Textos Fortes

Cerca de 1170 textos Fortes

⁠Das mulheres e seu legado

Das mulheres que sabemos
Fortes, guerreiras, resolutas
E num só tempo nos seus termos
Doces, suaves nas labutas
Da Paz, da liberdade, da alegria
Plantando a democracia
Na alma do nosso povo

Das Olgas, Elisas e Marias
Guardando seus camaradas
Clamando: para a guerra não irias
E enfrentando tantas fardas
Os algozes da liberdade
E sem temeridade
Os herdeiros do estado novo.

Das Clarices e Hildegardes
Que choraram por seus filhos
Pela dor e tantas saudades
Seguiram nos seus trilhos
Deixaram seu exemplo
Transformando num templo
Cada espaço da luta

A essas Mulheres saudamos
No dia do seu Congresso
Mulheres com quem junto lutamos
Pela Paz, liberdade e progresso
Guerreiras da Cidadania
Heroínas da Democracia
Merecedoras de todo sucesso!

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A Face Clara e Obscura da Clareza de Clarice.



Você tem paz Clarice?

-Nem pai nem mãe.

-Eu disse “paz”.

-Que estranho, pensei que tivesse dito “pais”.

Estava pensando em minha mãe alguns segundos antes.

Pensei - mamãe - e então não ouvi mais nada.

Paz?

Quem é que tem?

(Clarice Lispector)

....

Na sequência desta e outras Clarices, hoje, está claro no escuro de tempo sobrio aqui e acolá, eu ,cá comigo, penso na guerra e na Pátria Mãe, no País que não sinto que tenho, já nem irmãos se entendem igual no futebol, na política, na religião e se mata em nome de Deus que inexiste como um Muda.

Por isso, não se respeita a cor da pele e as adversidades da sociedade do consumo, não penso, logo existo!

A moral,está na cabeça e não no bolso ou entre o vão das pernas, é a liberdade no voto consciente.

Outro lembra do sonho, que não acabou, de construir um País que se faz de Homens e Livros.

Não passarão!

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⁠A Verdade é uma Mentira


Pensamento imagético, é aquele pensamento dogmático, é uma espécie de mistura meio atônica entre a liberdade de pensar, liberdade de criar conceitos de fazer filosofia, porque quem faz filosofia, cria conceito. O que seria de Platão sem o conceito de ideia, não precisar estar de acordo com Platão, entretanto, Platão é filósofo porque criou conceitos e eu não tenho que estar de acordo e isso é próprio do filósofo.
Não criar conceitos é algo dos teólogos, porque eles possuem a fé como muleta. Para o filósofo, o pensamento é órfão, ele vive no orfanato do pensamento total, porque ele não tem absolutamente, essa ideia de se agarrar em algo que vai lhe oferecer uma promessa de verdade - verdadeira. O filósofo, sempre trabalha com a verdade que não suporta a relação com a realidade, a verdade é o imaginário enganador que atua como inibidor de pensar, e esse é o pensamento imagético que está pronto.
Então, o que é a verdade? Um exército móvel de metáforas, metonímias, antropomorfismos, numa palavra uma soma de relações humanas que foram poéticas e retoricamente intensificadas, transpostas e adornadas. Após uma longa utilização, aparecem a um povo, fixas, canônicas e vinculativas. As verdades são ilusões que foram esquecidas enquanto tais, metáforas que foram gastas e ficaram esvaziadas de seus sentidos, moedas que perderam o seu cunho e que agora são consideradas já, não como moedas, mas como metal.
A verdade, portanto, é uma invenção, ela não existe. A verdade, é uma grande mentira.

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O Impetuoso Eterno Retorno


Após anos tentando entender a generosidade de minha atitude, ⁠a interpretação do Übermensch é por demais generosa. Nunca consegui enxergar esta construção de Nietzsche, que na minha opinião, é apenas estética sem nenhum valor ético como um ser feliz, um ser satisfeito consigo próprio. Zaratustra gasta tanto tempo em críticas aos outros que, só resta uma sensação de estar lendo o texto de alguém frustrado com a existência. Um inimigo da vida real que propõe que a existência desejável é algo inatingível pelo homem.
Quando Nietzsche propõe o teste do retorno em Gaia Ciência, parece que propôs algo tão insólito como a contemplação suicida de alguns monges quando buscam para atingir o Nirvana através do jejum infinito. O eterno retorno, não é apenas impraticável, é indesejável.
Não sou especialmente sartreano, mas como eu poderia esperar ser livre num contexto de perfeição das ações. Penso que o erro e o arrependimento façam parte das nossas bençãos. São uma parte fundamental da mudança e a mudança é o desejável. O caminho tortuoso é verdadeiramente o Nirvana possível e desejável.
Atingir a meta, chegar ao fim do caminho é o inferno, ser o super-homem, viver de acordo com o eterno retorno é a morte. É o fim da aventura humana de erros, acertos, delícias e arrependimentos, amargores e doçuras. Não almejo o tempo para vivê-lo numa espécie de plenitude utópica. Sou um adorador do tempo em todas as suas dores e sobretudo na sua inconsistência tão fluida.
Como eu poderia respeitar o despautério de desejar uma vida perfeita, tão perfeita que, não mais se quisesse mudar uma nota em sua existência. O Super-homem está morto, pela própria definição do seu criador.

