Textos que Falem eu Nao Vivo sem Voce

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Quando o medo sou eu


Às vezes, o coração dispara sem aviso. Não há perigo aparente, mas o corpo reage como se estivesse cercado.
É como se o mundo inteiro apertasse os ombros, como se o ar ficasse mais denso, como se cada pensamento virasse um grito dentro da cabeça.


São os picos de ansiedade ,FG1essas ondas que vêm sem pedir licença, que tomam conta do corpo e da mente. Nessas horas, tudo parece demais: as cobranças, as expectativas, os olhares, até o silêncio. A pressão se acumula como se eu tivesse que ser forte o tempo todo, como se falhar fosse o fim do mundo.


E o mais assustador é quando o medo não está lá fora. Está dentro. Quando começo a temer a mim mesmo meus impulsos, meus pensamentos, minha incapacidade de controlar o que sinto. Quando me olho no espelho e não reconheço quem está ali. Quando me pergunto: “E se eu não aguentar? E se eu fizer algo que não consigo desfazer?”


Mas mesmo nesses momentos escuros, há uma parte de mim que resiste. Que sussurra, mesmo que fraco “Você já passou por isso antes. Você não é o que sente agora. Isso vai passar.” E passa. Sempre passa. Não sem dor, não sem luta, mas passa.


Falar sobre isso não é fraqueza. É coragem. É admitir que ser humano é, às vezes, ser vulnerável. E que tudo bem ter medo até de si mesmo desde que a gente não se perca nesse medo. Porque há força em reconhecer a própria dor. E há esperança em continuar, mesmo tremendo.


Evans Araújo

Eu aprendi ao longo da vida, que não se deve destruir todas as utopias, pq sem elas muitas pessoas entram em depressão e morrem. Portanto, até o que é razoável que questione certas “mentiras sagradas” pode ser atribuído como heresia, porque ela existe em todo o campo do saber, do crê e do viver, como decorrência fatalista.
F. Meirinho

DECLARAÇÃO - a raiz do poema ao meu pai


Eu não me lembro da minha infância com nitidez. Ela passou depressa demais. Num instante eu era apenas um menino, com um carretel rolando, uma pipa subindo. Havia um morro, um dia desbastado, que virou campo de futebol e depois virou casas. Quando percebi, eu já estava crescendo, começando a viver as coisas.


Um dia, eu apareci no seu trabalho. O senhor me levou ao restaurante do português. Como aquilo foi bom! Lá serviam uma sopa horrível — eu detesto sopa — mas com você tudo tinha sabor. O senhor pediu um refrigerante de dois litros. Não lembro o que comi; talvez bife, talvez peixe. Mas lembro que a comida do português era maravilhosa. Estar contigo era a minha vida.


Trabalhei ali. Depois vivemos muitas outras coisas. Num outro dia, voltei ao seu trabalho e contei que conheci uma garota com quem queria me casar. O senhor me aconselhou, me apoiou. E me ajudou por vinte e oito anos.


Depois, me trouxe para uma terra linda, onde eu jamais imaginei ser capaz de viver, de criar meus filhos. Durante muitos anos, eu era despertado com o seu grito, avisando que tinha trazido o pão. Hoje sou eu quem leva o pão para minha mãe.


Levei muitos anos cuidando do senhor. Era maravilhoso te conduzir pela mão. Eu tinha um carro comprado pelo senhor — o último que eu escolhi, e eu o amava. Mas você já não conseguia mais entrar nele. E no dia em que precisei te levar ao médico, ele não funcionou. Tive que chamar um Uber às pressas. Aquilo me revoltou. Eu precisava de um carro mais baixo, mais confortável, mais novo.


Consegui comprá-lo sete dias antes da sua partida. O senhor passou o dia inteiro comigo naquela loja. Durante a semana, fizemos planos. Naquela quinta-feira, o senhor me disse que, se algum dia eu ficasse triste, eu cantasse um louvor ao nosso Deus… e hoje eu tenho tanta dificuldade de cantar.


No dia da sua morte, eu não ouvi a sua voz. Fui buscar o carro na revisão — coisa que poderia ter feito no dia anterior. Era sábado, 14 de junho de 2025. Depois, fui à formatura do seu neto. Dei palavras de conselho a duas pessoas, sem saber que, na verdade, eu estava aconselhando a mim mesmo. Porque, naquele mesmo dia, eu veria você partir.


Foram 45 anos. E naquele dia eu vivi meu primeiro batismo de fogo. Tive que olhar para o mundo e dizer: “Agora eu sou homem. Eu não tenho mais pai.”


Hoje estou aqui, fazendo um trabalho que não gosto, realizando tarefas que não quero, mas por obrigação, por dever. Pelo compromisso de honrar sua memória. Ser pai. Ser marido. Cuidar da minha mãe. Amar a mulher que eu amo — mais do que nunca — e meus filhos — mais do que nunca. Carregando o peso da tua ausência, olhando para um mundo nublado, mas tentando buscar contentamento num futuro incerto que o senhor me ajudou a construir.


Obrigado, meu pai. Obrigado.


Eu sempre te disse que te amava. Te abracei, te beijei, ouvi tua voz. E agora estou começando a ouvi-la de novo, como eco voltando devagar.


Obrigado, pai. Obrigado por tudo.
Eu prometo que, daqui para frente, vou fazer diferente. Vou buscar ir mais longe — muito mais do que o senhor sonhou para mim.


Um beijo.
Um abraço.

POEMA AO MEU PAI

Eu não lembro da minha infância inteira.
Ela correu.
Passou por mim como vento,
como pipa que sobe e some,
como carretel que rola ladeira abaixo
e não volta mais.

Um morro virou campo,
o campo virou casas,
e eu virei homem
sem perceber o instante.

Um dia apareci no seu trabalho,
e o senhor me levou ao restaurante do português.
A sopa era ruim,
mas com você tudo tinha sabor.
O refrigerante era grande,
a mesa simples,
a vida imensa por causa da tua presença.

Depois te contei do amor que encontrei.
Você ouviu, aconselhou,
e me ajudou
por uma vida inteira.

Me trouxe para uma terra que eu não imaginava viver,
onde meus filhos nasceram,
onde o pão chegava com o seu chamado de manhã.
Hoje sou eu quem leva o pão,
e a lembrança do seu grito
ainda abre a porta dentro de mim.

Cuidei do senhor como quem segura o próprio passado pela mão.
Troquei carros,
troquei rotinas,
troquei o que fosse preciso
para te levar onde precisava.
E ainda assim,
quando você partiu,
eu estava longe —
longe do instante do adeus,
mas perto da dor que nunca se afasta.

Daquele dia em diante,
eu tive que dizer ao mundo:
“Agora eu sou homem.”
Sem pai, sem chão,
mas com a herança
do que você me ensinou a ser.

Hoje faço o que não gosto,
caminho onde não queria,
mas sigo firme
porque carrego o teu nome,
tua memória,
tua voz que, aos poucos,
volta a me encontrar.

Amo minha mãe,
amo minha esposa,
amo meus filhos —
porque você me ensinou a amar assim:
com força,
com verdade,
com sacrifício.

Pai,
obrigado.
Obrigado por tudo o que fui contigo
e pelo que virei depois de você.

Prometo ir mais longe
do que você um dia sonhou para mim.
Prometo viver,
ainda que doa,
porque viver é a última forma
que me resta de te honrar.

Um beijo.
Um abraço.
E um eco teu que nunca morre,
mesmo quando o resto do mundo
fica silencioso.

Eu estou evoluído.
Não sou mais a mesma pessoa que um dia se perdeu em meio a dores, ilusões e pequenas batalhas. Eu aprendi que crescer não é apenas viver, é transformar. Não sou refém do que me feriu, nem prisioneiro do que ficou para trás. Hoje, caminho leve, mas com passos firmes. Minha mente é mais lúcida, meu coração mais forte e minha alma mais livre. Evoluir é reconhecer que nada externo me define, é compreender que a verdadeira vitória é me tornar maior do que tudo que tentou me diminuir.
Glaucia Araújo

Das certezas que eu tenho …

Na verdade eu não sei de nada, eu fico vagando e tendo pensamentos confusos sobre tudo e sobre mim.

Muitas vezes quero estar em outro lugar, viver outras experiências, criar uma base onde eu não oscile tanto.

Eu viajo em mim e não sei de fato de nada que não seja dor.

São vários tipos de dores, são físicas, mentais, são dores que parecem estarem intrínsecas em mim e faz tempo que elas estão aqui.

Fugir? Mas, pra onde? É confuso, é “truvo”, é incerto.

Nesse momento eu rogo ao bom Deus que me direcione, que tome conta do meu ser, que não me deixe sem sua misericórdia.

