apertam até que eu pingue no mundo.
Sou um trapo sujo que lavo e contorço todos os segundos, mas não o tanto que deveria por falta de força, preguiça e vontade de borrar a existência ao lado. Eu preciso ganhar um sopro de vida em qualquer outra vida, para me enxergar além do espelho construído e imposto. Eu preciso me ver responsável por uma palidez matinal, uma pontada no intestino inflamado, uma trepada no azulejo do chuveiro, uma parte suave e instrumental de uma música, um cheiro de podre e solidão na madrugada sem preenchimentos.
Existo apenas para causar, e juro que amo essa palavra “causar” além da gíria que ela sugere. Existo apenas para mim mesma, o tempo todo, como nos contos do Hermann Hesse, tenho nojo e pânico de grupos que se acolhem para que se aceitar não seja um trabalho tão penoso e se sentir possa tranqüilamente ser vazio.
Estou vazando de tanto que me encho de mim, mas tenho muito medo que alguém que não mereça minha intimidade cate pelos cantos assustadores do mundo as minhas tripas. Tenho muito medo que as pessoas sem profundidade conheçam a minha, e mais medo ainda de que a profundidade do mundo me cuspa. Sou uma sem-terra porque desprezo o superficial, mas dói demais ser intensa o tempo todo, e preciso fazer luzes, compras e sexo casual.
Cheia dos meus preconceitos, da vontade que tenho de cagar em cima da cabeça de todo mundo que faz beiço para insinuar sexualidade, de todo mundo que se enfia num terno para insinuar vitória, de todo mundo que se enfia atrás de uma mesa para insinuar vida, de todo mundo que se enfia atrás de uma garrafa para insinuar alegria, de todo mundo que se enfia num bando para insinuar existência, de todo mundo que se esquece no Sol para insinuar luz.
Até o topo, até o céu, atolada, tô por aqui comigo. Cansada do meu vício de organizar tudo o que sou e de não deixar espaço para o novo, para o que eu poderia ser, para o que eu nem sei que é.
Queria agora que uma asa rasgasse as minhas costas porque, mais do que sentir a dor da liberdade, preciso não ter sexo, nem nome, nem tempo e nem casa. Preciso enxergar e sobrevoar o mundo sem ser eu, para que ser eu não seja este mundo tão pequeno e apavorado. Preciso ser qualquer coisa que eu não saiba.
Quero me chacoalhar e implodir essa rolha que me prende em mim, e me espalhar pelas terras, e banhar bostas, e acolher vermes, e alimentar tudo o que é rasteiro, tudo o que é pequeno, tudo o que não é, tudo o que é chão.
Espontânea é a vida que tanto queria viver
Por medo da repressão social, não vivo
Espontâneo é tudo o que sinto por ti
Por medo de ser rejeitado, não digo
Queria que as coisas acontecessem espontaneamente
É nesta espontaneidade que me revejo
Por causa dos rótulos e dos paradigmas, me privo
Cansei de viver programático, moral e politicamente correcto
Quero viver leve, livre e solto
Quero me doar ao prazer, à libido
Quero atingir todos os orgasmos,
conhecer o nirvana e atingir a transcendência
Quero viver
Viver a vida
Eu vivo a morte
Vivo por fora, morto por dentro
Eu sou um zumbi
Eu só quero ser eu
Eu tenho medo de dizer quem eu sou
Já agora, quem eu sou?
A sociedade inventou-me
Junto com toda a parafernália social
Mas, essa sociedade não sou eu, nem tu
São ELES
Os poderosos
Só eles é que podem
Quem sou eu?
Eu sou tu
Eu sou um ser reprimido
Eu sou o casamento
Eu sou a sociedade
Eu sou a cultura
Eu sou o medo
Mas não sou EU
ESPONTANEIDADE DA MINHA ALMA