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O Saber como Physis

⁠No final das contas, só a sabedoria resiste, somos meios para que o conhecimento se propague, mas é que, dentre inúmeros seres, são poucos os que são realmente “brilhantes” a ponto de o conhecimento dar um salto enorme de uma só vez. Como dizia Parmênides que era um filósofo grego e pré-socrático, que eram os estudiosos da physis (a natureza), aquilo que é natural, que ia em contraposição ao sobre naturalismo vigente. O primeiro filósofo foi Tales de Mileto. Tales acreditava que a primeira substância era a água, a água era a origem única de todas as coisas. Voltando a à Parmênides :Os que dormem, têm um universo em particular, mas o que velam, habitam um mundo incomum.

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Entre Galhos Verdes

⁠O preço de qualquer coisa, é a quantidade de vida que você troca por isso. Quando a dor de não estar vivendo for maior que o medo da mudança, a pessoa muda. Para onde o pensamento vai, quando ele é esquecido?
Coragem é a resistência ao medo, domínio do medo, e não a ausência de medo.Qual seria a sua idade se não soubesse quantos anos tem?
Estou morrendo sem estar doente, estou morrendo de uma existência fria demais para resistir.

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⁠O Mito de Sísifo

Segundo Camus, o suicídio é o único problema filosófico. Muitos visualizam no suicídio, somente uma maneira de conseguir o que almejam, a saber, extirpar o absurdo da existência. Então, provavelmente, ou é um pico de angústia muito alto, aliado a essa não subjetivação ou um pico, uma angústia contínua e perene que vive como ruído. É um pico de sofrimento tão alto e com pouco recurso para simbolizar esse sofrimento, você tem como defesa, desafetar, ficar em uma lógica um pouco cool, sendo mais da metade Blasé, sendo expert em defesas desinfetantes ou maníacas, indo ao movimento do consumo e se entretém e, quando você entra no olho do furação e enxerga sua própria vida, história, você mesmo não tem recurso, não tem pensamento, não tem formação psíquica, não possuindo conteúdo mental, verbal, simbólico, físico, sem linguagem, potencialidade, se ausentando da inteligência psíquica, cognitiva, para fazer face à vida, e se extingue o conhecimento e a consciência. É muito mais como uma defesa para uma angústia, para um afeto muito avassalador do que uma decisão de que está bom para mim.

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O Assuntá de Assentados

⁠Um
Gostoso
De
Se sentir
Bem

Manhãs
De domingo
Na pracinha

Turma
De sempre
Reunida

Alí

Assentados
No degrau
Da porta
De aço

Um
Encostar
De corpos

Divina
Sensualidade
Contida

Céus
E terra
Se
Fundindo

Secretos
Amores
Nem tanto...

Tempos
De adolescentes
De
Outros tempos

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Descarrilhado


⁠Natureza
Pra ser
Natureza

Precisa
De quatro
Estação

Trem de ferro
Esse trem

Só de uma
Só uma
E tá bão

Café com pão
Café com pão
Café com pão

Muita força
Muita força
Muita força

Vou depressa
Vou correndo
Que só levo
Pouca gente

Pouca gente
Pouca gente
Pouca gente...

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Solidão Aristotélica


Armei minha solidão
Pra me defender
Do pecado da existência

Sem suprimentos
Matei-me com um sorriso
Morto pendurado de esperança

Fui acusado de ilusão
Meu Paradoxismo
Era muito radical

No final do meu surto
Ninguém sabia dizer
Se fui bom, ou era mau

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⁠Assintomático Hipocondríaco


Mudei para o azul
Talvez para o idiocromático
Não lembro se antes era vermelho
Da cor do meu inexistente

Cabe ao tempo verdejante
Cabe ao viajante
Definir o tom da letra
Que já não era mais preta
De fundo branco

Nem violeta
Era sustenido
Singelo
Mas Franco

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Silêncios


⁠Agora dei-me
Valei-me

À ter pena de mim
À sonhar sem dormir
E a andar
Como se fosse outro

Agora sei
Sei que fugi

E agora é
O que é
Mas não é

E já não sabe o que quer
E morrer na maré

Pois é
O que é mas não é
E já não sabe o que quer
E quer morrer na maré

Pois é

Se você vive à toa

E de tanto buscar sentido
Fiquei sem sentidos
Sentido
Senti
Sem ti
Sem mim

Sem os silêncios interiores necessários

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Vocês não são tão gordos quanto imaginam