Só Ele pode me ajudar, só Ele pode me tirar daqui, me faz seguir com retidão ao Seu encontro meu Deus.

Me ajuda, sou dependente de ti, me encontro perdido, me acha Senhor, me resgata.

A cada dia que passa, entendo melhor a ideia do Amor Fati, não que eu aceite tudo que vier, sem mudar o meu destino conforme a minha vontade, mas pelo que o passado me trouxe. Por mais dolorosas e destrutivas que certas situações sejam, são elas que nos forjam. Minhas escolhas me trouxeram até onde estou agora, a quem sou, e me orgulho de quem venho me tornando. Tenho milhões de defeitos, não sou e não pretendo ser perfeita, muito menos forjar isso, mas busco iluminar minhas sombras para aprender a lidar com elas, integrando cada uma das minhas faces.
Passei por abismos, desafíos intensos. Conheci as melhores e as piores pessoas. Virei pó, queimei e renasci das cinzas. Não foi fácil a caminhada, mas não mudaria nada. Ao morrer, pude renascer. Ao me cortar, pude ser mais forte. Ao cair, aprendi a levantar. Não, não romantizo o sofrimento, mas, de fato, a alquimia interna só pode acontecer através da dor. Até a borboleta, antes de ganhar asas, sofre um doloroso processo de transformação. Sigo em meu casulo e, logo, voarei por aí.
- Marcela Lobato

A vejo.
Mesmo quando há paredes — invisíveis, não estão lá —
eu as toco.
Mas ela está além.


A vejo.
De onde eu estiver,
Para onde eu olhar,
ela é presença intocável.
É reflexo que não sou eu,
é mais bonito,
mais radiante.
É ela.


A vejo como quem vê esperança,
como quem encontra farol na tempestade,
clareira na floresta densa,
lanterna acesa em minhas mãos trêmulas.


Ela é presente do além.
E eu, sem saber agradecer de joelhos,
me ponho diante da cama,
sem jeito nas palavras,
busco compreensão.


A vejo.
Além do que é dito,
além do que é mostrado.
Vejo no conflito,
na dúvida,
na dança entre luz e escuridão.


A vejo.
Mesmo quando me sinto pequeno,
impuro,
feito de falhas,
feito de sombras.
A vejo,
e me pergunto como pode
tamanha luz repousar sobre mim.


Há sentido nesse silencio.
Porque me guia,
mesmo sem mapa.
Me toca,
mesmo sem gesto.
Me revela,
mesmo sem palavra.
No olhar.


Sim. Vejo você.

Se Deus Quiser

Se Deus quiser eu vou eu não vou morrer de saudades

Se Deus quiser eu vou eu vou superar todas as dificuldades

Se Deus quiser eu vou eu não vou perder a esperança

Se Deus quiser eu vou eu vou voltar a sorrir como uma criança

Se Deus quiser eu vou eu não vou chorar

Se Deus quiser eu vou eu seguir a minha trilha

Feito uma estrela que brilha em uma noite enluarada

Se Deus quiser eu vou seguindo a caminhada

Sem pisar em ninguém

Sempre fazendo o bem

Se Deus quiser eu vou viver sem ter maldade

Se Deus quiser eu morro de felicidade.

Eu pequei e te peço perdão, pequei ao te olhar sem me julgar, pequei quando não entendi e me amargurei, pequei quando o sentimento eu culpei.

Me perdoe, perdoe-me em te julgar, em não validar o que sentia, em fragmentar tudo que vinha.

Talvez eu seja a insana e tola, talvez eu veja sensatez onde não há, talvez eu digo, talvez com certeza eu não saíba amar.

Sou covarde pra não ser forte, sigo firme contando com a sorte. Em meus sonhos de “dia feliz“, um dia eu te quis.

Quem disse que o passado não importa?
Claramente que importa. Em um sábado à noite, eu descobri que, estou evoluindo e criando emoções por aquilo que eu considerei estranho, e do nada eu me lembrei.
Por vezes apenas precisamos de sair da nossa zona de conforto e ir o mais longe possível para conseguir valorizar o que temos agora.

Não estou aqui para competir com ninguém.
Não preciso diminuir ninguém para que eu possa me elevar ou colocar o pé na frente de ninguém.
Não quero ser melhor que ninguém, apenas faço a minha parte da melhor forma que consigo.
Não estou preocupada se acham que ganhei ou que perdi.
Estou aqui para evoluir,
Só quero continuar sendo eu mesma.

