Textos Escritos por Arnaldo Jabor
Banhando esse corpo tosco
Elevei meus pensamentos ao longe,
A momentos recentes desse dia de hoje.
Agora entendi, eu te conhecia
antes mesmo de te conhecer.
Num sonho me apareceu.
E agora se revelando tudo de bom
Que há em você.
Posso entender o sonho que um dia morreu
Eu te sabia antes de te ver.
Eu te conhecia antes de te conhecer.
E eu te descobri agora, desse sonho que eu sonhei.
Então entro em detalhes
Deixo poucas linhas para eternizar esse momento.
Então tremendo por dentro
Posso verbalizar esse inútil sentimento
Que é sonhar sem ter como acordar
E sonhar sem poder dormir.
Vistes a mim,vieste até nós
Num dia inesperado e evasivo.
Tua mão forte,deixou marcada minha alma,
Na hora,a tua força de espírito.
Um misto de homem e menino...
Que não quero e nem ouso sentir.
Pois tenho meus medos tatuados na alma,
Cansada de tanto fugir.
Dessa minha alma surrada e vazia.
Tampouco te diria palavras pra te convencer
Do que não existe mais em mim!
Então entro em detalhes;
Me sentindo normal...
Tentei encarar teu olhar peculiar
E fiquei dividido,sem saber pra onde olhava,
Se teus olhos ou teu sorriso.
Que é só teu.
Tão infinitamente lindo.
Calei-me um pouco acanhado por ser eu.
Por não te conhecer em nada.
Nada além daquele minuto ali.
Mas devagar fui descobrindo
Teu encanto particular.
Na seqüência dessa vida torpe,
Cheia de problemas,não quero romance,
Mas te desejei só de te olhar.
Um bálsamo benigno,suave e efusivo,
Diante de tudo isso em que me encontro.
Sem querer estar.
E quase fui convencido a seguir teus caminhos.
E perder algumas horas pra passear.
Um convite perfeito,um dia azul e lindo,
Onde minha alma precisava flutuar.
Fui mais forte,ouvi meu corpo falar mais alto
e saindo da tua presença,
Fui pro meu mundo descansar.
Só que nesse caminho,sôfrego e vazio
Entre tantos pensamentos martelava na mente,
Teu sorriso e teu olhar,infinitamente lindos!
Se fosse antes me culparia pelo sim e pelo não.
Teria perdido os sentidos ou resguardado a razão,
Porque sempre fui assim.
Hoje esse velho homem,que a dor consome
Não se preocupa,se isenta de culpa
E inventa desculpas pra ficar num mundo particular.
Mas a verdade é que o coração que bate
Não resiste a detalhes que os olhos podem contemplar.
Nada é por acaso.
Pelo sim e pelo não
O cheio e o vazio...
Não me dou antigas esperanças,não sou mais o mesmo.
Sigo o meu caminho.
Mas enfim,posso dizer
Que jamais vou esquecer o que interessa
Só pra mim.
Jamais vou esquecer teu olhar encantador,
Teu rendengue sedutor,teu jeito que é só teu.
Teu sorriso infinitamente lindo
Por fim posso dizer;
Minhas mãos não tocarão o céu.
Nunca fui paladino.
Peço aos céus que me mostrem a refutação
Mesmo que não saibam a resposta
E que nada tente me frustrar
Sim é necessário grandeza no coração
Para fazê-lo brotar
Porque o que penso é derriço
E o que respiro é diligência
Postulo que releve minha loucura
Pois meu coração é amor
E minha razão também
Nossa relação com o tempo é uma luta
e nossa luta pela sobrevivência,
é mais o medo do que irão pensar
se não acompanharmos
o sucesso material dos outros,
que achamos ter relação com o Atemporal,
na medida em que imaginamos um deus servo,
que cede às nossas chantagens,
acata nossas promessas e elogios,
compreende nossa ambição,
e se compadece com essas lágrimas de um "coitadinho".
Felicidade é algo que você decide por princípio...
Se eu vou gostar ou não do que Deus prepara pra mim neste dia, não depende de como isto vai me aparecer com o passar das horas...
Vai depender de como eu preparo minha expectativa...
E eu já decidi que vou adorar...
É uma decisão que tomo todo dia quando acordo...
