Textos Escritos por Paulo Mendes Campos
Antes de julgarmos o outro pelo nosso senso crítico temos que pensar se não estamos sendo ignorantes pela nossa rigidez em imaginar que o nosso conhecimento se aplica a tudo e a todos. Pois, quando agimos assim- na ignorância da rigidez- somos incapazes de tentar compreender as nossas próprias limitações humanas e por consequência a do próximo.
Nós, seres humanos, seremos sempre um processo de continuidade, nunca seremos absolutos. Portanto, ao exercermos o nosso senso crítico sobre o outro é preciso termos a humildade em crescermos a partir do nosso julgamento. Toda vez que tentamos exercer o nosso julgamento sobre o outro, sob o enfoque de ostentar competitividade e conhecimentos, estaremos sendo apenas um arrogante e maçante.
Uma política externa sustentável corresponde a ações políticas, voltadas às relações interestatais e transnacionais, pautadas na prudência e na cooperação, e que limitam o exercício do poder, com fulcro na formulação e no cumprimento de uma agenda integrada, segura e intertemporalmente direcionada a efetividade dos interesses intraestatais.
Eu creio em boas novas! Creio na Bonanza após vendavais. Creio na resiliência que nos faz acreditar e recomeçar. Creio no amor fraterno que nos faz acreditar no homem, apesar de tantos revezes. Hoje o brilho do sol é mais intenso aos nossos olhos, e que possamos ver esse brilho em qualquer situação, haja o que houver. Que essa semente plantada em nós chamada fé, possa nos dar sempre coragem para seguir em frente, transformando o que for ruim, em gratidão! Feliz VIDA NOVA e que seja abençoada pra todos nós!
Acredito muito na construção do nosso respeito e amor-próprio antes de deixar alguém acessar a nossa vida, bem como antes de ousarmos estar na vida do outro. É necessário termos prudências em nossas escolhas. Ocorre que, muitas das vezes centralizamos em excesso o nosso amor-próprio, logo, por um descuido, ficamos racionais e perdemos um pouco da nossa flexibilidade em se doar para o próximo. Por isso, as vezes, não achamos critérios suficientes no outro que possa nos agradar e isso gera em nós o perfeccionismo e por consequência a intolerância. Diante disso, corremos o risco de cultuarmos o nosso egocentrismo e de criarmos um escudo emocional em nome do amor-próprio. É preciso entender que o amor ao próximo passa pela nossa compreensão de sabermos que todos nós somos dotados de imperfeições e que amar também é se doar e correr riscos. Permita-se.
Cuidar do nosso tempo também tem a ver com amor próprio. E, amor é respeito e respeito é amor. Quantas vezes nós nos desrespeitamos vadiando por aí sem um destino a seguir? Desrespeitamos o nosso tempo... o tempo de plantar, o tempo de crescer e o tempo de dar frutos. Não cuidar do nosso tempo é flagrante ofensa ao nosso amor próprio.
Nem sempre o que vivemos agitadamente tem o condão de sustentar uma alegria sólida a fim de gerar um conforto em nossa alma. Será que estamos cuidando do processo da lucidez em nossas vidas? Ou, será que estamos vivendo paliativamente e cegamente para ter sensações de alegrias momentâneas? A propósito, tudo é permitido, mas nem tudo é oportuno. Tudo é permitido, mas nem tudo edifica.
Mas são as palavras que possibilitam sua evolução a ações cotidianas. São as palavras que autorizam, moralmente, a prática da exclusão. Basta colocá-la em circulação por meio de decretos, resoluções, leis que elas se tornam para o burocrata especifico seu método de organização.
Tanto os sonhos precisam de interpretações segundo as construções culturais e o envolvimento social do analisado, quando suas formas de resistência. A resistência, ou melhor dizendo, as resistências, são formas de negar a busca por uma possível “cura” de si. Uma forma de bloquear a análise que, de certo modo, vê nesse mecanismo, um objeto a ser analisado.
A nomenclatura “surdez” tem sido aplicada de modo errôneo, ou como dispositivo de poder, durante décadas. A pessoa surda, não sofre e nunca sofreu de surdez. Essa proposição médica é uma forma de tornar a identidade surda como algo de origem patológico. Uma interpretação biológica sobre a formação e comportamento das pessoas surdas.
Enquanto governantes e Estados estiverem negociando economicamente o elixir da vida – a vacina – o vírus continuará se alterando, desenvolvendo outras cepas, fragilizando o conhecimento humano. Enquanto o ser humano se preocupar com seu status de ter por meio da dor alheia, ele mesmo será derrotado pelos ensinamentos do universo até que compreenda a sua pequenez humana.