CONQUISTA


E eu estou ainda por aqui.
Não desembarquei do envelope.
Viajo lentamente, enquanto observo quem me ultrapassa a galope.
E, entre um minuto e outro, já nem sei se eu estou viajando — ou se a viagem sou eu.
Onde estaria o que de fato criei, para chamar de meu?
Porque, a cada frame que passa, menos certeza tenho dessa ideia de conquista.
Não que eu seja perfeito: de defeitos, tenho uma lista.
Também nunca me faltou bravura — nem no ringue, nem na pista.
Eu não sei chegar sozinho; minha vista é altruísta.
E, ainda que só, eu quisesse chegar… seria uma mentira. Eu posso explicar.
Na verdade, eu nem sei se realmente saí.
Pois, ao me ver em busca de coisas novas,
parece que fiquei. E gostei.
Ou talvez eu fui e voltei. Não sei.
E essa é a minha maior alegria: não me completar.
Sim.
Se eu já tivesse chegado, talvez, o restante da minha viagem fosse a dor mais angustiante que teria.
Ao passo que tenho muitas. Algumas de longos dias. Mas todas bem administradas.
E o tempo — que para muitos é um tormento — se assustou em me encontrar viajando para dentro.
Foi a principal estação onde parei, fiz faxina, entrei em guerra e venci.
O meu maior inimigo: eu.
Depois de me reconciliar comigo,
fui apreciando o belo que em mim foi feito, mas que eu desaprovava.
E, admirado de meu estado de maturação interpretativa, tive certeza.
Depois tive dúvida.
Ainda deu tempo de sentir na pele a volta da minha humanidade.
Esta esteve endurecida.
Mas, a dádiva do servir a emudeceu —
para não julgar, para não comentar,
apenas para dirigir.
E eu, que achava que poderia chegar,
me vi levando outros de carona.
A viagem para dentro de mim,
ao invés de me dar um mapa,
me deu pessoas, responsabilidade, serviço, deontologia.
E um sentimento de complétude sem completar.
Mas eu, sobre mim?
Parece que não vai dar.
Pois, até aqui ou ali, não cheguei.
Na verdade, eu, de mim mesmo nunca cheguei —e, se estou em algum lugar,
tenho plena certeza de que fui sempre conduzido.


Sérgio Júnior

​Ó meu ex-amor, meu caos e minha calmaria,
A ti não resta rancor, mas uma estranha gratidão.
Eu era a argila mole, entregue à tua alquimia,
E o teu adeus forjou a minha reconstrução.
​Teu nome ainda ecoa, um sussurro na memória,
Mas já não é tormenta, é a marca que me fez.
A vida que findou, de luto e velha história,
Foi o solo onde floresceu a minha nova vez.
​Obrigado por ter me transformado, sem querer,
Nesta alma de aço polido que hoje se levanta.
Eu sou a prova viva de que a dor pode vencer
E que a maior ferida é o que mais nos implanta.
​Não sou mais quem te amava, a sombra submissa e frágil,
Sou a força que nasceu quando a ponte se quebrou.
O teu abandono, duro, frio e indizivelmente ágil,
Foi o preço que paguei pela pessoa que eu sou agora.
​Fica o passado à deriva, a saudade que se esvai.
Eu sou o teu legado, a obra que a dor lapidou.
Vai em paz. Eu brilho sozinho, e isso me basta.
Fui destruído por ti, mas a ti, muito obrigado.

ontem, um pensamento fulgaz me ocorreu
"eu não quero mais viver nesse mundo"
tão rápido quanto um piscar de olhos
quanto a velocidade da luz
e uma queda de energia repentina
de fundo, cinematograficamente
um céu azul com grandes nuvens
pessoas dormindo nas ruas, fumaça, grandes prédios
carros, uma praia ensolarada
lágrimas silenciosas
a sensação de ausência e o sentimento de vazio
hoje, pensei o mesmo

Sobre a beleza de ser pai… Primeira parte!

Eu nunca estive pronto pra ser pai, não fiz planos para esse “fim”, mas, vejo que a tarefa que me foi dada cumpri com maestria, sim, estou falando sem modéstia alguma, eu sou um bom pai.

Meus filhos herdaram características minhas que são essenciais para que eles caminhem rumo a seus objetivos.

