Textos de Saudade
Sorrio quando a dor da saudade te tortura, te atormenta
Sorrio ao ver teus dias cinzentos, tristonhos e vazios me pedindo
Para voltar
.
Sorrio quando te vejo no canto do quarto sozinho implorando pela quentura do meu corpo que você não tem mais
Sorrio quando passo em frente a janela do seu quarto e você me vê plena e bela ao lado de quem me dá carinho respeito e amor.
.
Só te peço uma coisa; não me ligue e nem me procure mais.
Sorrio por viver feliz
Maria Ferreira Dutra
Através da SOLIDÃO
Foi necessário o meu CORAÇÃO
Fazer amizade
Com a tal SAUDADE
E também pedir ajuda
Ao SILÊNCIO...
Cursei a faculdade
Da Reflexão e encontrei pOeSiA,
E junto com ela o ALFABETO
Inteiro pra interagir
E passei a RIR e interagir
E daí fiquei curada...
SOLIDÃO hoje é ótima companhia.
***
Um dia meus olhos se fecharam.
E a dor latente de sua ausência, eu ignorei.
Naqueles instantes pensei:
-"Não deixarei uma pessoa mudar o que sou! (Tudo bem estar sozinha)"
-"Não deixarei este amor roubar meu futuro!"
-"Não...quero mais esta...ilusão"
Não...não...
Mas os olhos se abriram, e a dor voltou, meu futuro foi selado
A espera novamente de um contato teu.
ESPERANÇA
Sou pássaro.
Voo longe... Nas ideias, nas distâncias, nas ausências...
E sempre pouso ao teu lado
E mesmo quando viajo para longe, quando dias longos distante fico; É para teus braços que volto, é em teu ninho que descanso, mesmo achando tantos outros pelos meus caminhos. É sobre seus cuidados que recupero as minhas asas quebradiças e em teu colo macio que curo o meu cansaço...
E assim como todo e qualquer pássaro preciso voar... Necessito sentir a brisa entre minhas asas e perceber minhas penas tremendo com o vento, me levando para longe.
Mantenha a serenidade... Mantenha a calma, amado meu
Pois logo volto!
Sempre amor meu, sempre volto!
E de repente, quando vi, meu pássaro voou p’ra longe e se foi...
Foi ser feliz, foi viver, foi recarregar suas forças longe de mim.
Lá longe, num lugar onde ficam meus sonhos, onde sempre povoou meu imaginário...
E eu fiquei imaginando que meu pássaro levou meu coração junto.
Torcendo para que, antes de voar bem alto, tenha deixado um pedacinho dele naquele santuário escondido, secreto. Perto daquela singela arvore, com aquele chão de pedra um tanto empoeirado, onde ainda jaz o seu outro coração, bem ao lado daquelas flores que com todo cuidado meu pássaro deixou!
Esperando que meu pássaro volte lá p’ra me buscar! Quem sabe? E se ele esquecer?
E de tanto gostar, quem sabe até amar; decidi por bem deixar meu pássaro voar. Sei que ele tinha que ir... Por que também sou um! E eu o entendo...
Por isso, minha amada, que decidi deixar-te e esperar você voltar p’ra mim.
E embora minha vontade seja de voar até ti, vou deixar você decidir quando vai querer me encontrar.
Mesmo correndo o risco de nunca mais em mim você pousar. Porque você é livre para escolher se é comigo que irá repousar. Imaginando que esteja me levando junto também!
Então de longe, fico imaginando meu pássaro! Batendo suas asas, essas asas tremendo com o vento e levando-o p’ra longe... E no meio dessa minha inquietação, surge um sorriso nos lábios; porque meu pássaro, lá longe, está feliz!
Então o que fazer? Como dessa saudade me curar?
Esperar...
E ter esperança que aquele pássaro decida, mesmo sendo singelo, que seja nesse ninho, nesse abrigo, que ele queira ficar...
Não há luz.
Há ausência. Sombreando meus desejos, tentando ensinar meu coração a aceitar que não há mais você.
Há uma pausa, um hiato; uma possível falta, a suposta ausência, talvez uma certa ofensa condensada no silêncio que tanto se faz perceber.
Atos falhos, omitidos, sem sentido.
Obrigo-me a pensar. Ponderar o sujeito oculto em orações.
As preces sussurradas para que eu volte a sentir você.
E de tanto pedir... você se foi.
Uma ausência hostil e ostensiva, que cria rumores e mal humores dentro de mim.
Revolto-me, inquieto fico.
Amanhece. Já não se pode ver as estrelas de teus olhos.
Busco em meio aos escombros e pedaços interiores alguma explicação.
Vasculho os retalhos do meu coração e não encontro nenhuma resposta.
Não há luz. Há somente a poeira imóvel de algo adormecido e estagnado.
