Textos Reflexivos sobre Inclusão
Ciclos que se repetem
Sempre começa com uma chama, algo tão doce e quente que parece que vai durar para sempre. Mas o sempre é um conceito frágil, feito de expectativas e promessas que ninguém sabe ao certo se pode cumprir.
Eu tento, com todo o coração que ainda carrego, acreditar. Mas o padrão se desenha outra vez — linhas que já vi, gestos que já senti. Palavras que ecoam como se tivessem sido ditas antes, em outra cena, outro rosto, mas o mesmo desfecho.
Será que sou eu? Minha necessidade de controle, ou meu medo de me perder? Ou é você? Sua distância, ou talvez o reflexo do que eu mesma escondo? Eu me pergunto isso enquanto assisto a história se desfazer, mais uma vez, pelos meus próprios dedos.
E quando digo adeus, não é com alívio, mas com uma dor que insiste em me acompanhar. A dor de saber que tentei, mas não o suficiente. Que lutei, mas talvez no campo errado. Ou será que amar é isso? Um eterno cair e levantar, um constante perder e reencontrar a si mesmo?
Defendo minhas escolhas, minhas falhas, mas cada despedida me lembra que ser forte não significa não sentir. E eu sinto.
Se eu pudesse pedir desculpas a todos os finais, pediria. Pediria desculpas por não ser o que esperavam, ou talvez por esperar demais. Mas desculpar-se não muda o ciclo.
E assim eu deixo ir, uma vez mais. Com amor, com dor, e com a estranha esperança de que, em algum lugar desse espiral, eu encontre o caminho para quebrá-lo.
Dia lindo dia bonito
Dia de abraçar o novo
Dia sombrio como todo
Dia iluminado em partes
Dia de viver? Eu anseio!
Afinal de contas, como?
O que é viver, nessa realidade?
Tô sem ânimo, sem amor próprio
Quer saber? to cansado de viver!
Mas não tanto quanto de sofrer!
O que sobra é lutar e lutar…
Um dia, dois, até o infinito e talvez além
Será que vale a pena lutar?
Talvez haja uma paz que não enxergo
Eu sinto que há, só não consigo alcançar.
Conectando o mundo, podemos pessoas ver.
Mas conectar... será mesmo?
Para ver, basta um passo, um chamado, uma troca.
Se conectar é mais do que enxergar,
é deixar que o mundo nos toque,
é atravessar os muros invisíveis entre nós.
E, no entanto, a verdadeira conexão nunca chega.
Não porque está longe, mas porque a deixamos desluir.
Ela se dissolve entre os rostos —
amigos ou estranhos, conhecidos ou esquecidos.
Tristonho, enfim, lhes digo:
esta poesia é de nada,
mas, talvez, seja de tudo.
Entre versos doces ou amargos,
há um eco do que perdemos.
Simples é conectar.
Difícil é perceber que, entre os delírios do tempo,
fomos nós que nos perdemos...
Quanto menos o ego fala, mais a alma pode cantar.
Quando você deixa de lado a tagarelice constante do seu ego, você se conecta a algo mais profundo e significativo.
Seu ego está sempre tentando provar a si mesmo, estar certo, estar no controle...,
mas quando você silencia essa voz, você ouve os sussurros da sua alma.
E é aí que a mágica acontece!
Os humanos tem um incrível dom de disfarçar suas vidas angustiadas e sofridas com dinheiro. Seu papel não é receber nada em troca, humanos querem ser reconhecidos, quando queremos pagamentos pelo que fazemos, mostramos que somos tão comuns quanto aqueles que ajudamos. Temos que apenas ajudar a quem precisa, e tudo aquilo de bom que fazemos retorna para nós em resposta.
Lua cheia.
Por volta das 15h30.
Há nuvens cinzentas no alto do céu agora, e sobre essas folhas que escrevo, a garoa pinga… Tão fina que me permite contemplar a cidade, sentir o sopro da vida enchendo e esvaziando os meus pulmões.
Os pássaros voam em direção ao Norte. Se abrigam em algum lugar que me foge das vistas. Há poucos que ficam pousados aos fios de luz, ou no topo de uma caixa d’água da cidade. Cantam initerruptamente o seu chilrear.
Anunciam o sol ou a chuva?
“Não voem, óh meus amigos passarinhos” – pressuponho a linguagem das aves. – “Vejo aqui do alto da caixa d’água o calor no horizonte“.