Entender
que a mente
é como a casa
e perceber
que quem
desarruma
a casa
sou eu mesmo
e ir mais longe
aplicando
o flagrante
no desarrumador
é assim que um
homem
elimina a
sabotagem
e cessa
o sofrimento
até aí tudo bem
mas a questão é (:)
persistirei
nesta prática
(?)
O NÃO
Hoje,
Eu recebi um não
Que não veio em cartão
Um não com gosto de Maria
Um sol que não saiu
Uma lua que não brilhou
Hoje,
Eu recebi um não
Que não veio em papel de pão
Um som silenciado
Uma sinfonia desafinada
Hoje,
Eu recebi o maior não do mundo
Um não com gosto de nada
E tudo enquanto...
E era um não mortal
Com velas de adeus
E flores de nunca mais...
Hoje,
Eu recebi um não por E-mail,
Um não codificado,
Um não teleguiado,
Um não de assassinar coração
Hoje,
Eu deitei com um não
Velei o sono do desgosto
E da solidão de amar em vão
Hoje,
Sou vítima de um não
Um não familiar
Um não de diferença de idade
Um não da falsa moral social
Um não covarde
Um não de desamor...
Lápis, caderno, chiclete, peão
Sol, bicicleta, skate, calção
Esconderijo, avião, correria,
Tambor, gritaria, jardim, confusão
Bola, pelúcia, merenda, crayon
Banho de rio, banho de mar,
Pula sela, bombom
Tanque de areia, gnomo, sereia,
Pirata, baleia, manteiga no pão
Giz, merthiolate, band aid, sabão
Tênis, cadarço, almofada, colchão
Quebra-cabeça, boneca, peteca,
Botão. pega-pega, papel papelão
Criança não trabalha
Criança dá trabalho
Criança não trabalha
Firme sua esperança em Deus
Para sua esperança crescer, você precisa ter um bom alicerce. Qual é o melhor alicerce? Dinheiro? Família? Carreira? Saúde? Todas essas coisas podem falhar. O único alicerce firme é Deus. Deus nunca falha. Ele é eterno, todo-poderoso e tem um bom plano para sua vida.
Quando você não vê solução, ponha sua esperança em Deus. Se sente que a sua esperança está diminuindo, peça a Deus que te encha de fé, amor, alegria e paz, em Jesus Cristo! É Ele a nossa firme esperança.
MULHERES MOÇAMBICANAS
Quero desde já, endereçar as minhas felicitações ímpares a todas mulheres Moçambicanas.
Valho-me do ensejo para referenciar que: vocês são figuras destacáveis e imprescindíveis não apenas na administração de um "Homem" , ou de um Lar, mas também na política inclusiva face a consolidação do desenvolvimento do nosso belo Moçambique!
Feliz dia 7 de Abril!
Chinemero
Eu notei que
as pessoas humildes sem dinheiro,
nunca respeitam as pessoas humildes
(com ou sem dinheiro).
No entanto, as primeiras se apressam em puxar o saco
das pessoas não-humildes
(tendo essas dinheiro, ou apenas se fazendo passar por ricas)
(ao contrário do rico humilde
que não importa em parecer-se pobre).
Concluí que:
as pessoas humildes , sejam ricas, sejam pobres, são sábias;
que as pessoas não-humildes, (pobres ou ricas) são tolas
e que as pessoas pobres bajuladoras dos ricos
(ou dos falsos ricos)
não são verdadeiramente humildes,
mas sim ingênuas, (para não dizer, tolas).
Cansei…
Ou, melhor, quero cansar… Cansar definidamente de te querer. Cansar de te esperar. Cansar de aceitar as tuas horas. Cansar de estar aqui, a todo instante, a te esperar. Quero cansar de acreditar que seremos nós um dia. Quero cansar de pensar que um dia te darei o troco. Quero cansar de pensar diariamente em te ver querer voltar. Quero cansar. Quero cansar de criar falsos esquecimentos. Quero apenas um dia dizer que antes de cansar eu tentei me iludir não estando cansado.
RECADO AO UNIVERSO
Eu quero viver contigo
na praia ou no campo,
pelo resto da vida.
Ah! eu quero tanto!