⁠Leiam todo as indicações, mesmo que não a sigam, não leiam revistas de beleza, porque a única coisa que elas fazem é mostrar vocês, como pessoas feias.
A gente tem que entender que amigos vão e vêm, mas que alguns deles são preciosos e que temos que guarda-los com carinho.
Trabalhar duro para transpor os obstáculos geográficos da vida, porquê quanto mais a gente envelhece, tanto mais precisamos das pessoas que nos conheceram na juventude.
More na Capital, mas mudem-se antes que a cidade lhes endureça.
More no interior, mas mudem-se antes que vocês se amoleçam.
Viagem, aceitem certas verdades eternas.
Os preços sempre vão subir.
Os políticos são todos mulherengos.
Vocês também vão envelhecer, e quando envelhecerem, vão fantasiar que quando eram jovens tudo era mais barato, os políticos eram nobres, nobres de alma, e as crianças respeitavam os mais velhos.
Respeitem as pessoas mais velhas, não espere apoio de ninguém, talvez vocês se aposentem, talvez se casem com alguém muito rico, mas não sabem quando um ou outro vai morrer.

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O Homem se fez e se faz no trabalho, desde quando um aleijão mudou para o lado o artelho, e conseguiu a pegada na pedra, alavanca, martelo, machado, faca e o pincel para fazer a casa, plantio ou colheita, e a pintura e escultura na arte, e tirar o som das notas músicas nos instrumentos de percussão, sopro e corda.

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Pinochet e Nietzsche

⁠As ideologias dominantes são as ideologias das classes dominantes. Quem fica sofrendo por falta do bem comum, são idiotas para proteção e expansão do capital predatório implantado por Pinochet. Nietzsche, retoma este tema na suaGenealogia da Moral; o rebanho é conduzido pelo pastor. O rebanho não questiona o pastor, na verdade, ele nem mesmo sabe sobre o que o pastor fala, apenas segue o caminho previamente traçado por este. Nietzsche a chamará de moral do rebanho. Obviamente, o ponto trabalhado por ele não é a maioridade e sim a moralidade. Enfim, pela formação fenomenológica existencial já sabe às direções da massa. Sabia que seria neutralizado esforços da esquerda chilena depois de terem primeiramente embrutecido seu gado doméstico e preservado cuidadosamente essas tranquilas criaturas a fim de não ousarem dar um passo fora do carrinho para aprender a andar, no qual as encerraram, mostram-lhes, em seguida, o perigo que as ameaça se tentarem andar sozinha.

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⁠⁠Abhyasa e Vairagya

Todos estes objetos da mente são apenas projeções. Somente quando você parar a projeção é que será feliz. Quando a projeção termina, então, apenas a tela permanece e essatela é a mesma, antes, durante e após as projeções.
Quando a mente para, não há projeção, este é o estado de felicidade.

Prática e Desapego

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De onde vem os pensamentos?

⁠Quando você imagina, você está construindo imagens e todas as imagens pertencem ao passado. Não se recolha ao passado e não aspire a qualquer futuro. Então a imaginação se vai, e ela não se permanece mais na mente. Os objetos dos diálogos internos, são apenas memórias.

Inserida por samuelfortes

O Poeta Lúdico e o Louco

Na insegurança
Das decisões
A angústia
Da ansiedade

Na incerteza
Do que está
Por vir
O temor

Onde
O tempo
Livre
De toda
Matéria
De que
São feitos
Os medos?

Quando
O tempo
De realizar
O que
Se aspira?

De recusar-se
A morrer
Sem ter
Vivido?

Que dizer
Da ética
Do agir
Sujeita
À ação
Da violência?

À tragédia
Do desamparo?

À submissão
Da incompetência?

À catástrofe
Do terrorismo?

À dramaticidade
Da tortura?

Ao sofrimento
Da descompaixão?

À insensibilidade
Da ambiguidade?

À tristeza
Que emudece?

À arrogância
Que asfixia?

Às esperanças
Frustradas?

Aos fantasmas
Dos medos?

Nada
Mais aterrador
Que cristalizar-se
Num estado
De maturidade!

No rescaldo
A sensação
De diluição
De algo
Imprescindível

Por vezes
A loucura
Só é lúdica
À distância!

Inserida por samuelfortes

⁠Mudez

Mudo, mas não mudo muito
⁠Na esquina da cortina ao alto mar
Me vejo
Desejo de ser e tocar de vidro frio

Do horizonte cheio de montes baixos
Desembrulhar-me e ser eu
E raspar a tinta
Como os que me pintaram os sentidos

Nas grandes cidades
A vida é mais pequena
Na cidade, as grandes casas fecham
A vista e à chave
E as flores são cor da sombra

E tornam-nos pobres,
Porquê a nossa única riqueza
É ver.

Inserida por samuelfortes

⁠Processos e Minutas


Como passou depressa o tempo
Como mudou a poesia
Uma gota de chuva
A mais,e o ventre grávido
Estremeceu a terra.

Depois foi só. O amor era mais nada
Sentiu-se pobre e triste como Jó
Um cão, sarnento e de rua
Mas não de todas as ruas

Veio lamber-lhe a mão
Espantado, parou.
Depois foi só

Inserida por samuelfortes

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