A chuva dificulta o alçar das asas, pesa o corpo.
Aprendo eu agora, algo com os pássaros?
Há dias que olhar para o céu é parecido como hoje. E mesmo com todo o azul mais vívido que minhas córneas possam admirar, as nuvens acumularão as cinzas do Riacho Fundo. Vagarão até se encontrarem, mais cedo ou mais tarde, para serem uma só. Imponentes quando desaguarem, às vezes incontrolavelmente furiosas.
Há dias como hoje, que sinto-me como a chuva cinza, fina, pingando na folha, pingando nos pássaros. Soprando ao alto o cantar das aves para longe. Acumuladora de tudo dessa cidade até que o que lateja, ebula, cuspa palavras num caderno qualquer, ou na fronte do que estiver pela frente.
A chuva pode desabar montanhas com a sua força destemida.
Há dias, como ontem, como hoje que sinto-me como uma chuva cinza, fina, pingando na pedra. Insistente até banhá-la inteiramente. Às vezes furiosa até parti-la ao meio. É tanto acúmulo como parte integrante do que se é, ou melhor, do que se tenta ser que a nuvem se personifica cinza sobre a minha cabeça agora.
Aprendo… Eu… Algo com os pássaros que voam para o Norte, ou com aqueles que ficam toda as vezes que eu, chuva, ei de cair?
Quem são os pássaros que sempre voam quando sou garoa fina?
Quem são os pássaros quem ficam quando sou céu azul?
Quem são os pássaros que cantam para que os outros não temam, ou se afastem?
Posso eu realmente ser sol mais do que chuva cinza, fina, pingando na folha?
Haverá pássaros cantando confiança de que o sol haverá de surgir no horizonte mais cedo, ou mais tarde?
Quem são os pássaros que farão ninho agora que estou nuvem e
[acinzentada?
Manifesto de Uma Alma Livre
Sempre tão ansiosa a respeito do futuro,
Eu me antecipava, como se pudesse vencer o tempo.
Carreguei expectativas que não eram minhas,
Engoli silêncios,
Tolerei situações e palavras que me desgastavam,
Até perceber que me perder de mim mesma
Era a pior prisão que eu poderia aceitar.
Eu não nasci para competir por atenção,
Nem para provar nada a ninguém.
Minha única missão é superar a mim mesma,
Acordar a cada dia com a vontade urgente de ser mais.
Exploro tudo o que sinto
Porque negar minhas emoções seria negar minha própria natureza.
Sou intensidade, movimento e recomeço.
Se algo me magoa, eu não finjo que não doeu.
Eu sinto, permito queimar,
Mas transformo as cinzas em impulso.
Não guardo mágoas, mas não esqueço histórias.
Lembro-me de cada nome e cada olhar,
Não por rancor,
Mas porque não há aprendizado sem memória.
Eu aprendi a dar um sentido temporário a tudo,
Porque permanência é ilusão.
O que eu amo pode ser eterno dentro de mim,
Mas sei que o mundo está sempre em movimento.
E eu também estou.
Se há algo para melhorar,
Vou encarar sem medo.
Se há algo para deixar para trás,
Vou soltar sem arrependimentos.
Nada me congela, nem a dúvida, nem a razão.
Se tiver que cair, eu caio com coragem.
E se cair, volto com um propósito maior.
Porque viver é experimentar, é sentir, é arriscar.
É construir e destruir se for preciso,
Até encontrar aquilo que faz meu coração vibrar.
Eu sou intensa, sim.
Não fujo de mim mesma.
Exploro o mundo com a mesma coragem
Com que mergulho em meus sentimentos.
E, mesmo sabendo que nada é para sempre,
Continuo a escolher sem medo
Tudo o que me faz sentir viva.
Do tempo que me foi dado, um relógio foi posto em meu peito. Este, era um coração em constantes ticks e tacks, tirando assim minha força, vigor e desconsoladamente minha juventude.
Por diversas vezes pensava que teria parado de contar os segundos, pois não o sentia bater. Mas precisava acerta-lo, tendo em mente que não poderia pôr ou tirar um segundo sequer que fosse de meu tempo.
A bomba relógio que em meu peito batia, já havia de ter a sua hora de explodir. Não sabendo eu quando meu tempo terminaria. Me via em euforia de saber que não o tinha como prever.
Poderia algo fazer com que o tempo dele chegasse antes do que o destinado? Talvez aquilo que o fazia bater haveria também de cessar seus batimentos ?
Seria por amor ou pela falta dele? Será então pela arte que já não fora mais nada alèm de uma expressão vazia de sentimentos extravagantes e conturbados. E caso tais eventos o fizessem de fato parar de bater antes do tempo.
Quem poderia deduzir ou mesmo afirmar que fora antes do tempo determinado?
Oque eu poderia dizer sobre a indigência social deste mundo?;o individualismo a causou e dês de que foi inventada nunca mais sessou.
Passarei despercebida por essa terra;mesmo meu que meu nome estivesse escrito na história dos homen;quem homem restará para lembrar da história?
Mesmo quem me amou me esquecerá;pois o tempo e a morte irão garantir que isso aconteça.
Terei pouco tempo antes que tudo aconteça; para ser lembrado antes de tornar ao pó e tudo desapareça.
### A ESTRADA NÃO TRILHADA II ###
Em noites de silêncio, onde as sombras dançam,
Penso nas trilhas que a vida não me fez passar.
Decisões guardadas, sonhos como pássaros engaiolados,
Há uma caixa de Pandora dentro de mim, em silêncio...
Os risos que não ecoaram pelas colinas,
Amores que se desfizeram antes mesmo de florescer,
O tempo perdido, entre incertezas e convicções,
Cada escolha que hesitei, me trouxe até aqui...
Se a vida tivesse outro percurso, outros ventos,
Será que encontraria mais paz, mais serenidade?
Ou seria um espectador de uma outra existência,
Ainda buscando o verdadeiro sentido do ser?
As sombras das vidas não vividas me perseguem,
Ecos de um passado jamais realizado, sussurrando.
Mas no destino que escolhi, encontro pedaços de paz,
Aceito as imperfeições que me moldaram, com gratidão...
A vida, com suas incertezas e suas belezas,
Não pode ser domada, moldada ao nosso querer,
Mas pode ser apreciada em sua essência plena,
Encontrando beleza em cada dia, em cada amanhecer...
A aceitação do agora, com suas alegrias e dores,
Permite que eu viva plenamente meu mundo interior.
O futuro é uma página branca, pronta para ser escrita,
E cabe a mim preenchê-la com experiências e amor...
As vidas não vividas são mistérios guardados,
Mas a vida que escolhi é profunda, verdadeira.
E em cada segundo que passa, encontro razões
Para seguir adiante, buscando o sublime no mundano...
--- Risomar Silva ---
Havia ainda aquela menina que gostava de brincar com estrelas.Tanto cirandou que uma caiu.Jovenzinha, triste, pálida, lânguida.Olhou-a: mas era espelho!E o que viu foram lágrimas sem medo, que lhe assustaram na grandiosa janela do quarto.
Fez um pedido à estrela tenra, inocente, e jogou-a aos céus.Ah! pregou-se lá, e logo foi valsear com as outras, não desabou.Então a bacante entendeu: até que podia cair, derreter, mas bastaria um sonho para lançá-la de volta ao infinito que era seu lar.
Dádiva
As minhas asas deixei,
por entre as árvores passei...
Em todos os oceanos nadei...
Por sobre as pedras voei...
Meu segredo não saberei,
não sei ao certo se sou anjo,
ou humano...
Se sou poeta ou anônimo,
se sei, ou não sei...
Se são conceitos ou liberdade para novos sonhos.
Mas se lhe digo que te amo, acredite...
Se estou contigo, confie...
Se sou presente, é porque sua presença me fascina...
Se inventei, eu inventei novamente...
Não estou aqui para ser fraco ou forte ...
Quero ser real na não-realidade...
Ser desejo por não existir, e por existir você desejar...
Por sobre as flores lembrei...
Lembrei de você... Novamente, eu lembrei de você...
Se aqui estou, é porque na alvorada conquistei a minha dádiva.
Decidi por não ter asas, para permanecer aqui e poder te amar...
Os dias eu vencerei...
E os meus segredos contigo, dividirei.
Poema: "As Correntes Invisíveis"
Minha história é feita de passos entre luzes e sombras. Durante anos, caminhei por trilhas que me moldaram, ensinando-me o valor de princípios que carrego até hoje. Foi ali que aprendi a importância do respeito, da bondade e do cuidado. Esses ensinamentos me ajudaram a me tornar alguém melhor, mesmo com as falhas e imperfeições que ainda trago comigo.
Mas, enquanto aprendia a andar, também fui acorrentado. Ideias que pareciam sólidas como rochas eram, na verdade, ilustrações de areia. Passei muito tempo acreditando em miragens que, mais tarde, revelaram-se enganos. Essas falsas certezas deixaram marcas profundas, feridas que ainda ardem, tanto em mim quanto em outros que compartilharam desse caminho.
No início, a dor da descoberta era insuportável. Meu coração parecia uma tempestade que não encontrava repouso. Para aliviar o peso, eu gritei. Quis expor os erros que enxerguei, tornar públicas as falhas que tanto me feriram. Era como se, ao demonstrar que aquilo que me ensinaram como verdades eram, na realidade, enganos, eu pudesse quebrar as correntes que me prendiam. Mas descobri que, ao invés de me libertar, esse esforço apenas alimentava o passado, mantendo-me preso ao que eu mais desejava deixar para trás.
Foi então que compreendi: o verdadeiro alívio não está em destruir o que ficou para trás, mas em construir algo novo e mais puro à frente. Meu propósito mudou. Escolhi parar de gritar para provar o que é falso e começar a sussurrar sobre o que é verdadeiro. Não é o peso do passado que deve guiar meus passos, mas a luz de algo maior, algo que traz paz e propósito.
Ainda há dias em que as lembranças me visitam. Relembro as mentiras que moldaram minha visão desde jovem, as correntes que me fizeram acreditar que o horizonte era limitado. Algumas dessas marcas ainda não cicatrizaram, mas hoje as vejo como sinais de batalhas vencidas, e não de derrotas.
Respeito o que vivi, porque há beleza até nas sombras do aprendizado. Foi ali que minha essência foi lapidada, onde cresci em valores que ainda fazem parte de quem sou. Mas também reconheço que precisei romper com o que me prendia para encontrar algo maior, algo que liberta.
Agora, cada passo que dou é guiado pelo desejo de edificar e não de destruir. Escolhi usar as verdades que descobri para iluminar o caminho, não para apagar o que ficou para trás.
A liberdade veio quando soltei as correntes do passado. Percebi que a vida não é sobre provar as falhas de ontem, mas sobre construir um amanhã que inspire e transforme.
Prossigo. Não porque as feridas desapareceram, mas porque elas já não me definem. Caminho em direção ao horizonte, onde a luz é maior do que qualquer sombra, e onde o propósito que encontrei é mais forte do que as mágoas que deixei para trás.
Autor: Gilson Castilho
© Todos os Direitos Reservados
'O AMOR QUE VOCÊ MERECE"
Quantas vezes você sorriu quando, na verdade, queria chorar? Aquele nó na garganta que parece sufocar, a lágrima presa que você disfarça com um sorriso porque não quer preocupar ninguém. Eu sei que você é forte. Eu sei que você vive ajudando, está sempre presente quando precisam de você. Mas quem te segura quando o peso fica insuportável? Quem enxerga o cansaço nos seus olhos quando você mesmo não tem mais forças para pedir ajuda? Quem vai enxugar suas lágrimas, se você nem ao menos se permite deixá-las cair? E sabe, às vezes, nós precisamos desabafar. Precisamos deixar a lágrima rolar, porque o coração também precisa de alívio.
Muitos vivem agradando a todos ao seu redor, colocando o bem-estar dos outros acima de tudo. Fazem o possível para arrancar sorrisos, para não decepcionar, para serem aceitos... Mas, no fundo, estão tão esgotados que precisam de remédios para encontrar a calma que já não conseguem dentro de si mesmos. A ansiedade, o sofrimento, o peso emocional se acumulam, enquanto a própria felicidade vai ficando cada vez mais distante.
Cuidar, amar e agradar os outros é bonito, sim. Mas não pode ser à custa de esquecer de si mesmo. Pense em como você se comporta com os outros: você veste sua melhor roupa quando sabe que alguém vai te ver. Você cozinha melhor quando tem pessoas em sua casa, usa seu melhor talher, seu melhor prato... E para você? Quando foi a última vez que se tratou com tanto carinho? Quando foi que você vestiu sua melhor roupa apenas para se sentir bem, ou preparou uma refeição especial só para você?
A verdade é que nós somos a nossa melhor companhia, ou pelo menos deveríamos ser. Quando todos vão embora, quem sobra é você. É com você mesmo que terá que conviver pelo resto da vida. Então, me diga: que tipo de companhia você tem sido para si mesmo? Será que tem dado a si o mesmo cuidado e atenção que dá aos outros?
E aqui está algo importante: Deus nunca pediu que você esquecesse de si mesmo para cuidar dos outros. Jesus nos ensinou a amar o próximo como a nós mesmos (Mateus 22:39), mas esse amor começa dentro do seu próprio coração. Ele não quer que você viva apenas se doando, enquanto vai se esgotando pouco a pouco. Ele quer que você tenha paz, que cuide da sua saúde emocional, que valorize o presente que você é.
Então hoje, pare por um instante. Escute o que o seu coração tem para dizer. Se permita sentir, chorar, desabafar. Tire um tempo para você, sem culpa. Vista sua melhor roupa, mesmo que ninguém vá ver. Cozinhe algo especial, mesmo que seja só para você. Olhe para si mesmo com o mesmo carinho que olha para quem você ama.
Lembre-se: o mesmo amor que você oferece ao mundo, você também merece receber. Deus o criou com tanto cuidado e amor. Ele o vê como especial, valioso. Então, por que você não se permite se enxergar assim?
Hoje, escolha se priorizar. Escolha cuidar do seu coração, dar descanso à sua mente, valorizar quem você é. Porque quando você se ama e se cuida, você não só encontra a paz que tanto busca, mas também tem ainda mais para oferecer àqueles que você ama.
Termino com esta reflexão: ninguém vive a sua vida por você. Ninguém sente o que você sente, ninguém conhece suas dores como você conhece. Então, trate-se com amor. Permita-se sorrir de verdade. Deixe que o seu coração encontre a paz que ele merece. Afinal, você também merece o melhor.
"Lembre-se: você é o lar onde seu coração habita. Decore esse espaço com amor, cuide dele com carinho e lembre-se de que, no fim do dia, é ali que sua paz precisa morar."
Autor: Gilson Castilho Reflexões
© Todos os Direitos Reservados
As Dores que Escolhi Carregar
Dizia que me amava, mas amava como quem repete um verso decorado, sem sentir o peso das palavras. Amava a ideia de me amar, mas não a mim. Porque, na prática, eu me deixava para depois. Quando choveu, encarei as gotas sem guarda-chuva, aceitando o frio como se meu corpo não merecesse abrigo. Quando a febre me queimou, deixei que ela ardesse, porque gastar com remédio parecia um capricho supérfluo.
E os sapatos que me feriam? Caminhei com eles, como quem carrega um fardo invisível, fingindo que a dor era pequena. Porque, no fundo, acreditava que suportar as feridas fazia parte de existir, fazia parte de ser eu.
Mas o que mais me machucava não era a febre, nem os sapatos. Era o silêncio que guardava quando alguém me feria. Eu calava e, pior, tentava compreender. Tentava justificar os golpes que recebia, como se fosse justo aceitar ofensas, palavras ríspidas e gestos que me cortavam. Perdoava antes mesmo que me pedissem perdão, carregando culpas que nunca foram minhas, tornando-me um depósito para dores que não me pertenciam.
Hoje, olhando meu reflexo, não vejo apenas um rosto marcado pelo tempo. Vejo uma pergunta que ecoa: o que é, afinal, esse amor que digo ter por mim mesmo? Será que amar-me é só esse hábito vazio, essa rotina de sobrevivência? Ou será que amar-me é algo maior, mais profundo?
Talvez amar-me seja o gesto simples de abrir o guarda-chuva na tempestade, de trocar os sapatos que me machucam, de tratar minhas feridas com o cuidado que sempre ofereci ao mundo. Talvez seja entender que minha dor também importa, que meu coração merece repouso, e que o amor que dou ao outro só tem valor se primeiro eu souber oferecê-lo a mim mesmo.
Se for isso, amar-me será um desafio diário. Uma escolha nova a cada manhã. Mas é uma escolha que preciso fazer, porque percebo agora: não sou terreno de passagem para o peso alheio. Sou uma casa que merece abrigo, uma estrada que também precisa de cuidado. Amar-me, enfim, é aceitar que eu não fui feito para ser silêncio, mas para ser inteiro.