Faremos os nossos pratos
vegetarianos, plantaremos flores
e morangos, limparemos
carinhosamente o nosso recanto.
Eu quero despertar
e te acordar com beijos e
lhe servir a salada de frutas,
para dizer no teu ouvido,
veja: a cortina romântica
de rendas, alega que o Sol
está carente e quer ser elogiado.
Então, na praia deserta,
vou cobrir os teus pés
com os búzios que viajaram tanto.
Só então beijarei teus delicados tendões.
Ao meio dia
após um banho refrescante,
te matarei de rir,
mordendo-te as ancas rosadas pelo Sol,
e no restante da tarde, após
ter avermelhado suas coxas divinas
com mordidas mil,
vou surfar em suas costas
no entanto, se quiseres, eu serei
a prancha e, serão tantas
as ondas, que adentraremos
vivos no paraíso, como
o êxtase do surfista que fez um "tubo".
Mas consequentemente
chocados pelo impacto da luz
e do sopro de vento,
seremos arremessados,
desfalecidos no nosso leito.
Por sorte nossos enormes cães,
farão sentinela,
para que tenhamos um
sono bem merecido,
até o Sol se despedir satisfeito.
Eu estou ligado a você pelo ar
O ar está ligado ao ar de todo lugar
Dentro ou fora da roupa dos pulmões
Ares ventam para mais canções
Onde quer que eu esteja, onde quer que você esteja
Onde quer que eu esteja, onde quer que você esteja
Eu estou ligado a você pelo som
Que escutamos antes do sono
Mesmo que entre nós haja um saara
Ou uma baía de guanabara
Mesmo que entre nós haja um saara
Ou uma baía de guanabara
Onde quer que eu esteja, onde quer que você esteja
XX - As Conquistas
Tu és amante do amor e da paz não és guerreiro!
Mas não quebrarão jamais o teu espírito altaneiro
Brasil 500 mil - Hoje e sempre luta pelo teu ideal
Há uma luz que ilumina o teu caminho
O teu destino não dependerá de força estranha
Brasil do ano 2 mil - 3 mil - 4 mil
Brasil 500 mil
Brasil de encantos mil
Hoje e sempre
Hão de te contemplar
Declamando o verbo amar
" Eu te amo meu Brasil
Eu te amo"...
Sai da nostalgia
Verte a lágrima da alegria
Nunca antes havia morrido tanta gente famosa e importante, como vem acontecendo nesses últimos três anos. Desde 2019, antes mesmo da pandemia, a morte acontece entre famosos como nunca antes havia acontecido, uma atrás da outra.
Outro dia foi Boechat, Cristiana Lôbo... hj foi Arnaldo Jabour, fiquei sabendo só agora, por acaso.
Pessoas intelectualmente bem dotadas, conscientes, e sensíveis, saindo de cena... Parece um ciclo se fechando... Isso dá uma sensação de orfandade, insegurança e abandono...
Quem serão seus sucessores daqui a cinquenta anos?
Diante desse quadro sombrio e desolador em que vivemos, crises, caos, incertezas, e decadência generalizada, haverá sucessores à altura deles, ou melhores que os melhores cérebros do mundo de hj, em 2072?
Assim mesmo, como um verbo, poesie-se. A poesia salva o dia, salva a alma, salva a vida. Mas olha só, poesia não é só falar de amor, poesia também é realidade, ativismo, poesia é liberdade. Poesia escancara, denuncia, fala da dura realidade. Poesia também é luta, é coragem, é força, mas também sensibilidade.
Poesia é a cura para uma sociedade doente que não sabe amar. Poesia é gritar, é cantar, é rimar, poesia é batalhar. Poesia é diálogo, é acordo, poesia é paz. Poesie-se.
Todo mundo já ouviu dizer que gentileza gera gentileza e é verdade. Às vezes não de primeira, mas sempre vão se render. Talvez no calor do momento, na raiva, na ansiedade, nem sempre tu consegue ser gentil, mas independente do estresse que tu tens enfrentado, não seja cruel. Ser gentil é tão chique e, olha só, nunca sai de moda.
Gentileza traz paz para o coração, gentileza gera amor. Paz e amor é tudo que precisamos.
Quando eu morrer
Por mais que venha me doer
E eu tenha que gemer
Espero que o fim não venha surpreender.
