Textos de Saudade do Namorado

Cerca de 42393 frases e pensamentos: Textos de Saudade do Namorado

⁠CÁRCERE DA DESPEDIDA

De que vale as lágrimas se no lamento
Levas a saudade de inevitáveis dores?
Se o afeto perdido lhe ainda é tormento
Com sensação tão cheia de amargores
De que vale prosar, tal poéticos autores
Pra acalmar a sofrência do sentimento?
Se os apertos ainda lhes são sofredores
E no peito ainda um aflitivo sangramento

O que me move é ter comigo a emoção
Um desejo flagrando o aturado coração
É saber que me doei a quem indiferente
E que no pesar, o cárcere da despedida
Encarcera, sova, com uma tal dor doida...
Mas, vale a pena, ao amor que se sente!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
15/03/2023, 16'42" – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠O CAIS DA SAUDADE

Mas sem a lembrança e o vazio, sofreguidão
Como sentir o pranto, dor se pouco se sentia
Dos contrastes do fado nosso: tristura, alegria
No começo onde se quer harmonia e sensação
Pois, no meu querer, o meu apego é vigilante
Constante, infiltrado na emoção que conforta
Que consola, sente, mora e a sedução aporta
Me colocando próximo, embora tão distante

Tenho tantos caminhos e diversos cansaços
Muitos os lamentos nos abraços dos braços
Na busca daquele porto seguro, minha vida!
E cá, tal navegante a beira do cais, sussurrante
No pôr do sol do cerrado, um solitário errante
Vivo a suspirar a saudade na solidão sentida...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
16 dezembro, 2021, 11’22” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠A VOZ DA SAUDADE

Se a madrugada, acordada, plena
Branca de luar e a sensação vazia
A emoção apertada de um dilema
Faz o peito ranger de dura agonia
O silêncio na imensidão extrema
O pensamento a situação irradia
Tal um sofrente e sentido poema
De ciciosa insônia, aguada e fria

E o coração se cala no que sentia
A escuridão fala pra dor da gente
Como um canto de acre soledade
Num tom dolente a falta arrepia
Porque mais que o ruido ardente
Vozeia a voz acética da saudade...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
28 janeiro, 2022, 15’34” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠VOZ DO VENTO

Uma agonia! a voz do vento que murmura
No cerrado, sussurrando aquela saudade
De outrora, em uma sensação pela metade
Sobra de um sonho, esquecido numa jura
E o vento no terreiro vai pela noite escura
Gemendo entre os galhos tortos em riste
A melancolia n’alma e no coração insiste
Expondo ao verso um versar com tristura

Vai e vem, bafeja, suspira, queixa, farfalha
Um vendaval choroso, cortante tal navalha
Revivendo aquele amor perdido. Um talvez
Ah vento! Quanto falta, ah! quanta solidão
Que sinto no peito, que se vai na vastidão
Ermo, dos mimos ameigados a minha tez...

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
19 março, 2022, 14’21” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠AINDA...

Saudade! como negar sua existência, ouvindo
nas entranhas do peito este sussurrar de dor
comichando, num suspirar profundo, infindo
quando se tem a lembrança do antigo amor
Tudo uma solidão, vazio, o aperto intervindo
naquela sensação de agrado, o talvez supor
olhos lacrimejados, e aquela angustia vindo
deixando inquieto o propósito de um amador

Ah! amar, de uma poética doce e abundante
em cada querer a jura, uma ilusão fascinante
que pulsa o coração e tem a alegria tão linda
E, assim, no tempo andarilho, a falta palpita
a emoção soluça, recorda, transborda e grita
numa poesia que insiste, que persiste ainda! ...

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
29 março/2022, 19’00” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠SAUDADE AJOELHADA

Cá, sob este chão de superfície rude
de pouca chuva, seco, natal morada
meu eu, jaz pra sempre em plenitude
a causa da minha narrativa poetada
Fora-se-me nostálgico a cada parada
e, vãos, os sonhos da terna juventude
aqui, pelas calçadas, firme e devotada
lembranças, de um tempo de virtude

Repousa, cá, em paz sob este sertão
emoções, as recordações, do genuíno
sentimento... suspirados do coração!
E, cada sensação sentida, sussurrada
da alma, mescla com o dobre do sino
da Matriz, pondo a saudade ajoelhada...