Busco atento palavra tua, um verbo velado, um brilho longínquo, mesmo que opaco. Em vão, pois não há você.
Converso com o silêncio e faço dele meu amigo.
Travo discursos ferrenhos com a quietude.
Então, sozinho, tento embalar-me entre meus próprios braços.
E, enfim, descubro que não há resposta quando o silencio insiste em responder.
O preço da minha ausência
Quanto vale a minha ausência?
Vale muito com certeza
Vale conluios inquestionáveis
Dos disco voadores a espreita.
Quanto vale a minha ausência?
Vale aos óvnis adiáfanos
Que por entre nuvens escuras
Expõem translúcidos a imprudência.
Quanto vale a minha ausência?
Vale a minha sabedoria no anonimato
De atos e fatos que ressurgem encolerizados
E mitigam a minha dor.
Quanto vale a minha ausência?
Vale saber tão naturalmente
O que floresce da demência,
Entre as estrelas mais brilhantes
Estão os ufos ainda mais reluzentes.
Saudade
Eu resolvi te matar
Matar e deixar bem mortinha
Vinha devagarzinho te detendo
Fazendo isso quietinha
A saudade era intensa
Dolorida, imensa
Sou incapaz de mensurar
Pra matar, só pela morte lenta
Agora te matei
As lembranças são vãs
Só amanhã de enterrarei
Para além do divã
Vou primeiro te velar
Enquanto posso lastimar
Que saudade! Da saudade
que não tenho pra divagar.
Saudade II
Sinto muita saudade
das mentiras que me contava
elas me divertiam mais que novas piadas
eu conseguia passar horas e horas a ouvi-las
eram por demais, engraçadas
eu engolia a satisfação, não ria.
Pode me chamar de louca
louca sempre fui um pouco
mas sabendo toda a verdade
e poder ouvir as estórias mais tresloucadas
durante anos a fio da sua boca
era fruição de graça.
Sinto muita saudade
saudade das sua mentiras.
Entre Linhas e Saudade
Às vezes me pergunto,
se o destino me dará a chance
de te ter nos meus braços de novo,
inteiro, como antes.
Relacionar-se é um mistério,
um jogo de tempos dançantes.
Um dia, somos o presente,
no outro, ficamos distantes.
Nem tudo é como sonhamos,
somos feitos de nuances.
Hoje, cremos em verdades
que mudam com os instantes.
E a vida que tanto queremos?
Segue trilhos desencontrados…
O que um dia foi o tudo,
hoje é apenas passado.
Comecei a escrever,
disseram que faço bem…
Então te deixo nestes versos,
pois no meu pensamento você sempre vem.
Saudade
Será que um dia passará
Onde será que devo guardar
Essa saudade que parece sufocar
Porque dor da perda é tão grande
E ao mesmo tempo, agoniante e sufocante
Um pedaço do meu peito, foi arrancado
Amassado, não sei nem como eu falo
Estou em pedaços
Dói tanto não ter você
Eu podia não te perder
Ah, essa saudade
Porque tem que ser tão covarde
Se eu soubesse que aquela era a última vez
Eu teria te abraçando por mais uma hora ou três
Cada momento, cada segundo
Não se torna de forma alguma inútil
Se soubessemos o valor de míseros segundos
Com certeza, não jogariamos fora dois segundos
A saudade e a dor mais forte que tem
Não sabemos quando ela vai ou ela vem
Temos que aproveitar antes que ela venha
Fazer cada segundo valer a pena
Pois quando ela chegar
Ninguém consegue arrancar
Só o tempo para cicatrizar...
Minha Saudade
Já estou com saudade de você, meu desejo,
com saudade do mel, do seu beijo.
Já estou com saudade do seu cheiro,
impregnado na casa, cama, travesseiro,
Já estou com saudade do seu olhar, interesseiro,
dos seus risos, gritos, gemidos, devaneios,
do seu sopro, toque, leve e ligeiro,
que me provoca arrepios pelo corpo inteiro.
Mediterrâneo
Nas ondas do seu mediterrâneo sem fim,
Sou ilha, a sua saudade é salgada, me cerca, envolve a mim,
Dela não posso saciar-me sem morrer, meu fim,
A corrente marítima da saudade nos mantém assim,
Um sobe e desce de saudades, como ressaca de maré, um vai e vem, sem fim,
Mas um dia, pelo vento, juntos estaremos, unidos, um só, enfim.
Saudade de poesia
Quando a saudade me aperta o peito
Te procuro sempre do mesmo jeito:
Revisitando os lugares em que você ia,
Relendo os livros que você lia,
Contando as piadas que você ria,
Revendo uma pálida fotografia,
Lançando-me na nossa cama vazia,
Trocando a noite pelo dia,
Enfim, fazendo as mesmas coisas que você fazia,
escrevendo uma nova poesia.
SAUDADES?
S'eu a tenho saudades? Claro que sim!
Foi tanto que eu a amei, tanto que eu a quis...
E, eu sei que, por nós, ela já foi feliz
E, eu sei que, à vida, a levou de mim.
Eu não queria do nosso amor o fim.
Que, por tanto, o meu silêncio n'alma me diz:
Foi tanto os meus sonhos, tanto a fiz!
Que a sonhando tanto, eu a tenho assim:
Nos meus pensamentos ficará para sempre!
Já no meu coração, um chorar descontente
Por tudo que eu a fui sem ela me ver gratidão.
Saudades? Não! ...D'o meu amor rejeitado!
De não ser em seu peito o riso sonhado,
De m'enganar por ela, d'suas misérias em vão!
Não Admito Minha Saudade por Ti
Não admito, não confesso,
mas a saudade me veste o peito,
teima em soprar teu nome ao vento,
sussurra em sombras no meu leito.
Não digo, não deixo escapar,
mas nos silêncios me denuncio,
nas entrelinhas do meu olhar
há rastros teus, há um vazio.
Não admito, mas tu sabes,
nos desencontros, nas distâncias,
sou prisioneiro das lembranças,
e a saudade… essa não se cala.
Fevereiro
Quem vê pensa que eu não sinto,
mas eu sinto.
Sinto saudade, sinto coragem e medo ao mesmo tempo.
Quem olha para mim não sabe o que dói,
e esses dias doeu muito.
Sabe aquela dor latejante que parece que vai explodir,
expor o que está por dentro,
por dentro de tudo que sou?
Doeu assim, se é que ainda não dói.
Fevereiro chegou e ainda não é carnaval.
Ainda não é alegria, é dor.
Nildinha Freitas
Na viagem, saudade aperta o coração,
Lembranças do lar, doce recordação.
Em cada cidade, um mundo a explorar,
Mas é no meu canto que quero voltar.
Caminhos distintos, paisagens a desbravar,
Culturas e sabores a se experimentar.
Mas é nos amigos, nos risos e calor,
Que encontro abrigo, onde está meu amor.
Entre estradas e aventuras, sigo a sonhar,
Mas é na memória que volto a repousar.
Viajar é aprender, crescer e sentir,
Mas sempre é bom para casa, enfim, regressar.
A DOR DA SAUDADE
Um dia eu fui feliz, mas não percebi. Saí em busca da liberdade, foi aí que a perdi. Sentindo-me preso e angustiado eu quis voar alto. Sem pensar me joguei num abismo, foi apenas um salto. Lá encontrei prazeres, sorrisos e muita falsidade. À noite tem festas, encantos, mas também tem maldade. Perdi a família, amor, dinheiro e até a dignidade. E quando acordei já não tinha mais tempo, infelizmente era tarde. Não sei onde busquei, também nunca encontrei essa tal liberdade. Hoje vivo sozinho, doente, velhinho e com a dor da saudade.
Saudades da minha Terrinha
Gonçalves Dias foi o primeiro,
Oswald de Andrade o segundo, e eu fui o terceiro.
Minha terra tem carnauba
Onde canta os pardais
Os pássaros daqui
São os pombos e os pardais de lá
Minha terra tem pouco ouro
Mas o povo tem muito amor
Quando nasce vive por lá
Depois que cresce vem pra cá
Vem querendo trabalhar
Trabalhando dia e noite
Para a vida sustentar
Descansando quando dá
Os índios: tupis, tabajaras, tupinambás e tapuias,
São os pioneiros da minha terra
Olho d'agua da Cruz era o povoado
Carnaubal dos Estágios era o distrito
Da cidade de São Benedito
Hoje a cidade se chama Carnaubal
Uma grade saudade aperta no peito
Das minhas raízes tenho saudades
Senhor eu te peço por favor
Que não me deixe morrer
Sem minha família visitar
Que mora lá no estado do Ceará.
.
-Furtado Brunno-
Rio de Janeiro, 07 de Setembro 2016
Saudades de mim
Quando ria sem fim
A alegria fazia morada
E viver, era uma bênção aproveitada.
Saudade da minha inocência
De Minh 'alma plena
Sem nenhum resquício de maldade ou do
pecado que me envenena.
Saudade da minha criança
Das boas lembranças
Das feridas rápidas curadas
E da contentação com o que tinha em casa.
Saudade do meu coração
Quando era inteiro
Sem cicatrizes ou medos.
🔍 Está em busca de se entender melhor?
Todos os dias, compartilhamos ideias, perguntas e reflexões que ajudam a olhar para dentro — com mais clareza e menos julgamento.
Receba no WhatsApp