Pois antes quero me arrepender
Subir e a Deus ver
Não descer.
Quando eu morrer
Não quero tristeza nem sofrer
E sim que façam chover
Lagrimas de lembranças pelo meu feliz viver.
Mas que minha morte venha ser
Mais um motivo pra seguir e vencer.
Quando um dia eu for
Que meu objetos energizados de amor
Quero que cuidem com o mesmo valor.
Pois já que não os posso levar
Que boas recordações deem quando desempoeirar.
Quando um dia eu for
Espero não deixar rancor
Espero que saibam perdoar.
Sei que nunca fui um bom cantor
Mas que herdem meu dom de emanar
E os males e dor, cantar até espantar
Conexões
A música sempre foi uma ponte entre o sentir e o estar, e, através dela foram criadas artes inigualáveis, dilaceráveis e genuínas, assim como os poemas e sonetos.
Os maiores musicistas e escritores surgiram através da dor, o que é trágico ou não, porque através dela as conexão surgem, dando origem a novas histórias.
Considero que os poemas e livros surgiram de uma mente em dilúvio e para não estrugir, nasceram os desabafos e as narrativas.
Quando caminho conectada com o meu eu, observo o que passa despercebido a olho nú, para enxergar além é necessário pausar, observar e apreciar os detalhes. Nos detalhes estão as histórias, as conexões, o amor, a dor, a saudade, as lembranças e a vida.
Caminhando agora pela Vila de Trindade observo os pescadores, eles adentram no mar com uma barco a vela, e param em um ponto específico, por vezes conversam e por vezes colocam a mão na infinitude do mar e é visível a conexão que coexistem entre eles.
Embaixo de uma árvore vejo um casal, eles sorriem e conversam, mas não sinto que estão conectados, estão presentes em tempo e espaço, mas, não estão entregues ao agora. Em outro ponto específico está uma criança que transcende a existência do ser e sentir, ela fecha os olhos, gira e gira, olha para o céu deixando os raios solares tocarem a sua pele, sorri e vai até o mar, com as mãos em conchas ela pega a espuma e assopra, ela lembra a minha criança interna que convive comigo até os dias atuais, a minha vontade era de gritar e dizer: põe uma música para eternizar esse momento em forma de memória afetiva, porém, percebi que o canto dos pássaros eram os acordes e o bater das ondas eram as notas.
A noite a comunidade do vilarejo acende as luzes coloridas, as árvores servem de suporte, as pedras que ficam longe das árvores ganham uma fogueira de enfeite, aqui há muitas luzes, mas a lua e as estrelas continuam sendo as protagonistas.
Com a marguerita na mão e com a música O destino não quis - de Maneva, passo uma lupa nos acontecimentos que estão surgindo, observo três pessoas, e ali já detectei um sinal alerta, por um instante sinto pena deles, estão perdidos, e o se encontrar é complexo. Algum cidadão poderia avisar para o moço de sorriso largo e olhar triste sair dali, ele vai destruir o que resta de seu coração, nem todo estudo em comportamento humano - me fez compreender o porquê alguns seres humanos insistem em mutilar-se. A vida é como trem, passa em alta velocidade, não vale a pena vegetar, você não merece ser o anti-herói dessa história, espero que você consiga se encontrar e colar os seus pedaços quando tudo isso terminar.
O caminho para a cura
A primeira vez que tive o infortúnio de encontrar o caos em meu caminho, foi devastador.
Lembro que olhava para os lados e tentava encontrar maneiras de dissociar-me da minha própria pele.
De forma tola fazia das intempéries a minha morada.
Com o tempo, surgiu a sabedoria e passei a cuidar das árvores secas, reguei com abundância o que necessitava ser restaurado.
As rachaduras que habitavam em meu ser, foram ressignificadas.
O dançar da vida me presenteou com a paciência e a resiliência, as coisas ruins começaram a ser vistas através de outro panorama, em meio a tantos aprendizados notei que a vista do outro lado do medo é fenomenal.
A leveza se tornou comum, obviamente que as fases de se refazer iriam surgir novamente, mas, compreender o processo de cura é trivial para saber que os dias nublados terá fim, assim que o solstício de verão iniciar um novo ciclo.