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
03 abril, 2021, 13’58” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠PRELÚDIO

Estes versos que faço estão dispersos
Em uma saudade que me faz perdido
Tal um bardo com versos sem sentido
De sentimentos duramente perversos
E a intensidade de afeto encandecido
No olhar, agora, vazios, e tão reversos
No acaso vil, fadados a findar imersos
No silêncio... de um poetizar repartido

Versos sem poética, sem a singeleza
De um toque, do cheiro, e da certeza
Do ter mais. Um prelúdio enfadonho!
Falte tudo ao aconchego, a inspiração
Mas, me reste a sensação da emoção
Da paixão na poesia, cheia de sonho!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
23 de maio, 2022, 04’39” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠SONETO SENTIDO

Eu te poeto, todavia, porque és, ainda
O bem querer, a saudade, a poética face
A ternura, a doçura, o desejo que nasce
Um ardor na sensação que nunca finda
Eu te poeto a paixão, que é bem vinda
Num canto, no doce verso, no repasse
De amor, te daria o sonho que sonhasse

Em um soneto com aquela emoção linda
Te daria, mas, ah o “mas”, ó meu Deus!
Pouco tenho, os mandos não são meus
E, cá nos versos uma inspiração sentida
Sem encanto, magia, prosa sem beleza
Vertidas na poesia em tons de tristeza
Tal qual, em um bilhete da despedida!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
26 de maio, 2022, 16’17” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠⁠VOU DEIXAR PARA AMANHÃ

Vou deixar para amanhã. Está saudade
Hoje vou viver a poética, seja qual for
De dor, choro ou o verso pela metade
Vou lamentar amanhã, hoje quero flor
Agora é viver o sentimento de verdade
Ter vontade, ir em frente, ter o melhor
Amador e amante, com toda qualidade
Sem censura, uma aventura sem pudor

Hoje é liberdade. Agora é o que soma
Sem hora, lugar. Aquele afável aroma
Talvez me encontre e o amor imprimir
E, assim, então, sentir a sensação luzidia
A poesia encantada de encanto e magia
Vou deixar para amanhã, hoje vou sorrir!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
13/11/2021, 19'11" – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠EXÍLIO

Cobriu-me de tristura o ocaso pardo
Um aperto n’alma fino e sem trelas
A saudade com sensações donzelas
E o silêncio que pesava como fardo
E, cá neste soneto um penar guardo
A tatear as imaginações tão singelas
Arrancando emoções sem ser belas
Pra ferir a poética com duro dardo

E, vai, assim, em um versejar forte
Rogando em vão a esmola da sorte
Tragando a ilusão das covas rasas
Bardo triste afetivo em tuas prosas
Sou choro, sou riso, sou mais rosas
Amargo trovador com exiladas asas...

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
02 dezembro, 2021, 05’40” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠DIÁLOGO

Saudade torturante, é assim que te suponho
Com a sofrência a pisar na emoção sofrida
Nas dores letais dum sentimento de partida
Deixando estar o coração árduo e medonho
Quando tu vens apertando o sentido da vida
Imploro, sussurro, e na tua suplica deponho
Meu silêncio, meu choro, o apagado sonho
Hão de te tocar, sem me espancar, dor doída

Que seja sempre mais, e não apenas externo
O afeto mais profundo a tudo quanto existe
Sem o peso do vazio e do desejo subalterno
Vejo-te sempre passageira, fugaz para o triste
E, como uma emenda no desencontro traidor
Confessor, nesta tão inquieta tortura de amor!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
05 dezembro, 2021, 14’44” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠SENSAÇÃO

Sagaz e singular, a saudade é sombria
e, senhora sanha, sufocante. Saboreia
ser saudosista, uma sovina que serpeia
a satisfação. Serelepe. Ao ser surrupia!
Sempre súdita e sorumbática, semeia
sobretudo severidade, no sofrer sangria
sangra ao sentir, sente o que não sentia
sacode a sabedoria e ao saber saqueia

Sopro sucinta sopra o súbito que suspira
sacode solenemente a solidão suprema
sinistramente, numa sinistra segregação
Sobre o semblante, sombra, susto e sátira
suplica a soluçar no sentimental sistema
socando o surreal na sabatinada sensação...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
06 dezembro, 2021, 11’14” – Araguari, MG
Parafrase José Rodrigues Pinagé

Inserida por LucianoSpagnol

⁠HORA CREPUSCULAR

Passei a saudade pela hora crepuscular
De um inverno esfumaçado e tão parco
Pela esquina a melancolia vi murmurar
Onde transita infelizes do penar charco
Pedaços de mim, reparei, então, espalhar
Tentei recolher, rejuntar, mas era anorco
O sentimento. E no peito ardia sem sanar
Dos deslizes do coração cheios de marco

Lembranças sussurravam quanto passava
Questionando porque bramindo eu estava
Qual ausência me feriu, doeu tanto assim
E o pôr do sol que escorria pelo cerrado
Fazendo de meu sentir infeliz e calado
Se apartou, sem um ilusório para mim...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
08 dezembro, 2021, 20’51” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠SONETO RETROSPECTIVO

Ah! se da saudade, agora recordando
um aperto de lembrança a lagrimejar
quando só era para, assim, ir levando
a tal sensação que tem ao saudosar
Ah! olhar, mãos, que, mimam, quando
por entre afogos, tem, aquele gostar
que, de novo, robustecido, vai dando
na recordação, que então, faz suspirar

Porquê da prosa, o mesmo persistir
que sussurra n’alma e faz mais sentir
desesperações da infortunada sorte
Do silêncio a quietude, unicamente
murmúrios, que ativa o dia poente
arrastando a noite, insone, sem suporte...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
16, abril, 2022, 18’45” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠ALHEAMENTO

Quase não tenho mais a falta... Enfim,
de ti, um vazio a poetar. Rara a saudade
suspiro, aperto no peito, a dor de festim
no mais brando e favorável alheamento
Se atormento, é mais um pensamento
cá na solidão, a solidão poente, no fim
a escrever sensações, e o sentimento
vai me ensecando d’alma, tão, assim!

Razão não mais tenho pra outro gesto
se o tato foi mentiroso, pouco modesto
não foi de um meu capricho este intento
E, cá no silêncio o olhar, meditabundo
e a emoção partida e levada ao vento
tudo, sustentado apenas num segundo

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
25 de abril, 2022, 22’22” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠ABANDONO

Talvez, tudo, já ti tenhas esquecido
A saudade já não é mais frondosa
Em uma parte do passado, a rosa
E os ternos suspiros já sem sentido
Perdeu-se aquela forma carinhosa
Pois, agora, um vazio enternecido
Aquele palavreado a nós divertido
Se calou, o que já foi a boa prosa

Do olhar, apenas, breve recordar
Da rizada, dos gracejos, um dia
Cá na ilusão, o apesar, contudo
Só, errante, a poesia a murmurar
Sob o céu do cerrado, penosa via
Passado, deves ter esquecido tudo!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
30 de abril, 2022, 11’38” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠A MINHA SAUDADE

A minha saudade tem lembrança tua
Que já não tem a poética como antes
Tem a tristura no peito que não recua
E silêncios tão ruidosos e constantes

Não sei pra onde ir, nem aonde vou
Só sei que dói, corrói o meu coração
Minha emoção, tua sedução roubou
Carregou e me deixou na vã solidão

A minha saudade tem muita saudade
Tem insônia, loucura, é sentimental
A minha saudade ao sossego invade

Saudade, meu aperto, por ser amador
Em um tempo muito, duro e integral
É saudade minha, por ti, ó meu amor!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
27/09/2021, 04’55’ – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠LUTO

Minha poesia fez-se pesar dum amor ido
Uma dor no sepulcro onde saudade sente
Lembrada, suspirada, sentimento sofrido
Evocado da recordação, mas tão presente

Oh, versar, porque és tu, tão imperador?
Minha prosa vive a sonhar nos desvarios
Dos beijos, dos carinhos do amado amor
Num desejo de inteirar os versos vazios

Estouvada poética, carente de venturas
Não vês que o meu estrago é tão duro
Rasga o coração, e farto de amarguras

Cá fico a olhar e imaginar um atributo
Para então versar a este amor tão puro
Mas, o verso se traja de nostálgico luto!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
30 setembro, 2021, 11’08” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠"Valse Oubliee"

Certa saudade perdida
Nas estrofes tão vivas
Pulsa e dói ao ser lida
E vivas quanto cativas

Tal exato, exato fato
Chora duma dolência
Pleno de existência
E tão cheio de olfato

Certas cenas, acena
E sussurra baixinho
Nos ataca sem pena
Ao coração sozinho

Nessa “valse oubliee”
Ferido por um punhal
A sofrência à mercê
O amor, sentimental...

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
08, outubro, 2021, 13’09” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠Saudade em Pauta

O amor habitava entre nós
Sentava a mesa
Até hoje a cor do teu tom de voz
Colorem a lembrança com pureza
Cada sensação, uma dor atroz
Dum vazio, ó mãe querida!
Teu tempo foi tão veloz
Demorado o suspiro na vida
Gratidão, o que tenho a hora
Da senhora, é muita falta...
Por que este choro agora?
É desta saudade em pauta!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
09/10/2021, 05’10” – Araguari, MG
Paráfrase Adélia Prado

Inserida por LucianoSpagnol

✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.

Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.

Entrar no canal do Whatsapp