Quando se ama verdadeiramente nada nessa vida é o bastante para o amor, pois o amor não se basta, o amor é insaciável,
é infinito, o amor é incapaz de se medir, o amor é uma fonte incessante, quanto mais usamos desse fonte mais ela nos abastece, assim é o amor, esse amor que eu acredito e espero viver em minha vida.
*A criação em movimento*
"Nem sempre é bom seguir o mesmo caminho, chegar no mesmo horário ou repetir a mesma rotina.
Mudar é uma forma de proteger nossa integridade e nos reinventar. Não me incomodo em me atrasar para um evento ou acordar em horários diferentes, porque aprendi que cada detalhe tem um sentido.
A rotina pode ser confortável, mas minha maior lição foi quebrá-la e transformar cada dia em algo único. Minhas mudanças de profissão não foram instabilidade, foram aprendizado. Não vivo na monotonia; sou movimento, sou transformação. Enquanto alguns preferem o preto no branco, eu pinto com as cores da novidade.
Podem me chamar de instável, mas, para mim, isso é liberdade. Liberdade de ser a criação em movimento, a quebra da rota previsível e a inspiração de viver além do óbvio."
**"Quando o Amor Me Fez Renascer"**
Eu estava morto, mas ainda respirava. Caminhando por entre sombras, carregando o peso de promessas vazias e mãos que nunca me seguraram de verdade.
Passei por relacionamentos que me iludiram, pessoas que diziam querer me ver no topo, mas, no fundo, não suportavam a ideia de eu estar lá.
Levei tantas comigo orientando, falando ensinando, acreditando que juntos chegaríamos mais longe, mas elas só me puxaram para baixo.
Então, no silêncio mais profundo da minha solidão, quando tudo o que restava era eu e Deus, ela apareceu. Não foi com alarde ou promessas, foi no meio do nada, como um raio de sol atravessando uma janela esquecida.
Ela me viu quando ninguém olhou. Ela me ouviu quando minha voz mal passava de um sussurro.
Ela não me julgou pelo que eu tinha ou não tinha, se eu era rico ou apenas um sem-teto. Para ela, nada disso importava. Ela enxergou algo em mim que nem eu mesmo conseguia ver. Algo que brilhava, mesmo em meio aos meus escombros. E, todos os dias, ela me lembra que eu sou exatamente o que ela sempre quis.
Foi ela quem acendeu algo que eu nem sabia que ainda existia. Fez com que eu voltasse a enxergar as cores que antes eram cinzas.
O mar voltou a ser imenso, as árvores respiravam comigo, o céu deixou de ser um teto vazio e se tornou infinito. Onde eu só via dias cansativos que eu queria apagar, ela me mostrou o renascer de cada amanhecer.
Ela não só me ajudou a viver, mas me fez despertar.
Hoje, eu vejo o mundo diferente, porque ela me ensinou que há beleza até mesmo nas cicatrizes. Ela é mais do que um amor; é o sopro de vida que Deus enviou para me lembrar que, mesmo nas ruínas, é possível recomeçar.
Você liga, ela não atende.
Ela liga, você atende.
Já percebeu como o controle funciona?
Ela tem o poder de ignorar sua ligação, e você não pode fazer nada sobre isso.
Mas, quando ela liga, o controle está em suas mãos — você decide se atende ou não.
Isso nos lembra que nem tudo está sob o nosso controle. Às vezes, somos nós quem esperamos; outras vezes, somos quem decide.
Sobre o sentimento
Ao sentimento da formiga ao encontrar sua comida.
Ao sentimento da abelha ao fabricar seu mel.
Ao sentimento da ave que canta sem cessar.
Ao sentimento do rato ao comer o queijo, pela primeira vez.
São como algo que você apenas explica,
porém, o outro ser é incapaz de compreender-te.
São como as folhas caindo no outono, por que caem? Você apenas explica,
porém, o outro ser é incapaz de compreender-te.
Ao longe você vê aquelas consideradas as belas feições da natureza,
arvóres aos montes, por que crescem sem serem plantadas? Você apenas explica,
porém, o outro ser é incapaz de compreender-te.
Ao pomar que perde suas frutas,
sejam elas arrancadas por animais, humanos ou até mesmo quando se perdem caindo sozinhas
por que esta situação acontesse sem parar? Você apenas explica,
porém, o outro ser é incapaz de compreender-te.
Todos citados,
são sentimentos,
não importa sua situação ou causa
Apenas, os abrace e sinta sua falta.
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