A melhor delas… Sorrir, não sempre, não de tudo, até porque parafraseando os compositores de “amor pra recomeçar”: Não podemos esquecer que rir é bom, mas, rir de tudo é desespero.

Das demais características eu colocaria humildade, capacidade de servir, não que todos eles sejam cópias fiéis de mim, mas, os adjetivos vão se formando, os defeitos também.

Por fim, me vendo pai, abracei a ideia e me comprometi a ser leve, a ser o amigo, o que indica o melhor caminho, o que fala palavras duras e ao mesmo tempo alivia a jornada.

Tenho um carinho muito grande pelos meus filhos e eles sabem, mas, sabem também que eu sou “antiquado”, “metódico”, “sistemático”, falante.

Estou nesse caminho de ser pai, mas, volto e lembro noites em claro, sorrisos e choro, balanços e sonetos, viagens, brincadeiras, cantos e encantos.

Talvez eu seja o pai mais falante que exista, mas, também sou o pai mais romântico e amante, mais brincalhão e bobo, mais carinhoso e cheio de direcionamentos que indicam onde Jesus está.

Essa é Jhulia, a risonha, brincalhona, resenhista e emotiva, a pediatra da família.

Amo-a como quem ama a si mesmo, com a mesma intensidade e despreparo do pai que me torno todo dia.

Sobre a beleza de ser pai… Segunda parte.

Já falei antes que não me via sendo pai, eu continuo assim, o aprendizado que se colhe ao longo do caminho, é feito de cuidados, de carinho, amor, carões e dias indigestos.

Mas, isso faz parte do processo, não atoa essa tarefa vem abarcada de outras situações externas.

Saber lidar com isso é uma tarefa árdua e pensante, a medida que os filhos vão crescendo, nossa responsabilidade aumenta.

Nos vemos mais protetores, nos vemos mais cobradores, e a saga se repete, dia a dia, como se “chronos” nos fizesse reviver o mesmo dia, várias vezes.

Mas, passa, a ideia de juventude e de liberdade que a sociedade prega nem sempre é a que queremos para nossos filhos.

A inquietante dor que nos pega e nos sacode como um vendaval é somente o nosso corpo buscando formas de defender aquele filho.

Relativamente alinhado ao “nosso querer” estão as vontades deles, opostas nesse caso.

Como fazer, como indicar o caminho sem ser “chato”, antiquado e as vezes bravo? Como orientar no caminho que se deve andar, se ela já escolheu trilhar seus próprios caminhos.

Continua a tarefa, continua a peregrinação na busca do aprendizado que ser pai requer.

Ainda estou me remontando e criando expertises para ser o melhor pai, o melhor amigo, a melhor companhia, o melhor parceiro que um filho deve ter.

Essa é Mirla, de sorriso largo, mas, nem sempre pronto, de olhar discreto, reto é contraponto, ela é como ela é, a modelo da família.

P.S: Ela vai dizer que a foto não ficou boa.

Não abaixo a cabeça para ninguém. A história é minha.
Eu levanto do chão, do caixão, do que tentaram me enterrar.
Cada queda que me jogaram é combustível para a minha força.


Quem torceu contra vai engolir o próprio espanto.
Não há pressa, não há dó, não há perdão — só a minha verdade.
Eu existo, eu comando, eu destruo qualquer expectativa que tentou me definir.


O mundo pode gritar, pode tentar esmagar, mas eu sigo vivo, imbatível, meu tranco ninguém segura.


— Purificação

Não abaixo a cabeça. A história é minha.
O mundo pode virar contra mim, mas eu seguro o tranco, porque ninguém pode roubar o que já está gravado no meu peito.


Ninguém consegue bater em alguém para sempre.
E quando um morto levanta, o velório acaba.


Eu saio do caixão, eu cancelo o luto.
Quem apostou na minha queda vai ter que assistir meu recomeço.


Levanto. Respiro. E escrevo minha própria história.


— Purificação

Eu não quebrei. Eu floresci.
Cada queda me ensinou a levantar mais forte.
Cada sombra que passou me mostrou a luz que existe dentro de mim.
Eu sou força, sou resistência, sou crescimento.
Eu floresci mesmo onde parecia improvável
🌱 Minhas cicatrizes são sementes que viraram flores.
🔥 A dor me lapidou; a coragem me fez inteira.
💫 No silêncio da minha alma, encontrei meu renascimento.
🌻Não fui derrotado pelo caos; fui moldado pela vida.