Ouvir as dores dos outros nos faz entender que nossas feridas não são únicas. Olhai o que sangra na pele alheia e oferece medicação para a alma. Seu abraço pode curar o que lateja. Cristo ensina o princípio da caridade. Isso, também, fez irmã Dulce e tantos outros e outras. Olhai o teu irmão e lhe ofereça a simplicidade do olhar carinhoso.
a invenção da creche como meio de expansão da mulher e suas conquistas, pode ser uma falácia que precisa de atenção porque embora se tenha um espaço de acolhimento para com seus filhos, a manutenção da maternidade como que “realização do sonho feminino” se mantém como uma obrigação na sociedade ocidental
A creche, ao ser analisada tendo como base o pensamento de Wallon, anula as lembranças dos cuidados familiares na infância e os recoloca no território da instituição. O cuidado e a educação oferecidos pela creche são terceirizados. O afeto, na primeira infância, foi delegado a outras pessoas.
Quando os primeiros afetos se tornam terceirizados o sentido do amor, da responsabilidade e da saudade, também se alteram. No espiritismo e no espiritualismo isso é pensado como “lei do retorno”; no cristianismo, como pagamento de pecado e/ou castigo de Deus para correção da conduta, ateus poderão entender os fatos como destino circunstancial, probabilidade. Seja por meio do pensamento de um, seja por meio do pensamento de outro, o que fizermos hoje, provocará reflexos no amanhã. Mais uma vez retomo a idéia já apresentada anteriormente: não é possível esperar que nasça de uma semente de jaca um pé de laranja.
aquilo que escraviza não pode ser entendido como amor, mas como a paixão latente que captura toda autonomia própria e constitutiva do ser humano. Por isso, é preciso cuidar para que as tecnologias não tornem as existências obsoletas, síndrome da paixão pelo eletrônico, fim da relação de amor e afetos positivos
Atitudes e palavras são sempre a representação dos valores existentes na subjetividade de cada pessoa. Não cobre afeto ou sentimentos de quem é oco ou razo. A dor existencial dessas pessoas as faz acreditar que são auto-suficientes. No fundo do oco que as habita, o que reverbera é o abismo do medo. Apenas acolha e sinta compaixão.
A dor é uma experiência de desequilíbrio ao mesmo tempo que uma manifestação do universo mostrando a fragilidade humana. Todas as pessoas chegam à vida, quando por meio de parto natural, por um ato de dor. A mãe que espreme seu filho, que abre seu útero, que dilata sua genitália, trás ao mundo uma nova esperança de humanidade. O parto, sem interferência farmacológica, é um ato de dor cujo amor se revela pelo desavio de suportá-la. O parto é um ato de fragilidade.
A paixão faz a pessoa parar de comer, dormis trabalhar, estar em paz. Muita gente
fica assustada porque, quando aparece, derruba todas as coisas velhas que encontra.
Ninguém quer desorganizar seu mundo. Por isso, muita gente consegue controlar esta
ameaça, e são capazes de manter de pé uma casa ou uma estrutura que já está podre. São os
engenheiros das coisas superadas.
Outras pessoas pensam exatamente o contrário: entregam- se sem pensar, esperando
encontrar na paixão as soluções para todos os seus problemas. Colocam na outra pessoa
toda a responsabilidade por sua felicidade, e toda culpa por sua possível infelicidade. Estão
sempre eufóricas porque algo de maravilhoso aconteceu, ou deprimidas porque algo que
não esperavam terminou destruindo tudo.
Afastar-se da paixão, ou entregar-se cegamente a ela - qual destas duas atitudes é a
menos destruidora?
Não sei.
(Onze Minutos)
- Em vez de comprar- lhe algo que você gostaria de ter, estou lhe dando algo que é
meu, realmente meu. Um presente. Um sinal de respeito pela pessoa diante de mim,
pedindo que ela compreenda o quanto é importante estar ao seu lado. Agora ela tem
consigo uma pequena parte de mim mesma, que entreguei de livre e espontânea vontade.
Ralf levantou-se, foi até a estante e voltou com um objeto.
Estendeu-o para Maria:
- Este é um vagão de um trem elétrico que eu tinha quando era menino. Não tinha
autorização para brincar com ele sozinho, porque meu pai dizia que era caro, importado dos
Estados Unidos. Então, só me restava esperar que ele tivesse vontade de montar o trem no
meio da sala, mas geralmente ele passava os domingos escutando ópera. Por isso, o trem
sobreviveu à minha infância, mas não me deu nenhuma alegria. Lá em cima tenho guardado
todos os trilhos, a locomotiva, as casas, até mesmo 0 manual; porque eu tinha um trem que
não era meu, com o qual eu não brincava.
"Oxalá tivesse sido destruído como todos os outros brinquedos que ganhei e de que
nem me lembro, porque esta paixão de destruir faz parte da maneira como a criança
descobre o mundo. Mas este trem intacto me lembra sempre uma parte da minha infância
que eu não vivi, porque era preciosa demais, ou trabalhosa demais para o meu pai. Ou
talvez porque, cada vez que montava o trem, tivesse medo de demonstrar seu amor por
mim."
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp