Textos de Menina Mulher
A MENINA DE PALMARES
Havia uma menina
cuja infância se foi na cheia
afogada nas águas pretas
e escuras do Rio Una
Daqueles tempos molhados
carrega consigo meia dúzia de fotos
e os espaçamentos da memória
cujas lacunas completam o inteirar de sua história
Na inocência dos seus olhos
brincava com a farra das águas
assistindo do alto da casa que lhe era abrigo
junto com outras crianças que como ela
aguardava o retorno desalojado dos pais
Era uma infância úmida devorada pela fome da boca
inundada de dilúvios e pelo banhar selvagem do rio
Não nasceu dos ossos das costelas
mas da mesma argila e do mesmo barro que Adão
Por sobre as águas das chuvas e do lado
boiavam entre bonecas e tiaras
as sobras flutuantes de suas lembranças
e do vestido submerso de sua primeira comunhão
apenas sobreviveu o terço presenteado de sua mãe
No leito em que hoje dorme convivo com suas noites
e me banho todo dia me enxaguando
nos afetos encharcados dos líquidos
de seus mais profundos amores
Menina encantada.
Era uma vez um amor perdido.
Meio escondido
Num canto qualquer.
Que apareceu-me do nada.
Com rápidez de uma espada.
Se alojou no me eu.
Desse jeito maluco.
Simples, absoluto.
Invadiu o meu ser.
Não pediu nem licença.
Se apossou...
Virou dona..
Cada passo na escada.
Essa menina encantada.
Sigo com meu olhar.
E no meio da mesma.
No pensar um desejo
Paro. Roubo um beijo.
Somos doidos varridos.
De suspiros, gemidos
Quero sempre te amar.
Ela leva consigo um retalho de fotografias que tira ao longo da vida.
A menina que nasceu em 19 de agosto, dia da fotografia, trouxe do berço a paixão de levar uma máquina a tiracolo sempre que sai pra explorar o mundo.
Gosta de observar miudezas do cotidiano e inventar belezas.
O doce som que o obturador faz ao clicar esses instantes eternos, mistura-se a explosão de sentimentos que ocorre em sua cabeça e coração a cada click.
Ela não era detalhista, mas aquela florzinha no cantinho da calçada no começo de primavera chamava sua atenção. Ou aquela pipa colorida contrastando com o céu azul em dia claro.
Gostava de registrar em ângulos que ela mesma inventava, situações sinceras, sorrisos escancarados.
Sentia-se feliz com sua pequena-grande máquina fotográfica!
Não importava se em dias de sol ou chuva.
O sol trazia a luz perfeita, a chuva, os tons poéticos de cinza que entristeciam o céu.
Mas pra ela, a fotografia não depende só das lentes da máquina, e sim das lentes dos olhos.
E essas pequenezas que nos encantam, a gente traz de dentro pra fora!
É mais que paixão e arte, é dom!
Quando eu era menina bastava esse sol queimar lá fora e todos os meus problemas estavam resolvidos. Eu pegava meus brinquedos e ia brincar de fazer comidinhas para as minhas bonecas, plantava alguns grãos de feijão em algodão só para vê-los crescer, e quando estavam bons, eu pedia pra minha mãe cozer eles junto com os outros que ela comprava na feira - sim, porque na minha época as donas de casa compravam feijão na feira e ele não custava o olho da cara. E olha que nem faz tanto tempo assim.
Mas hoje eu não tô afim de reclamar do preço do feijão, eu só lembrei de como era bom olhar o sol, de como eu me irritava quando a mãe vinha passar protetor solar porque eu dizia que a comidinha ia queimar. Ainda sinto o cheiro das folhas, da terra, do pouco de água que eu jogava. Lembro dos jogos de pratos e copos que o meu pai comprava pra mim e eu cuidava tão bem de tudo aquilo, eu não ia dormir sem levar e secar todos eles - mal sabia eu o quanto eu reclamaria da louça interminável que lavo e seco todos os dias.
E olhando esse mesmo sol escaldante que tá deixando todo mundo louco, com vontade de entrar numa bacia de gelo a cada meia hora, é que eu comecei a perceber - pela milésima vez - como o tempo passou rápido.
Ontem eu vestia PP, calçava 34, pedia pra mãe os brinquedos que passavam no comercial da TV - e raramente ganhava um deles - , e tomava creme de laranja todos os dias cedo. Hoje eu insisto em experimentar o P, mas já é M, calço 36, vou pra dois anos de namoro e meu pai quer que eu tire a habilitação pra ajudar na correria da semana.
E digamos que eu sou lá muito estranha porque ora quero que o tempo passe, ora quero que ele volte.
Não suporto quando o Tharsis se atrasa meia hora, mas esperaria por ele por toda a minha vida. A cozinha suja me incomoda demais e, se não estou empolgada, me irrita mais ainda ter que arrumá-la, mas nada disso me incomoda se as pessoas que eu amo estiverem esperando uma comidinha gostosa pra janta.
Não suporto que interrompam o processo de qualquer preparação que eu esteja fazendo: desde uma colherada no brigadeiro antes de enrolar até uma beliscada no bife antes que eu jogue o molho. Mas se eu sentir amor, nada disso me incomoda.
Eu sou intensa, prefiro não carregar lembranças do que faltou dizer, digo logo tudo o que preciso dizer. Essa minha mania de realismo chega a ser cruel, mas faz bem, às vezes. Às vezes faz mal, aí é hora de correr atrás, me desculpar e fazer um strogonoff pra tudo ficar bem de novo.
Eu assim: meio criança, meio mulher, meio velha, meio louca.
A canção pra mim é tudo, é nela que eu me escondo e estudar canto erudito, pra mim, tem sido abrigo.
Abrigo que começa numa canção e termina nos braços dele, porque é dele que eu tô precisando agora, que eu preciso hoje, amanhã e sempre. Sorrir renova o fôlego. Ele me faz sorrir, e é dele que eu preciso pra sorrir e renovar o fôlego que me faz cantar todos os dias.
Todos os dias.
Tenho muito orgulho dessa menina, moço. Cresceu num castelo, aqueles do concreto mais forte, sabe? Mais altos, aquele castelo que aparentemente ninguém pode tentar entrar para ferir a princesinha, pois seria uma tentativa inútil. Era o castelo mais forte e mais resistente mas não era indestrutível. E à medida em que a princesinha crescia ela percebia isso. E moço, só de contar essa história pra você meus olhos já se enchem de lágrimas, porque ela é linda demais. Eu sei porque vi tudo de perto, vi tudo aqui de cima, o melhor lugar para se ver. As vezes eu aparecia, quando ela estava muito feliz, porque me fazia tão bem ver aquele sorriso, e sentir aquela felicidade toda, mas assim, aparecia sem ela perceber, bem quietinho, mas como menina esperta que é, ela me sentia, acredita? E ainda sorria pra mim! Que linda essa menina, que doce. Mas então moço, como te contava, um belo dia o desastre aconteceu, o castelo desmoronou e a princesinha ficou sem chão, e nunca se sentiu tão só, tão sem vida... Eu coloquei algumas pessoas no caminho dela que fizeram muito bem o meu papel, abraçaram minha pequena, cuidaram dela, mas assim, ela fez tudo sozinha, se levantou e reconstruiu tudo no braço. E enfrentou tudo com força. Só não tem tamanho essa menina, porque vai enfrentar ela pra você ver, nem tenta. E hoje moço, eu olho para aquela princesinha de outrora, aquela tão pequenina que ria feito criança um dia, o riso mais inocente que já vi... Olho pra ela hoje e vejo que o sorriso continua o mesmo, percebo os gestos de antes, agia feito boneca aquela menina, e hoje moço? Permanece a mesma, tão doce nas palavras... Ah moço, eu fiz um bom trabalho, diz aí? Cuidei e continuo cuidando aqui de cima. E sei que ela sai dos trilhos as vezes, mas eu nunca vou deixar que ela se perca, nunca! (...) Se eu encontrasse ela moço, eu ia dizer, que desejo que ela continue sendo essa pequena guerreira, que hora é mulher, e que mulher! Mas que não deixa de ser meiga e doce. Desejo que ela permaneça essa menina de sorriso inocente, que tenha fé e que não se perca nunca... de mim, que por trás de toda tempestade eu vou fazer o sol dela radiar, que por trás de toda noite triste vou tratar de arrumar uma constelação de estrelas no céu só pra brilhar para ela e eu vou estar lá, aquela estrela mais brilhante e mais distante... esperando por ela.
O Anjinho da Lizie
Então aquela menina cheia de inseguranças pegou seu diário com o coração partido de incertezas e magoas e começou a escrever.
' Querido diário', hoje passei aqui só pra escrever o quando eu to diferente, hoje vi ele de novo, não fiquei encarando ele como sempre faço, não puxei assunto como é de costume, apenas abaixei a cabeça e segui , sem dar nem um ‘’oi’’ com o coração partido , se ele me quisesse mesmo eu ele estaria aqui comigo , ele me ligaria e como sempre eu diria sim , que iria ver ele sim , acontece que agora não vou mais dar o meu melhor pra quem não dar um passo por mim , acontece que não vou mudar pode ele , ele não merece nada de mim , eu vou mudar por mim , pra me sentir melhor , eu não vou mais me torturar como eu sempre fiz , vou apagar tudo dele do meu histórico , não quero fotos , mensagens e nem conversas , eu quero paz , quero alegria .
Talvez ele note que eu estou diferente, mais se ele não tonar? Pra mim não vai fazer a mínima diferença, estou mudando por mim e não por ele, é fato que quem ama corre atrás, mais amar e uma coisa se humilhar é outra eu não nasci pra me humilhar pra ninguém, muito menos pra quem não me dar valor uma hora esse sentimento adormece e fica quietinho em meu subconsciente, as lembranças vão vim é obvio , sempre haverá algo que me fará lembrar ele , mais quando as lembranças vim prefiro me esconder eu vou sorrir sem rancor , sem raiva , vou lembrar dele com carinho quando essa maré abaixar , por enquanto prefiro ficar aqui quietinha no meu canto enquanto a brisa cai lá fora e meu coração bate forte sem saber onde ele esta , prefiro assim sabe não saber mais dele, com quem ele anda ? , o que faz? Eu o prefiro longe, meu coração ta machucado, mais o tempo cura qualquer ferida e quando eu ouvir o nome dele, meus olhos vão lhe procurar e mesmo se eles não lhe encontrar, meu sorriso será automático .
Então ela fechou seu diário cheio de orgulho de si mesma já não era a mesma menina frágil que começara escrevendo a primeira linha, já estava mais confiante, determinada, escrever para ela era forma de desabafar, se sentia melhor quando colocava pra fora o que sentia em forma de texto, quando desenhava sobre aquelas linhas seus pensamentos e sentimentos. Então uma lagrima rolou em seu rosto, e ela na escuridão da noite apoiou sua cabeça no seu travesseiro e apertou bem forte o seu diário, e sussurrou:
- É bobagem, isso passa!
Então fechou os seus olhos e deixou escapar outra lagrima, outra, e outra até adormecer! Então dormiu e entrou em seu mundo com novos horizontes, com novos sorrisos, com novas pessoas e com menos dor.
Uma menina chorava sem saber o que fazer amava alguém que também a amava , porem eram muito diferentes , procurava algo simples e complexo para poder entender o que se passava ou o que fazer com aquele amor ’’ louco’’, como poderia amar alguém que era simplesmente o seu oposto em tudo , vasculhando suas coisas encontra uma folha meia amassada , meia manchada de batom ,lá havia um pequeno texto , naquele momento ler seria a sua única opção , então começou a ler:
‘’Eles se amam, todo mundo sabe mais ninguém acredita ela ama ele mais que tudo, ele a ama a ponto de deixar tudo só pra viver com ela, porém são tão diferentes , ela curti as coisas que ele detesta , pensam tão diferente, ideias, opiniões, musicas, filmes, até a cor preferida, o time, tudo é diferente, porque estão juntos ? Porque ela encontra no sorriso dele a razão de acordar todos os dias com um sorriso nos lábios, e ele porque já não consegue mais ficar se quer um minuto sem a ver, ele continua vivendo sua vidinha meio bagunçada e ela continua sempre com sua vida cheia de limites e idealizada, tudo mundo fala que eles não se completam e eles já não preferem dizer nada, preferem meias palavras e milhares de coisas não ditas e assim vão vivendo juntos até quando existir a vontade de estar com o outro for maior do que os outros, ou do que os outros dizem, até quando a vontade se tocar , de se beijar for maior que tudo , apesar de tudo ela percebia que ele era a única pessoa que lhe apoiaria em qualquer loucura , quando ela perdesse o chão , quando ela desse uma crise de bipolaridade , quando ela chorasse e quando ela caísse em um buraco na escuridão , era ele que estaria do seu lado!
Ao terminar de ler ela se emocionou volta e meia deixava escapar uma lagrima, nada se identificava melhor que aquele texto naquele momento, ela sorriu, pois encontrava mais um motivo para estar com ele, ela amava isso era a única coisa que importava , a ultima frase do texto estava completamente rabiscada de batom passou a mão e removeu a mancha e ali estava a seguinte frase ‘’ não se completa um quebra cabeça com peças iguais’’ então ela deixou escapar um sorriso contagiante e seguiu em direção a ele.
Sem manual algum
...ela tem o tom alto de uma nota forte, ela tem um sorriso largo de uma menina doce, ela tem um olhar brilhante como o de quem vê o final do arco íris, ela tem a resposta certa e o erro acertado de poder me tirar o fôlego.
Mas apesar de tudo isso, ela não tem manual algum que a defina, que a explique, ao ponto de nem mesmo ela saber de mais nada sobre si, apenas em silêncio tentar me mostrar que o que eu digo ela sente e o que eu sinto ela ainda não pode dizer.
Ontem, quando ainda o silêncio respondia ao som das batidas do seu coração, eu estava aqui, do outro lado, tentando entender o que nós dois juntos jamais conseguiremos, o porquê de tantos "porquês".
Ele lá do alto, decidiu que quem decidiria o que plantar seríamos nós, Ele lá do alto, onde está seu coração, permitiu que nascesse a semente, e quanto à nós, que nos resta se não colher no tempo certo, afinal, não é dar tempo ao tempo o que se precisa?
Ela não tem manual, mas ela me tem ao tempo que quer, mesmo assim, ainda no tempo que precisar. Ela tem um doce cheiro de estação, aquela que agente mais gosta, aquela dos climas mais amenos, aquela em que se olha pela janela as folhas que caem ou as flores que crescem. Ela tem mesmo é cheiro de "renovo", e diante disso, falta alguma faz qualquer manual, a não ser a plenitude de saber o que ela mesma tem...
Pelo menos uma vez
Menina, não diga nada agora!
Qualquer coisa que possa dizer
vai estragar a mágica deste momento...
Deixe seus temores de lado
Meu coração está batendo,
descompassado,
por você...
Neste momento,
a única coisa que desejo
é sentir teus lábios colados ao meus!
Quero matar esta sede que sinto
por você
Uma sede que nunca acaba,
Aumenta quando você está ausente...
Esta boca cheia de feitiço e malícia
Me faz sentir menino novamente.
Vem menina, vem sentar no meu colo,
Vem sentir minhas mãos
acariciando seus cabelos,
Vem me provocar do jeito que
só você sabe,
Vem me envenenar com teu dengo...
Quero sonhar acordado,
olhando para teus olhos...
Quero viver meus melhores
momentos ao teu lado...
Pelo menos uma vez, menina,
não diga nada!
Me beije e me ame
somente...
A menina com alma de borboleta,
andava cansada do cinza dos dias.
Sonhava e suspirava de saudade da grama fresca;
E das folhas verdes das árvores banhadas de chuva.
Queria ouvir todos os dias o canto dos passarinhos;
Aquele som tranquilo que era parte dela,
que fazia ninho nos seus ouvidos.
Mas só o que ela via, era o cinza do asfalto.
O cinza tristonho dos dias frios de inverno.
Paredes de concreto cercando seu voo.
Minando suas cores, tirando seu pouso.
Um pouco da sua esperança de vida.
Pensava em ficar encolhida em seu casulo,
até que a primavera retomasse e suas asas voltassem a tornar-se fortes.
A menina com alma de borboleta,
queria de volta o sorriso e o perfume das rosas,
Queria sua essência, aquela paz que dela se abria.
Aquela menina de alma de borboleta.
Queria reaprender a voar...
queria renovar-se, queria mais vida
Eu acho que devemos fazer uma campanha ‘’Não dê um conto de fadas para uma menina’’ ou então dê mas informe a criança que aquilo é apenas uma fantasia.
Hoje em dia é tão complicado viver um relacionamento, acho que o problema maior é que as pessoas não estão prontas para abrir mão das coisas
( no caso da Cinderela ela não tinha nada pra abrir mão, ela vivia num sotão com ratos, nem carreira ela tinha!), é sempre assim ‘’Não tá dando certo, vou dar um pé na bunda’’,a gente sempre bota a culpa no outro.
Ilusões nos dias atuais não dá, vamos encarar nossos ‘’príncipes’’ de verdade e olha-los como pessoas de verdade e , é claro,aposentar o sapatinho de cristal afinal isso é muito brega.
Acho que sua simplicidade te leva aos (3) Três aninhos de vida, falam muito como você menina mimada se comportava, fazia todos rirem, fazia todos se preocuparem, mexia em tudo, nada ficava no lugar...
Mais do jeito que você fala, hoje, sei que todos tinham razões para te admirarem, mesmo depois de crescida, olho você, e te vejo como seus pais te veem, uma menininha crescida, sua infância pode não ter sido uma das melhores, mas, o fato de você, ser quem você, hoje a sua infância madura, ainda te deixa assim... Essa menininha, linda, e meiga... E dócil...
Desculpe se penso e me expresso desta forma foi à única forma que achei de não magoar, e expressar o quanto gostamos de você. Fico triste porque as vezes acho que estou exagerando, mas essa amizade que você conquistou em mim, é pura, sem maldade ou malicia, é divina, é uma amizade que vai além, do que é ser amigos, e minha sobrinha, prima de minha filha.
Mais eu te amo de mais para eis tens meus sague nas suas veias eis minha sobrinha, e eu te amo!
Dentro dos olhos farpados de Berenice (Ou no pulsar dela)
No pulsar pequeno ou medíocre da menina-moça-ou-mulher-velha que costumava acompanhar o relógio que tinha estendido na parede da saleta de sua casa tão vasta quanto seus apuros, estudava as voltas dadas pelo ponteiro como quem fielmente vai à missa ao domingo e cada tic-tac soava nos ouvidos apressados de Berê que pendurava os olhos na varanda que se escondia todas às tardes para tocaiar o mar. O mesmo mostrava-a os traços profundos carregados em sua face de uma mocidade mal vivida, preocupada com a filosofia agitada do tempo os números marcavam o contorno da cabeça de Berê que tinha olhos de chumbo e pesavam mais que seu corpo; Carregava dentro de uma pequena bolsa de mão,sua alma embrulhada com papel crepom e uma fita amarela que com algumas voltas formara um laço, se pôs a observar a vida apenas pela janela e o tempo corria nas ruas sem calçamento da menina que sorria um sorriso insosso ou amargo para o senhor das horas passadas que por vez batia informando os últimos segundos do meio-dia. O relógio da saleta parou. Os olhos em farpas também... E a vida!
A menina bonita viveu de doçura. Suas mãos de açucar se desfaziam quando muito suava, e seu corpo de algodão-doce murchava toda vez que chovia.
Seu coração escorria mel. A menina bonita viveu três dias que fizeram jus à sua beleza: três lindos dias de sol, deitada sob a sombra de uma figueira, escutando o canto dos pássaros, ela contemplava o colorido das flores.
No segundo dia, a menina lá adormeceu. No meio de toda aquela beleza, sua doçura foi descoberta. Acabou sendo carregada pelas formigas...
Soneto para Tamires
Ó alva menina doce criatura divina.
Persuade tu a realidade meretrícia e assim se faz a mais linda boneca de trapo.
Graciosa é para a quem o sol que brilha e sedutora aos que amam o luar.
Subvertendo ao seu mundo apaziguo toda minha dor.
Em sua inocência comtemplo toda sua doçura de menina
Na sua malicia e veneno desfruta de seus atributos de mulher.
Zelo amoroso tem para quando Thamires não é.
Maleável me dou se acaso Tamires lhe fazem.
Consequentemente ora me perco de ti.
Revoco-me sentimentos e sozinho me volto a toda minha dureza.
Mais se tu vens como um menino falto perco-me em teus encantos.
Poupa-me de lamentos vivenciados ao luar não faz deles seus reflexos.
De passado não vive, busca o fim para justificar seu meio
Então a gloria almeja insignificante serão as marcas deixadas por sua busca.
Soneto da menina adormecida
Doei de mim o amor que nem sabia que tinha
Doei de mim palavras que eu nem conhecia
Doei de mim o tempo que eu nem tinha
Doei de mim o olhar, o silêncio mais profano que sentia.
Perdi a alegria de cada dia,
como quem se esconde em plena folia.
Deixei o amor sair de dentro de mim,
como quem precisa soltar às algemas da melancolia .
Me enganei tentando dizer que nada sentia.
Me enganei por inteiro,
feito menina adormecida.
Sai de dentro de mim, como quem acorda de um sono profundo.
Aprendi, errei, aceitei e compreendi.
Não sou mais o que era, sou agora quem devo ser. E o resto que espere.
1º Conto de Meredith Trollerman
Certa vez uma menina foi amada por dois garotos o certo e o duvidoso.
Porém,ela não escolheu nem um nem outro.
Ela escolheu uma terceira opção, que a fazia sofrer,chorar, a enchia de dúvidas e angústia e a tornava infeliz todos os dias,a fazendo sofrer pelo resto de sua vida.
Mas pelo menos o dois garotos ficaram felizes com sua decisão,sua decisão altruísta de escolher a solidão ao em vez do amor ou da paixão.
A DISTANCIA DE VOCE
Teus olhinhos, minha menina
Tem uma luz tão clara de amor
Que é difícil não mexer o sentimento
Que vai na alma e faz sofrer.
E é tão lindo teu rosto de menina
Assim de dar saudade sem você
Que nem vontade de amar
E deitar no colo e ser ninado.
Bem que você deveria chamar amor
Vem depressa matar a saudade
Que a distância de você é triste.
E sem palavras nem demora
Devolva-me o gosto pela vida
Dando-me a boca para eu morrer de beijá-la.
(Nelson Locatelli, escritor)
A MENINA <3
SOU A MENINA QUE PENSA EM VOCÊ TODOS OS DIAS...
SOU A MENINA QUE SONHA COM VOCÊ MESMO ACORDADA...
SOU A MENINA QUE PARALISA QUANDO VOCÊ PASSA...
SOU A MENINA QUE QUANDO VOCÊ ME OLHA, SOLTO UM SORRISO BOBO E DESVIO O OLHAR...
SOU A MENINA QUE TALVEZ NÃO SEJA A MELHOR PRA VOCÊ... PORÉM POSSO SER
A MENINA QUE FARÁ SEU MUNDO MELHOR...
SOU A MENINA O OPOSTO APARENTEMENTE DE VOCÊ...
SOU A MENINA QUE VOCÊ DESEJA COM O OLHAR...
SOU A MENINA QUE VOCÊ TEM MEDO DE CHEGAR...
SOU A MENINA QUE SÓ VOCÊ PODE MUDAR...
SOU A MENINA HOJE... AMANHÃ POSSO SER SUA MULHER MÃE DOS SEUS FILHOS POSSO TE FAZER MUITO FELIZ...
MAIS ISSO SÓ DEPENDE DE VOCÊ...
LIVRE-SE DESSA TIMIDEZ NÃO PERCA SUA MENINA.
MORADA DA MENINA...
Sou tua menina de cabelos cacheados da cor da noite, meus
olhos são expressivos como duas estrelinhas brilhantes e meu semblante ficou desenhado no firmamento e infante estarei sempre a te olhar, saiba que morte é apenas a transição para outra dimensão onde a alma toma a forma de coração, minha morada agora é a lua minguante que sorri pra ti nesse instante...
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